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CPAD Adultos – 4º Trimestre de 2018 – 09-12-2018 – Lição 10: Precisamos de vigilância espiritual

05/12/2018

Esse post é assinado por Eliel Goulart

Texto Áureo

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

Verdade Prática

Mesmo com oração, a ausência de vigilância é terreno propício para que a tentação encontre brechas e nos conduza à derrota espiritual.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus  24.45 a 51.

45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?

46 Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim. 

47 Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. 

48 Porém, se aquele mau servo disser consigo: O meu senhor tarde virá, 

49 e começar a espancar os seus conservos, e a comer, e a beber com os bêbados, 

50 virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera e à hora em que ele não sabe, 51e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.

INTRODUÇÃO

A paz do Senhor!

Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.

Para melhor entendermos o Parábola dos Dois Servos, vamos resumir o capítulo 24 de Mateus, no qual esta parábola está inserida.

O início das dores começa com o aparecimento dos enganadores. E dos falsos profetas, citados por três vezes aqui, com a predição da destruição de Jerusalém.

Jerusalém matou os verdadeiros profetas e deixam-se enganar pelos falsos.

Tais enganadores fingiriam ter qualidade espiritual, inspiração e missão especial.

Matthew Henry (1662-1714) escreveu que um traidor entre as tropas pode causar mais mal do que mil inimigos combatidos de frente.

O capítulo 24 de Mateus adverte ainda dos sinais do fim, da grande tribulação, da destruição de Jerusalém ainda naquela geração, da volta de Jesus.

Versa ainda sobre a lição da figueira – Mateus 24.32 a 36 – e enfatiza a volta do Filho do Homem.

Neste contexto, então, expõe da Parábola dos Dois Servos, ou também conhecida como a Parábola do Servo Fiel.

A palavra chave aqui é “vigiar”. Do grego grégoréo, verbo definido literalmente como “estar acordado”, e figurativamente como “ser responsavelmente vigilante”. Ou seja, ter cautela, estar atencioso, e nunca indolente.

Ocorre 23 no Novo Testamento. Seis vezes no Evangelho de Mateus. 

I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS DOIS SERVOS

1 – O servo bom e fiel

Mateus 24.45 a 47 –

45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?

46 Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim. 

47 Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. 

Três características do servo bom:

1 – fiel;

2 – prudente;

3 – governante sábio.

Fiel no sentido de confiável, de fidelidade. Vive e trabalha na ausência de seu Senhor, exatamente com a mesma conduta que teria diante de Sua presença.

Considerando a necessidade de “vigilância” indicada nos versículos anteriores, no servir ao Reino de Deus requer-se fidelidade.

I Coríntios 4.1 e 2 – “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Cristo. Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.”

Despenseiro é o governante da casa, que cuida das distribuições da casa. É o administrador.

No negócio é agradar e servir a Deus e não a nós mesmos.

Prudente é o que age com sensatez. Com sabedoria, mas sabedoria moral, com o uso do intelecto para produzir vida.  E não sabedoria segundo o mundo. Prudência movida por uma disposição interior que lhe determina o comportamento e expressa em devoção ao seu Senhor.

Esta palavra inclui o significado de ter escolhas inteligentes de formas e meios, com vantagens morais das circunstâncias.

No original grego, prudente aqui transliterado, traz-nos a ideia de uma pessoa com a perspectiva pessoal, interior, que regulamenta o seu comportamento exterior.

Uma sabedoria sensível à vontade de seu Senhor.

Governante, pois está constituído sobre a casa de seu Senhor, para dar sustento. Deduz-se confiança, responsabilidade, utilidade.

Constituir para governar com autoridade (e não com autoritarismo do servo mau), tendo o encargo de dar comida – esta é a tradução literal – ou seja, alimento e nutrição.

Na passagem paralela de Lucas 12.42 – “E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?”

Ou originalmente, “para lhes dar a medida fixa de farinha.”

Esta comparação singela traz-nos a mente uma das responsabilidades do ministro de Jesus Cristo. O dever de suprir aos homens com o alimento espiritual de que tanto necessitam para o sustento de uma vida de vocação celestial.

Enfim, o servo fiel, prudente e governante sábio procurará discernir com fidelidade, sabedoria e boa administração o tipo vital de alimento e o tempo de dá-lo.

Para esta qualidade de servo bom e fiel, que conduz outros à submissão ao Governante Celestial, alimentando-os com a verdade, sendo padrão dos fiéis:

1 – no amor;

2 – no trato;

3 – no procedimento;

4 – na fé;

5 – na pureza;

6 – no Espírito;

7 – na Palavra.

Meus amados, para os que assim servirem, há promessa de honra maior: “Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.”

2 – O mau servo

As características do servo mau são:

1 – escarnecedor;

2 – arrogante;

3 – mundano.

Escarnecedor, pois trata com desdém a verdade da vinda de seu Senhor.

“O meu senhor tarde virá.” Mais do que uma desculpa, é a expressão de um coração insensato. Falta-lhe o senso do dever. Trata seu serviço com desinteresse. O suposto atraso de seu Mestre devia-lhe aumentar a confiança com honra, mas por ser mau de coração, aumenta-lhe a indiferença, como que culpando o seu Senhor pela sua própria negligência. Mais tarde, ao final, ele é contado entre os hipócritas.

Arrogante, pois trata, ou pior, destrata os seus conservos, sob sua responsabilidade.

Observe o quanto a conduta é considerada aqui. Ele tem conduta vil. Espanca seus companheiros, abusando da confiança e da autoridade delegada a ele.

É o pastor que se tornou um lobo.

Mundano, pois se associa com os glutões e bêbados.

O mundano é, geralmente, intemperante. O mundano age com frieza porque lhe interessa somente os seus próprios prazeres.

Egoísmo e sensualidade são outras características de um mundano. Trata mal os conservos, e torna-se companheiro dos bêbados. A bebedice é sinal de:

  • – falta de sobriedade;
  • – desequilíbrio;
  • – torpezas

3 – O destino escatológico

Pastor Eliel Goulart

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