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31/10/2017
Este post é assinado por: Leonardo Novais de Oliveira
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
PALAVRA INTRODUTÓRIA
De forma simples, o conceito de heresia é fundamentado em toda teoria que propõe que exista algo, além de Jesus Cristo, que se responsabilize pela salvação do homem, ou seja, se Jesus Cristo não for o único que pode religar o homem a Deus, seja considerado heresia.
Assim, nesta lição compreenderemos o conceito católico romano de co-mediação, que afirma que não é somente Cristo que tem o poder de perdoar e salvar o homem, mas também Maria, a oração pelos mortos e outras heresias.
Martinho Lutero afirmava que Jesus é o centro e a circunferência da Bíblia. Em outras palavras, significa dizer que o que Cristo fez (em Sua morte e ressurreição) formam em si e por si as entranhas de toda Escritura.
Zuínglio, principal líder da reforma protestante na Suíça dizia que Cristo é o cabeça de todos os crentes, os quais são o seu corpo e, sem Ele, o corpo está morto.
Ambos os reformadores estavam convictos de que a Bíblia, Palavra de Deus era a regra geral do cristianismo (Sola scriptura) e baseavam suas declarações na mesma.
1 – O ENTENDIMENTO ROMANO A RESPEITO DA CO-MEDIAÇÃO
Conforme mencionado, ao longo dos anos, a igreja católica romana, incorreu em várias heresias e as mais espúrias estavam ligadas ao que chamamos de co-mediação. O ensino da mesma mostra que o homem é dependente da igreja, pois toda a obra da salvação deve ser operada pelo sacerdote, através do batismo e da obediência à igreja católica romana. Isto torna o sacerdote absolutamente essencial e sem este, o fiel fica desprotegido, sendo necessário estar ligado à igreja católica e ao seu sacerdote.
Para a igreja católica romana, a heresia é evidenciada pelos protestantes ao negarem a eficácia da Igreja, de Maria e dos sacerdotes.
Vejamos o que está escrito no Catecismo da Igreja Católica na terceira parte, artigo 2:
2034 – O romano pontífice e os Bispos “são os doutores autênticos dotados da autoridade de Cristo, que pregam ao povo a eles confiado a fé que deve ser crida e praticada[a72]”. O magistério ordinário e universal do Papa e dos Bispos em comunhão com ele ensina aos fiéis a verdade em que se deve crer; a caridade que se deve praticar, a felicidade que se deve esperar.
2035 – O grau supremo da participação na autoridade de Cristo é assegurado pelo carisma da infalibilidade. Esta tem a mesma extensão que o depósito da revelação divina[a73]; estende-se ainda a todos os elementos de doutrina, incluindo a moral, sem os quais as verdades salutares da fé não podem ser preservadas, expostas ou observadas[a74]. (Grifo Nosso)
1.1 – O dogma da maternidade divina
Segundo o Dicionário Priberam para a Língua Portuguesa, dogma (latim dogma, -atis, opinião, dogma, do grego dógma, – atos), significa: Ponto fundamental e indiscutível de uma crença religiosa, Máxima, preceito.
“dogma”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/dogma [consultado em 31-10-2017].
Desta forma, para a igreja católica romana os dogmas têm a mesma autoridade da Palavra de Deus e de acordo com o catecismo da igreja católica, no capítulo III, artigo 9 e parágrafo 6, temos o seguinte:
Maria – Mãe de Cristo, mãe da Igreja
963 – Depois de termos falado do papel da Virgem Maria no mistério de Cristo e do Espírito, convém agora considerar lugar dela no mistério da Igreja. “Com efeito, a Virgem Maria (…) é reconhecida e honrada como a verdadeira Mãe de Deus e do Redentor. (…). Ela é também verdadeiramente ‘Mãe dos membros [de Cristo] (…), porque cooperou pela caridade para que na Igreja nascessem os fiéis que são os membros desta Cabeça'[a21].” (…) Maria, Mãe de Cristo, Mãe da Igreja[a22].
a) A maternidade de Maria com relação à Igreja
Totalmente unida a seu filho …
964 – O papel de Maria para com a Igreja é inseparável de sua união com Cristo, decorrendo diretamente dela (dessa união), “Esta união de Maria com seu Filho na obra da salvação manifesta-se desde a hora da concepção virginal de Cristo até sua morte[a23].” Ela é particularmente manifestada na hora da paixão de Jesus: A bem-aventurada Virgem avançou em sua peregrinação de fé, manteve fielmente sua união com o Filho até a cruz, onde esteve de pé não sem desígnio divino, sofreu intensamente junto com seu unigênito. E com ânimo materno se associou a seu sacrifício, consentindo com amor na imolação da vítima ela por gerada. Finalmente, pelo próprio Jesus moribundo na cruz, foi dada como mãe ao discípulo com estas palavras: “Mulher, eis aí teu filho” (Jo 19,26-27[a24]).
