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14/11/2017
Este post é assinado por: Pastor Eliel Goulart
Texto Áureo
Verdade Prática
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
INTRODUÇÃO
Comentário do Blog
Paz do Senhor!
Nosso bendito Deus ofereceu a salvação a quem quiser ser salvo.
A fé vem pelo ouvir a pregação do Evangelho da salvação, e este é o poder de Deus para salvação de todo o que crê – Romanos 10.17 e Romanos 1.16. Portanto, o propósito de Deus é o de oferecer a salvação em Cristo Jesus a toda a humanidade. E cada homem tem a liberdade de aceitar ou não esta oferta. A decisão é pessoal. O homem é livre nas decisões de sua vida.
Deus não criou máquinas robotizadas, mas seres autônomos, responsáveis nas expressões de suas vontades, inteligentes em suas decisões e livres para escolher entre o bem e o mal, entre a vida e morte.
Keyser: “Suponhamos que não tivesse havido proibição no jardim; que teria acontecido à livre agência moral de nossos primeiros pais? Ainda que criados com tal capacidade, não teriam tido oportunidade de exercê-la, e isso tê-los-ia transformado virtualmente, em escravos da vontade de Deus. O mesmo teria sucedido se Deus não os tivesse criado com o poder do livre arbítrio. Em ambos os casos teriam sido seres diferentes do homem, conforme o conhecemos hoje, e, assim sendo, não poderiam ter sido os progenitores da humanidade.”
Portanto, observamos que o homem foi criado com a capacidade volitiva de decisão livre. O homem não foi criado pecador, mas o pecado entrou no mundo através da própria escolha do homem. Escolha responsável, consciente, deliberada e voluntária. Deus não tem prazer e nem desejo da condenação do homem, ao contrário, o prazer e desejo de nosso glorioso Deus é de salvar!
Por toda a Bíblia está revelado claramente que Deus não quer que o homem pereça em seus pecados. Ezequiel 33.11 – “Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva.”
Esta é a simplicidade do Evangelho. Não nos apartemos dela.
I – A ELEIÇÃO BÍBLICA E SEGUNDO A PRESCIÊNCIA DIVINA
1. A eleição de Israel
Comentário do Blog
Os judeus são descendência de Abraão. Na história de Abraão está, de maneira incipiente, a origem de Israel.
Relaciono cinco características especiais na Aliança feita por Deus com Abraão:
A palavra original para eleição no Antigo Testamento é bachar, que significa “escolher”, e ocorre 172 vezes em 164 versículos no A.T.. ( Léxico Teológico do Velho Testamento – Ernest Jenni e Claus Westermann ).
O propósito da eleição de Israel era o de enviar o Messias, o Salvador, ao mundo.
O fundamento da eleição de Israel envolve o amor e a graça de Deus. Consideremos a revelação em Josué 24.2 de que Abraão era idólatra, quando habitava na Caldéia. Isso enfatiza a escolha imerecida.
Sem nos aprofundar mais, a conclusão é a de que a eleição de Israel no Antigo Testamento é:
Assim observamos que Israel, usando de seu livre arbítrio, ao longo da história, agiu com teimosia, desobediência, rebeldia, dureza de coração e desviou-se da presença de Deus. Os judeus interpretaram erradamente a preservação da eleição geral, principalmente incentivados pelos falsos profetas, como garantia incondicional da segurança da nação.
Eleição exige responsabilidade. Efésios 1.4 – “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade ( amor – anotação nossa ).”
A descendência genética não faz do indivíduo judeu, automaticamente, salvo incondicional. Joel 2.32 – “E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”
Apesar do número muito superior de habitantes em Israel, nos dias do profeta Elias, Deus referiu-se somente a um grupo selecionado que seria alvo de suas bênçãos:
Portanto, da eleição de Israel, depreendemos que a eleição divina não é caprichosa e nem incondicional, como se Deus decretasse escolha aleatória de uns para salvação e de outros para a condenação eterna.
