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23/09/2021
Este post é assinado por Eliel Goulart
“Porém zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas, até que o furor do SENHOR subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve”. – 2 Crônicas 36.16
Todo o ser humano se torna cativo de suas escolhas e das consequências delas.
2 Reis 24.18 a 20; 25.1 a 10
2 Reis 24
18 – Tinha Zedequias vinte e um anos de idade quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém; e era o nome de sua Hamutai, filha de Jeremias, de Libna.
19 – E fez o que era mal aos olhos do SENHOR, conforme tudo quanto fizera Jeoaquim.
20 – Pois assim sucedeu por causa da ira do SENHOR contra Jerusalém e contra Judá, até os rejeitar de diante de sua face; e Zedequias se revoltou contra o rei de Babilônia.
2 Reis 25
1 – E sucedeu que, no nono ano do reinado de Zedequias, no mês décimo, aos dez do mês, Nabucodonozor, rei de Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra ele, e levantaram contra ela tranqueiras em redor.
2 – E a cidade foi sitiada até ao undécimo ano do rei Zedequias.
3 – Aos nove dias do quarto mês, quando a cidade se via apertada da fome, nem havia pão para o povo da terra,
4 – então, a cidade foi arrombada, e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta que está entre os dois muros junto ao jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em redor); e o rei se foi pelo caminho da campina.
5 – Porém o exército dos caldeus perseguiu o rei e o alcançou nas campinas de Jericó; e todo o seu exército se dispersou.
6 – E tomaram o rei e o fizeram subir ao rei de Babilônia, a Ribla; e procederam contra ele.
7 –E aos filhos de Zedequias degolaram diante dos seus olhos; e vazaram os olhos a Zedequias, e o ataram com duas cadeias de bronze, e o levaram a Babilônia.
8 – E, no quinto mês, no sétimo dia do mês (este era o ano décimo novo de Nabucodonozor, rei de Babilônia), veio Nebuzaradã, capitão da guarda, servo do rei de Babilônia, a Jerusalém.
9 – E queimou a Casa do SENHOR e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; todas as casas dos grandes igualmente queimou.
10 – E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda derribou os muros em redor de Jerusalém.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Nesta lição, concluímos os estudos nos livros de I e de II Reis. Estes livros, originalmente, são apenas um e em hebraico tem o nome de Melaquim.
Na lição passada, estudamos sobre o reinado de Josias. Vinte e três anos depois da morte do rei Josias, acontece o cativeiro do Reino de Judá. E neste período de 23 anos, quatro reis governaram Judá: Jeocaz, filho do rei Josias, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, que se rebelou contra Nabucodonozor, que o puniu, levando-o cativo para a Babilônia, depois de vazar seus olhos, deixando-o cego.
Depois do bom rei Josias, os quatro reis que se assentaram no trono de Judá, fizeram o que era mal aos olhos do Senhor.
Começa o ´tempo dos gentios´, quando Israel perdeu sua independência política e também perdeu seu território, e dessa data até 14 de maio de 1948, Israel foi pisada pelos gentios e não existiu como nação.
Esta lição nos adverte sobre as consequências de nossas escolhas contrárias aos mandamentos da Palavra de Deus.
2 Crônicas 36.16: “Porém zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas, até que o furor do SENHOR subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve”.
Este versículo ensina-nos que houve uma vez um remédio. Que o remédio foi usado e oferecido por longos anos. Que chegou o dia que mais nenhum remédio houve.
Deus os advertiu por palavra, por consciência e por providências. Porém, eles zombaram de Seus profetas, até debocharam dos mensageiros de Deus.
E esta ruína não alcançou Judá e Jerusalém de maneira repentina. Antes, os pecados se acumularam gradativamente, pois as misericórdias do Senhor se renovavam a cada manhã para eles, com os avisos dos profetas que falavam em nome do Senhor, chamando-os de volta.
Por toda nossa vida temos o remédio: a provisão de Deus em Jesus Cristo, Senhor e Salvador de todos nós. O remédio de Deus é o poder do sangue expiador do Senhor Jesus, que tem o antídoto contra o pecado. Quando o versículo diz que ´nenhum remédio houve´, mas não da parte de Deus. Não por conta de Deus, antes, porém, por conta de Judá. Ou seja, diante da falta de vontade de Judá de ser salvo, nenhum remédio houve. Diante das más escolhas deliberadas de Judá, nenhum remédio houve.
Mateus 25.21: “Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei”.
A vida que vivemos aqui é o ´pouco´ diante da eternidade. Sobre estes poucos anos que vivemos aqui, sendo fiéis, sobre o ´muito´ seremos postos, ou seja, a vida eterna.
Que este tão triste versículo ´nenhum remédio houve´, por tantos desprezos e até zombarias contra os profetas e contra a Palavra de Deus, seja uma advertência para nós. Sejamos fiéis no pouco desta vida, para gozarmos o muito da vida eterna com Deus.
II Reis capítulo 24 conta-nos a história da invasão da Babilônia, que conquistou a Judá e levou seu povo cativo.