965 – Após a ascensão de seu Filho, Maria “assistiu com suas orações a Igreja nascente[a25]”. Reunida com os apóstolos e algumas mulheres, “vemos Maria pedindo, também ela, com suas orações, o dom do Espírito, o qual, na Anunciação, a tinha coberto com sua sombra[a26]”.
…Também em sua assunção…
966 – “Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo[a27].” A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos: Em vosso parto, guardastes a virgindade; em vossa dormição, não deixastes o mundo, ó mãe de Deus: fostes juntar-vos à fonte da vida, vós que concebestes o Deus vivo e, por vossas orações, livrareis nossas almas da morte[a28]….
… Ela é nossa mãe na ordem da graça
967 – Por sua adesão total à vontade do Pai, à obra redentora de seu Filho, a cada moção do Espírito Santo, a Virgem Maria é para a Igreja o modelo da fé e da caridade. Com isso, ela é “membro supereminente e absolutamente único da Igreja[a29]”, sendo até a “realização exemplar (typus)” da Igreja[a30]
968 – Mas seu papel em relação à Igreja e a toda a humanidade vai ainda mais longe. “De modo inteiramente singular, pela obediência, fé, esperança e ardente caridade, ela cooperou na obra do Salvador para a restauração da vida sobrenatural das almas. Por este motivo ela se tornou para nós mãe na ordem da graça[a31].”
969 – “Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura ininterruptamente, a partir do consentimento que ela fielmente prestou na anunciação, que sob a cruz resolutamente manteve, até a perpétua consumação de todos os eleitos. Assunta aos céus, não abandonou este múnus salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. (…). Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira[a32].”
970 – “A missão materna de Maria em favor dos homens de modo algum obscurece nem diminui a mediação única de Cristo; pelo contrário, até ostenta sua potência, pois todo o salutar influxo da bem-aventurada Virgem (…) deriva dos superabundantes méritos de Cristo, estriba-se em sua mediação, dela depende inteiramente e dela aufere toda a sua força[a33].” “Com efeito, nenhuma criatura jamais pode ser equiparada ao Verbo encarnado e Redentor. Mas, da mesma forma que o sacerdócio de Cristo é participado de vários modos, seja pelos ministros, seja pelo povo fiel, e da mesma forma que a indivisa bondade de Deus é realmente difundida nas criaturas de modos diversos, assim também a única mediação do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas uma variegada cooperação que participa de uma única fonte[a34].”
b) O culto da Santíssima Virgem
971 – “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48): “A piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão[a35]”. A Santíssima Virgem “é legitimamente honrada com um culto especial pela Igreja. Com efeito desde remotíssimos tempos, a bem-aventurada Virgem é venerada sob o título de ‘Mãe de Deus’, sob cuja proteção os fiéis se refugiam suplicantes em todos os seus perigos e necessidades (…) Este culto (…) embora inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração que se presta ao Verbo encanado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo, mas o favorece poderosamente[a36]”; este culto encontra sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus [a37]e na oração mariana, tal como o Santo Rosário, “resumo de todo o Evangelho[a38]”.
c) Maria – ícone escatológico da Igreja
972 – Depois de termos falado da Igreja, de sua origem, de sua missão e de seu destino, a melhor maneira de concluir é voltar o olhar para Maria, a fim de contemplar nela (Maria) o que é a Igreja em seu mistério, em sua “peregrinação da fé”, e o que ela (Igreja) será na pátria ao termo final de sua caminhada, onde a espera, “na glória da Santíssima e indivisível Trindade”, “na comunhão de todos os santos[a39], aquela que a Igreja venera como a Mãe de seu Senhor e como sua própria Mãe: Assim como no céu, onde já está glorificada em corpo e alma, a Mãe de Deus representa e inaugura a Igreja em sua consumação no século futuro, da mesma forma nesta terra, enquanto aguardamos a vinda do Dia do Senhor, ela brilha como sinal da esperança segura e consolação para o Povo de Deus em peregrinação[a40].
Fica visível uma “mistura” de pensamentos, envolvendo o cristianismo e o gnosticismo, que acreditava que o homem em si é mal e, sendo assim, não seria possível que Deus tivesse parte na humanidade, pois Deus nunca poderia tornar-se humano.
