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02/03/2021
Este post é assinado por Eliel Goulart
“É ele que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades”. – Salmo 103.3
A cura de enfermidades é um dos benefícios da obra redentora do Calvário.
Isaías 53.4-6; Mateus 8.16,17
4 – Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
5 – Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.
6 – Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um desviava pelo seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
Mateus 8
16 – E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos,
17 – para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
O Movimento Pentecostal, na qual a nossa querida Assembleia de Deus está incluída, sendo mesmo a primeira a pregar e defender a Doutrina Pentecostal no Brasil, tem quatro pontos basilares:
1 – Jesus Cristo salva;
2 – Jesus Cristo cura das enfermidades e opera milagres;
3 – Jesus Cristo batiza com o Espírito Santo;
4 – Jesus Cristo voltará para arrebatar a Sua Igreja.
Vamos nos mirar no exemplo da Igreja de Atos. Eles criam e oravam pelos enfermos com plena confiança e expectativa de fé de sua cura e recuperação. Tiago não vacila nem por um segundo quando afirma: “A oração da fé salvará o doente.” Por outro lado, entendemos pela revelação da Bíblia, que o nosso Soberano Deus pode responder ´Não´, a alguma petição de cura e, às vezes, assim O faz.
Salmo 115.3 – “Mas o nosso Deus está nos céus e faz tudo o que lhe apraz”.
Ainda que no Antigo Testamento prevalece a crença em Deus Todo-Poderoso para curar quaisquer enfermidades; haviam mandamentos sanitários para o israelita obedecer e zelar pela saúde da comunidade e individual.
Os israelitas eram doutrinados pelo código mosaico de saúde, exarados principalmente em Levítico capítulos 19 a 27 e Deuteronômio capítulos 22 a 26.
Tratava-se de um conjunto de precauções com o objetivo de evitar a doença. Ainda que a razão principal fosse a separação de tudo que se observava nas nações vizinhas, ou seja, era um mandamento de busca da santidade, com proposta de valor moral muito superior à dos povos que viviam no entorno da nação de Israel, mesmo assim a base do código mosaico tinha teor profilático (preventivo) de saúde no Antigo Testamento, e estava relacionada com a saúde pública.
Prevenção é um conjunto de medidas de cuidados e providências que se toma antes, visando prevenir, um mal. Trata-se de precaução antecipada.
Dois capítulos do Antigo Testamento são exemplares de que a prevenção tinha padrão profilático: Levítico capítulos 15 e 17.
Levítico capítulo 15 aborda sobre as impurezas que causavam impurezas cerimoniais, impedindo o crente israelita de adorar, mas era didático como saúde pública: primeiro trata das emissões dos órgãos sexuais. Alguns fluxos eram normais, porém causavam impureza cerimonial. Outros fluxos eram anormais e indicavam doenças.
A palavra fluxo é traduzida pela Septuaginta como ´gonorréia´. Transcrevo curto comentário de Russel Shedd sobre esta tradução: doença conhecida desde a antiguidade mais remota, sendo tão antiga quanto o pecado que a produz. Em termos de saúde pública, era determinado o isolamento completo destas pessoas doentes. Isolamento este que incluía até a cama onde o doente se deitava.
Os orientais tinham o costume de cuspir sobre alguém, quando queriam insultar, expressando desprezo contra a pessoa. Sabemos que a saliva pode ser transmissora de doenças. Então, quem foi cuspido ficava isolado e, durante o tempo de imundície, não sacrificava em adoração.
Levítico capítulo 15.12: “E o vaso de barro em que tocar o que tem o fluxo será quebrado; porém todo vaso de madeira será lavado com água.” O vaso de barro, de fabricação porosa, onde retinha as sujeiras e onde os germes podiam se desenvolverem, que fosse contaminado, era quebrado. Os vasos de madeira e de metal eram mais facilmente lavados. No capítulo 15 de Levítico considera-se a água como excelente profilaxia contra as bactérias.
Levítico capítulo 17, próximo capítulo exemplar da prevenção de doenças, é chamado de ´código de santidade´. Nele se tem uma proibição básica de comer sangue. Além de que o versículo 11 afirma que a vida está no sangue, e este é sagrado, pois a vida pertence a Deus, portanto, sendo proibido, como respeito à sacralidade da vida, comer sangue. Isto preservava o simbolismo do sacrifício do culto a Deus, e ao mesmo tempo protegia o povo de infecções, haja vista que muitas doenças, e até doenças mortais, são transmitidas pelo sangue. Os judeus avaliavam com muita seriedade esta proibição. Tanto que, por isso, se escandalizaram quando o Senhor Jesus lhes disse em João 6, que deveriam beber o Seu sangue. Claro, que o sentido era espiritual, de identificação com a Obra do Calvário, ou seja, que os ouvintes se identificassem com Ele, tomando Sua vida em si mesmos, e Ele participando de nossa vida.
Mateus 9.35 e 36 – “E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” – Almeida Revista e Atualizada.
Doenças e enfermidades são duas traduções de sentidos diferentes. Doença, substantivo grego nosos, refere-se a doenças crônicas persistentes e, geralmente, incuráveis. Enfermidade, substantivo malakia, tem o significado de uma enfermidade que enfraquece a pessoa, que debilita e faz o enfermo perder as forças.
A primeira palavra ´doenças´ em Mateus 9.35, no grego, é mais forte, pois se trata das incuráveis.
Nestes versículos aprendemos da motivação do Senhor Jesus, em ambas as naturezas, a divina e a humana: era movido de grande compaixão. Viu a multidão desgarrada e errante, e moveu-se de grande compaixão. A emoção de Jesus Cristo no ensino das Escrituras é a emoção humana que tem fonte divina, como quando somos sensíveis ao trabalho em nós de uma compaixão divina. Assim é a descrição da compaixão humana que, na mais alta elevação e perfeição divina, tocou o coração de Jesus.
Ele se moveu em íntima e grande compaixão por causa do estado em que encontrou a multidão: sofrendo pelas doenças e enfermidades. Por dez vezes nos Evangelhos se registra que o Senhor Jesus sentiu compaixão.
Hoje ainda o Senhor Jesus é o mesmo. Poderoso para socorrer os atormentados, os desamparados, os confusos na fé, os hostilizados, os cansados e rejeitados, angustiados e abatidos, com as forças esgotadas, desnorteados e perturbados. Tanto na alma quanto no corpo. O Senhor Jesus salva e cura das doenças e das enfermidades. Ore sobre esta verdade!
Pastor Eliel Goulart
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