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03/09/2021
Este post é assinado por Eliel Goulart
“Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele despedaçou e nos sarará, fez a ferida e a ligará”. – Oseias 6.1
Deus sempre adverte seu povo sobre os perigos da idolatria e suas terríveis consequências.
2 Reis 17.1-14, 17-20, 29
1 – No ano duodécimo de Acaz, rei de Judá, começou a reinar Oseias, filho de Elã, e reinou sobre Israel, em Samaria, nove anos.
2 – E fez o que era mau aos olhos do SENHOR; contudo, não como os reis de Israel que foram antes dele.
3 – Contra ele subiu Salmaneser, rei da Assíria; e Oseias ficou sendo servo dele e dava-lhe presentes.
4 – Porém o rei da Assíria achou em Oseias conspiração, porque enviara mensageiros a Sô, rei do Egito, e não pagava presentes ao rei da Assíria cada ano, como dantes; então, o rei da Assíria o encerrou e aprisionou na casa do cárcere.
5 – Porque o rei da Assíria subiu por toda a terra, e veio até Samaria, e a cercou três anos.
6 – No ano nono de Oseias, o rei da Assíria tomou a Samaria, e transportou a Israel para a Assíria, e fê-los habitar em Hala e em Habor, junto ao rio Gazã, e nas cidades dos medos.
7 – E sucedeu assim por os filhos de Israel pecarem contra o SENHOR, seu Deus, que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; e temeram a outros deuses.
8 – E andaram nos estatutos das nações que o SENHOR lançara fora de diante dos filhos de Israel e nos costumes dos reis de Israel.
9 – E os filhos de Israel fizeram secretamente coisas que não eram retas, contra o SENHOR, seu Deus; e edificaram altos em todas as suas cidades, desde a torre dos atalaias até à cidade forte.
10 – E levantaram estátuas e imagens do bosque, em todos os altos outeiros e debaixo de todas as árvores verdes.
11 – E queimaram ali incenso em todos os altos, como as nações que o SENHOR transportara de diante deles; e fizeram coisas ruins, para provocarem à ira o SENHOR.
12 – E serviram os ídolos, dos quais o SENHOR lhes dissera: Não fareis estas coisas.
13 – E o SENHOR protestou a Israel e a Judá, pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Convertei-vos de vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a Lei que ordenei a vossos pais e que eu vos enviei pelo ministério de meus servos, os profetas.
14 – Porém não deram ouvidos; antes, endureceram a sua cerviz, como a cerviz de seus pais, que não creram no SENHOR, seu Deus.
17 – Também fizeram passar pelo fogo a seus filhos e suas filhas, e deram-se a adivinhações, e criam em agouros; e venderam-se para fazer o que era mal aos olhos do SENHOR, para o provocarem à ira.
18 – Pelo que o SENHOR muito se indignou contra Israel e os tirou de diante da sua face; nada mais ficou, senão a tribo de Judá.
19 – Até Judá não guardou os mandamentos do SENHOR, seu Deus, antes, andaram nos estatutos que Israel fizera.
20 – Pelo que o SENHOR rejeitou a toda semente de Israel, e os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os tirou de diante da sua presença.
29 – Porém cada nação fez os seus deuses, e os puseram nas casas dos altos que os samaritanos fizeram, cada nação nas suas cidades, nas quais habitavam.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Em prosseguimento aos estudos dos livros de I e II Reis, hoje aprenderemos juntos lições espirituais que podemos praticar, sobre o cativeiro do Reino do Norte, ou também conhecido como Reino de Israel.
Quando estudamos a Lição 8 deste trimestre, o rei de Israel, o reino do Norte, era Jorão, descendente do conhecido e mau rei Acabe.
Depois de reinar por doze anos e após catorze anos da morte de seu pai Acabe, Jorão foi ferido numa batalha entre Israel e a Síria, e foi morto por Jeú no vale de Jezreel – II Reis 9.21 a 26.
