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16/11/2017
Este post é assinado por: Leonardo Novais de Oliveira
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
TEXTO ÁUREO
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
PALAVRA INTRODUTÓRIA
Caros (as) alunos (as), Paz seja convosco.
Nesta lição, aprenderemos mais uma das “solas” que fala sobre a soberania de Deus (Soli Deo Gloria).
O Senhor sempre mostrou ao seu povo que apesar de existirem outros “deuses” que eram adorados por nações pagãs, somente Ele deveria ser adorado e seu povo prestaria culto somente a Ele.
Vejamos o conceito de “deus” pelo dicionário Priberam da Língua Portuguesa:
deus (latim deus, dei)
Além dos chamados deuses, que consistem em animais, homens, objetos ou outros, o ser humano também pode incorrer no erro de adorar a si mesmo.
Outro ponto importante para citarmos é a adoração a pessoas como ícones, ou seja, como símbolos de prosperidade, espiritualidade, sabedoria e outros.
É inegável que existem e sempre existiram homens e mulheres que fizeram verdadeiras proezas, porém, nenhum (a) destes (as) devem ser adorados (as).
Como somos estudantes da Palavra, sabemos que só existe um Deus verdadeiro, que é o Senhor, mas existem nações que adoram vários deuses, pois na visão destes, estas pessoas, objetos, animais ou outros, possuem poderes, sendo classificados como seres elevados.
Paulo, judeu por nascimento, da Tribo de Benjamim, fariseu que fora criado segundo os princípios mais rígidos da Lei de Deus e ensinado por Gamaliel, um grande estudioso, escreve a Timóteo, reforçou o fato de que o Senhor é o único Deus, assim como os descendentes de Abraão acreditavam, vejamos o que está escrito na primeira carta de Paulo a Timóteo:
Os judeus são monoteístas, ou seja, acreditam na existência de somente um Deus e além disto, só adoram a este, pois o Senhor os proibiu de adorar outros deuses, assim que saíram do Egito e deixaram de ser escravos.
Precisamos no contexto do mundo hodierno, conhecer algumas nuances a respeito dos chamados “deuses”.
Leiamos o que a revista Super Interessante publicou sobre o número de deuses existentes na Índia:
No sul da Índia, próximo à cidade sagrada de Tiruvannamalai, fica o templo de Bhuvaneshwari. Lá, os monges residentes têm uma única ocupação – bem insólita, por sinal: desde o século 16, ou talvez até há mais tempo, eles fazem um minucioso recenseamento de todos os deuses hindus. Em pergaminho, registram a origem, a função e as relações de parentesco. É uma tarefa gigantesca. O número oficial de deuses na Índia chega a 330 milhões. Extraoficialmente, porém, essa conta bate na casa do bilhão.
Estudaremos nesta lição as várias distorções existentes sobre este assunto.
1 – O ENTENDIMENTO ROMANDO ACERCA DA VENERAÇÃO
A ICAR afirma que existe diferença entre “venerar” e “adorar” e que o ato de venerar não fere em nada as Sagradas Escrituras.
Vejamos o conceito de venerar segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa:
ve·ne·rar (latim veneror, -ari)
Segundo este léxico, não existem diferenças entre venerar e adorar, mas estudaremos estas palavras no hebraico e grego para compreendermos melhor.
A ICAR utiliza um dogma execrável que é invocar em oração os mortos, quer seja para pedir intercessão, proteção ou concessão de bênçãos, mas isto foi TERMINANTEMENTE PROIBIDO por Deus.
Vejamos o que o livro de Deuteronômio nos mostra sobre isto:
Orar a alguém que está morto nada mais é do que conversar com o tal e isto, além de ser impossível, pois não existe comunicação entre os vivos e os mortos de acordo com a Bíblia, é proibido por Deus, pois prefigura uma prática dos povos que não O conhece.
