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27/08/2021
Este post é assinado por Eliel Goulart
“Não te desampares a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do tu coração e acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens”. – Pv 3.3,4
Para ter uma vida de constante comunhão com Deus é necessário abandonar todo tipo de idolatria, e confiar nEle inteiramente.
2 Reis 11.1-3; 12.1-5, 17-21
2 Reis 11
1 – Vendo, pois, Atalia, mãe de Acazias, que seu filho era morto, levantou-se e destruiu toda a descendência real.
2 – Mas Jeoseba, filha do rei Jeorão, irmã de Acazias, tomou a Joás, filho de Acazias, e o furtou dentre os filhos do rei, aos quais matavam, e o pôs, a ele e à sua ama, na recâmara, e o escondeu de Atalia, e assim não o mataram.
3 – E Jeoseba o teve escondido na Casa do Senhor seis anos; e Atalia reinava sobre a terra.
2 Reis 12
1 – No ano sétimo de Jeú, começou a reinar Joás e quarenta anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Zibla, de Berseba.
2 – E fez Joás o que era reto aos olhos do SENHOR todos os dias em que o sacerdote Joaiada o dirigia.
3 – Tão-somente os altos se não tiraram; porque ainda o povo sacrificava e queimava incenso nos altos.
4 – E disse Joás aos sacerdotes: Todo o dinheiro das coisas santas que se trouxer à Casa do SENHOR, a saber, o dinheiro daquele que passa o arrolamento, o dinheiro de cada uma das pessoas, segundo a sua avaliação, e todo o dinheiro que trouxer cada um voluntariamente para a Casa do SENHOR,
5 – os sacerdotes o recebam, cada um dos seus conhecidos; e eles reparem as fendas da casa, segundo toda fenda que se achar nela.
17 – Então, subiu Hazael, rei da Síria, e pelejou contra Gate, e a tomou; depois, Hazael resolveu marchar contra Jerusalém.
18 – Porém, Joás, rei de Judá, tomou todas as coisas santa que Josafá, e Jeorão, e Acazias, seus pais, reis de Judá, consagraram, como também todo o ouro que se achou nos tesouros da Casa do SENHOR e na casa do rei, e os mandou a Hazael, rei da Síria; e este, então, se retirou de Jerusalém.
19 – Ora, o mais dos atos de Joás e tudo quanto fez mais, porventura, não estão escritos no livro das Crônicas dos Reis de Judá?
20 – E levantaram-se os seus servos, e conspiraram contra ele, e feriram Joás na casa de Milo, que desce para Sila.
21 – Porque Jozacar, filho de Simeate, e Jozabade, filho de Somer, seus servos, o feriram, e morreu; e o sepultaram com seus pais na Cidade de Davi; e Amazias, seu filho, reinou em seu lugar.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Continuando os estudos nos livros de Reis, hoje aprenderemos lições em II Reis capítulos 11 e 12.
Três personagens se destacam nestes capítulos: a rainha Atalia, o sacerdote Joiada e o rei Joás. Este começou a reinar com sete anos, dirigido e aconselhado pelo sacerdote Joiada. Desde o início, enquanto foi guiado pelo sacerdote Joiada, fez o que era reto aos olhos do Senhor. Porém, com a morte deste, passou a ouvir os principais do Reino de Judá, esquecendo-se do temor do Senhor e, deste modo, veio a decadência sobre a nação. Os dias do rei Joás, na companhia do sacerdote Joiada, começaram bem, e na companhia dos príncipes de Judá, terminaram de maneira trágica.
Eclesiastes 7.8: “Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas.” Certamente isto é verdade quando perseveramos em seguir ao Senhor com obediência e fidelidade. O céu é melhor do que as coisas terrenas. De nada adianta começar bem e terminar mal. O reinado de 40 anos do rei Joás ensina-nos que se o fim não for melhor do que o começo, será infinitamente e eternamente pior.
Aprenderemos que, se agirmos como o rei Joás, que começou bem e terminou mal, oportunidades preciosas desaparecerão, os anos perdidos em desobediências aos mandamentos do Senhor serão irrevogáveis, ou seja, nunca voltarão atrás.