O general Jeú foi ungido por um enviado do profeta Eliseu, e constituído rei sobre Israel. De imediato, ele exterminou os descendentes de Acabe e Jezabel, e destruiu o culto a Baal e Aserá, que estava institucionalizado no governo. Por este ato zeloso, o Senhor usou de misericórdia para com sua dinastia, que se estendeu até a quarta geração, porém, apesar dessas reformas religiosas, ele não interrompeu ´os pecados de Jeroboão´, ou seja, a adoração aos bezerros de ouro, tendo então um prolongamento somente até o limite de quatro de seus descendentes reinando após ele. Estes são os quatro de sua família que ocuparam o trono:
1 – Jeoacaz, reinou por 17 anos;
2 – Jeoás, reinou por 16 nos;
3 – Jeroboão II, reinou por 41 anos e
4 – Zacarias, reinou somente por seis meses.
Durante o reinado de Jeroboão II, terceiro descendente de Jorão e tema deste subtópico, houve prosperidade e reconquista dos termos de Israel com expansão territorial, conforme profetizado pelo profeta Jonas, registrado em II Reis 14.25: “Foi ele quem restabeleceu as fronteiras de Israel desde Lebo-Hamate até o mar de Arabá, conforme a palavra do Senhor, Deus de Israel, anunciada pelo seu servo Jonas, filho de Amitai, profeta de Gate-Héfer” – Nova Versão Internacional. Ou seja, ele estendeu os limites do reino tão amplamente quanto eles já haviam alcançado nos dias de sua maior prosperidade.
E qual foi a causa disso? O amor de Deus pelo Seu povo! O leitor da Bíblia pode até estranhar esta prosperidade pontual de Israel, pois o rei Jeroboão II não andava no temor do Senhor. A explicação está no capítulo anterior, ou seja, em II Reis 13.23: “Porém o Senhor teve misericórdia deles, e se compadeceu deles, e tornou para eles, por amor do seu concerto com Abraão, Isaque e Jacó; e não os quis destruir e não os lançou ainda da sua presença”. Deus lhes concedeu mais uma oportunidade de arrependimento, antes de apagar o nome do Reino de Israel.
Três profetas foram enviados especialmente por Deus durante o reinado de Jeroboão II: Jonas – o mesmo enviado a Nínive – Amós e Oseias. Os livros desses profetas mostram que, mesmo durante a prosperidade revivida, a condição espiritual do povo não reavivou. Não houve elevação da vida espiritual, antes tornaram-se cada vez mais corruptos.
Os ministérios dos profetas Jonas, Amós e Oseias são provas da fidelidade, do cuidado e do amor de Deus para com o Seu povo. II Reis 17.13 relembra isso: “O Senhor tinha repetidamente mandado profetas para avisar Israel e Judá que voltassem de seus maus caminhos. Deus tinha avisado esses povos que obedecessem aos mandamentos que Ele havia dado aos seus pais por intermédio dos profetas”.
No reinado de Jeroboão II, o povo também não quis ouvir os pregadores, antes atribuiu a sua prosperidade aos seus ídolos e os adorou mais do que antes. Estes cultos aos ídolos incluíam imoralidades, violência e inimizades – Oseias 4.1e e 2: “Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel, porque o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra, porque não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus na terra. Só prevalecem o perjurar, e o mentir, e o matar, e o furtar, e o adulterar, e há homicídios sobre homicídios”.
Jeroboão II morreu e foi sucedido pelo seu filho Zacarias, cujo reinado durou somente seis meses. Esta foi a quarta e última geração da casa de Jeú, conforme profetizado pelo profeta Eliseu. Depois dele, o reino de Israel decaiu rapidamente para a ruína. O auge da prosperidade alcançado no reinado de Jeroboão II foi, portanto, somente um prolongamento do tempo antes da destruição, ou seja, uma sobrevida antes da extinção final do Reino do Norte. Mais quarenta anos, no máximo, e o povo do reino de Israel seria levado ao cativeiro na Assíria, não tendo voltado até hoje, cumprindo-se as profecias.
