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22/02/2022
“Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra”. – Salmo 119.107
Os livros históricos e poéticos mostram a soberania e a sabedoria divinas. O relato dessas verdades produz fé e esperança em nossos corações.
Deuteronômio 6.20-25; Salmos 119.105-108
Deuteronômio 6
20 – Quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que significam os testemunhos, e estatutos e juízos que o Senhor nosso Deus vos ordenou?
21 – Então dirás a teu filho: Éramos servos de Faraó no Egito; porém o Senhor, com mão forte, nos tirou do Egito;
22 – E o Senhor, aos nossos olhos, fez sinais e maravilhas, grandes e terríveis, contra o Egito, contra Faraó e toda sua casa;
23 – E dali nos tirou, para nos levar, e nos dar a terra que jurara a nossos pais.
24 – E o Senhor nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos, que temêssemos ao Senhor nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como no dia de hoje.
25 – E será para nós justiça, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos perante o Senhor nosso Deus, como nos tem ordenado.
Salmos 119
105 – Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.
106 – Jurei, e o cumprirei, que guardarei os teus justos juízos.
107 – Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra.
108 – Aceita, eu te rogo, as oferendas voluntárias da minha boca, ó Senhor; ensina-me os teus juízos.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Na sequência de nosso estudo deste trimestre, a lição de hoje tratará de uma visão panorâmica dos livros históricos e poéticos.
Na Bíblia, a revelação é divina. O estilo literário da comunicação é humano. II Pedro 1.21b: “…mas os homens santos de Deus (aspecto humano) falaram inspirados pela Espírito Santo” (aspecto divino).
Os livros históricos do Antigo Testamento começam com o de Josué e vão até o de Ester.
A introdução ao período dos livros históricos inicia-se com o livro de Josué, e abrange a conquista e a ocupação da Terra Prometida.
Três personagens se destacam neste período: Josué, Calebe e Raabe. Se antes do livro de Josué, há os registros da saída do Povo para fora do cativeiro, no livro de Josué está a narrativa da história do movimento do Povo para dentro da Terra da Promessa.
Josué 1.11: “…para que tomeis posse da terra que vos dá o Senhor, vosso Deus, para que a possuais”. Deus é Todo Poderoso para dar. Cabe a nós tomarmos posse! A ordem dada era para tomar posse de toda a terra prometida – Josué 1.4: “Desde o deserto e desde este Líbano até ao grande rio, o rio Eufrates…será o vosso termo”. Ainda que o cumprimento se deu tão somente quinhentos anos depois, nos dias do reinado de Salomão – II Crônicas 9.26: “E dominava sobre todos os reis, desde o rio até à terra dos filisteus e até ao termo do Egito” – esta ordem ensina-nos que a marcha do Povo de Deus é sempre para o cumprimento de Sua soberana vontade.
Este estágio histórico da conquista ensina-nos, também, três lições importantes:
1 – Movimente-se! – Josué 1.2: “…levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo…”. Tudo que é de Deus tem movimento! A longa caminhada do deserto ficou para trás. A marcha é para frente, para a terra de novas experiências. Estar na vida da Igreja é ter a certeza de que não há monotonia no andar do crente.
2 – Espada na mão! Josué 1.8: “Não se aparte da tua boca o livro deste Lei”. O livro da Lei que Josué tinha em mãos, ou seja, a ´Bíblia´ de Josué era a introdução de muitas revelações que seriam dadas. Nós temos em mãos a espada mais afiada, a Bíblia mais completa em revelação da vontade de Deus. Que ela não se aparte de nosso coração, de nossa mente e de nossas mãos!
3 – Tome posse! Josué 1.11: “…para que tomeis posse da terra que vos dá o Senhor, vosso Deus, para que a possuais”. Martinho Lutero registrou o seu sentimento sobre a peregrinação do crente: “Eu não conheço o caminho pelo qual Ele me guia, mas conheço muito bem meu Guia”. A presença de Deus com o Povo na liderança de Josué, operou coisas grandiosas. O Senhor Jesus é a realidade da presença de Deus – o Deus conosco – e opera milagres, sinais e maravilhas mais excelentes.
Atos 13.20: “E, depois disto, por quase quatrocentos e cinquenta anos, lhes deu juízes, até ao profeta Samuel”.
Portanto, os juízes abrangem quase 400 anos da história de Israel em Canaã. Os períodos de 400 anos da história de Israel são notáveis:
1 – Desde o nascimento de Abraão até a morte de José no Egito – o período familiar: aproximadamente 400 anos;
2 – Desde a morte de José até o êxodo do Egito – o período tribal: cerca de 400 anos;
3 – Desde o êxodo até o primeiro rei Saul – o período teocrático: quase 400 anos;
4 – Desde Saul até Zedequias e o exílio – o período monárquico: cerca de 400 anos.
