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17/12/2021
Este post é assinado por Eliel Goulart
“E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal”. – 2 Coríntios 4.11
O Espírito Santo nos prepara para sofrer por Jesus Cristo e suportar as angústias e aflições na obra de Deus.
Atos 21.7-15
7 – E nós, concluída a navegação de Tiro, viemos a Ptolemaida; e, havendo saudado os irmãos, ficamos com eles um dia.
8 – No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele.
9 – Tinha este quatro filhas donzelas, que profetizavam.
10 – E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judeia um profeta, por nome Ágabo;
11 – e, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo e, ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus, em Jerusalém, o varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios.
12 – E, ouvindo nós isto, rogamos-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a Jerusalém.
13 – Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.
14 – E, como não podíamos convencê-lo, nos aquietamos, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor!
15 – Depois daqueles dias, havendo feito os nossos preparativos, subimos a Jerusalém.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Na continuidade dos estudos das lições da vida e ministério do apóstolo Paulo, temos a oportunidade de rememorar que ele se conduziu como padrão dos fiéis, até na maneira de enfrentar a morte.
Atos 21.10 e 11: “E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judeia um profeta, por nome Ágabo; e, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo e, ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus, em Jerusalém, o varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios”.
Depois de alguns dias na cidade de Cesaréia, um crente chamado Ágabo, que tinha o dom de profecia, chegou vindo da Judeia, e visitou os obreiros. Este Ágabo – cujo nome tem significado incerto – tomou o cinto de Paulo, amarrou com ele os próprios pés e as mãos, e falou que o Espírito Santo disse que desta forma os líderes judeus em Jerusalém, amarrariam o dono daquele cinto e o entregariam aos romanos.
Paulo estava hospedado na casa do evangelista Filipe, um dos sete primeiramente chamados ao diaconato conforme Atos capítulo 6. E ouviu esta profecia do crente Ágabo. Os irmãos ao redor logo, tendo também ouvido tal profecia, lhe pediram que não viajasse para Jerusalém. Paulo não se deteve diante da advertência e nem diante do perigo. Ele respondeu: “Eu estou pronto”. E esta expressão no grego indica uma determinação inflexível em fazer o que ele decidiu sobre manter sua ida a Jerusalém, pois avaliava de grande valor espiritual o custo do sofrimento pelo Reino de Deus.
E os irmãos reconheceram que esta era a vontade do Senhor.
Meus amados, este cinto de Paulo ilustram-nos para admoestação a todos os obreiros de todas as gerações e alcança-nos nestes nossos dias. É como um memorial de:
1 – Fidelidade – pela fidelidade estamos ligados ao Senhor Jesus até à morte;
2 – Discernimento – o obreiro fiel discerne que está sujeito a experimentar e sofrer o ódio deste mundo tenebroso;
3 – Zelo – a virtude do zelo sempre cingiu o apóstolo Paulo. Cingido assim, nós nos apressamos, seguros em Cristo, para a missão para a qual estamos chamados.
Paulo e os que o acompanhavam embarcaram num navio que ia de Mileto para Tiro. Mileto era uma cidade muito ativa comercialmente, localizada na atual Turquia. Esta cidade foi um estágio importante na jornada missionária de Paulo. Lá ele se despediu dos obreiros que vieram da cidade de Éfeso, percorrendo 48 quilômetros de Éfeso até Mileto. Foi em Mileto, portanto, que Paulo proferiu o tocante e afetuoso discurso registrado em Atos capítulo 20.
O cristão é feitura do Senhor Jesus – Efésios 2.10 – e, portanto, estamos ligados de maneira íntima e em laços de ternura. É impossível não nos influenciarmos uns aos outros, como filhos e como servos do Senhor Jesus. Vemos isto bem exemplificado na despedida de Paulo, tendo os irmãos vindo com as esposas e filhos, acompanhando a Paulo, orando com ele e animando-o. O verbo grego para a palavra ´separamos´ em Atos 21.1: “E aconteceu que, separando-nos deles, navegamos…”, sugere que Paulo fez esforço para apartar-se dos irmãos, tão grande era o afeto e tão alta a consideração. Tem uma tradução que diz assim: “Depois de termos nos desgrudado deles, navegamos…”.
Esta cena corrobora a força do amor entre os crentes. Nós somos ligados pelos laços do Calvário!
Atos 21.8: “No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesareia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele”.
Esta foi a terceira visita de Paulo à cidade de Cesareia. E o evangelista Filipe hospedou a Paulo e aos que o acompanhavam. Este é o mesmo Filipe de Atos capítulo 6, onde foi designado para servir às mesas na vida da Igreja e, agora, trabalhava como um pregador itinerante, tendo recebido do Senhor o dom ministerial de evangelista.
No Novo Testamento há quatro pessoas chamadas Filipe. Este aqui é um dos sete diáconos de Atos capítulo 6, depois serviu como evangelista e missionário. Quão preciosas, certamente, foram as horas que Paulo e Filipe passaram juntos. O ano é estimado como sendo 56 da nossa era.
Registra-se com destaque que suas filhas eram ativas na vida da Igreja, e que profetizavam. Excelente família! Para estas quatro filhas receberam este dom do Espírito Santo, por certeza, a mãe e o pai foram crentes em diária comunhão com o Senhor Jesus.
Esta reflexão nos anima, nestes dias finais, a preocupar-nos e ocupar-nos mais com a vida espiritual de nossos filhos. Vivemos em tempos de grande perplexidade, com astutas tentações e perversas seduções do Inimigo contra as nossas crianças, adolescentes e jovens. Este evangelista Filipe, certamente, começou a evangelizar sua família. Filipe começou servindo como diácono, atendendo às viúvas e aos necessitados em Jerusalém. Depois, diante da perseguição contra os crentes que se seguiu, mudou-se para Samaria, pregou ao africano da Etiópia e, de modo sobrenatural, foi transportadora para a cidade de Azoto, tendo evangelizado entre Azoto até Cesaréia. A Bíblia diz-nos que era homem cheio do Espírito Santo e suas quatro filhas eram profetisas. Alguém contestaria a credibilidade espiritual deste obreiro? Ele e sua família são exemplo para nós seguirmos.
Primeiro, Filipe trabalhou dentro da Igreja local. Depois, trabalhou como missionário. É servindo dentro da igreja local que aprendemos a servir fora dela.
Pastor Eliel Goulart
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