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19/09/2017
Este post é assinado por: Pastor Eliel Goulart
Texto Áureo
“Portanto, deixará o varão a seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” – Gênesis 2.24
Verdade Prática
O casamento foi instituído por Deus e ratificado por nosso Senhor Jesus Cristo como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 2. 18 a 24
18 E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora ou como diante dele.
19 Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20 E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
INTRODUÇÃO
Comentário do Blog
Paz do Senhor!
Chegamos, pela graça de Deus, ao final de mais um trimestre. Deus abençoe ao professor e vocacionado. Permaneça em Romanos 12.7 – “Se é ensinar, haja dedicação ao ensino.”
Deus ama a família.
Em Gênesis 2 Deus cria a família.
Em Gênesis 8 Deus salva a família.
Em Gênesis 12 Deus abençoa a todas as famílias.
Em Gênesis 17 Deus opera milagre para uma família.
Em Gênesis 30 Deus escolhe uma família.
Em Gênesis 45 Deus cuida de uma família.
A primeira revelação de Deus nas Escrituras é como Criador.
Gênesis 1.1 – “No princípio, criou Deus os céus e a terra.”
E a criação da família é antes da do Estado e da Igreja histórica.
O primeiro milagre do Senhor Jesus honrou uma família.
Mas, diabo odeia a família com suas armas infernais:
1 – A arma do divórcio para destruí-la.
2 – A arma da libertinagem para desonrá-la.
3 – A arma do desamor para dividi-la.
A bênção de Deus para um lar bem-aventurado está em que:
1 – Toda a família venha para Cristo
Atos 16.31 – “E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.”
2 – Toda a família esteja em Cristo
Atos 16.31 e 32 – “E lhe pregaram a palavra do Senhor e a todos os que estavam em sua casa. E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus.”
3 – Todo lar da família seja Igreja de Cristo
Atos 16.34 – “Então, levando-os a sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa.”
I – A ORIGEM
1. O homem e a mulher
Comentário do Blog
Gênesis 1.27 – “E criou o Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.”
Observe que o verbo ´criar´ é repetido por três vezes. E a repetição tripla corrobora a negação das teorias da evolução.
Aqui está a doutrina da criação especial:
1 – O homem não é resultado de evolução. Mas, é algo novo.
2 – O homem em sua criação difere dos animais, tanto em grau quanto em espécie.
3 – O homem é a conclusão do propósito de Deus – Gênesis 1.31 – “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom.”
“E criou Deus o homem à sua imagem…”, ou seja, especialmente em sua imagem moral, podendo viver:
– Em conformidade com a vontade de Deus.
– Com capacidade de discernimento.
– Com competência moral de juízo.
– Sem erros em seus conhecimentos.
– Sem desordem em suas emoções.
– Sem insubordinação em seus apetites.
– Com todas as suas faculdades servindo à glória de Deus.
Matthew Henry: “Deus disse: ‘Façamos o homem.´ O homem, quando foi feito, foi criado para glorificar ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Neste grandioso nome somos batizados, pois a este grande nome devemos o nosso ser. É a alma do homem que leva especialmente a imagem de Deus. O homem foi criado reto, conforme Eclesiastes 7.29. O seu entendimento via clara e verdadeiramente as coisas divinas; não havia erros e nem equívocos em seu conhecimento; a sua vontade consentia imediatamente com a vontade de Deus em todas as coisas. Os seus afetos eram normais, e não tinha maus desejos e nem paixões desordenadas. Seus pensamentos eram facilmente levados a assuntos sublimes e permaneciam focados neles. Assim eram os nossos primeiros pais, santos e felizes, quando tinham em si mesmos a imagem de Deus. Porém, quão desfigurada está a imagem de Deus no homem! Queira o Senhor, por sua graça, renová-la em nossa alma!”
