Buscar no blog
08/10/2018
Esse post é assinado por Eliel Goulart
“Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro, sessenta, e outro, trinta.” – Mateus 13.23
É preciso falar de Cristo e orar para que os ouvintes recebam a Palavra, e tornem-se seguidores do Mestre.
Marcos 4.3-20
3 Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
4 E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram.
5 E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda.
6 Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz, secou-se.
7 E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram, e não deu fruto.
8 E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro, cem.
9 E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.
10 E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
11 E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do Reino de Deus, mas aos que estão de fora todas essas coisas se dizem por parábolas,
12 para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam, para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
13 E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?
14 O que semeia semeia a palavra;
15 e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada no coração deles.
16 E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;
17 mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam.
18 E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;
19 mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.
20 E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Em geral, as imagens são mais fortemente imprimidas na memória do que as ideias abstratas.
As parábolas têm esta essencial característica. E o Senhor Jesus expunha verdades espirituais através de parábolas, e era mesmo a maneira predileta Dele ensinar.
Segundo Herbert Lockyer (1886-1984), há pelo menos cinco motivos porque expor ensinos por parábolas é tão proveitoso:
1 – Preserva a verdade;
2 – Chama e prende a atenção;
3 – Auxilia a mente e ao raciocínio;
4 – Estimula os afetos e desperta a consciência;
5 – é mais fácil de lembrar.
O capítulo 13 de Mateus é muito importante. Nele o Senhor Jesus volta-se totalmente ao método das parábolas.
Há sete parábolas no capítulo 13 de Mateus. Quatro dirigidas à multidão. Três aos discípulos em particular. Além de ser notável o número sete nas Escrituras, a do Semeador, estudada nesta Lição 2, é a primeira delas. E as outras seis formam pares correspondentes, e cada par expressa verdades gerais.
Há quem faça um paralelo entre esta Parábola do Semeador com a Carta à igreja da Ásia, Éfeso, no Apocalipse:
Éfeso – destacada pela paciência. O Semeador frutificando com paciência.
Observem a introdução da parábola do Semeador:
“Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.” – Marcos 4.3.
A exclamação “Ouvi”, significava que o Senhor transmitiria algo de valor incomum. E é o que estudaremos nesta Lição 2. Em Mateus 13.18, o Senhor foi enfático aos seus discípulos em particular:
“Escutai vós, pois, a parábola do semeador.”
“Eis que o semeador saiu a semear.”
Reproduzo aqui a introdução de sermão pregado por padre Vieira, em 1655, sobre este tema:
“Eis que o semeador saiu a semear, disse Jesus.
O pregador evangélico saiu a semear a palavra divina. O texto não fala apenas do semear, mas também do sair. Saiu, porque no dia da colheita haverão de medir o quanto colhemos e também contarão o eito (roçado de uma plantação – anotação nossa) que colhemos.
O mundo não leva em conta o quanto se gasta com sementes nem se preocupa o quanto de terra foi semeado pelo semeador. Deus não é assim. Para quem lavra com Deus até o sair é semear, porque colhe frutos de suas passadas.
Entre os semeadores do evangelho existem aqueles que saem a semear, e existem outros que semeiam sem sair. Os que saem a semear são os que vão pregar na Índia, no Japão; os que semeiam sem sair são os que se contentam em pregar em sua pátria.
Todos terão sua razão, mas, tudo tem seu preço. Aos que têm a seara em casa, receberão pela semeadura; os que vão buscar a seara tão longe, sua semeadura será medida e seus passos contados.
A importância em compreender a parábola do Semeador está no fato de que ela abre uma série de dez parábolas, sobre um dos propósitos do Senhor Jesus em ensinar por este método. Sendo, inclusive, a maior delas em extensão.
Refiro-me ao propósito de ilustrar o Reino dos Céus. E trazer compreensão aos ouvintes.
Esta parábola foi entregue às margens do mar da Galileia.
Jesus a deu como o tipo de todas as outras parábolas que transmitiu. Com esta parábola ele fundamentou os motivos de Ele ter escolhido este método. Nisto também está a importância de termos compreensão dela.
O relato é singelo: um agricultor espalhando sementes em um campo, e no curso disso, há quatro tipos de solos, e cada um deles produzindo resultados diferentes.
O teólogo alemão, Joachim Jeremias (1900-1979), expõe breve comentário sobre esta parábola do Semeador:
“Estranha que o semeador em Marcos 4.3-8 seja de tal inabilidade ao semear a ponto de pôr a perder uma quantidade de semente; era de se esperar a descrição da técnica que nos é habitual de semear.
Mas trata-se de algo que acontece na realidade. Compreende-se o caso, quando se sabe como se semeia na Palestina, ou seja, precisamente antes de arar a terra.