Aprenderemos que, os que agem como Joás agiu, terminam os anos com uma alma cansada, uma consciência contaminada, a mente em escuridão, o coração endurecido para com Deus e um fim terrível. Como dizia a letra de antigo hino: “Como é horrível o grito de alguém, gritando por socorro, entrando no além”.
Para entendermos o conjunto das condições históricas que antecedeu a subida de Joás ao trono do Reino de Judá, necessário é revermos os eventos do passado e refletirmos em suas consequências.
Este Joás que estamos a estudar hoje, era neto do rei Josafá, rei de Judá, porém, também neto do rei Acabe e de Jezabel, monarcas no Reino do Norte, ou Reino de Israel.
Josafá, seu avô, fez aliança com Acabe, e isto trouxe perdas diversas, sobretudo, ruína espiritual. Josafá insistiu em ter acordos com os reis idólatras e ímpios do Norte, e combinou o casamento de seu filho Jeorão com a filha de Acabe e Jezabel, chamada Atalia.
Ora, Atalia não servia ao Senhor e fora criada por sua mãe Jezabel, nas idolatrias horríveis de Baal e Aserá. E, como esposa do príncipe Jeorão, veio morar em Jerusalém, na sede do governo, trazendo o legado de impiedade que sua mãe lhe transmitiu.
Lamentável ver os que insistem em desprezar o mandamento de II Coríntios 6.14: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis […] que comunhão tem a luz com as trevas?“ Paulo usa como ilustração, a proibição da Lei de misturar animais de espécies diferentes, como a de pôr um boi arando, unido no mesmo jugo, com um jumento. A Bíblia é bem clara em ordenar que o crente não se deve unir, não se deve comprometer com quem possui valores desiguais, diferentes, ou seja, que vão contra a fé evangélica, contra as prioridades do Reino de Deus.
Paulo apresenta cinco argumentos irrefutáveis para a assertiva do fiel não se unir em casamento com o infiel:
1 – Porque não há sociedade entre a justiça e a injustiça – o descrente trará padrões mundanos de conduta. Ageu 2.11 a 14 adverte-nos sobre o que maiormente acontece nesta sociedade desigual, onde não é o santo que santifica o impuro, mas é o impuro que contamina o santo.
2 – Porque não há comunhão entre a luz e as trevas – o crente está iluminado na mente e no coração pela luz de Deus, e como se ligaria a quem está no estado de escuridão espiritual, moral e de valores, de ignorância, cegueira e vícios pertinazes?
3 – Porque não a concordância em Cristo e Belial – que harmonia há entre Cristo, a quem o crente serve, e com Belial (um epíteto que, no hebraico, nomeia a Satanás), a quem pertence o descrente e é quem reina sobre os filhos da desobediência?
4 – Porque o fiel não tem parte com o infiel – não há nada em comum entre o que serve a Deus e o que não O serve. Maiormente, a união entre o fiel e o infiel ou não será agradável, ou não será segura, ou não será duradoura.
5 – Porque não há consenso entre o templo de Deus e o templo dos ídolos – não há aliança e nem acordo entre o templo de Deus (o crente) e o templo da idolatria (o incrédulo). Que seria, por assim dizer, erguido neste templo do Deus vivo, que é o crente, onde Deus habita, conforme Romanos 8.9?
Josafá insistiu em ter acordos com o ímpio rei Acabe, e aparentou-se com ele, unindo em casamento o seu filho Jeorão com a filha de Jezabel, Atalia. Os dois geraram ao rei Joás, personagem desta lição. E este Jeorão reinou por oito anos, fazendo o que era mau aos olhos do Senhor. Ao invés de seguir os bons exemplos de seu pai Josafá, seguiu os exemplos de rebeldias dos seus sogros Acabe e Jezabel.