“O homem em sua parte essencial, a imagem de Deus nele, era inteiramente uma nova criação. Descrevemos aqui duas etapas em sua criação. O fato geral é indicado na primeira parte do versículo, e depois os dois detalhes. “À imagem de Deus o criou.” Este é o ato primário. Aqui sua relação com o Criador é proeminente. Neste seu estado original ele é realmente um quanto a imagem de Deus. “Macho e fêmea os criou.” É o segundo ato de sua formação. Aqui ele é dois. E este segundo estágio da criação do homem é descrito a seguir em Gênesis 2.21 a 25.” ( Notas de Barnes sobre a Bíblia ).
“Não vemos aqui os detalhes do ato criativo da mulher, que só figuram em Gênesis 2.4 e seguintes. Mas a maioria dos estudiosos prefere pensar que o segundo relato suplementa o primeiro, conforme diz o ponto de vista conservador.” ( O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Volume 1 – R. N. Champlin ).
Portanto, no sexto dia Deus criou o homem.
“O homem foi feito à imagem de Deus e possuiu o mais alto modo de vida.
Assim, eis aqui uma criatura que não apenas comeria os deliciosos alimentos do Éden, mas também olharia primeiro para os céus e daria graças Àquele que criou tanto a comida quanto aquele que come.
Ele recebeu uma esposa – Gênesis 2.18 a 26. Essa é a primeira das três grandes instituições dadas ao homem por Deus, que são: o casamento, o governo humano ( Gênesis 9 ) e a igreja ( Mateus 16 ).” ( Harold L . Willmington ).
2. A formação da mulher
Comentário do Blog
Gênesis 2.18 – “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.”
Neste versículo, temos a instituição divina do casamento. E a declaração subsequente de que a mulher é auxiliadora do homem.
Adjutora – Strong – hebraico: ezer – ajudante.
Brow-Drives-Briggs: hebraico, um que ajuda. Ocorre 21 vezes no Antigo Testamento.
A Tradução Siríaca diz assim: “Uma ajudante semelhante a ele.” Uma ajudante que corresponda à sua natureza moral e intelectual, fornecendo-lhe o que ele precisa e sendo a contrapartida de seu ser.
A mulher é uma ajudadora:
1 – Para assistência no governo da família.
2 – Para o equilíbrio social.
3 – Para a continuação da humanidade.
Entendemos pela revelação das Escrituras, que a mulher foi formada do homem para lhe ser companhia inteligente. Foi formada do homem para lhe ser ajudadora nas lutas desta vida. Para cultivar suas qualidades morais. Auxiliá-lo nas necessidades cotidianas. Para estarem juntos na adoração a Deus.
Este versículo traz-nos lições:
1 – A da compaixão de Deus para com o homem;
2 – Que o casamento deve dar ao homem uma verdadeira companhia de ligação de alma;
3 – Que o casamento é para ajuda mútua em todas as exigências da vida.
Raymond Carlson: “Mas que necessidade tinha Adão e com a qual não podia lidar no utópico Éden com seu ecossistema perfeitamente equilibrado e a atmosfera livre de substâncias tóxicas? Solidão!
Solidão foi a primeira emoção que Adão teve com a qual não podia lidar.
Ainda que no frescor do dia Deus viesse conversar com Adão, este precisava de alguém como ele mesmo – outro ser humano – com quem pudesse se comunicar durante o dia. A mulher não foi criada para ser objeto sexual. Antes, foi criada para ser ouvinte incentivadora e comunicadora dinâmica. Era tão fundamental esse relacionamento, que o casal recentemente formado foi instruído a ensinar seus filhos a deixar pai e mãe e apegar-se aos seus respectivos cônjuges – Gênesis 2.24.” (Pastor Pentecostal – Teologia e Práticas Pastorais).
II – A FAMÍLIA
1. Conceito de família entre os antigos hebreus
Comentário do Blog
A palavra “família” tinha um amplo sentido: em aramaico aha, e ah em hebraico, significava irmão, meio-irmão, primo e até mesmo um parente próximo; portanto, falando a Ló que era seu sobrinho, Abraão disse: “porque irmãos somos”, cuja expressão foi também empregada por Labão referindo-se a Jacó. Em I Crônicas os filhos de Quis são descritos como irmãos das filhas de Eleazar, enquanto na verdade eram primos. Este era indiscutivelmente o costume antigo.