1.1 – A doutrina da veneração aos santos
O comentarista da lição em questão aborda um tema deveras importante para a compreensão dos dogmas católicos:
“A doutrina da veneração aos santos que se apresenta, externamente, por meio da reverência a imagens (estátuas ou iconografias) foi dogmatizada pela Igreja Romana no Segundo Concílio de Niceia (787 d.C.); e, em 1987, por ocasião do 12º centenário do referido sínodo, Demétrio I (patriarca de Constantinopla) e João Paulo II (papa em exercício à época) reafirmaram sua legitimidade.
Existe um fato muito interessante relacionado ao catecismo da ICAR, pois ela condena a adoração a outros deuses e utiliza a palavra IDOLATRIA como título para este assunto, inclusive, fala sobre os fabricantes de “deuses”, deixando claro que estes não são deuses e citando o Salmo 115.
Leiamos o que o Catecismo da ICAR diz:
A IDOLATRIA
O primeiro mandamento condena o politeísmo. Exige que o homem não acredite em outros deuses afora Deus, que não venere outras divindades afora a única. A escritura lembra constantemente esta rejeição de “ídolos, ouro e prata, obras das mãos dos homens”, os quais “têm boca e não falam, têm olhos e não vêem…” Esses ídolos vãos tornam as pessoas vãs:
“Como eles serão os que o fabricaram e quem quer que ponha neles a sua fé” (Sl 115.4-5,8). Deus, pelo contrário, é o “Deus vivo” (Jo 3.10) que faz viver e intervém na história.
A idolatria não diz respeito somente aos falsos cultos do paganismo. Ela é uma tentação constante da fé. Consiste em divinizar o que não é Deus. Existe idolatria quando o homem presta honra e veneração a uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou de demônios (por exemplo, o satanismo), do poder, do prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do dinheiro etc. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”, diz Jesus (Mt 6,24). Numerosos mártires morreram por não adorar “a Besta”, recusando-se até a simular seu culto. A idolatria nega o senhorio exclusivo de Deus; é, portanto, incompatível com a comunhão divina.
A vida humana unifica-se na adoração do Único. O mandamento de adorar o único Senhor simplifica o homem e o livra de uma dispersão infinita. A idolatria é uma perversão do sentimento religioso inato do homem. O idólatra é aquele que “refere a qualquer coisa que não seja Deus a sua indestrutível noção de Deus”. (Grifo Nosso).
A Wikipédia, apesar de não ser um léxico e muito menos um comentário bíblico, apresenta uma posição interessante quanto a este assunto, vejamos abaixo.
“A veneração é demonstrada externamente pela reverência a imagens de santos (estátuas ou ícones) e relíquias (partes de seus corpos, ou que estiveram em contato com eles). Segundo essas denominações “aquele que se prostra diante da imagem, prostra-se diante da pessoa (a hipóstase) daquele que na figuração é representado”. Eles fundamentam suas tradições em práticas e exemplos de confecção e veneração bíblicas, como em Êxodo 25:17-22, Números 21,8-9, I Crônicas 28,18-19 e I Reis 6:29. É praticado pela Igreja Católica, Ortodoxa bizantina, Nestoriana, ortodoxas orientais e alguns grupos da Comunhão Anglicana e Luterana”. (Grifo Nosso).
1.1.1 – Refutação Reformista à doutrina da veneração dos santos
Vejamos algumas palavras que são utilizadas no hebraico e no grego com o sentido de ADORAR de acordo com o Dicionário Vine:
ADORAR
sãhãh (nntf): “adorar, prostrar-se, curvar-se”. Esta palavra é encontrada no hebraico moderno no sentido de “curvar-se” ou “inclinar-se”, mas não no sentido geral de “adorar”. O fato de que ocorre mais de 170 vezes na Bíblia hebraica mostra algo do seu significado cultural. Aparece pela primeira vez em Gn 18.2, onde lemos que Abraão “inclinou-se à terra” diante dos três mensageiros que anunciaram que Sara teria um filho. O ato de se curvar em homenagem é feito diante de um superior ou soberano. Davi “se curvou” perante Saul (1 Sm 24.8). Às vezes, é um superior social ou econômico diante de quem a pessoa se curva, como quando Rute “se inclinou” à terra diante de Boaz (Rt 2.10). Num sonho, José viu os molhos dos seus irmãos “inclinando-se” diante do seu molho (Gn 37.5,7,8). A palavra sãhãh é usada como termo comum para se referir a ir diante de Deus em adoração (ou seja, adorar), como em 1 Sm 15.25 e Jr 7.2. As vezes está junto com outro verbo hebraico que designa curvar-se fisicamente, seguido por “adorar”, como em Êx 34.8: “E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, e encurvou-se [“adorou”,ARA]”. Outros deuses e ídolos também são o objeto de tal adoração mediante a ação de se prostrar diante deles (Is 2.20; 44.15.17).
