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05/11/2020
Este post é assinado por Eliel Goulart
“Lembra-te, agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos? Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo”. – Jó 4.7,8
Embora transcendente, Deus tem prazer em se relacionar com o homem terreno.
Jó 4.1-8; Jó 15.1-4; 22.1-5
Jó 4
1 – Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse:
2 – Se intentarmos falar-te, enfadar-te-ás? Mas quem poderá conter as palavras?
3 – Eis que ensinaste a muitos e esforçaste as mãos fracas.
4 – As tuas palavras levantaram os que tropeçavam, e os joelhos desfalecentes fortificastes.
5 – Mas agora a ti te vem, e te enfadas; e, tocando-te a ti, te perturbas.
6 – Porventura, não era o teu temor de Deus a tua confiança, e a tua esperança, a sinceridade dos teus caminhos?
7 – Lembra-te, agora, que é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos?
8 – Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo.
Jó 15
1 – Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse:
2 – Porventura, dará o sábio, em resposta, ciência de vento? E encherá o seu ventre de vento oriental,
3 – arguindo com palavras que de nada servem e com razões que de nada aproveitam?
4 – E tu tens feito vão o temor e diminuis os rogos diante de Deus.
Jó 22
1 – Então, respondeu Elifaz, o temanita, e disse:
2 – Porventura, o homem será de algum proveito a Deus? Antes, a si mesmo o prudente será proveitoso.
3 – Ou tem o Todo-Poderoso prazer em que tu sejas justo, ou lucro algum em que tu faças perfeitos os teus caminhos?
4 – Ou te repreende pelo temor que tem de ti, ou entra contigo em juízo?
5 – Porventura, não é grande a tua malícia; e sem termo, as tuas iniquidades?
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Nesta lição estudaremos os argumentos teológicos de Elifaz, baseados na teologia retributiva, a qual afirma que o sofrimento é resultado de algum pecado cometido pelo sofredor.
Jó confrontou os argumentos do primeiro amigo que falou, e advogou sua inocência, sua integridade e como perseverava em ter comunhão com Deus.
Elifaz significa ´Deus é forte´ (Davis). Ele era temanita, habitante de Temã, uma tribo descendente de Esaú, portanto, neto de Isaque e da linhagem de Abraão.
Os moradores dessa região eram notáveis pela sabedoria – Jeremias 49.7 menciona essa distinção: “Acaso, não há mais sabedoria em Temã?”
Elifaz fez três discursos – capítulos 4 e 5, 15, 22 – demonstrando que era o mais velho entre os amigos visitantes de Jó. O primeiro discurso abrange os capítulos 4 e 5 e apoia seu discurso num princípio religioso de que o sofrimento é sempre o resultado direto do pecado, e que Deus sempre prolata Sua sentença com base na lei da semeadura e da colheita, e contra esta afirmação, não haveria contestação.
Em seguida, ele até expõe qual seria sua conduta tão temente e piedosa se estivesse submetido aos mesmos sofrimentos de Jó. E diz isso com uma linguagem poeticamente e aparentemente sensível:
Jó 5.17 – “Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus castiga; não desprezes, pois, o castigo do Todo-poderoso”.
Elifaz enquanto permaneceu calado junto com seus amigos, em nada errou. Mas quando começou a falar, o seu discurso errôneo resume-se assim: se Jó está sofrendo é porque cometeu algum pecado.
Jó 4.8 – “Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo”.
Elifaz, em outras palavras, diz o seguinte: Aqueles que deliberadamente trabalham a maldade, primeiro preparando para ela e depois executando-a, como os lavradores que primeiro aram a terra e depois lançam a semente. Os que agem assim, segundo minha experiência, estão longe de colher quaisquer vantagens de suas práticas pecadoras, e estas práticas voltam-se contra eles mesmos.
E a palavra-chave dos argumentos de Elifaz é EXPERIÊNCIA.
Elifaz recorre à antiga noção da ortodoxia religiosa: a de que o sofrimento é apenas a punição do pecado. É uma noção inadequada no caso específico do patriarca Jó e desconsidera o mistério de todo o assunto.
O princípio é verdadeiro, mas a aplicação é falsa.
Meus amados, não ajam assim para com os que estão sofrendo, avaliando o caráter de um homem pelo seu sofrimento, e tendo este como prova de sua maldade. Julgar uma pessoa pelas suas circunstâncias externas é arriscar-se a errar flagrantemente.
I Coríntios 13.5 – “O amor não pensa mal” – Versão Fiel.
Pastor Eliel Goulart
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