II Reis 17.4: “Porém o rei da Assíria achou em Oseias conspiração, porque enviara mensageiros a Sô, rei do Egito, e não pagava presentes ao rei da Assíria cada ano, como dantes; então, o rei da Assíria o encerrou e aprisionou na casa do cárcere”.
Após a morte do último descendente de Jeú que se assentou no trono, ou seja, de Zacarias, o Reino de Israel adentrou-se num período de anarquia militar, tendo reinado sucessivamente Salum, Menaém, Pecaías, Peca e Oseias.
Salum conspirou contra Zacarias, matando-o, e governou por apenas um mês, pois foi morto por Menaém, que reinou por dez anos. Seu filho Pecaías reinou em seu lugar por apenas dois anos, sendo destituído do trono por outro militar, Peca, que reinou por vinte anos. Neste período de confusão política e de governo, um reino se destacou e se fortaleceu na região: a Assíria. Ia se tornando num império. Os assírios habitavam onde hoje é o Iraque. Sua capital era Nínive. Durante o governo de Menaém, a Assíria atacou a Israel, então Peca, este rei general, confiscou os ricos da nação, e com este dinheiro tomado dos abastados, pagou resgate à Assíria, em valor que hoje se aproxima de R$ 150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de reais). Ao calcular este preço do custo para a não invasão do país, podemos avaliar o quanto a riqueza estava concentrada, de maneira abusiva, nas mãos de poucos poderosos. Aproveitando-se desta fragilidade, Oseias conspirou contra Peca e tomou o trono, tornando-se o último rei do Reino do Norte, ou Reino de Israel, depois de reinar por nove anos.
A primeira lição que aprendemos aqui é a de buscar a revelação da vontade de Deus e a ela ser submisso. Quando não há consulta para conhecer a vontade de Deus, os resultados são de perturbação, ausência de justiça e obras da carne da inimizade, da implicância, de contenda entre irmãos, de ciúmes. As paixões explodem, há ambições desmedidas e egoístas, os interesses próprios são postos acima dos interesses do Reino de Deus, há desunião e divisão. Todos os governantes deste período de anarquia no Reino de Israel, não reinaram sob a vontade de Deus. Não consultaram ao Senhor. Em Colossenses 1.9 há petição de Paulo em oração para que os crentes transbordem de pleno conhecimento da vontade de Deus. Romanos 12.2 diz-nos que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita. Efésios 5.17 está escrito que devemos entender qual seja a vontade de Deus. O Senhor Jesus ensinou-nos a orar ao Pai dizendo: Seja feita a Tua vontade! – Mateus 6.10.
A segunda lição é a de nunca agirmos com infidelidade e traição. Até no Direito há o princípio de pacta sunt servanda: os pactos devem ser cumpridos. É o princípio de que o contrato faz lei entre as partes. Se a justiça tão fragilizada dos homens segue este princípio, quanto mais o crente segue o mandamento divino da fidelidade.
Oseias tornou-se tributário do rei da Assíria e lhe pagava presentes anualmente. A certo tempo, ele decidiu não cumprir o acordo e agiu com traição.
II Reis 17. 3 e 4 registra: “Contra ele subiu Salmaneser, rei da Assíria, e Oseias ficou sendo servo dele e dava-lhe presentes. Porém o rei da Assíria achou em Oseias conspiração, porque enviara mensageiros a Sô, rei do Egito, e não pagava presentes ao rei da Assíria cada ano, como dantes, então, o rei da Assíria o encerrou e aprisionou no caso do cárcere”.
Romanos capítulo 1º, nos versículos 28 e 31 combinados, ensina-nos que ser infiel nos contratos é agir com sentimento perverso. Em Romanos capítulo 1º tem a lista dos que se põem debaixo da condenação da justiça de Deus. Não cumprir os acordos, ser traiçoeiro nas alianças, ser infiel nos contratos, é um dos atos que Deus condena. Salmo 15.4 nos adverte que o cidadão do céu, aquele que habitará no santuário de Deus, mantém a sua palavra, mesmo quando sai prejudicado. Por toda a Escritura, Deus sempre repreende e condena a infidelidade. A nossa conduta é de acordo com a simplicidade do Evangelho neste mandamento do Senhor Jesus: “Em todas as coisas façam aos outros o que vocês desejam que eles lhes façam” – Nova Versão Transformadora. Pense nisto!
