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03/06/2022
“E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui”. – Lucas 12.15
Não podemos colocar a nossa esperança nas riquezas deste mundo, mas sim em Deus.
Mateus 6.19-27
19 – Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.
20 – Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.
21 – Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
22 – A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.
23 – Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
24 – Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
25 – Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta?
26 – Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
27 – E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Continuando no nosso estudo das lições sobre o Sermão do Monte, vamos refletir juntos da relação do discípulo de Jesus com os bens materiais e, sobretudo, que nossa confiança está em Deus.
Mateus 4.8 a 10: “Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás”.
Nos valores do Reino de Deus, os bens materiais estão em escala inferior. Primeiro está o relacionamento do servo com o seu Senhor, depois está a relação do discípulo com o seu próximo, ou seja, quando tratou da oração e do jejum, da esmola e do perdão. Por fim, trata das coisas materiais. Aprendemos, de imediato, que as pessoas valem mais do que as coisas.
Por este ensino, observamos logo que há oposição entre o que o mundo valoriza e o que é mais precioso no Reino de Deus. Para quem está conformado com este mundo, e anda segundo o curso deste mundo, as coisas materiais valem mais do que as pessoas.
Vamos refletir sobre a oferta maligna de Satanás, referente às riquezas segundo o mundo:
1 – Há perigo extremo que acompanha a busca e o acúmulo de riquezas terrenas;
2 – O nosso Senhor Jesus repreende a ambição desmedida e a cobiça mundana;
3 – O nosso Senhor Jesus revela a verdadeira riqueza.
Mateus 6.20: “Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam”.
Os crentes vivemos em duas dimensões: a celestial e a terrena. Salmo 73.25: “A quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti”. Portanto, andando neste mundo, não somos deste mundo. Nós andamos aqui sempre na perspectiva celestial.
O Senhor Jesus compara os tesouros terrenos com os tesouros celestiais, e ensina-nos a bem-aventurança de escolher os celestiais. Primeiro a localização: um tesouro está na terra. Na ordem de valores deste mundo, é o mais escolhido. Por ele, perde-se o caráter, desfaz-se a família, os amigos são traídos e o próximo é subjugado. Por segundo, compare a imperfeição do tesouro terreno: eles podem ser consumidos e perdidos. Quantos são que lutam por décadas de sua vida e, muitos até com sucesso, pela riqueza e perdem a capacidade de aproveitá-las. Por terceiro, sua insegurança: se não for roubado por alguém de coração astuto e maldoso, será por fim roubado por outro ladrão, o grande ladrão que é a morte. Rouba tudo duma vez num golpe que não se pode resistir.
O tesouro celestial. Sua localização: no céu. “Ajuntai tesouros no céu”. O que é este céu onde devemos guardar nosso tesouro? É a presença de Deus. Onde o nosso bondoso Deus nos permite desfrutar de Suas bênçãos e onde Suas bênçãos são manifestadas. Armazenar tesouro no céu é descansar no Senhor, tomar posse de Suas bênçãos, confiar tudo a Ele e quando formos a Deus, encontraremos lá as ´riquezas insondáveis de Cristo´ – Efésios 3.8.
No Antigo Testamento, prosperidade deriva do hebraico tsaleach que segundo o Léxico Bíblico e Aramaico do Antigo Testamento, conhecido como BDB (em referência aos seus três autores Brown-Driver-Brigss), tem mais de uma acepção, quais sejam: ausência de necessidade, ter sucesso, ser promovido e ter abundância.
No Novo Testamento, prosperidade é do grego euodoo, com diversos sentidos: ser bem-sucedido, ir por um caminho direto, alcançar o que se deseja. Como podemos ver, nenhuma destas palavras são exclusivas de prosperidade na área financeira.
Nos dias da peregrinação do Senhor Jesus nesta terra, os judeus criam que a prosperidade financeira era sinal de que a pessoa agradava a Deus. Até ligavam prosperidade material com a salvação, ou seja, se a pessoa estivesse com prosperidade material e financeira, significava que era fiel a Deus. Do contrário, se não estivesse prosperando financeiramente, é porque não era fiel a Deus. O Senhor Jesus condenou este conceito de tão errado que é.
O que o cristão, basicamente, precisa saber sobre os bens materiais?
Que não é pecado ter bens materiais e nem é pecado a poupança financeira. Salmo 115.16: “Os céus são os céus do Senhor; mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens”. Nesta terra, adquire-se riqueza por quatro coisas: inteligência, trabalho, oportunidade e energia. Entendendo-se ´energia´ como saúde, disposição, ânimo, esforço próprio, sem preguiça e sem inércia. A pessoa pode ser inteligente, mas não trabalha. Ou até ter muita disposição ao trabalho, mas falta-lhe oportunidade. Enfim, se somar numa pessoa estas quatro coisas, com certeza, veremos uma pessoa próspera.
Como a riqueza se liga ao pecado?
Salmo 62.10: “Se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nela o coração”. Ou seja, não viva como se adquirir bens e riquezas fosse ao único alvo desta vida. Isto é cobiçosa ganância e ser um acumulador egoísta. Sobre estes pecados o Senhor Jesus advertiu – Mateus 6.19: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra”. Provérbios 11.28: “Quem deposita confiança em suas riquezas, certamente se decepcionará” – Versão King James Atualizada. I Timóteo 6.10: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. Quantos lançaram a Palavra de Deus para trás de suas costas (leia sobre esta expressão no Salmo 50.17, em Neemias 9.26) e outros mais voltaram as costas para Deus (leia I Reis 14.9 e Ezequiel 23.35), por causa da ambição desmedida do amor ao dinheiro.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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