A desobediência ao mandamento de II Coríntios 6.14 cumpriu-se completamente neste casamento, quanto às consequências ruinosas e de tantos males que sobrevém no jugo desigual. Este Jeorão, marido da filha de Jezabel, Atalia, foi um rei tão mau, que em II Crônicas 21.20 dele se registrou: “foi-se sem deixar de si saudades.”
Seu filho Acazias, o caçula, reinou em seu lugar e estava despreparado para tal. Os seus irmãos mais velhos foram mortos pelos arábios, quando estes guerrearam contra Judá, por isso, ele foi posto no trono. Eis mais uma consequência do jugo desigual: Acazias reinou apenas um ano, e neste um ano, fez as mesmas impiedades que fizera seu pais, Jeorão e Atalia, e seus avós Acabe e Jezabel. Podemos até imaginar o ambiente diabólico, de mundanismo e obras da carne, de Baal e Aserá em que fora criado.
Acazias foi morto por Jeú, do reino do Norte, quando foi visitar seus parentes de lá. Então, sua mãe Atalia usurpou (que é tomar posse sem ter o direito) o trono de Judá e, de imediato, matou a descendência real, até mesmo os seus netos – II Reis 11.1.
Porém, Deus, através de uma mulher chamada Jeoseba, filha do rei Jeorão, irmã do assassinado rei Acazias, a única mulher de descendência real casada com um sacerdote, ou seja, o sacerdote Joiada. Jeoseba escondeu, num cômodo do templo, ao seu sobrinho Joás, ainda bebê, um recém-nascido, impedindo que Atalia o matasse. Desse menino viria a nascer a continuidade da descendência que geraria a Jesus, portanto, o diabo não conseguiu apagar a lâmpada do rei Davi! Deus escondeu esta criança no templo, que se localizava ao lado do palácio da ímpia Atalia, que matou a descendência real, aos que ela conseguiu pôr as mãos. Que ironia, Deus escondeu esta criança por sete aos, ao lado do palácio onde Atalia morava! No templo de Deus, que naquela época estava tão desprezado, que se tornou um local seguro de esconderijo, haja vista que nem era frequentado, dando a dimensão do menosprezo pelo culto ao verdadeiro Deus. Sabemos que do mal, Deus é Todo Poderoso para tirar o bem. Do desprezo ao templo do Senhor, Deus tirou o bem de preservar um ascendente de Jesus, para que Cristo nascesse da geração dele, e trouxesse a salvação a toda a humanidade! A Deus seja a glória!
Portanto, apesar de um sub tópico com comentário mais longo, porém, necessário para compreendermos o background, o conjunto de informações e fatos do passado, cujo conhecimento é útil para entendermos o assunto desta lição.
Quando Atalia, que herdara as impiedades de sua mãe Jezabel, viu que seu filho Acazias estava morto, começou a destruir a semente real, ou seja, todos os que podiam reivindicar a sucessão ao trono. Porém, Jeoseba, irmã do falecido rei, mas por uma mãe diferente, conforme nos informa o historiador Flávio Josefo, e esposa do sacerdote Joiada, quando soube da ordem real para matar os sucessores, escondeu o recém-nascido Joás. O fato dele ainda ser um bebê na época, fez com que fosse esquecido. Jeoseba o escondeu e também à sua babá, portanto, ele não foi morto por Atalia.
Corajosamente, Jeoseba e seu esposo sacerdote Joiada, esconderam e criaram este menino. Ele foi, literalmente, furtado da morte. Seis anos se passaram e Joiada entendeu que era o tempo dele assumir o trono. O que podemos aprender de II Samuel 11, versículo 2? Que não é possível aniquilar a justiça. No Império Romano, na perseguição contra os cristãos, registra-se que Domiciano matou quarenta mil cristãos. Diocleciano matou quase oitocentos e cinquenta mil cristãos. Por séculos, a foice da perseguição foi usada contra cristãos de todas as idades. Muitos gemidos nas prisões e muitos martírios. Nunca conseguiram aniquilar a geração de Jesus Cristo! O nome Joás significa ´Deus é forte´. O Senhor sempre tem seus ´Joás´ anônimos e escondidos das maldades dos homens maus, que se levantam com a bandeira do Evangelho!