2. A eleição para a salvação
Comentário do Blog
A vontade de Deus revelada e expressa na Bíblia é a de que todas as pessoas sejam salvas e Ele não deseja a morte do ímpio.
O convite de Deus para a salvação, para que todos venham a Cristo, é universal:
Deus deu a todos a capacidade de responder aos apelos do Evangelho, ou seja, o Senhor deu a todos a graça preveniente. Ou seja, a graça de Deus que convence, chama, ilumina e capacita, e que precede a conversão e possibilita o arrependimento e a fé para a salvação.
O chamado para a salvação é universal. A decisão de aceitar ou não o convite de Deus é individual.
3. A presciência divina
Comentário do Blog
C. W. Hodge: “A palavra presciência tem dois significados. É um termo usado na teologia para expressar a ideia da previsão de Deus, isto é, Seu conhecimento do curso integral de acontecimentos que são futuros do ponto de vista humano. Ela também é usada com o sentido de pré-ordenação. No sentido de pré-conhecimento, ela é um aspecto da onisciência divina. O saber de Deus, de acordo com as Escrituras, é perfeito, isto é, Ele é onisciente”.
A provisão de Deus para a salvação de toda a humanidade pode ser resistida. Nem todos creem. IIª Tessalonicenses 3.2 – “…a fé não é de todos.”
A responsabilidade pessoal do homem é consequência de seu livre arbítrio.
De maneira geral, todos são chamados à salvação. Ao aceitar tal convite, este convertido está predestinado à vida eterna em Cristo Jesus.
“O Deus que elege é o Deus que ama, e Ele ama o mundo. Tornar-se-ia válido o conceito de um Deus que arbitrariamente escolheu alguns e desconsidera os demais, deixando-os ir à perdição eterna, diante de um Deus que ama o mundo?” ( Stanley M. Horton – Teologia Sistemática – Uma perspectiva pentecostal ).
II – ARMÍNIO E O LIVRE ARBÍTRIO
1. Um breve histórico de Jacó Armínio
O resumo histórico, muito sintetizado mesmo, deste sub tópico desta lição 8, está suficiente para a aula. Se alguém quiser aprofundar mais, recomendo a leitura do livro “Arminianismo – A mecânica da salvação” – do pastor Silas Daniel – CPAD.
A CPAD publicou em 2015, em três volumes, As Obras de Armínio, as quais também podem e devam ser consultadas por quem queira se capacitar mais.
2. O livre arbítrio
Comentário do Blog
Livre arbítrio é a possibilidade que o homem tem de decidir e escolher por sua própria vontade. As suas decisões e escolhas tem consequências eternas quando se referem à salvação.
Quanto à sua natureza, o livre arbítrio humano divide-se em três categorias:
1 – Determinismo – todos que aceitam a teologia calvinista acreditam em algum nível de determinismo.
“Duas formas de determinismo podem ser diferenciadas: rígida e moderada. O determinismo rígido acredita que todas as ações são causadas por Deus, que Deus é a única causa eficiente. O determinismo moderado acredita que Deus como Causa Primária é compatível com o livre arbítrio humano como Causa Secundária.” ( Norman Geisler.
Deus deu liberdade moral ao homem. Livre arbítrio é fazer o que se decide. Mas Deus pode controlar todas as coisas tanto pela Onisciência quanto pelo poder causal.
2 – Indeterminismo – segundo esta ideia, poucas ações humanas são causadas. Argumenta-se que as ações livres são imprevisíveis para serem determinadas.
O indeterminismo conflita com o princípio da causalidade, que afirma que todas as coisas têm causa. O indeterminismo põe o mundo e a ciência numa posição irracional. Só porque uma ação livre não é causada por outra não significa que é não causada. Ela é autocausada.
O indeterminismo elimina a responsabilidade moral dos homens, porque se diz que não é causa de suas ações. Se o homem não é a causa de suas ações, então por que deveria ser culpado por elas?
É inaceitável do ponto de vista bíblico.
