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19/10/2022
“E a glória do SENHOR se alçou desde o meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade”. – Ezequiel 11.23
Deus abandona o Templo e retira a sua glória por causa das abominações do povo.
Ezequiel 9.3; 10.4,18,19; 11.22-25
Ezequiel 9
3 – E a glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, até à entrada da casa; e clamou ao homem vetido de linho, que tinha o tinteiro de escrivão à sua cinta.
Ezequiel 10
4 – Então, se levantou a glória do SENHOR de sobre o querubim para a entrada da casa; e encheu-se a casa de uma nuvem, e o átrio se encheu do resplendor da glória do SENHOR.
18 – Então, saiu a glória do SENHOR da entrada da casa e parou sobre os querubins.
19 – E os querubins alçaram as suas asas e se elevaram da terra aos meus olhos, quando saíram; e as rodas os acompanhavam e pararam à entrada da porta oriental da Casa do SENHOR; e a glória do Deus de Israel estava no alto, sobre eles.
Ezequiel 11
22 – Então, os querubins elevaram as suas asas, e as rodas as acopanhavam; e a glória do Deus de Israel estava no alto, sobre eles.
23 – E a glória do SENHOR se alçou desde o meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade.
24 – Depois, o Espírito me levantou e me levou em visão à Caldeia, para os do cativeiro; e se foi de mim a visão que eu tinha visto.
25 – E falei aos do cativeiro todas as coisas que o SENHOR me tinha mostrado.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Na sequência dos estudos de lições no livro de Ezequiel, hoje aprenderemos que:
1 – A glória de Deus é a presença de Deus;
2 – A presença de Deus pode se retirar do meio de Seu povo;
3 – Devemos ter zelo espiritual para que a presença de Deus não se afaste de nossas vidas.
A palavra hebraica kabowd significa literalmente ´peso´, porém, sempre em bom sentido figurativo significa ´glória, resplendor, abundância de honra´. Ocorre por duzentas vezes no Antigo Testamento. A tradução mais comum é ´glória´ referindo-se a Deus, ao Templo e à cidade de Jerusalém.
E a palavra hebraica shekhinah? Como bem explica o comentarista pastor Ezequias Soares, não é uma palavra bíblica. Os crentes geralmente apreciam usá-la para ´glória de Deus´. Mas, é uma palavra hebraica usada pelos religiosos judeus para ´presença de Deus´. Originalmente, significa ´habitação´.
No livro de Ezequiel, ´glória´ refere-se sempre à glória de Deus, ou seja, à presença de Deus, num sentido teofânico – de manifestação da presença de Deus.
No Novo Testamento, a palavra grega para ´glória´ é doxa. “Doxa é usada para a natureza e atos de Deus na manifestação de Si próprio” (Vine).
O livro de Gênesis termina com ´um caixão no Egito´. O livro de Êxodo termina com a manifestação da glória de Deus.
Êxodo 40.34 e 35: “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo, de maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem ficava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo”. Estes versículos finais do livro de Êxodo descrevem a descida da glória de Deus sobre o tabernáculo. Era a manifestação da presença de Deus que acompanhou a Israel nas suas jornadas pelo deserto até o reinado de Salomão.
O final do livro de Êxodo é digno da grandeza da descrição, pois termina semelhante ao modo que a história da humanidade terminará, com a descida da glória de Deus habitando com os homens – Apocalipse 21.3: “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus”.
A glória de Deus, que habitou primeiramente no tabernáculo, depois no templo construído por Salomão, no livro de Ezequiel retira-se do templo, da cidade de Jerusalém e paira sobre o Monte das Oliveiras e no Novo Testamento é identificada pela presença do Senhor Jesus, sempre significou três privilégios para o crente:
1 – Habitação;
2 – Proteção;
3 – Direção.
Ezequiel 10.4: “Então, se levantou a glória do Senhor de sobre o querubim para a entrada da casa; e encheu-se a casa de uma nuvem, e o átrio se encheu do resplendor da glória do Senhor”.
O símbolo glorioso da presença divina que aparecia entre os querubins no propiciatório, partiu daquele santuário para a porta do Templo, demonstrando que Deus logo abandonaria Sua casa, Se retirando do meio do Seu Povo, e a causa era a idolatria e outros pecados. Tudo isso indicava que o juízo de Deus sobre o Seu povo estava próximo.
