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CPAD Adultos – 4 Trimestre 2020 – 13-12-2020 – Lição 11 – A teologia de Eliú: O sofrimento é uma correção divina?

11/12/2020

Este post é assinado por Eliel Goulart

TEXTO ÁUREO

“Ao aflito livra da sua aflição e, na opressão, se revela aos seus ouvidos”.  – Jó 36.15

VERDADE PRÁTICA

O sofrimento não deve ser visto apenas sob o aspecto punitivo, mas principalmente, educativo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Jó 32.1-4; 33.1-4; 34.1-6;36.1-5 

Jó 32 

1 – Então, aqueles três homens cessaram de responder a Jó; porque era justo aos seus próprios olhos. 

2 – E acendeu-se a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão; contra Jó se acendeu a sua ira, porque se justificava a si mesmo, mais do que a Deus. 

3 – Também a sua ira se acendeu contra os seus três amigos; porque, não achando que responder, todavia, condenavam a Jó. 

4 – Eliú, porém, esperou para falar a Jó, porquanto tinham mais idade do que ele. 

Jó 33 

1 – Assim, na verdade, ó Jó, ouve as minhas razões e dá ouvidos a todas as minhas palavras. 

2 – Eis que já abri a minha boca; já falou a minha língua debaixo do meu paladar. 

3 – As minhas razões sairão da sinceridade do meu coração; e a pura ciência, dos meus lábios. 

4 – O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida. 

Jó 34 

1 – Respondeu mais Eliú e disse: 

2 – Ouvi vós, sábios, as minhas razões; e vós, instruídos, inclinai os ouvidos para mim. 

3 – Porque o ouvido prova as palavras como o paladar prova a comida. 

4 – O que é direito escolhamos para nós; e conheçamos entre nós o que é bom. 

5 – Porque Jó disse: Sou justo, e Deus tirou o meu direito. 

6 – Apesar do meu direito, sou considerado mentiroso; a minha ferida é incurável, embora eu esteja sem transgressão. 

Jó 36.1-5 

1 – Prosseguiu ainda Eliú e disse: 

2 – Espera-me um pouco, e mostrar-te-ei que ainda há razões a favor de Deus. 

3 – Desde longe repetirei a minha opinião; e ao meu Criador atribuirei a justiça. 

4 – Porque, na verdade, as minhas palavras não serão falsas; contigo está um que é sincero na sua opinião. 

5 – Eis que Deus é mui grande; contudo, a ninguém despreza; grande é em força de coração.  

INTRODUÇÃO

A paz do Senhor!

Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.

Os discursos de Eliú estão nos capítulos 32 a 37 do Livro de Jó.

Jó 32.2 – “E acendeu-se a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão; contra Jó se acendeu a sua ira, porque se justificava a si mesmo, mais do que a Deus”.

Eis o nome do personagem que aparece quase ao final do Livro de Jó: Eliú. Antes, esteve silencioso, porém atento, por todo o tempo do debate entre Jó e seus três amigos. Ele não pronunciou nenhuma palavra até que ambos os lados terminassem de falar.

Eliú era descendente de Naor, irmão do patriarca Abraão. Gênesis 22.21 cita Buz como o segundo filho de Naor com Milca. A terra de Buz localizava-se nas vizinhanças donde Jó morava. O nome Eliú significa “Ele é Deus”. A escolha deste nome por seus país, denota a piedade deles. Era filho de Baraquel, cujo nome significa “Deus abençoa”, mas nada mais se sabe dele, exceto que os significados dos nomes de seus ascendentes, indicam conhecimento de Deus por parte de seus ancestrais.

Nestes seis capítulos onde se registra os discursos de Jó, a teologia de Eliú se apresenta em três divisões:

1 – A soberania de Deus em permanecer em silêncio;

2 – A soberania de Deus em agir conforme Sua justiça;

3 – A soberania de Deus em fazer do sofrimento um instrumento de processo pedagógico, de ensino para cumprir Seus propósitos.