Em Israel, a família era a base vital da sociedade. Nos primeiros tempos ela formava até mesmo uma entidade separada sob o ponto de vista da lei, como parte da tribo. A Lei multiplicara também suas ordens, a fim de manter a permanência, a pureza e a autoridade da família. Enquanto os judeus desejassem obedecer fielmente a Lei, eles então jamais deixariam de admitir o lugar predominante da família na sociedade.
As pessoas se casavam cedo em Israel. Muitos opinavam que a idade ideal para o homem era dezoito anos. O pai era aconselhado a fazer casar o filho “enquanto ainda mantinha a mão sobre o seu pescoço.” Depois que o pescoço engrossa, o pai não o dirige mais. Quanto às meninas, estas casavam-se quando aptas para isso, ou seja, após o primeiro ciclo menstrual. Era também recomendação dizer: “Desça um degrau ao tomar esposa.” Em razão de possível desprezo caso o israelita se casasse com uma mulher de posição econômica e social mais elevada. Então, vê-se que os sábios de Israel tinham profundo conhecimento e percepção da vida conjugal e suas dificuldades.
Leia, para subsidiar os comentários deste tópico, Deuteronômio 6. São apenas 25 versículos. Neste capítulo temos orientações expressas sobre o propósito da família na realização do plano de Deus para o Seu povo. Destacamos algumas delas:
1 – Deus legou mandamentos, estatutos e juízos para serem tanto ensinados quanto praticados – versículo 1º;
2 – O objetivo desses preceitos era o de cultivar o temor do Senhor – versículo 2;
3 – Este era um mandamento perene nas gerações – versículo 2;
4 – E mandamento com promessa aos que obedecessem: teriam os dias prolongados na face da terra – versículo 2;
5 – Aprendemos que não há como “se dar bem” em desobediência contra a vontade revelada de Deus – versículo 3;
6 – A obediência formal, por aparência exterior, não é válida. A obediência que prospera é a originada no amor e do coração – versículos 5 e 6;
7 – O lar é a primeira escola do caráter. A responsabilidade é diária. É contínua. – Versículo 7;
8 – As expressões dos versículos 8 e 9 referem-se a importância da Palavra de Deus, quanto as coisas que fazemos – “atarás por sinal na tua mão” – quanto à nossa visão da vida pela perspectiva de Deus – “serão por testeiras entre os teus olhos”. E que ela sustenta o nosso lar – “as escreverás nos umbrais” – e são seus valores e princípios que limitam o que entra e o que deva sair de nossa casa – “as escreverás…nas tuas portas” versículos 8 e 9.
2. O papel da mulher na sociedade israelita
Comentário do Blog
A mulher era de tal forma considerada sujeita ao marido que, segundo a Lei, a mulher de um escravo era vendida juntamente com ele – Êxodo 21.3.
A esposa era uma possessão excessivamente valiosa e ninguém mais tinha o direito de tocá-la. Sabemos que Faraó, em Gênesis capítulo 12, aprendeu isto com dores, quando sem saber, tomou a mulher de Abraão, trazendo sobre ele os castigos divinos.
A mulher era protegida. Basta ler os capítulos 21 e 22 de Deuteronômio. Até mesma a cativa de quem o conquistador quisesse aproveitar-se, era protegida.
A mulher era sustentada e mantida pelo marido. Êxodo 21.10. Os maridos judeus gostavam de ver suas esposas bem vestidas, adornadas e que a sociedade soubesse que em sua casa havia abundância de trigo, mel e óleo. Eles citavam Ezequiel 16.10, por exemplo, argumentando que assim o Senhor trata a Sua esposa, qual seja, o Povo Escolhido.
Os filhos deviam respeito aos pais. Incluindo, por evidência, as mães. Observe que em Levítico a mãe é mencionada primeiro no mandamento – Levítico 19.3 – “Cada um temerá a sua mãe e a seu pai…”.