VERBOS
Notas: A adoração de Deus não é definida em nenhuma parte das Escrituras. Uma consideração dos verbos acima mostra que não é limitado ao louvor: pode ser amplamente considerado como o reconhecimento direto a Deus, da Sua natureza, atributos, caminhos e reivindicações, quer pela saída do coração em louvores e ações de graças, quer por ações feitas em tal reconhecimento.
(2) Em At 17.25 o verbo therapeuõ. “Servir, prestar serviço a”, é traduzido por “é servido”.
SUBSTANTIVOS
Leiamos o conceito que o Dicionário Wycliffe traz sobre adoração:
Na versão RC em português, esse termo ocorre apenas em Atos 8.27. Ele não ocorre nas versões KJV, ASV ou RSV em inglês, embora a ideia esteja expressa no AT pela palavra shaha, que significa “veneração”, “inclinar-se perante”. No NT a ideia está expressa pela palavra proskuneo, que significa “venerar”, “beijar a mão”, “fazer reverência a”, “adorar” e menos frequentemente por sebomai, que significa “reverenciar”, “adorar”, “ser devoto de” e latreuo, que significa “venerar publicamente”, “ministrar”, “servir”, “prestar homenagem religiosa”.
O propósito da adoração é estabelecer ou dar expressão a um relacionamento entre a criatura e a divindade. A adoração é praticada prestando-se reverência e homenagem religiosa a Deus (ou a um deus) em pensamento, sentimento ou ato, com ou sem a ajuda de símbolos e ritos. A adoração pura expressa a veneração sem fazer alguma petição, e pressupõe a auto renúncia e a entrega sacrificial a Deus. Estritamente falando, a adoração é a ocupação da alma com o próprio Deus, e não inclui a oração por necessidades e ação de graças pelas bênçãos. A adoração é representada na Bíblia principalmente por duas palavras: no AT a palavra heb. shaha (mais de 100 vezes) significando
“curvar-se diante”, “prostrar-se”, (Gn 22.5; 42.6: 48.12; Ex 24.1; Jz 7.15; 1 Sm 25.41; Jó 1.20; SI 22.27; 86.9 etc.), e no NT a palavra gr. proskyneo (59 vezes), significando ”prostrar-se”, “prestar homenagem a alguém” (Mt 2.2,8,11; 4,9; Mc 5.6; 15.19; Lc 4.7.8: Jo 4,20-22 etc.). Essas duas palavras são constantemente traduzidas pela palavra “adoração’’, denotando o valor daquele que recebe a honra ou devoção especial. Ambos os termos “adoração” e “digno” podem ser vistos juntos na grande descrição dos 24 anciãos prostrando-se diante daquele que se assenta no trono (Ap 4.10-11; cf. 5.8-14). Além das duas palavras principais há um extenso vocabulário tanto 110 heb. como no gr. definindo ainda mais a atividade de adoração. As palavras comumente usadas são o heb. ‘abad, significando “trabalhar”, “servir”, “adorar” (2 Rs 10.19-23) com a sua contraparte gr. latreuo, significando “prestar serviço religioso ou honra a Deus” (At 24.14; Fp 3.3), Uma palavra heb. e aram. sagad, significando “prostrar-se em adoração”, é encontrada em Isaías 44.15,17,19; 46.6; Daniel 2.46 e frequentemente no capítulo seguinte. Temer ao Senhor é um sinónimo próximo, à medida que se aprende a comparar Deuteronômio 6.13 com a citação deste versículo pelo Senhor Jesus em Mateus 4.10. Aqui o temor tem um sentido de admiração e reverência (cf. SI 5.7). Outras palavras gregas de grande importância são sebomai e os seus diversos cognatos, significando “ficar admirado”, “reverenciar”, e threskeia, significando “religião”, “adoração cerimonial” (Cl 2,18; At 26.5; Tg 1.26ss.).