Desta forma, os teólogos romanos com a intenção de justificar a “divindade” de Maria, passaram a afirmar que sua natureza teria que ser divina, pois Jesus só seria divino se a natureza de sua mãe o fosse.
1.1.1 – Refutação reformista ao dogma da maternidade divina
Como Lutero era sacerdote da igreja católica romana, obviamente concordava com seus preceitos e conceitos, porém quando foi esclarecido pela leitura das Sagradas Escrituras, seu processo de “libertação” dos dogmas começou a realizar-se. Isto fica evidenciado pelo livro Magnificat (Engrandece) escrito por ele.
Abaixo temos algumas citações feitas por Lutero no referido livro:
Queremos ter em toda honra a amada virgem e santa mãe, como ela na verdade é digna de ser honrada. Mas não queremos honrá-la, fazendo-a igual ao seu filho Cristo. Pois ela nem foi crucificada nem morreu por nós(…). Por isso que se honre a mãe Maria como se queira, mas só que não seja honrada com a honra com que se deve honrar a Cristo. E esta é também a causa pela qual o Senhor afasta de si a sua mãe. Pois ele quer ser sozinho aquele a quem devemos seguir.
(…) que Deus com nenhuma palavra mandou pedir nem a anjos nem a santos para que roguem por nós (…). E encontra-se também que culto aos santos é pura invenção humana fora da palavra de Deus e da Escritura(…). Por isso não se deve aconselhar nem permitir que alguém ensine a invocar na prece os santos falecidos…
(…) deve permanecer sempre a distinção entre quem dá a graça e quem recebe a graça. Aquele que dá a graça, junto de quem se deve buscar a graça e não junto daquele que ele próprio gozou da graça(…). Para obviar este erro, note isto literalmente: Maria, encontraste graça junto de Deus. Então aprendas a ter-te por uma pessoa humana que chegou à graça, e não que deve distribuir graça. Pois para isso foi destinado o teu Filho, nosso amado Senhor Jesus, para que busquemos graça dele e por ele devamos chegar à graça (…). (http://www.luteranos.com.br/textos/maria-e-os-santos).
1.2 – A doutrina da intercessão dos santos
A palavra intercessão, segundo o dicionário Priberam para Língua Portuguesa vem do latim (intercessio, – onis, intervenção) e significa um ato de interceder, pedido a favor de outrem, intervenção conciliadora. “Intercessão”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/INTERCESS%C3%83O [consultado em 31-10-2017].
De acordo com os dogmas católicos romanos, aqueles que foram canonizados (tornaram-se santos após morrerem), podem interceder por aqueles que ainda estão vivos, junto a Deus.
1.2.1 – Refutação reformista à doutrina da intercessão dos santos
Este é mais um dos dogmas sem nenhum respaldo bíblico que a igreja católica romana resolveu promulgar.
A Bíblia deixa claro que após a morte, o homem está destinado a seguir um dos dois caminhos existentes, céu ou inferno.
Desta forma, não existe nenhuma possibilidade de os mortos intercederem por nós junto a Deus.
Algumas pessoas utilizam o texto do evangelho segundo Lucas, capítulo 16 que fala sobre a parábola do Rico e Lázaro, afirmando que ele atesta a possibilidade daqueles que já morreram intercederem por nós, mas seguindo as regras da hermenêutica bíblica, o texto não nos dá esta possibilidade de interpretação, pois em primeiro lugar não mostra que alguma pessoa que estava no Seio de Abraão ou no Hades intercedeu a Deus pelos vivos, e em segundo lugar não existe nenhuma outra passagem bíblica que abone tal prática, pelo contrário a Bíblia é clara quando diz que o ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS É JESUS CRISTO (1 Tm 2.5).
Vejamos o que o escritor do livro de Eclesiastes nos diz:
De acordo com a carta aos Hebreus, fica comprovado que é Jesus quem por nós intercede.
1.3 – O sacramento das penitências
Para compreender o que a igreja católica romana diz, vamos novamente utilizar o catecismo da mesma:
Capítulo III – Artigo 10: “Creio no perdão dos pecados”
976 – O Símbolo dos Apóstolos correlaciona a fé no perdão dos pecados com a fé no Espírito Santo, mas também com a fé na Igreja e na comunhão dos santos. Foi dando o Espírito Santo a seus apóstolos que Cristo ressuscitado lhes conferiu seu próprio poder divino de perdoar os pecados: “Recebei o Espírito Santo Aqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (Jo 20,22-23).