Quanto às práticas econômicas, o marido era o único guardião da propriedade comum da família. Mas a mulher participava da economia do lar, fazendo uso de seus ganhos pessoais como ela julgasse apropriado. Provérbios 31.16: “Examina uma herdade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.” Quando faziam mais tecidos do que a família necessitava, então reservavam o excedente como produto para suas vendas.
Uma enorme variedade de produtos que hoje compramos em lojas e fábricas eram produzidas em casa pelas mulheres: pão, a farinha que era moída em casa, buscava água das fontes, fornecia o óleo, inclusive para as lâmpadas e serviços religiosos,
Ilustração – Diz-se que a seguinte lenda era atribuída a Gamaliel, o professor de Paulo.
Certo imperador disse ao sábio: “Teu Deus é um ladrão. Para fazer a mulher teve de roubar uma costela do adormecido Adão.” O letrado não soube responder, mas sua filha disse: “Deixe que cuido disso.” Ela foi procurar o imperador e lhe falou: “Pedimos justiça.” O imperador inquiriu: “É mesmo? Por quê?” – “Ladrões entraram em nossa casa à noite, e levaram um jarro de prata e deixaram um de ouro em seu lugar.”
Disse o imperador:”Gostaria de ter ladrões assim todas as noites.”
“Pois bem” – replicou a moça – “foi isso que nosso Deus fez. Tomou uma simples costela do primeiro homem, mas em troca deu-lhe uma esposa.”
III – PRINCÍPIOS BÁSICOS
1. Casamento
Comentário do Blog
O casamento é uma instituição divina perpetuada por Deus, com o objetivo de estabelecer a família e a sociedade. O casamento é insolúvel, ou seja, deve perdurar enquanto os cônjuges viverem.
O casamento, segundo nos ensinam geralmente as Escrituras, é uma escolha pessoal.
E terão problemas – tanto o homem quanto a mulher – se tal escolha não for submetida à direção de Deus. A vontade de Deus está revelada nas Escrituras Sagradas.
O casamento é um contrato social. Compromisso de aliança feito diante de Deus – Provérbios 2. 17 – “…e se esquece do concerto do seu Deus.”
Malaquias 2.14 – “…Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher do teu concerto.”
Como posso saber a vontade de Deus para o casamento?
O namoro é a fase do conhecimento.
O noivado é a fase da preparação.
O casamento é a fase da consumação.
O mundo inverte tais valores. Consumam antes, e despreparados, casam-se sem se conhecerem…
Mas nós somos um povo “cujas leis são diferentes das leis de todos os povos” – Ester 3.8.
O primeiro indicativo da vontade de Deus é a busca da santidade como princípios do namoro e do noivado. Não há prática sexual fora do ambiente sagrado do casamento. A castidade e a virgindade são os princípios bíblicos. E quem contraria tais princípios, tanto ofende a Deus quanto sinaliza um casamento que gradualmente fracassará – I Coríntios 6.18 a 20: “Fugi da prostituição ( Almeida Atualizada – impureza – observação nossa ). Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. ( na Almeida Atualizada – qualquer que pratica a imoralidade ). Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em nós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.”
O segundo indicativo sugerido aqui é que o casamento não muda as pessoas. Quem transforma as pessoas é Deus. Observe o comportamento pessoal. Observe como o namorado / namorada trata os pais. É como vai trata-lo / tratá-la. Pois quem não honra os pais certamente não honrará o cônjuge. Se a conduta está em conflito com os conselhos de sabedoria da Bíblia, indica, portanto, estar fora da vontade de Deus. Provérbios 3.5 e 6 – “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. ( Não se firme em sua própria inteligência, como se fosse um estribo seguro para ir adiante – anotação nossa ). Reconhece-O em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.”
O terceiro indicativo da vontade de Deus sugerida aqui é espontaneidade e simplicidade do casamento. Conheço casais dos meus dias de mocidade, que trouxeram muitas aflições e dissabores ao longo dos anos, sobre si mesmos, por buscarem ´profetas´ que lhes indicassem a validade de casamento. Prática muito perigosa. O amor flui com singeleza. Com simplicidade. Com naturalidade. O afeto, a amizade, os sorrisos, as conversações, a falta que um sente do outro, a aprovação dos pais, dos amigos mais chegados, o reconhecimento dos irmãos com mais maturidade de vida na igreja… tudo isso é perceptivo da vontade de Deus.