3 – Autodeterminismo – as ações morais de uma pessoa são causadas pela própria pessoa. Livre arbítrio é a ação humana moralmente autodeterminada. De livre escolha do homem.
Nenhuma ação pode ser desprovida de causa. Esta é a ideia de livre arbítrio dos arminianos contemporâneos.
A pessoa que realiza as ações livres tem o seu poder da liberdade causado por Deus, mas o exercício da liberdade é causado pela pessoa. O futuro é determinado do ponto de vista ou do conhecimento infalível de Deus, mas livre do ponto de vista da escolha do homem.
“A habilidade de uma pessoa receber o dom gracioso da salvação de Deus não é o mesmo que trabalhar por ele. Pensar assim é dar crédito a quem recebe o dom, e não ao Doador, que o dá graciosamente.” ( Norman Geisler ).
3. O livre arbítrio na Bíblia
Comentário do Blog
Tudo que é carnal em nossa natureza é herdado de Adão. Tudo que é espiritual em nossa natureza herdamos de Cristo.
Os resultados da morte de Cristo são co-extensivos com os resultados da queda de Adão. Os resultados da queda de Adão se estendem a todos os homens. Mas, a responsabilidade da decisão e escolha pessoal recai sobre cada homem. Ou o homem escolhe o que deriva de Adão ou o que é oferecido por Cristo. Ou escolhe a “ofensa” de Adão ou a “graça” de Cristo.
“Assim, segundo as Escrituras, se em Adão todos são predestinados para a perdição, em Cristo, todos são predestinados para a salvação.” ( Claiton Ivan Pommerening ).
“Este é um versículo bíblico onde vemos que Deus deu ao homem o livre arbítrio. Tudo depende da escolha que fizermos: Salvação aceitando o Salvador; perdição, rejeitando-O.
Ora, se alguém me avisa: “Perigo!”, e eu continuo avançando, quem é o culpado da morte?” ( Antônio Gilberto – A prática do Evangelismo pessoal ).
III – ELEIÇÃO DIVINA E LIVRE ARBÍTRIO
1. A eleição divina
Comentário do Blog
A eleição divina está diretamente correlacionada com a soberania de Deus.
Quando falamos de eleição / chamado divino dois fatos se estabelecem:
Nós somos eleitos / chamados em Cristo Jesus. Observe estas quatro chamadas em I Pedro:
2. Escolha humana e fatalismo
Comentário do Blog
Todos são chamados à graça salvadora. Todos são chamados a crer no Evangelho. O determinismo calvinista leva ao fatalismo. Se tudo é determinado além do nosso controle, independente de nossa vontade, por que fazer o bem e evitar o mal? O determinismo destrói a própria vontade de fazer o bem e desviar-se do mal. O fatalismo determinista calvinista não é bíblico.
Portanto, a eleição divina não significa que Deus destina alguns para a salvação e outros tantos para perdição eterna.
3. A possibilidade da escolha humana
Comentário do Blog
A graça salvadora estende-se a todos os homens.
Paulo pregou em Atenas, que Deus notifica a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam – Atos 17.30.
Ora, “todos os homens” significa isso mesmo, e não “alguns homens”…
A graça preveniente age na mente e no coração do pecador, dando-lhe capacidade de decisão por Cristo Jesus. Antes, isso em sua vida era impossível.
O homem tem a possibilidade de escolha: continuar a viver pecando ou viver em Cristo Jesus.
CONCLUSÃO
Comentário do Blog
“A soberania divina coexiste com o livre arbítrio e qualquer tentativa de explicar como isso ocorre leva a equívocos e discussões desnecessárias.” ( César Moisés Carvalho, O Sermão do Monte ).
“Se a promessa ( da salvação ) não se refere a todos a quem a ordem de crer é dada, nesse caso a ordem é injusta, vã e inútil.” ( Jacó Armínio, As Obras de Armínio, Volume 3, páginas 312,3 ).
No mais Deus proverá!
Pastor Eliel Goulart
Postado por ebd-comentada
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