Concluindo, não existem palavras que distingam adorar de venerar no hebraico, nem tampouco no grego e também não existem textos onde o Senhor nos autoriza a pedir algo para alguém que já tenha morrido.
Desta forma, REFORÇAMOS que o ato de prestar culto, rogar por algo ou pedir intercessão e bênçãos, só deve ser dirigido a Deus, em nome de Jesus.
1.2 – A doutrina da veneração às relíquias
A palavra “relíquia” no latim (reliquiae) quer dizer lembranças e estas são os objetos pertencentes (ou supostamente pertencentes) cristãos piedosos que, depois de certo tempo, foram canonizados.
No Concílio de Trento, os padres conciliares aprovaram o “Decreto sobre a invocação, a veneração e as relíquias dos santos e sobre as imagens sagradas”, em 03 de dezembro de 1563, que diz:
“Devem ser venerados pelos fiéis os santos corpos dos santos mártires e dos outros que vivem com Cristo, corpos que foram membros vivos do mesmo Cristo e templo do Espírito Santo, que por ele devem ser ressuscitados para a vida eterna e glorificados e pelos quais Deus concede aos homens muitos benefícios. Por isso, os que afirmam que às relíquias dos santos não se deve veneração nem honra, ou que inutilmente os fiéis as honram como também a outros monumentos sagrados, e que em vão frequentam as memórias dos Santos para obter o seu auxílio, todos devem ser absolutamente condenados como já outrora a Igreja os condenou e também agora os condena”.
Segundo Ferguson, existem três tipos de relíquias vieram a ser reconhecidas pela Igreja:
“O corpo ou partes do corpo de uma pessoa santa, objetos intimamente relacionados com a pessoa (por exemplo, vestuário) e objetos como areia, óleo ou água, que tocaram os restos mortais e foram armazenados em ampolas (pequenos frascos) (FERGUSON, E. Central Gospel, 2017, p. 286).
A ICAR acredita que Deus utiliza os corpos dos “santos” e objetos que foram dos mesmos para transmitir bênçãos às pessoas que o tocarem e afirma que a Bíblia apresenta estes atos em vários versículos, como é o caso da cura que acontecia com os lenços e aventais de Paulo (At 19.12) com o toque na imagem da cobra Neustã (Nm 21.8,9).
Também citam a passagem de 2 Rs 13.21, que relata a ressuscitação de uma pessoa que havia caído na cova de Eliseu, reforçando que os ossos de Eliseu foram um canal de Deus para a operação do milagre e por isto justificam as relíquias de primeira e segunda categoria.
Vejamos a que ponto os dogmas relacionados às relíquias chegaram:
Entre os mais curiosos tesouros trazidos da Palestina ou transferidos de Constantinopla pela piedade dos Cruzados, figuraram as barbas de Noé, os chifres atribuídos a Moisés, a pedra sobre a qual Jacó dormiu em Betel, crinas da besta de Balaão e o ramo no qual Absalão se embaraçou. Aos tempos do Novo Testamento pertencem a faca que nosso Senhor usou na última Ceia, a qual se acha em Treves; o prato usado naquela ocasião, reclamado ao mesmo tempo por Gênova, Roma e Arles; uma parte da toalha com que nosso Senhor se cingiu na última Ceia; a verdadeira mesa sobre a qual a última Ceia foi celebrada, agora em poder da igreja do Latrão, em Roma; palhas da manjedoura e à estaca atada à qual São Paulo foi flagelado. Uma das lágrimas que Jesus verteu junto ao túmulo de Lázaro se acha sob a guarda de Vendome. A respeito dessa lágrima, escreveu-se um livro para demonstrar que ela fora colhida por um anjo e dada a Maria Madalena, que a preservou em vaso precioso e a levou para a França.