(A Segunda Parte do Catecismo tratará explicitamente do perdão dos pecados pelo Batismo, pelo sacramento da Penitência e pelos outros sacramentos, sobretudo a Eucaristia. Por isso basta aqui evocar sucintamente alguns dados básicos.)
a) Um só Batismo para o perdão dos pecados
977 – Nosso Senhor ligou o perdão dos pecados à fé e ao Batismo: “Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda criatura. Aquele que crer e for batizado será salvo” (Mc 16,15.16). O Batismo é o primeiro e principal sacramento do perdão dos pecados, porque nos une a Cristo morto por nossos pecados, ressuscitado para nossa justificação[a1], para que “também vivamos vida nova” (Rm 6,4).
978 – “No momento em que fazemos nossa primeira profissão de fé, recebendo o santo Batismo que nos purifica, o perdão que recebemos é tão pleno e tão completo que não nos resta absolutamente nada a apagar, seja do pecado original, seja dos pecados cometidos por nossa própria vontade, nem nenhuma pena a sofrer para expiá-los. (…). Contudo, a graça do Batismo não livra ninguém de todas as fraquezas da natureza. Pelo contrário, ainda temos de combater os movimentos da concupiscência, que não cessam de arrastar-nos para o mal[a2].”
979 – Neste combate contra a inclinação para o mal, quem seria suficientemente forte e vigilante para evitar toda ferida do pecado? “Se, portanto, era necessário que a Igreja tivesse o poder de perdoar os pecados, também era preciso que o Batismo não fosse para ela o único meio de servir-se dessas chaves do Reino dos Céus, que havia recebido de Jesus Cristo; era preciso que ela fosse capaz de perdoar as faltas a todos os penitentes, ainda que tivessem pecado até o último instante de sua vida[a3].”
980 – É pelo sacramento da Penitência que o batizado pode ser reconciliado com Deus e com a Igreja:
Os Padres da Igreja com razão chamavam a Penitência de “um Batismo laborioso[a4]”. O sacramento da Penitência é necessário para a salvação daqueles que caíram depois do Batismo, assim como o Batismo é necessário para os que ainda não foram regenerados[a5].
b) O poder das chaves
981 – Depois de sua Ressurreição, Cristo enviou seus Apóstolos para “anunciar a todas as nações o arrependimento em seu Nome, em vista da remissão dos pecados” (Lc 24,47). Este “ministério da reconciliação” (2Cor 5,18) os Apóstolos e seus sucessores não o exercem somente anunciando aos homens o perdão de Deus merecido para nós por Cristo e chamando-os à conversão e à fé, mas também comunicando-lhes a remissão dos pecados pelo Batismo e reconciliando-os com Deus e com a Igreja graças ao poder das chaves recebido de Cristo:
A Igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus para que se opere nela a remissão dos pecados pelo sangue de Cristo e pela ação do Espírito Santo É nesta Igreja que a alma revive, ela que estava morta pelos pecados, a fim de viver com Cristo, cuja graça nos [a6]salvou.
982 – Não há pecado algum, por mais grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. “Não existe ninguém, por mau e culpado que seja, que não deva esperar com segurança a seu perdão, desde que seu arrependimento seja sincero[a7].” Cristo que morreu por todos os homens, quer que, em sua Igreja, as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que recua do pecado[a8].
983 – A catequese empenhar-se-á em despertar e alimentar nos fiéis a fé na grandeza incomparável do dom que Cristo ressuscitado concedeu à sua Igreja: a missão e o poder de perdoar verdadeiramente os pecados, pelo ministério dos apóstolos de seus sucessores:
O Senhor quer que seus discípulos tenham um poder imenso: quer que seus pobres servidores realizem em seu nome tudo que havia feito quando estava na terra[a9].
Os presbíteros receberam um poder que Deus não deu nem aos anjos nem aos arcanjos. Deus sanciona lá no alto tudo o que os sacerdotes fazem aqui embaixo[a10].
Se na Igreja não existisse a remissão dos pecados, não existiria nenhuma esperança, nenhuma perspectiva de uma vida eterna e de uma libertação eterna. Demos graças a Deus, que deu à Igreja tal dom[a11].
Lendo este texto, fica claro que os católicos creem na sucessão apostólica e que os sacerdotes possuem o poder de perdoar os pecados que são cometidos após o batismo nas águas.