Portanto, o semeador da parábola vai passando pelo campo não arado e ainda cheio de restolho! Vê-se então por que ele semeia no caminho: é de propósito que ele lança a semente no caminho, isto é, no trilho que os camponeses, de tanto passar, formaram no meio da antiga roça, pois também o trilho deverá ser arado. É também de propósito que ele semeia entre os espinhos secos espalhados pelo chão não lavrado, pois também eles serão revirados quando o arado passar. Também não é mais de se estranhar que os grãos caiam em chão rochoso, pois as rochas calcárias, recobertas por uma fina camada de terra, dificilmente se distinguem do campo cheio de restolho, antes de os discos do arado rangerem de encontro a elas.
Portanto, o que ao ocidental parece inabilidade, é o comum no meio palestinense.”
A compreensão específica desta parábola é iluminada pelo próprio Senhor Jesus, que deu a interpretação desses quatro tipos de solos.
Os três elementos que constituem esta parábola são: o Semeador, a semente e o solo.
O número três é peculiar a maioria das parábolas. Na parábola dos Talentos, há três tipos de reação. Há três viajantes no caminho para Jericó. E outras anotações.
Também é interessante observar a regra do número dois nas parábolas: os dois filhos, os dois devedores, o fariseu e o cobrador de impostos e outros.
O Semeador – este título é muito apropriado ao Senhor Jesus Cristo. A referência imediata, ao ler a parábola, é a pessoa bendita do Senhor Jesus. Há quem afirme que esta parábola é autobiográfica.
Mateus 13.37 – “E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem.”
Por outro lado, também nós – os cristãos – somos semeadores. Para isso fomos comissionados:
Mateus 28.19 e 20 – “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!”
O coração dos homens em geral é como um campo, onde os cristãos evangelizam espalhando a semente do Evangelho.
Paulo se considerava um semeador, representante de Cristo.
II Coríntios 13. 3 – “…Cristo que fala em mim.”
Tinha consciência da chamada ministerial para semear a boa semente do Evangelho nos corações dos ouvintes. Considerava seu ministério uma semeadura de coisas espirituais:
I Coríntios 9. 11 – “Se nós vos semeamos as coisas espirituais…”
De qualquer modo, há quatro exigências ao semeador:
1 – Prudência – orando por oportunidades e locais para semear;
2 – Diligência – sabendo que prestará contas da semeadura;
3 – Perseverança – pregando a tempo e fora de tempo;
4 – Consagração – entregando diariamente à maior de todas as comissões.
A semente – Mateus 13.19 – “Ouvindo alguém a palavra do Reino…”
Ora, Cristo veio como o Verbo de Deus – João 1.1. A expressão de Deus. A Palavra de Deus.
Ele veio como a Palavra viva. Os que recebem a semente da Palavra recebem a Cristo e a vida eterna!
João 5.39 – “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.”
Não evangelizamos a respeito de Cristo somente, evangelizamos a Cristo!
Esta semente é de natureza excelente:
1 – Imutável e eterna – Isaías 40.8 – “…mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente.”
2 – De fonte celestial e objetivo divino – Isaías 55.10 e 11 – “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam… assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.”
3 – É o poder de Deus para salvação de quem crer – Romanos 1.16 – “…evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.”
4 – Verdade enxertada em nós para salvar – Tiago 1.18 e 21 – “Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade… recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, as qual pode salvar a vossa alma.”
5 – Incorruptível e viva – I Pedro 1.23 – “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.”
O Solo – não trataremos aqui dos diferentes tipos de solo. Mas, tão somente breve e necessário comentário sobre a importância do solo.
Este, por óbvio, é essencial ao semeador e para a produção das sementes.
Nós estamos arraigados em Cristo Jesus, em amor – Efésios 3.17.
Como permanecer arraigados, com as raízes profundas em Cristo?
Pela leitura, meditação e aprofundando-se no estudo da Palavra de Deus.
II Timóteo 3.1 – “É importante para você saber isto também, Timóteo, que nos últimos dias vai ser muito difícil ser cristão.” – Bíblia Viva.
Alertamos que conhecimento da Palavra, ou o acúmulo de conhecimento bíblico, não significa condução à salvação.
É estar arraigado em amor, ou seja, conhecendo o amor de Cristo, que ultrapassa o conhecimento.
Efésios 3.19 – “E conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.”
Ser cheio da plenitude de Deus é ser como um solo fértil para frutificar plenamente!
Pastor Eliel Goulart
Para continuar lendo esse esboço CLIQUE AQUI e escolha um dos nossos planos!
É com muita alegria que nos dirigimos a você informando que a EBD Comentada já está disponibilizando os planos de assinaturas para que você possa continuar a usufruir dos nossos conteúdos com a qualidade já conhecida e garantida.
Informamos também que conquistamos uma parceria missionária com os seguintes trabalhos evangelísticos:
CLIQUE AQUI para ser nosso parceiro missionário e continuar estudando a lição conosco…
Deus lhe abençoe ricamente!!!
Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
Acesse os esboços por categorias