Jeoseba e o corajoso sacerdote Joiada, escondera o pequeno Joás no templo. Que ironia! Localizado bem ao lado do palácio real. Há uma verdade muito atual aqui: a Casa de Deus é sempre um bom esconderijo! Que sejamos tão sábios quanto este casal ao antigo passado, e saibamos que a Igreja de Deus é o melhor esconderijo! Diante deste mundo tenebroso, fazer o papel de Jeoseba e do sacerdote Joiada, é arrebatar as almas da condenação deste mundo e escondê-lo no templo do Senhor, no lugar de habitação da Sua glória. Eu e você mesmos, desejaremos esconder-nos na Casa do Senhor quando os apertos das aflições deste mundo nos rodear: as dificuldades financeiras, quando virmos nossos filhos seduzidos pelo mundo, quando as angústias andarem pelos cômodos de nossa casa, quando formos feridos pelas tribulações, nós mesmos corremos ao abrigo do templo do Deus vivo!
O trabalho de Joiada foi de dupla natureza. Ele estava destruindo a idolatria, pondo fim à vida da rainha Atalia e, portanto, ao seu reinado também.
Depois de esconder Joás por sete anos, Joiada planejou um bem-sucedido golpe para destronar a única mulher que foi rainha em Judá. O exército o auxiliou nisto juntamente com os sacerdotes levitas. Quando todos estavam prontos e preparados, o menino Joás foi retirado de seu esconderijo e publicamente proclamado rei. A rainha Atalia ficou atônita, sem saber o que fazer e, enfurecida tentou contra-atacar, mas foi presa e executada. Ela tentou aniquilar a descendência davídica, que geraria a pessoa bendita do Senhor Jesus, mas terminou executada pelas próprias lanças de Davi.
O risco era enorme, mas vemos o escudo de Deus ao redor desta lâmpada remanescente da casa de Davi, não permitindo que a luz, ainda que trêmula, se apagasse. Ora, se ele tivesse sido morto, a Palavra de Deus cairia por terra!
Os principais oficiais do exército se espalharam muito discretamente entre os levitas e os chefes das famílias de Israel, e contaram que havia um herdeiro vivo da linhagem de Davi. O coração e a alma do povo se fizeram um só, e ninguém contou isso à rainha Atalia, que estava no palácio em falsa segurança. Escolheram um dia de festa, com o povo reunido, para apresentarem o menino Joás, rei de Judá. Joiada os dividiu em três partes, e foram colocados em volta do palácio. Deu a eles as lanças e os escudos de Davi. Eis a fé e as obras cooperando no serviço de Deus. Nossa dependência deve sempre estar inteiramente em Deus, como se os recursos humanos e terrenos fossem inúteis, mas o nosso uso dos recursos deve ser tão zeloso, cuidadoso e ativo, como se tudo dependesse deles.
Joiada apresentou o rei Joás a todo o povo. Pôs-lhe a coroa na cabeça e o livro da Lei de Moisés nas mãos. A mais alta posição desta terra não está acima da autoridade da Palavra de Deus. Joiada pôs-lhe a coroa na cabeça e a Palavra de Deus nas mãos. Para que o rei fosse não só poderoso, mas também sábio. Faça o mesmo pelas crianças da sua família: dê-lhes as coroas das oportunidades de estudos para terem posições profissionais, mas dê-lhes a Palavra de Deus nas suas mãos, para que sejam sábios e saibam se conduzir com sabedoria.
Joiada ungiu a Joás com óleo. Pois onde Deus dá o cargo, Ele também qualifica com a unção para o cargo. O óleo da unção é símbolo do Espírito Santo. Abençoe as crianças de sua família, impondo-lhes as mãos e declarando a presença do Espírito Santo nas suas vidas. Já tem posto a Palavra de Deus em suas mãos, porém, os meninos e meninas que estão crescendo na vida da Igreja, precisam da presença do Espírito Santo, dando-lhes capacidade de obedecerem!
Pastor Eliel Goulart
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