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15/02/2022
“Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor”. – Deuteronômio 6 .4
A Lei não salva, mas esboça o plano da redenção em Cristo confirmado nos Evangelhos.
Deuteronômio 6.4-9; Lucas 1.1-4
4 – Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
5 – Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.
6 – E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração;
7 – E as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.
8 – Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos.
9 – E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.
Lucas 1
1 – Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram,
2 – Segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da palavra,
3 – Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio;
4 – Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Em continuidade ao estudo de Bibliologia, a Supremacia das Escrituras, neste trimestre, hoje estudaremos como o Antigo e o Novo Testamento se vinculam.
No Antigo Testamento temos a interpretação da necessidade humana; e no Novo Testamento a revelação da provisão divina. Deus responde à necessidade humana dando-nos a Cristo.
No Antigo Testamento temos o desvendar da necessidade do coração do homem. No Novo Testamento o coração de Deus se desvenda a favor do homem, provendo o Senhorio e a Salvação por Cristo Jesus.
O Pentateuco, ou os primeiros cinco livros da Bíblia, são chamados, entre outros nomes, de a `Lei de Deus´ – Romanos 7.22: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus”.
Em Gênesis, há três palavras que podem dar o esboço resumido do livro:
Gênesis começa com Deus e termina com a expressão ´num caixão no Egito´. Portanto, este primeiro livro é a história dos fracassos do homem e como Deus resolve todos os fracassos. Romanos 5.20: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça”.
Há três eventos que devemos observar em Gênesis para responder grandes perguntas da alma:
Em Êxodo lemos do grande personagem Moisés. Moody escreveu que Moisés viveu 40 anos pensando que era alguém, 40 anos aprendendo que não era ninguém e 40 anos descobrindo o que Deus pode fazer com um ninguém. No livro de Êxodo há três assuntos principais: o êxodo, a Lei e o Tabernáculo. Neste tríplice tema vemos o poder, a santidade e a sabedoria de Deus.
No evento do êxodo, dos capítulos 1º ao 18, vemos o poder de Deus; na Lei, dos capítulos 19 a 24, vemos a santidade de Deus; no Tabernáculo, dos capítulos 25 a 40, vemos a sabedoria de Deus.
Em Levítico, somos apresentados às ofertas e às festas. Existem cinco festas: os holocaustos, as ofertas de manjares, os sacrifícios pacíficos, os sacrifícios pelo pecado e as ofertas pela culpa. E existem oito festas: do sábado, da Páscoa, do pentecoste, das trombetas, da expiação, dos tabernáculos, do ano de descanso, e do ano de jubileu.
As cinco ofertas dizem a nós: “Ponha sua vida em ordem”. As cinco festas dizem a nós: “Mantenha sua vida em ordem”. Portanto, o versículo chave é “Sereis santos, porque eu sou santo”, que se repete por cinco vezes – Levítico 11.44,45; 19.2; 20.7 e 26.
O livro de Números é chamado de a Peregrinação no Deserto. É um livro de ´movimentos´ e conta-nos a história de duas gerações diferentes de pessoas. Primeiro, a que saiu do Egito e morreu no deserto. Segundo, a que cresceu no deserto e entrou em Canaã. Números é o livro do povo servindo em três lugares geográficos: Em Sinai – capítulos 1º a 9; Do Sinai a Cades Barnéia – capítulos 10 a 19; De Cades até Moabe – capítulos 20 a 36.
Deuteronômio – este nome origina-se de duas palavras gregas que significam ´segunda lei´ ou ´repetição da lei´. A história narrada em Deuteronômio dura apenas dois meses, estando o povo acampado nas planícies de Moabe. Três exortações resumem o livro de Deuteronômio: I – Recorda! – II – Obedece! – III – Cuidado! Com a exortação de Recorda! Moisés recapitula as jornadas de Israel, dos capítulos 1º a 4; com a exortação de Obedece! Moisés resume a Lei, dos capítulos 5 ao 27; e com a exortação Cuidado!, Moisés registra as profecias do futuro de Israel dos capítulos 28 a 34.
Quando estudamos a Lei de Deus mais detalhadamente, é necessário discernir os seus três aspectos: os morais, os cerimoniais e os civis. Muitos erros doutrinários e más doutrinas são evitadas se compreendermos a classificação destes três aspectos da Lei:
Hebreus 10.1: “Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem a cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam”.
O antigo sistema sob a lei de Moisés era apenas uma sombra, uma vaga previsão das boas novas do Evangelho que viriam. Os sacrifícios sob o Antigo Testamento foram repetidos várias vezes, ano após ano, mas nunca foram capazes, por si mesmos, de fornecer aceitação perfeita para os que se aproximavam de Deus, através de seus cultos cerimoniais.
A Lei tinha os seguintes aspectos em comparação com a Graça de Deus:
1 – Era transitória;
2 – Revelava o estado de pecado do homem;
3 – Apontava a necessidade da Graça de Deus;
4 – Foi um guia para a Graça de Deus;
5 – Pôs a toda a humanidade debaixo do pecado.
Nesta Dispensação da Graça temos uma aliança superior, um santuário superior e um ministério superior, haja vista que Cristo:
1 – Cumpriu a Lei;
2 – Inaugurou a Dispensação da Graça;
3 – Resgatou-nos da maldição da Lei;
4 – Justificou-nos, pondo-nos debaixo da Graça de Deus;
5 – Não vivemos mais em estado de pecado.
A Nova Aliança em Cristo Jesus em tudo é superior à Antiga Aliança porque se fundamenta em promessas superiores.
Hebreus 8.10: “Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei as suas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo”.
Resumo aqui o esboço de Andrew Murray (1828-1917), sobre este versículo: O aspecto interior da promessa está em que a lei seria escrita no coração e na mente dos homens, e esta é a bênção central da Nova Aliança. Na Antiga Aliança a Lei era exterior e imposta. E falhou em seus propósitos, porque não havia disposição interior, desde o coração, para a obediência. Nesta Nova Aliança, a Lei exterior torna-se vida interior por Cristo Jesus, e mediante a operação do Espírito Santo, o homem é renovado em seu interior, e vive para cumprir a vontade expressa de Deus.
A Lei gravada na mente, nesta Nova Aliança, permite ao crente transformado por Cristo, interpretar e expressar através de seu testemunho, com inteligência espiritual, o amor de Deus derramado em seu coração, vivendo em busca da santificação.
A grande bênção da Nova Aliança em comparação com a Lei do Antigo Testamento é a comunhão pessoal com Deus, através de Cristo Jesus.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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