O querubim desta visão está no singular, porém refere-se aos dois querubins que estavam no propiciatório da arca do Santo dos Santos. Ou seja, o próprio trono de Deus no meio de Israel.
Estes querubins estão relacionados:
1 – Com a habitação de Deus com o Seu Povo – Êxodo 25.22: “…e ali virei e falarei contigo…do meio dos dois querubins”. II Samuel 6.2 está escrito: “Senhor dos Exércitos, que se assenta entre os querubins”.
2 – Relacionam-se também com a comunicação de Deus ao Seu povo – citamos novamente Êxodo 25.22: “…e ali virei e falarei contigo…do meio dos dois querubins”. A Bíblia diz que Moisés entrava na tenda da congregação e ouvia a voz de Deus que lhe falava de cima do propiciatório, entre os dois querubins – Números 7.89.
3 – Os querubins estão relacionados ao tratar judicial de Deus. O Senhor pôs querubins ao oriente do Jardim do Éden, guardando o caminho da árvore da vida, com espadas flamejantes, para que o homem, que fora lançado para fora do Jardim, fora ficasse. Qual a aplicação para nós hoje? Entendemos que o pecador somente pode ter acesso a Deus por Cristo Jesus. O Senhor Jesus, ilustrativamente comparando, enfrentou a espada da justiça de Deus, e foi ferido em nosso lugar, abrindo um novo e vivo caminho. Por Ele, temos acesso franqueado a Deus e, por consequência, Ele nos trouxe de volta à árvore da vida.
A nuvem representa, sem dúvidas, a presença de Deus guiando e protegendo ao povo – Êxodo 13.21: “E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite”. Que grande privilégio aos crentes do antigo passado, caminhando no deserto, ter a certeza de que estavam guiados sob orientação divina e protegidos por Deus, tendo a nuvem de dia e a coluna de fogo de noite. Hoje, temos a Cristo – o Deus conosco. Ele vai adiante de nós, e as Suas ovelhas O seguem!
João 1.14 está escrito: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”.
O Verbo, como bem explicou o teólogo pentecostal Myer Pearlman (1898-1943): “O Verbo é a expressão de Deus. Alguém pode perguntar: Como é Deus? E a resposta é: Deus é igual a Jesus. A ideia que Deus faz de Si mesmo”.
Deus habitou entre nós por Cristo Jesus. Habitou é o verbo grego skénoó: armar uma tenda. O Verbo tabernaculou entre nós. Para o crente, é a habitação em íntima comunhão com o Senhor Jesus ressuscitado.
Ezequiel 10.18: “Então, saiu a glória do SENHOR da entrada da casa e parou sobre os querubins”.
Este foi um afastamento ainda maior do Templo, pois o portão leste ficava logo na entrada do pátio interno, antes do Templo. Significando que a proteção divina deixaria inteiramente a casa.
Deus partindo, os anjos também partem, e retiram o serviço que eles serviram antes.
Foi um retirar gradual da presença de Deus, pausando a execução do juízo, dando oportunidades de que ainda se pudesse impedir a destruição que se aproximava. Ora, os querubins se puseram ao lado direito da casa, e este deslocamento para a porta oriental prepara a partida definitiva.
Ezequiel 11.23: “E a glória do SENHOR se alçou desde o meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade”.
Esta montanha, a leste da cidade, é a mesma que posteriormente todos nós a conheceríamos como o Monte das Oliveiras.
Neste monte a glória de Deus parou, depois de sair do Templo e da cidade de Jerusalém. Neste monte, conforme Mateus 24, o Senhor Jesus proclamou a segunda destruição da cidade tão obstinada; deste monte, o Senhor Jesus fez Sua ascensão ao céu – Atos 1.11 e 12; e neste mesmo monte o Senhor descerá na manifestação da segunda fase de Sua gloriosa vinda, pondo seus pés sobre ele, e este Monte das Oliveiras será fendido ao meio.
A retirada gradual, pouco a pouco, aguardando sempre arrependimento de Seu Povo, mostra-nos como Deus é longânimo para conosco.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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