Foram quinze os juízes: Otniel, Eúde, Sangar, Débora, Baraque, Gideão, Tola, Jair, Jefté, Ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli e Samuel. Observação: esta lista é variável conforme o entendimento de comentaristas bíblicos. Há quem liste doze e há quem liste dezesseis. Maiormente, estes quinze nomes são mais concordados.
Foi um período de tristezas, fracassos, choros, interesses terrenos, derrotas, declínio moral e espiritual, incredulidade e servidão. As histórias no livro de Juízes constituem-se do constante fracasso do homem e da constante misericórdia de Deus.
O versículo chave que explica este período obscuro da história de Israel é Juízes 17.6: “Naqueles dias não havia rei em Israel; cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos”. Como tudo começou? Por primeiro, as noves tribos e meia que se fixaram em Canaã não destruíram e nem expulsaram as nações dos cananeus, como Deus ordenara e permitiram que elas ficassem entre eles. Se permitirmos ao pecado qualquer espaço em nosso coração, seremos derrotados por ele. Foi o que aconteceu com Israel. Concessões aqui e ali ao mundo, à carne e às artimanhas de Satanás. Depois de não ter expulsado as nações ímpias do meio deles, Israel deu mais um passo para o fracasso: fez aliança com elas. E Deus havia proibido que se fizesse aliança com as nações mundanas. Mas, Israel aceitou casamentos mistos – incrédulos com crentes, ovelhas com os lobos, mundanos com os que deveriam ter vocação celestial. Em seguida, depois de permitir a presença das nações pecadores entre eles, de fazer aliança com eles, misturando-se pelos casamentos, mais ainda Israel decaiu, passando a imitar seus costumes, curvar-se a seus ídolos e substituir o culto ao Deus verdadeiro por cultos a Baal e Astarote. Então, seguiu-se humilhante cativeiro.
As misericórdias do Senhor levantavam os juízes para chamar Israel de volta e livrar do cativeiro. Esta é a história triste demais deste período dos juízes.
Meus amados, memorizem estas lições! Não tolerem o pecado, não seja negligente contra o mundo e nem ignore os ardis de Satanás. Este período da história dos juízes continua nos advertindo e a palavra de Deus de II Coríntios 6.17 e 18 alcança-nos ainda hoje: “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”.
Entramos nos livros dos reis, que incluem I e II Samuel, I e II Reis e I e II Crônicas. Este período inicia o estágio de quinhentos anos dos reis de Israel. I Samuel apresenta-nos a escolha do homem – Saul. II Samuel mostra-nos a escolha de Deus – Davi. I Reis narra-nos sobre Salomão e Israel. II Reis abrange os reis de Israel. Em I Crônicas vemos Salomão e o templo. II Crônicas finaliza contando-nos dos reis e do templo.
O que nos ensina este período das histórias dos Reis? Que se rejeitarmos a Deus, Ele nos rejeitará. Se obedecermos com submissão a Deus, Ele nos abençoará.
O versículo que resume este período, talvez, seja o de II Reis 10.32, um dos mais tristes da Bíblia: “Naqueles dias, começou o Senhor a diminuir os termos de Israel…”.
Neste período vemos a construção do templo e a destruição do templo. Os seis livros do período dos Reis ensinam-nos lições espirituais e comprovam que:
1 – Deus não faz acepção de pessoas – Atos 10.34: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas”.
2 – Quando pomos tudo sobre o altar, Deus renova a coragem, restitui a convicção e restaura a comunhão – I Reis 18.38: “No mesmo instante, fogo do Senhor desceu do céu…” – Nova Versão Transformadora. Reflita sobre a lição espiritual que há nesta afirmação e nesta narrativa de I Reis 18: coragem contra os três inimigos da Igreja – o mundo, a carne e o diabo; convicção da vitória pela presença de Deus – Elias parece estar sozinho, mas Deus está com ele; comunhão pela oração – o fogo cai, os céus se abrem e Deus é glorificado.
3 – A desobediência traz cativeiro. Israel foi levado cativo para a Assíria, e até hoje não voltou. Judá foi levado ao cativeiro pela Babilônia, e no tempo determinado por Deus, foi restaurado como nação. Há uma grande diferença, portanto, entre o cativeiro de Israel e o de Judá. O reino de Israel está disperso entre as nações por período que não podemos definir. Por outro lado, Deus pôs limite ao cativeiro de Judá: seria por 70 anos. Foi profetizado que Judá voltaria a Jerusalém e isto se cumpriu. O Messias prometido viria de Judá e, sabemos todos, que os planos de Deus não podem ser frustrados.
Jó 42.2: “Eu sei que podes fazer todas as coisas, e ninguém pode frustrar teus planos” – Nova Versão Transformadora.
Ao término dos comentários dos subtópicos sobre os livros históricos do Antigo Testamento, resumimos com a anotação das palavras-chave de cada um:
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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