Por quarto e finalmente – Almeida Revista e Atualizada – Colossenses 3.15 – “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração.” Eis aqui um grande indicativo da aprovação da vontade de Deus: a paz interior dominando os nossos pensamentos e corações.
2. Monogamia
Comentário do Blog
O plano ideal de Deus se revela, como princípio, no livro dos princípios – Gênesis.
E ali aprendemos que o padrão divino é um homem para uma única mulher. Já lemos aqui nestes comentários, Gênesis 2.24. O modelo de Deus está expresso nessa união.
A geração mundana de Caim introduziu a bigamia. Gênesis 4.19 a 24. O nome Lameque significa “derrubador, selvagem”, no sentido de forte e poderoso. O nome de uma de suas esposas era Ada – “adorno” – e o nome da outra – Zilá – “uma cobertura pelas armas”. Geração que saiu da história do povo de Deus. Que saiu da linhagem dos piedosos.
Quem, nas narrativas bíblicas, desobedeceu a Deus e casou-se com duas mulheres, trouxe sobre si e sobre o seu casamento, aflições espinhosas. As narrativas dessas desobediências, mesmo por homens a quem admiramos pelo temor a Deus, trouxeram dissabores, perturbações familiares, conflitos que perduram na história e perdas espirituais graves.
Destacamos aqui o patriarca Isaque, que tanto honrou seu pai quanto honrou a Deus, casando-se com uma única mulher – Rebeca – segundo o conselho de seu pai e obedecendo o princípio de Deus – o da monogamia.
Quanto mais os líderes, com posições em nossos púlpitos, devam ser exemplo dos fiéis neste quesito também. I Timóteo 3.2 – “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher.” Desde o diácono – I Timóteo 3.12 – “Os diáconos sejam maridos de uma mulher…”.
Quando pastores começam a seguir e a ensinar argumentos dos psicólogos, dos sociólogos, de especialistas ( ! ) e diminuem a regra de conduta e de fé para a família – a Bíblia Sagrada – tornam-se inimigos da Palavra de Deus e afastam-se da comunhão com o Altíssimo. Pregam uma Palavra a qual não creem e nem obedecem.
Isaías 8.20 – “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.”
A síntese que não se abala na Bíblia é:
I Coríntios 7.2 – “…cada um tenha a sua própria mulher, e cada um tenha o seu próprio marido.”
3 – Heterossexualidade
Comentário do Blog
Gênesis 2.24 – “…macho e fêmea os criou.”
Eis a simplicidade e objetividade da Bíblia.
Há um limite crucial em que devemos decidir se vamos obedecer a opiniões pessoais ou as Escrituras Sagradas. A opinião mundana considera o homossexualismo como opção de uma maneira de viver.
Chegará o dia que para trás ficarão os argumentos de diversos matizes e as opiniões pessoais, e seremos confrontados tão somente com a Palavra de Deus.
Quando eu era criança, li uma frase numa revista evangélica portuguesa, que meu pai assinava – Novas de Alegria – “O certo é sempre certo ainda que todos estejam contra, e o errado é sempre errado, ainda que todos estejam a favor.” E nossa sociedade brasileira, e de outras nações, rumam para a aprovação do homossexualismo e outras práticas contrárias ao conselho da Palavra de Deus.
Romanos 1.26 e 27 – “Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.”
Levítico 18.22 – “Com varão te não deitarás, como se fosse mulher: abominação é.”
O princípio bíblico divino é o da heterossexualidade. Outras práticas são condenadas.
Gênesis 2.24 – “Portanto, deixará o varão a seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.”
Apegar – Strong: hebraico, dabaq – verbo – significando ´agarrar´ – ´unir´ – ´aderir´- ´juntar´- ´pegar com firmeza´. Ocorre 54 vezes no Antigo Testamento.
