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13/06/2025
“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” – João 17.3.
A oração que Jesus fez ao Pai em favor de si próprio, dos seus discípulos e da sua Igreja ressoa ainda nos dias atuais.
João 17.1-3, 11-17
¹ Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,
² assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
³ E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
¹¹ E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
¹² Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
¹³ Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.
¹⁴ Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.
¹⁵ Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
¹⁶ Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
¹⁷ Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma será mencionada.
Na sequência dos estudos de lições no Evangelho de João, hoje analisaremos um de seus mais notáveis capítulos, o 17, onde o Senhor Jesus manifesta o amor e o cuidado que tem por nós.
João capítulo 17 é, certamente, o mais simples em palavras e o mais profundo em pensamentos de toda a Bíblia. Há três palavras que definem a sublimidade desta oração através de três petições específicas: ´glorificar´- João 17.1 e 5; ´guardar´- João 17.11 e ´santificar´- João 17.17.
Em João 17.1, o Senhor Jesus ora por Si. Em João 17.11, Ele ora pelos Seus discípulos. E em João 17.17, apresenta a petição final a favor da Igreja futura.
“Jesus falou estas coisas” – quais? As coisas registradas nos três capítulos anteriores, quais sejam, os capítulos 13 a 16. Nestes capítulos 13 a 16, Jesus e os discípulos estão no cenáculo, e nós nos sentimos no Lugar Santo da Bíblia. Neste capítulo 17, entramos no Santo dos Santos das Escrituras.
João 17.1: “Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica o teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti”.
Elevar os olhos para o céu é uma postura tradicional de oração na cultura judaica, significando reverência e um apelo direto a Deus. Estas palavras não são dirigidas aos ouvidos dos mortais, apesar de anunciadas na presença de homens como nós, certamente para eles e nós também, as conservarem. Não sabemos se os pés de Jesus estavam já à margem do ribeiro de Cedron, ou noutro lugar, mas com certeza Seu espírito estava na porta do céu. Jesus levantou os olhos ao céu, pois aí está o trono do Pai – Isaías 66.1: “Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono”.
“Pai, é chegada a hora”. A hora prometida por Deus e esperada por séculos pelo povo de Deus, por fim tal hora chegara. Por seis vezes neste capítulo 17 Ele se dirigiu a Deus como Pai. Chamar a Deus como Pai demonstra comunhão, intimidade e aliança perfeitas. Portanto, “a hora” refere-se ao tempo designado para a crucificação, ressurreição e glorificação de Jesus. “Hora” aqui é o período de tempo designado por Deus para cumprimento de Seus propósitos. Ao longo do Evangelho de João, Jesus fala de Sua “hora” como o cumprimento do plano redentor de Deus e o ápice do ministério terreno de Jesus, um momento crucial em Sua missão – por exemplo, João 2.4, 7:30, 12:23.
“Glorifica a teu Filho” – O pedido de Jesus por glorificação é um apelo para que o Pai revele Sua natureza e autoridade divinas por meio dos eventos da crucificação e ressurreição. Essa glorificação não visa ganho pessoal, mas serve a um propósito maior no plano de salvação de Deus. Ela também cumpre as profecias do Antigo Testamento sobre o sofrimento e a exaltação do Messias – como exemplo, a descrição de Isaías 53.
“Para que também o teu Filho te glorifique a ti” – A glorificação mútua entre o Pai e o Filho destaca a unidade e o propósito compartilhado dentro da Trindade. A glorificação de Jesus por meio de Sua morte e ressurreição, em última análise, traz glória ao Pai, demonstrando Seu amor, justiça e poder. Esta frase resume a essência da missão de Jesus: revelar o caráter de Deus e realizar Sua vontade na Terra.
Glorificação é o evento e processo através dos quais a natureza divina e a missão de Jesus são reveladas e honradas, em última análise através de Sua morte e ressurreição.
João 17.5: “E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”.
“Com aquela glória que tinha contigo” – aqui está a doutrina da preexistência de Cristo, afirmando Sua divindade e natureza eterna. Glória compartilhada significa unidade e igualdade na Santíssima Trindade, uma doutrina fundamental na teologia cristã.
“Antes que o mundo existisse”. Glória que Ele deixou voluntariamente, por amor de nós. E isto junto com o Pai. É o clamor da alma que anela estar no seio do Pai. Que haja em nós o mesmo sentimento que houve em Cristo – Filipenses 2.5: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” e II Coríntios 8.9: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis”.
II – A ORAÇÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS
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Postado por ebd-comentada
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