Referindo-nos outra vez à coleção de 5005 relíquias exibidas em Wittenberg, durante a infância de Lutero, especificamos que ele continha ossos de Davi, um dente que pertencera a Zacarias, três fragmentos da vara de Arão, dois pedaços do bordão de Moisés, fragmentos do machado que lavro a cruz de nosso Senhor, oito pedaços de uma das pedras com as quais Estevão foi apedrejado, dezoito fragmentos de ossos de São Paulo, um elo da corrente com que Pedro foi ligado, dois pedaços do bastão que o mesmo Pedro usava, assim como trinta pedaços do lenho da cruz, cinco gotas do leite de Maria, sete pedaços de seu véu e um pedaço do leito onde ela ascendeu ao céu. Em adição a esses e outros artigos não menos famosos, a coleção possuía quinze fragmentos dos sete adormecidos em Éfeso.
1.2.1. Refutação reformista à doutrina da veneração às relíquias
A teologia reformada não afirma que os piedosos irmãos do passado não devem ser reverenciados e imitados em sua fé e fidelidade ao Senhor (Lc 1.48; Mc 14.9). A bandeira levantada pelos reformadores não foi outra senão esta: Deus é o único digno de glória e louvor para todo sempre (Ap 7.12).
Mais uma vez podemos voltar ao conceito básico da hermenêutica que diz que “Texto sem contexto é pretexto para heresia) e se analisarmos todas as passagens sugeridas pela ICAR para basear a veneração às relíquias não veremos NENHUMA indicação de que os ossos de Elizeu após o fato ocorrido começaram a ser adorados ou venerados, não veremos Paulo ou Pedro serem venerados por este fato, ainda que fosse em vida, pois eles sabiam que este tipo de veneração era exclusivo de Deus.
Leiamos At 14.8-18 na tradução NVI:
2 – SOLI DEO GLORIA
Esta “sola” ou somente, afirma que somente Deus pode receber glória, ou seja, não há espaços para NENHUM homem recebe-la.
2.1 – Base bíblica
A carta de Paulo aos Romanos no capítulo 11 e versículo 36 nos diz:
O mesmo Paulo escreve aos Coríntios no capítulo 8 e versículos 5 e 6:
Lucas escreve o segundo tratado (Atos dos Apóstolos), capítulo 4 e versículo 12 o seguinte:
O profeta Isaías escreve um dos versículos mais marcantes a respeito deste tema no capítulo 42 e versículo 8:
Leiamos a tradução NVI (Nova Versão Internacional):
Desta forma, não existem precedentes que consigam provar que outras pessoas ou objetos podem ser adoradas ou veneradas.
3 – ADVERTÊNCIA À IGREJA REFORMADA: GLÓRIA, SOMENTE A DEUS!
Como o homem tem a capacidade de “pender” para o mau, sendo também influenciado pela ação maligna de satanás, vejamos quais tem sido os “deuses” nos dias de hoje.
Um dos deuses da atualidade que também foi “adorado” no passado é o corpo. Existem várias distorções consideradas transtornos de personalidade envolvendo esta questão.
Vejamos algumas delas:
1 – Edonismo: A palavra hedonismo vem do grego hedonikos, que significa “prazeroso”, já que hedon significa prazer. Como uma filosofia, o hedonismo surgiu na Grécia e teve Epicuro e Aristipo de Cirene como alguns dos nomes mais importantes. Esta doutrina moral teve a sua origem nos cirenaicos (fundada por Aristipo de Cirene), epicuristas antigos. O hedonismo determina que o bem supremo, ou seja, o fim último da ação, é o prazer.
Este transtorno faz com que o homem busque e “adore” a tudo o que lhe dá prazer, sem prestar atenção ao que a Bíblia diz, pois o que interessa é sua satisfação.