O homem apega-se à sua mulher. Não há margem para interpretação secundária. Não há brecha para outra natureza de união. É taxativo.
Pais e mães, despertem-se e alertem-se sobre os ensinos errados das nossas escolas. A responsabilidade é dos pais quanto à formação de seus filhos: homens e mulheres. Deus uniu o homem e a mulher para demonstrar o padrão divino da heterossexualidade.
Deuteronômio 6.6 – “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.”
Há quatro maneiras bíblicas de ensinar aos filhos – leia Deuteronômio 11.18 a 20:
1 – Pelo exemplo – amor dos pais pela vida da igreja, pelos fiéis obreiros do Senhor, pela Palavra de Deus.
2 – Com amor – que vem do ´coração´.
3 – Falando – “nos umbrais” – nossa vida privada – “nas tuas portas” – nossa vida pública.
4 – Com visão – do ponto de vista de Deus.
5 – Com ensino diário – o que seus filhos aprenderem sobre seus pais na infância, os marcarão para toda a vida.
4 – Indissolubilidade
Comentário do Blog
Romanos 7.3 – “De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei e assim não será adúltera se for doutro marido.”
O casamento só termina pela morte de um dos cônjuges.
Malaquias 2. 15 – “…ninguém seja desleal para com a mulher da sua mocidade.”
A união padronizada pelo próprio Deus em Gênesis 2.24 é:
1 – Histórica;
2 – Indissolúvel;
3 – Permanente.
O pecado tem minado o ideal de Deus, e Satanás destrói as famílias com o divórcio. Separam os lares. Traumatizam os filhos.
I Coríntios 7.10 e 11 – “Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher se não aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.”
O divórcio traz irreparáveis consequências tanto para os cônjuges quanto para os filhos. Trata-se de questão grave.
Pastor Eliezer Lira: “De uma forma geral, ao crente não é permitido divorciar e casar-se outra vez. Deus forneceu diretrizes para o casamento e sua estabilidade, e não para o divórcio.”
Pastor Eliezer Lira alerta para as consequências desastrosas:
1 – Altos riscos de problemas psiquiátricos e doenças físicas.
Ele cita como referência Dr. David Larson, psicólogo e pesquisador americano, que concluiu sobre as consequências do divórcio:
a ) os indivíduos divorciados acham-se mais vulneráveis ao câncer do que as pessoas bem casadas.
b ) as taxas de morte prematura são significativamente mais altas entre homens e mulheres divorciadas.
Acredita-se que isso se deve ao trauma emocional que estressa o corpo, e reduz o sistema de defesa imunológica do organismo.
E acrescenta-se as consequências contra os filhos, afetando-lhes o desenvolvimento emocional que está diretamente ligado à interação contínua, cuidadosa e sustentadora entre ambos os pais.
Estudos revelam que 90% dos filhos de pais divorciados são vítimas de um sentimento agudo de choque quando a separação ocorre, incluindo profunda mágoa e temores irracionais. Trazendo-lhe o sentimento de rejeição e a dificuldade de se sentirem amados.
E o pastor finda concluindo: “Considerando todas as questões discutidas, não espere um colapso conjugal para então buscar solução no divórcio; renove, melhore e recicle seu relacionamento conjugal e fuja de todas as possibilidades que desemboquem numa catástrofe desta natureza. O ideal, portanto, é que os cônjuges permaneçam unidos até que a morte os separe.” ( Revista Lições Bíblicas – CPAD – Lições do 2º Trimestre de 2004 – Professor – Lição 11 – páginas 77 a 82 – com Consultoria Doutrinária e Teológica do pastor Antônio Gilberto ).
IV – O DESAFIO DA IGREJA
1 – Institucionalização da iniquidade
2 – A inversão de valores
Comentários do Blog
Registro que os comentários do pastor Esequias Soares, na revista deste trimestre, para este quarto tópico são excelentes.
Apenas acrescento subsídios devocionais.