1.3.1 – Refutação reformista ao sacramento das penitências
Vejamos o que a Bíblia diz sobre a confissão de pecados:
Observação: Estes textos estão na tradução NVI (Nova Versão Internacional).
O único texto que faz menção da prática de confessar os pecados a outros homens é o de Tiago, mas este não fala em confessar para os sacerdotes.
Lutero foi terminantemente contra a confissão realizada aos sacerdotes, pois estes estavam vendendo indulgências para que os pecados confessados fossem perdoados.
2. SOLUS CHRISTUS
Além de Lutero, outros reformados como é o caso de Zuínglio, escreveram sobre a centralidade de Cristo e de Gênesis a Apocalipse o assunto da Bíblia é Jesus.
Jesus, o Cristo é o mistério que estava oculto desde a fundação do mundo de acordo com o que Paulo escreve aos Efésios.
O Antigo Testamento é repleto de profecias a respeito do nascimento do Salvador da Humanidade, a saber o Cristo de Deus. (Nm 24.17; Dt 18.15; Is 7.14; 9.6; 40.3; Dn 9.25; Mq 5.2; Jr 31.15) e todas elas se cumpriram.
Zuínglio escreveu 67 teses e abaixo temos algumas referentes ao tópico 2 desta lição:
2.1 – O tríplice ofício de Cristo
De forma geral, desde a Reforma Protestante, os estudiosos das Escrituras costumam categorizar a obra de Cristo em três dimensões distintas, a saber: profeta, sacerdote e rei; e essas classificações estão vinculadas aos papéis que o Messias exerceu em Seu ministério terreno, a saber: Mestre, Salvador e Soberano.
Profeta: De forma simples, profeta é aquele que traz Deus ao povo, ou seja, é a voz de Deus na terra.
A Bíblia nos mostra no evangelho segundo João, que o Verbo se fez carne e habitou entre nós. A tradução NVI traz o texto da seguinte forma:
Jesus, o Cristo se manifestou como a voz de Deus audível aos homens.
Sacerdote: Sacerdote é aquele que intercede pelos homens diante de Deus. Já citamos o versículo de Hebreus que nos diz que Ele vive sempre intercedendo por nós e também é aquele que oferece sacrifício, porém o sacrifício é foi Ele mesmo.
Rei: Apesar dos homens terem o desejo de fazer de Jesus o rei dos judeus, Ele ainda não se manifestou como tal e só se manifestará quando vier buscar sua igreja.
3 – ADVERTÊNCIA À IGREJA REFORMADA: CRISTO! SOMENTE CRISTO!
Analisando a Bíblia e a história ao longo dos anos, podemos afirmar que o homem é um ser cíclico, ou seja, sua história se divide em períodos e estes são inerentes a todos.
Desta forma, os mesmos erros cometidos no passado podem ser cometidos novamente nos dias hodiernos e infelizmente os estes erros são os mesmos.
Sabemos que tudo está no controle de Deus (Rm 8.28), mas precisamos tomar muito cuidado para não incorrermos nos erros cometidos pelos sacerdotes romanos, a ponto de esquecermos que só somos salvos pela graça de Deus em Cristo Jesus e que nada, nem ninguém pode nos aproximar de Deus, a não ser o Cristo, filho de Deus.
3.1 – Sacrifícios
Conforme mencionado, nada precisa ser acrescentado ao sacrifício de Cristo para que o plano de Deus seja realizado.
3.2 – Atividades eclesiásticas
Algumas pessoas incorrem no erro de tornar as atividades eclesiásticas mais importantes do que sua comunhão com o Senhor e isto é um dos grandes motivos para o esfriamento espiritual de alguns.
Precisamos nos lembrar de que a ordem de importância em nossa vida deve ser: a comunhão com Deus, nossa família, o trabalho e por fim as atividades na igreja.
Os cargos ou posições importantes nunca poderão substituir nossa comunhão com o Senhor.
REFERÊNCIAS
BÍBLIA. A Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. Ed. Vida. São Paulo, 2001.
BÍBLIA. Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida. CPAD. Rio de Janeiro, 1995.
BÍBLIA. A Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada. CPAD. Rio de Janeiro, 1998.
http://www.catequisar.com.br/dw/catecismo.pdf [consultado em 31-10-2017].
http://www.luteranos.com.br/textos/maria-e-os-santos [consultado em 31-10-2017].
https://www.priberam.pt/dlpo/dogma [consultado em 31-10-2017].
https://www.priberam.pt/dlpo/INTERCESS%C3%83O [consultado em 31-10-2017].
Por Leonardo Novais de Oliveira
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