Jeremias foi o mais longevo profeta dessa época, pois profetizou desde os dias de bom rei Josias. Mas, sob o reinado de Zedequias, Jeremias sofre muito. Era um profeta odiado em razão de sua mensagem da punição divina. Foi preso pelo sacerdote Pasur, que o açoitou e o pôs no tronco por toda uma noite. Depois de entregar uma mensagem da parte de Deus, uma multidão furiosa quase o matou, incentivada por falsos sacerdotes e falsos profetas de Judá. Jeremias foi preso e jogado na prisão, acusado de traição. Depois, foi tirado de lá e posto numa prisão no palácio, pelo desequilibrado rei Zedequias. E ainda foi retirado de lá, de novo, e jogado numa cisterna vazia do pátio da prisão. Foi tirado desse poço lamacento e, durante os anos finais do reinado de Zedequias, foi novamente confinado à prisão. Jeremias nunca se acovardou, sempre profetizando o que Deus mandava e não o que o povo e a liderança queriam ouvir.
Vamos falar do falso profeta Hananias.
No quarto ano do reinado de Zedequias, apareceu um falso profeta chamado Hananias e repreendeu publicamente a Jeremias, afirmando que a Babilônia seria destruída em dois anos. Desafiou diretamente ao profeta de Deus, Jeremias, e esperou uma oportunidade de confrontar ao odiado profeta diante de todo o povo. Por que Jeremias era odiado? Porque profetizava a verdade, dizendo para o povo se render ao rei da Babilônia, e que seria levado cativo por 70 anos. O falso profeta Hananias falou explicitamente em nome de Deus. Não teve temor de tomar o Nome que é sobre todo os nomes, em vão. Falou da imaginação tola de seu coração. Hananias ignorou tudo que os profetas falaram antes dele: que, sem arrependimento, Judá seria levado ao cativeiro.
Finalmente, profeta Hananias trouxe sobre si mesmo a desgraça: Deus enviou pela boca do profeta verdadeiro, Jeremias, sua sentença de morte. Hananias dissera que em dois anos o povo estaria de volta, quando o profeta Jeremias dizia que em 70 anos. Agiu falsamente ordenando o tempo e as estações, e sofreu a amarga e fatal experiência de quem fala falsamente em nome do Senhor, que tem, verdadeiramente o tempo e as estações em Suas mãos. Jeremias proferiu a sentença contra Hananias: “Este ano morrerás” – Jeremias 28.16. Dois meses depois da declaração rebelde e mentirosa de Hananias, cumpriu a declaração verdadeira. Jeremias 28.17: “E morreu Hananias, o profeta, no mesmo ano, no sétimo mês”.
Uma só questão temos com este sub tópico: como o irmão e a irmã estão lidando com as coisas sagradas?
Vamos listar os principais motivos que levaram Judá ao cativeiro:
1 – Desobediência;
2 – Idolatria;
3 – Corrupção;
4 – Imoralidades;
5 – Injustiça social contra os fracos e oprimidos;
6 – Não guardar o ano sabático de descanso;
7 – Matar os profetas do Senhor.
O Senhor Deus afirmou em Números 23.9 que Israel era chamado para ser um povo que habitaria só e não seria contado entre as nações. O que isto significa? Que Israel dependeria somente do Senhor, e deveria depositar sua fé somente em Deus. Não deveria fazer concessões e nem acordos com os povos vizinhos que eram tão astutos. Êxodo 19.5 e 6 diz-nos de Israel: “sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos” e acrescenta: “E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo”. Como reino, trariam Deus às nações. Como sacerdotal, levariam as nações a Deus. Em I Pedro 2.9 a ordem está invertida, referindo-se à Igreja: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Nós somos propriedade exclusiva de Deus.
Foi Salomão quem tirou Israel de sua posição de isolamento e colocou a nação no cenário da política internacional. Casou-se com setecentas mulheres – 1 Reis 11:3 -, sendo que a maioria dessas esposas representava tratados firmados com governantes e homens influentes, pais ou irmãos dessas mulheres. Esses tratados permitiram o afluxo de riquezas para a nação e a mantiveram afastada de guerras, mas no final, tanto Salomão quanto Israel entregaram-se à idolatria das nações a seu redor.
Se o povo de Israel tivesse obedecido ao Senhor e guardado sua aliança, ele os teria colocado à frente das nações, conforme se registra em Deuteronômio 28:1 a 14, mas sua desobediência redundou em derrotas e na dispersão pelas nações da Terra. Infelizmente, ao longo da história, a Igreja seguiu o péssimo exemplo de Israel e se envolveu com o mundo em vez de manter-se separada dele. Envolveu-se com as questões políticas, sociais e, pior ainda, com os seus costumes.
Vamos ouvir a Bíblia?
2ª Timóteo 2.4: “Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra”.
Tiago 1.27: “A religião pura e imaculada para com Deus, é esta: […] guardar-se da corrupção do mundo”.
1ª João 2:15: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.
Os cristãos encontram-se no mundo, mas não são do mundo, o que nos permite ir ao mundo e falar de Jesus Cristo aos pecadores. João 1 7:14: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo”.
Campbell Morgan (1863-1945), evangelista e pregador da Inglaterra, comentou que as maiores contribuições da Igreja ao mundo se deram quando ela se parecia menos com ele.
Seja separado e diferente!
Pastor Eliel Goulart
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