I Coríntios 7.5 – “…para que Satanás vos não tente…”
Clama o poder do sangue de Jesus por cobertura protetora sobre o seu casamento. O inimigo é o tentador. II Coríntios 2.11 – “Porque não ignoramos os seus ardis.” Ou seja, ela sabe que o marido e a mulher são os esteios da família. Se estes forem abalados pelo mal, o lar perderá os fundamentos e cairá.
Salmo 11.3 – “Na verdade, que já os fundamentos se transtornam; que pode fazer o justo?”
O justo pode:
1 – Seguir a orientação infalível da Palavra de Deus – Salmo 37.4 e 5 – “Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.”
2 – Servir a Deus – Salmo 144.15 – “Bem aventurado o povo a quem assim sucede! Bem aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor!”
3 – Honrar o nome de Deus – Salmo 72.17 – “O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais a filhos, enquanto o sol durar, e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe chamarão bem aventurado.”
Para o lar que não se conforma com este mundo – Romanos 12.2 – nada muda, mesmo diante da institucionalização da iniquidade e da inversão de valores.
Andrew Murray ( 1828 – 1917 ) escreveu: “O maior perigo para a Igreja não é o ateísmo e nem a superstição. É o espírito de mundanismo dominando os lares de gente que se diz cristã, que sacrifica os filhos no altar da ambição, da sociedade e da amizade ao mundo. Se todo lar da Igreja fosse verdadeiramente cristão, teríamos uma sublime escola de treinamento para o serviço de Deus e conheceríamos o segredo da força espiritual de que o lar cristão é capaz.”
Cinco características de um lar verdadeiramente cristão:
1 – Cristo é conhecido;
2 – Cristo é amado;
3 – Cristo é servido;
4 – Cristo é obedecido;
5 – Cristo é revelado através dos pais.
A experiência e a história nos ensinam que nossas crianças aprendem mais pelo exemplo do que pelo que ouvem ou veem. Portanto, para isso, a Bíblia exorta princípios que podemos praticar em nosso lar:
1 – Oração – nos horários das refeições. Orando antes do horário de dormir.
2 – Bíblia aberta e citada – para cada ocasião e oportunidade. Romanos 10.17 – “A fé vem pelo ouvir…” – Salmo 34.11 – “Vinde, meninos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor.”
3 – Exemplo – Em I Coríntios 10.31, Paulo recomendou a que tudo quanto fizermos, qualquer coisa, façamos para glória de Deus.
CONCLUSÃO
Comentário do Blog
O casal Áquila e Priscila abriu o seu lar para Paulo, quanto este chegou a Corinto.
Atos 18.3 – “E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas.”
Em Outlive Your Life (Supere-se), Max Lucado escreve: “A hospitalidade abre a porta para a comunidade fora do nosso ambiente diário comum. Não por acaso as palavras hospitalidade e hospital provêm da mesma palavra em latim, pois ambas levam ao mesmo resultado: cura. Quando você abre as suas portas para alguém, envia imediatamente a seguinte mensagem: ‘Você é importante para mim e para Deus.’ Você pode pensar que está dizendo: ‘Entre e faça uma visita’, mas o seu convidado ouve: ‘Sou digno deste esforço.’”
É isso que o apóstolo Paulo deve ter ouvido e sentido quando Áquila e Priscila abriram-lhe as portas de seu lar. Ao chegar em Corinto, provavelmente, ele estava exausto de sua viagem desde Atenas. Talvez também estivesse desanimado, por seu ministério aparentemente malsucedido naquele lugar (Atos 17:16-34). Mais tarde, ele escreveu: “E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós” (1 Coríntios 2:3). Provavelmente, Áquila e Priscila encontraram Paulo no mercado de Corinto e abriram seu lar a ele. Eles lhe garantiram um oásis espiritual por meio da hospitalidade cristã.
Como seguidores de Jesus, somos convocados a praticar a hospitalidade, para sermos um “hospital” capaz de ajudar as pessoas que estão atravessando as tempestades da vida e necessitam de restauração. Podemos ser usados pelo Senhor porque Ele nos tem suprido. ( Pão Diário – 15/07/2015 ).
Pastor Eliel Goulart
Postado por ebd-comentada
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