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24/11/2017
Este post é assinado por: Rafael Cruz
TEXTO DO DIA
TEXTO BÍBLICO
INTRODUÇÃO
Como sabemos a globalização (integração econômica, social, cultural e política) nos deixou muito mais conscientes de tudo o que acontece no nosso mundo. Com esse crescimento do conhecimento, um outro ‘mundo’ se formou: o mundo virtual. Na grande rede de computadores (www = World Wide Web) tudo ficou mais rápido, prático, cômodo e seguro. Lembrando que a globalização política é contrária aos planos de Deus, pois significa o domínio de poucos sobre muitos e a afirmação da suficiência humana em detrimento da soberania divina.
Obviamente que sendo um ‘mundo paralelo’ ao mundo real, coisas que aqui acontecem, também existem no mundo virtual. Nessa lição vamos tratar da violência ou do crime cibernético. Algo que saiu das ruas e foi para as páginas da internet, em alguns casos de formas anônimas, demonstrando ódio, racismo, preconceito, intolerância, desrespeito e violência contra o próximo.
I – A VIOLÊNCIA DIGITAL NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
1 – Vivendo na sociedade da informação
Salomão em seu tempo já dizia que não havia limites para se fazer livros. Atualmente vemos que não há limites para as invenções do homem. A cada dia é algo novo que surge mundo afora em uma escala inimaginável.
Com esse assombroso crescimento tecnológico que estamos vivendo, as modernas invenções tecnológicas deste novo século denotam que chegamos a um período sem precedente. Isso claro, é bíblico:
Quem se lembra de disquete, disco de vinil, fita cassete e VHS ou ainda retroprojetor? Todas essas tecnologias faziam parte do nosso cotidiano, porém, foram substituídas por outras mídias que não apenas têm a mesma função das anteriores, mas as suplantam e transcendem.
Agora vivemos em uma era da informação onde tudo está ao nosso alcance; basta saber procurar algo na internet que você encontra! (Não precisa ser um hacker para descobrir muitas coisas como: endereço e telefones das pessoas).
Nossos filhos estão crescendo em um ambiente totalmente diferente do que nós crescemos e vivemos.
Recentemente, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, fez um comentário para dois jornalistas que estavam usando um iPad para fazer a cobertura do evento onde ele estava: “Você precisa de um computador de verdade, meu amigo“. Em resposta a Apple elaborou um comercial que fala justamente sobre esse ponto da evolução tecnológica. A evolução está tão rápida que nossos filhos poderão nunca conhecer uma TV de tubo, por exemplo. Veja abaixo a propaganda veiculada pela Apple.
O vídeo é todo em inglês, mas ele narra o dia a dia de uma menina que utiliza seu iPad Pro para tudo. Ao final ela é questionada pela sua ‘vizinha’ que lhe pergunta o que ela estava fazendo em seu computador. A menina então responde: ‘O que é um computador? ’
Não temos como escapar dessa era, temos é que ter cuidado e sabedoria, pois ao mesmo tempo que o mundo virtual nos oferece facilidades, o perigo também existe.
2 – Violência real no mundo virtual
Apesar do ambiente ser virtual, os crimes ali praticados prejudicam as pessoas de forma moral, psicológica e/ou financeiramente. E quando falamos nos crimes que são praticados, nosso país está em os 5 (cinco) que mais tem crimes nesse quesito. Roubos de dados pessoais e fraudes de cartão de crédito são as principais violações virtuais praticadas no Brasil.
“Em nosso último relatório sobre o cenário do cibercrime brasileiro, o Brasil está posicionado em 5º lugar se correlacionamos o número de detecções de malwares bancários”, revela Franzvitor Fiorim, executivo de vendas da Trend Micro. O Brasil ocupa lugar de destaque no cenário global de cibercrimes. Em 2016, 42,4 milhões de brasileiros foram vítimas de crimes virtuais. Em comparação com 2015, houve um aumento de 10% no número de ataques digitais. Segundo dados da Norton, provedora global de soluções de segurança cibernética, o prejuízo total da prática para o país foi de US$ 10,3 bilhões.
Reafirmando: o ambiente é virtual, mas o prejuízo foi real. Todo esse dinheiro poderia ser investido em áreas da nossa sociedade que requer atenção dos nossos governantes: saúde, educação, saneamento básico.
3 – Riscos na rede de computadores
Atualmente temos o acesso à internet em praticamente todos os lugares. Quando não temos um plano de dados, a primeira pergunta que fazemos em algum estabelecimento é: ‘qual a senha do wi-fi? ’ Dessa forma, ficar on-line é algo comum nos nossos dias. O que temos que ter cuidado é com os riscos que estamos correndo ao navegar de forma imprudente na rede de computadores.
Alguns riscos que você pode ter simplesmente ao conectar seu dispositivo a uma rede:
Como qualquer outra coisa, a internet possui os seus riscos, mas se soubermos usar com sabedoria, poderemos tirar um bom proveito dela. Eis algumas opções:
II – OS MALES DO BULLYING VIRTUAL
1 – O que é bullying virtual?
Antes de falarmos do cyberbullying, vamos compreender o conceito de bullying. Essa é uma palavra de origem inglesa, que se incorporou ao nosso dicionário com a intuição de descrever atos de violência física ou psicológica intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos, causando dor e angústia e sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. Na língua inglesa, bullying é um substantivo derivado do verbo bully, que significa “machucar ou ameaçar alguém mais fraco para forçá-lo a fazer algo que não quer”. Como o mundo virtual imita o mundo real, temos ai então o cyberbullying; são as mesmas práticas, mas no mundo virtual.