I – O SOFRIMENTO COMO UMA FORMA DE REVELAR DEUS

1 – Deus é soberano (33.14,15)

Jó 33.14 e 15 – “Antes, Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso. Em sonho ou em visão de noite, quando cai sono profundo sobre os homens, e adormecem na cama”.

Eliú argumenta que Deus tem mais de um modo de falar ao homem, porém Sua voz não é reconhecida. Deus fala repetidamente e as pessoas não prestam atenção.

Quando Jó justificava as suas queixas no capítulo 7.14 ele disse: “Mas tu me assustas com sonhos e me aterrorizas com visões.”  Em respostas a esta reclamação de Jó, Eliú propõe que certamente Deus ensinava algo a Jó por meio de sonhos e de visões de noite.  

Eliú defende a soberania de Deus e que, portanto, não Lhe é imposto a obrigação de expor o porquê de Suas ações ou de Seu silêncio.

A Bíblia declara a Soberania de Deus. Efésios 1.11 ensina-nos que Ele “faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade”. O atributo divino da Soberania é executado na obra da criação, na história da humanidade, na providência e na redenção. Ouça a solenidade abrangente da declaração de Isaías 45.7: “Eu formo a luz e crio as trevas; eu faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas essas coisas.”

“Eu faço a paz e crio o mal” significa, literalmente, que a Soberania de Deus opera o bem-estar, a prosperidade e também a calamidade, permitindo a dor, a miséria e o sofrimento. Porém, a Soberania divina não é arbitrária, caprichosa, abusiva, tirânico. Sua Soberania está em harmonia com a Sua Justiça, com a Sua Santidade, com o Seu Amor, bem como pelos Seus demais atributos.

2 – O orgulho do homem priva-o de ouvir a Deus

Jó 33.17 – “Para apartar o homem do seu desígnio e esconder do homem a soberba”.

Este é o ponto central da teologia de Eliú: que o agir soberano de Deus tem propósitos disciplinares. Aquilo que afasta o homem do pecado, o salva do inferno. Então, para manter o homem longe do estado de pecado, Deus pode usar, em Sua providência, a permissão do sofrimento.

Que o objetivo da intervenção soberana de Deus é a manifestação de graça ao antecipar as intenções do pecador, de praticar o mal que ele medita em seu coração, e impedi-lo. Leiamos Jó 33.16 e 17 pela Nova Versão Transformadora: “Sussurra em seus ouvidos e aterroriza-os com advertências. Faz que deixem de praticar o mal e livra-os do orgulho.”

Nós nos inclinamos para o mal. Jeremias 13.23 – “Pode o etíope mudar a sua pele ou o leopardo as suas manchas? Nesse caso também vós podereis faz o bem, sendo ensinados a fazer o mal”. Então, para afastar o homem de seu desígnio, de seu mal propósito, o plano de Deus é afastar o homem de seu pensamento geral de viver em estado de pecado. E como Deus faz isso? Falando através da Sua Palavra, de Seus obreiros e servos, de Suas providências soberanas.

Observe que expressão estranha para nós: “e esconder do homem a soberba”. Como poderia o nosso orgulho ser escondido de nós? O pregador Spurgeon explicou esta frase assim: semelhante quando escondemos uma faca de uma criança. Ou semelhante à quando escondemos alguns alimentos de nossas crianças, porque já tinham o suficiente e poderiam comer mais se encontrassem. Deus esconde a soberba de nós, porque se nós encontrarmos algo do que nós pudermos orgulhar, então rapidamente seremos soberbos, jactanciosos, orgulhosos, ainda que disfarçando em nosso coração, tentemos ter aparência de piedade.

Os laços de amor de nosso Deus, na Pessoa bendita do Senhor Jesus, mantêm nossa alma longe da cova da perdição e da espada do Inimigo.

Quantas vezes Deus tem agido a nosso favor, pondo impedimentos contra nosso orgulho e nossas fraquezas pecaminosas, sim!  impedindo-nos do que seria a nossa destruição se tivéssemos continuado!

3 – O mistério da redenção

Pastor Eliel Goulart

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