2 – Narcisismo: Narcisismo é o amor de um indivíduo por si próprio ou por sua própria imagem, uma referência ao mito de Narciso. O termo “narcisismo” foi introduzido na psiquiatria, no final do século XIX – e viria a ser adotado no campo da psicanálise – por Havelock Ellis
(1898), para descrever uma forma de sexualidade baseada no próprio corpo do indivíduo.
O termo “narcisismo” vem do mito grego de Narciso, um bonito jovem e indiferente ao amor que ao se ver refletido na água apaixonou-se pela própria imagem refletida. O conceito de egoísmo excessivo tem sido reconhecido ao longo da história. Na Grécia antiga, o conceito foi entendido como arrogância.
Uma multidão alimenta a indústria do bem-estar e suplementação com o intuito de deixar seu corpo com padrões produzidos por revistas e pela televisão e muitas destas pessoas incorrem no terrível erro de adorar seu próprio corpo e o pior deste cenário é que em vários casos, esta determinação em ter um corpo perfeito causa muitos males à saúde, como é o caso de câncer hepático pelo uso abusivo de anabolizantes, problemas renais, bulimia, anorexia e outros.
3.1 – O endeusamento de Líderes
Outro ponto que merece destaque nos dias atuais é o culto aos ícones sociais, ou seja, pessoas que se destacam da maioria por algo que fizeram e infelizmente isto acontece nas igrejas.
Algumas chegam ao ponto de venerar certos pastores, dizendo que os mesmos são homens de Deus e que quando estes oram os milagres acontecem e multidões viajam quilômetros para encontrar-se com tais pastores, pois acreditam que se conseguirem tocá-los serão curados.
Leiamos a carta de Paulo aos Colossenses, no capítulo 1 e versículo 18 ao 23:
3.2 – As modernas relíquias devocionais
Estamos vivenciando um período negro no ceio cristão, propagado especialmente pelo que conhecemos como “Neo Pentecostalismo”, onde os representantes deste segmento evangélico voltaram a utilizar de forma sorrateira as relíquias, com pretextos de alavancar, edificar ou aumentar a fé dos fiéis.
Temos casos de “águas ungidas trazidas do Mar Vermelho”, “Rosas do Amor”, “Réplicas da Arca da Aliança”, “Sal para afastar espíritos” e outras aberrações.
Tais líderes tiram a atenção que deveria ser unicamente voltada para o Senhor da Igreja, Jesus, o Cristo e levam as pessoas a darem valor para tais relíquias.
CONCLUSÃO
Os homens e mulheres usados por Deus para trazer um novo tempo para a igreja, que vivenciaram o período em que estamos estudando, denominado “Reforma Protestante”, compreenderam que os líderes da ICAR haviam esquecido o seu lugar como servos e adoradores e haviam deixado de viver para o Senhor, escolhendo viver para eles mesmo, com luxúrias e extravagâncias.
Tomemos cuidado para não incorrer neste mesmo erro, pois o homem é cíclico e os problemas serão sempre os mesmos.
REFERÊNCIAS
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BÍBLIA. Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida. CPAD. Rio de Janeiro, 1995.
BÍBLIA. A Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada. CPAD. Rio de Janeiro, 1998.
CALVINO. John. Tratado de Religiões Cristãs, as Institutas. Volume 3. La Aurora. Buenos Aires, 1962.
CRICHTON, J.D. Christian Celebration: The Sacraments, The Mass. London Chapman, 1981.
HAHN, Eberhard. Carta aos Efésios – Comentário Esperança. Ed. Evangélica Esperança. Curitiba, 2006.
PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. CPAD. Rio de Janeiro, 2000.
VINE, W. E.; UNGER, Merril F.; JR, William White. Dicionário Vine. CPAD. Rio de Janeiro, 2002.
“Deus”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/Deus [consultado em 14-11-2017].
“veneração”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/venera%C3%A7%C3%A3o [consultado em 14-11-2017].
http://solascriptura-tt.org/IgrejasNosSeculos/Schaff26-VeneracaoImagensReliquias.pdf [consultado em 15-11-2017].
Por Leonardo Novais
Postado por ebd-comentada
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