Muito embora o cyberbullying não consista em agressões físicas, e por isso é comumente visto como menos danoso, tem consequências tão ou mais graves quanto as do bullying físico. O abuso sofrido pela vítima do bullying virtual é, em sua maioria, de cunho psicológico, no entanto ela pode chegar a se tornar física em casos extremos. Ameaças de morte, agressão física e publicação de informações pessoais de vítimas são alguns dos meios mais violentos de cyberbullying, já que coloca a vítima em situação de risco e constante apreensão diante da possibilidade de um atentado contra sua vida.
Aqueles que são alvo das agressões são geralmente escolhidos por fugirem dos padrões comuns à turma – o gordinho ou o magricela, o calado, o estudioso, o recém-chegado, entre outros. Os meninos estão mais envolvidos com o bullying violento, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as meninas, o bullying também ocorre, mas costuma se caracterizar como prática de exclusão ou difamação.
A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) divulgou sobre os tipos de bullying mais frequentes:
Nós como seguidores de Cristo devemos ajudar essas pessoas, pois Cristo e Sua Palavra são suficientes para transformar integralmente as vidas marcadas pelo bullying!
2 – Brincadeira sem graça
Realmente o cyberbullying virou uma ‘brincadeira’ sem graça nenhuma. O que antes era restrito apenas aos momentos em que você convivia com certas pessoas, agora é o tempo todo e tudo exposto nas redes sociais.
A mensagem maldosa pode ser encaminhada por e-mail para várias pessoas ao mesmo tempo e uma foto publicada na internet acaba sendo vista por dezenas ou centenas de pessoas, algumas das quais nem conhecem a vítima. “O grupo de agressores passa a ter muito mais poder com essa ampliação do público”, destaca Aramis Lopes, especialista em bullying e cyberbullying e presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Os ataques sofridos por uma vítima de cyberbullying são geralmente direcionados a características pessoais da vítima e são feitas em meio público, denegrindo a imagem pública da vítima e afetando sua autoestima.
3 – A conduta do jovem cristão
Quando pensamos em que atitude devemos tomar, o que deve vir a nossa mente é justamente praticar o contrário que o mundo pratica. Como jovens seguidores de Cristo devemos ser exemplo para o mundo de boa conduta e índole irrepreensível.
Nossa reação diante de situações de bullying ou cyberbullying é de demonstrar o amor de Cristo pelas vidas. As vítimas são desprezadas, zombadas, discriminadas mas Jesus ama a todos incondicionalmente!
Precisamos anunciar a essas pessoas o quanto elas são especiais para Deus, pois:
Fora isso precisamos amar aqueles que são os agressores, não revidar as agressões e lutar contra o bullying.
III – A LEI E A PUNIÇÃO DOS CRIMES CIBERNÉTICOS
1 – Crimes contra a honra
São três os crimes contra a honra: calúnia, difamação e injúria.
Os crimes contra a honra estão previstos nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal. O Código Penal define esses crimes da seguinte forma:
Calúnia
Art. 138 – Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime.
Difamação
Art. 139 – Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação.
Injúria
Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro.
A calúnia, difamação e injúria são considerados pecados diante de Deus. Como seguidores de Cristo devemos repudiar tais atitudes.
2 – Crimes de pedofilia
A pedofilia está entre as doenças classificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) entre os transtornos da preferência sexual. Pedófilos são pessoas adultas (homens e mulheres) que têm preferência sexual por crianças – meninas ou meninos – do mesmo sexo ou de sexo diferente, geralmente pré-púberes (que ainda não atingiram a puberdade) ou no início da puberdade, de acordo com a OMS.
O código penal considera crime a relação sexual ou ato libidinoso (todo ato de satisfação do desejo, ou apetite sexual da pessoa) praticado por adulto com criança ou adolescente menor de 14 anos. Conforme o artigo 241-B do ECA é considerado crime, inclusive, o ato de “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.”
Diante de um mundo onde o padrão moral foi totalmente deturpado e nossas crianças estão à mercê de tudo isso, precisamos como seguidores de Cristo combater esse mal!
3 – Crimes informáticos
Com a expansão da utilização dos sistemas computadorizados e com a difusão da Internet, tornam-se cada vez mais frequentes os casos em que as pessoas se utilizam dessas ferramentas para cometer atos que causam danos as pessoas.
Em questão de segundos, um computador pode processar milhões de dados. No mesmo intervalo de tempo, ele também pode ser utilizado para furtar milhares de reais, porém, nesse caso, com a comodidade de poder cometer tal crime na privacidade do seu lar, desde que possua o conhecimento e o equipamento necessários, sem os riscos de, por exemplo, assaltar um banco ou um comércio portando uma arma de fogo.
O artigo 154-A da Lei 12.737/2012 (Conhecida como Lei Carolina Dieckmann) passa a punir esse tipo de crime:
Art. 154-A: Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Como seguidores de Cristo devemos ser exemplos e não praticar ou disseminar nenhuma dessas atitudes. Pelo contrário, devemos denunciar e lutar o máximo que pudermos para ajudar as vidas que sofrem desse mal.
Que Deus lhe abençoe.
REFERÊNCIAS
Seguidores de Cristo – Testemunhando numa Sociedade em Ruínas – Valmir Nascimento, CPAD, Rio de Janeiro;
https://www.bibliaonline.com.br/acf
Dicionário bíblico universal; Universal bible dictionary – A. R. Buckland , Lukyn Williams;
Dicionário Bíblico Wycliffe – Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea – CPAD.
Por Rafael Cruz
Postado por ebd-comentada
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