Vamos destacar dois profetas deste período que antecedeu o cativeiro de Israel: Amós e Oseias.
Amós significa ´fardo´. O seu nome já profetizava de seu futuro ministério com o coração cheio de fardos pelos pecados de Israel e de Judá. Amós nasceu na pequena cidade de Tecoa, a oito quilômetros de Belém, na Judéia. Sua profissão era a de pastor e cultivador de sicômoros. Foi chamado por Deus para profetizar, principalmente, para o reino do Norte, no santuário de Betel. Ele pregou contra o pecado, a favor da separação para Deus e da santificação. Amós profetizou também durante o reinado de Jeroboão II, em Israel, quando o país estava no auge da prosperidade. E, junto com a grandeza do desenvolvimento da nação, andava também a corrupção espiritual, moral e social. Amós denunciou oito nações. Teve cinco visões que transcreveu: da praga dos gafanhotos, de um grande fogo, do prumo nas mãos de Deus, do cesto de frutos do verão e o Senhor do altar. Amós pregou contra os pecados da capital de Israel, Samaria: porque perverteram a justiça aceitando subornos, venderam os pobres como escravos, chegando a troca-los por um par de sapatos; pais e filhos igualmente culpados de imoralidades com a mesma prostituta, usavam roupas roubadas de seus devedores, ofereceram sacrifícios de vinho no templo, e vinho que fora comprado com dinheiro roubado; haviam sido ingratos com as bênçãos de Deus e fizeram os nazireus pecarem tentando-os e oferecendo-lhes vinhos a beber, sendo que eles eram consagrados a Deus, e não podiam beber vinho. Amós profetizou que Deus os faria gemer como range uma carroça carregada de trigo. Que Deus faria os guerreiros mais valentes tropeçarem nas batalhas. Amós profetizou sobre o Milênio e as bênçãos de Cristo como Rei, a descendência legítima e legal de Davi.
Oseias significa ´salvação´. Ele foi um profeta do reino do Norte e chorou sobre o pecado dessa nação. Oseias teve o ministério mais longo do que qualquer outro profeta. Deus lhe deu uma ordem estranha: Oseias 1.2 – “Vai, toma uma mulher de prostituições”. No próximo sub tópico nos deteremos nos significados desta ordem. No livro do profeta Oseias, o nome de Israel desviado é Efraim. Oseias pregou e denunciou a Efraim por causa de sua ignorância, de sua idolatria e de sua imoralidade. Apesar de tudo isso, revelou que Deus ainda amava ao Seu povo! Oseias pregou e descreveu a Efraim como uma novilha rebelde, como o forno aceso do padeiro, com um bolo assado pela metade, uma pomba enganada, um arco torto, um objeto quebrado, um jumento montês perdido e sozinho, uma raiz seca e uma vinha vazia. Oseias profetizou que seriam escravos na Assíria e durante um tempo, seriam engolidos pelas nações. E em algum dia futuro, seria libertado.
Um ponto em comum entre estes dois profetas foi o de pregar contra a mistura, contra o sincretismo religioso, que é tentar combinar os cultos ao Senhor com outras práticas mundanas. A falta de separação para Israel foi fatal. Hoje, há entre nós quem rejeita o batismo no Espírito Santo com a evidência inicial de falar em outras línguas, que não crê na atualidade dos dons espirituais, menos ainda do dom de profecia. Cuidado para não servimos à tecnologia, ao dinheiro, ao sucesso profissional, a adorarmos a fama e atropelarmos nossos princípios por causa do poder. Hebreus 12.14 ecoa e ressoa nos nossos templos: “…e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.
Pastor Eliel Goulart
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