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10/02/2023
“Mas ele, estando cheio do Espírito Santo […] disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus” – Atos 7.55, 56.
Por intermédio da graça de Deus, o cristão pode ser fiel a Cristo até à morte e contemplar a sua glória.
Atos 6.8-10; 7.54-60
8 – E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9 – E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
10 – E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.
Atos 7
54 – E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seu coração e rangiam os dentes contra ele.
55 – Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus.
56 – e disse: Eis que vejo os céus aberto s e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus.
57 – Mas eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos e arremeteram unânimes contra ele.
58 – E, expulsando-o da cidade, o apedrejaram. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.
59 – E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.
60 – E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
O assunto geral desta lição é sobre Estêvão, o primeiro mártir da Igreja.
A palavra ´mártir´ significa, no grego, ´testemunha´. Ser testemunha de Jesus Cristo é estar sujeito a ser mártir. A história da Igreja registra que a pregação do Evangelho Pleno pode resultar, no limite extremo, até em morte física.
As duas características do avivamento são: revestimento de poder e estar cheio da unção do Espírito Santo. E um fator (no sentido de algo que faz acontecer) negativo do avivamento é o surgimento de perseguições.
O nome de Estêvão ocorre por sete vezes no Novo Testamento, e tão somente no Livro de Atos. Estêvão, substantivo grego stephanos, significa ´coroa´. Um dos sete primeiros diáconos da Igreja em Jerusalém e o primeiro mártir da história do cristianismo.
O contexto em que aparece o seu nome pela primeira vez na Bíblia é o seguinte: começou uma murmuração na Igreja de Jerusalém, porque as viúvas judias de origem grega, estavam desprezadas na assistência em comparação com as viúvas judias nascidas em Israel.
Os doze apóstolos, reunida a multidão dos crentes, elegeram sete homens membros da Igreja de Jerusalém, porém, todos com nomes gregos, indicando que escolheram com sabedoria, judeus gregos para cuidarem das viúvas judias nascidas na Grécia, ou seja, fora de Israel. Entende-se que Estêvão também nascera fora de Israel, porque seu nome, como dissemos, é de origem grega. Provavelmente também viera para Jerusalém, para estudar nas melhores escolas de rabinos daquela época, assim como veio o jovem Saulo de Tarso, depois apóstolo Paulo. Estêvão, diz-nos Atos, era homem de conhecimento das Escrituras. Frequentava a sinagoga dos Libertos, antes de se converter.
Atos 2.9: “E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão”.
Noutra tradução diz dos ´libertinos´. De maneira nenhuma esta palavra ´libertino´ tem a acepção de referir-se a uma pessoa dissoluta, sem moderação sexual, de comportamento devasso e imoral. Nada disso! Era chamada de Sinagoga dos Libertos, porque os judeus residentes em Jerusalém, cujos ascendentes foram levados cativos para Roma por Pompeu, morando fora de Israel, fundaram suas próprias sinagogas e, ao voltarem a Israel, expulsos de Roma pelo imperador Cláudio, estabeleceram tal sinagoga.
“E dos que eram da Cilícia”. Será que Paulo estava ali disputando com Estêvão nesta ocasião? Ora, pergunto isto porque Paulo era da Cilícia, cuja capital era Tarso. E sendo tão zeloso, certamente exercia liderança e influência sobre os demais.
Sete afirmações comprovam que Estêvão era usado por Deus:
1 – Atos 6.3: “Boa reputação” – alto conceito moral e espiritual;
2 – Atos 6.3: “Cheio do Espírito Santo”;
3 – Atos 6.6: “Cheio de fé”;
4 – Atos 6.6: “Cheio de poder”;
5 – Atos 6.6: “Fazia prodígios e sinais entre o povo”;
6 – Atos 6.10: Irresistível sabedoria;
7 – Atos 6:10: Pregava inspirado pelo Espírito.
Atos 6.9 a 14 relata-nos que os judeus frequentadores das sinagogas mencionadas, não podendo resistir, ou seja, não tendo força nos seus argumentos diante da sabedoria do Espírito expressada por Estêvão, incapazes de contradizer o testemunho de Estêvão a respeito de Jesus, os da sinagoga dos Libertos espalharam falsas acusações contra o diácono Estêvão. Através de falsas testemunhas subornadas, levaram Estêvão até diante do Sinédrio, acusando-o de blasfêmias. Estêvão tão somente disse que Moisés, assim como Jesus e como também a sua pregação, foram rejeitadas pelo povo. Por meios desonestos e usando de fraudes, agitaram o mesmo povo que antes testemunhara dos sinais e prodígios que Estêvão fizera em Nome do Senhor Jesus. Estêvão nada falou contra o templo. Tão somente disse que Deus não estava confinado a um prédio feito por mãos de homens, porque o Céu é o lugar de Sua habitação e o Seu Trono. Estêvão pregou fundamentado na lei mosaica e no que ela apontava da vinda do Messias.
O capítulo 6 de Atos termina com algo que surpreendeu os acusadores: “Então, todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo” – Atos 6.15.
O missionário Hudson Taylor, que foi missionário na China por 51 anos, registrou que era coisa bastante comum que os chineses evangelizados lhe dessem o nome de “Sr. Rosto de Glória”. Diziam que o seu rosto estava sem brilhando para o Senhor.
Um garotinho voltou para casa muito alegre, porque havia conhecido o pastor da sua grande igreja bem de perto. Sua mãe lhe perguntou: “O que ele disse a você? “. “Ele não disse nada, mas ele sorriu para mim! “ As pessoas diziam deste pastor que viam o céu em seu rosto.
Muitas vezes e quantas vezes tocamos outras vidas somente uma vez: que eles vejam ao Senhor Jesus em nós!
Atos 7.54: “E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seu coração e rangiam os dentes contra ele”.
De Atos 7.2 até o versículo 50, Estêvão discorreu resumidamente desde Abraão até os profetas de Deus que foram perseguidos e mortos e o próprio Cristo que foi rejeitado e morto, expondo o cenário profético para Israel. No versículo 51 ele muda o foco de sua pregação e denuncia a dureza de coração da nação de Israel.
Então, eles se enfureceram desde o coração (este é o sentido original do texto), mas Estêvão manteve-se firme diante daqueles que se achavam a ´a nata da nata´ da elite religiosa de Israel. Eles estavam resistindo à graça de Deus. E rangiam os dentes. Mau sinal, pois ranger os dentes antecede a descrição do inferno: “Ali, haverá choro e ranger de dentes…” – Lucas 13.48. Também o Salmo 112.10, diz-nos que o ímpio vê a diferença entre o justo e o ímpio, feita pelo Senhor e, desde daqui da terra, range os dentes e se consome de raiva.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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