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14/06/2018
Gálatas 5.1,16-25
1 – Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão.
16 – Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
17 – Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.
18 – Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
19 – Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: Prostituição, impureza, lascívia,
20 – Idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
21 – Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
22 – Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23 – Contra estas coisas não há lei.
24 – E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25 – Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.
Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. (Hb 12.14)
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
Paz seja convosco.
Abordaremos nesta lição o que conhecemos como prática de uma vida cristã baseada nos moldes da Palavra de Deus.
Também podemos chama-la de “modus vivendi” do cristão, ou seja, o modo de vida que eu e você vivemos neste mundo pervertido.
Como o título da lição mostra, a santificação é um processo constante e nós, seres humanos, devemos busca-la constantemente, até que chegue a hora de vivermos a eternidade com o Senhor.
É muito importante reforçarmos que no momento da conversão somos alcançados pelo Senhor de forma miraculosa e imediatamente entramos em um novo modo de vida, vejamos algumas particularidades.
Quando aceitamos a Jesus, o Cristo, como nosso único e suficiente salvador, AUTOMATICAMENTE somos preenchidos pelo Seu Espírito que tem em nosso ser um local para habitar.
Leiamos o que Paulo fala sobre isto:
“Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês”? (1 Co 3.16 – NVI)
Somos transformados em novas criaturas NO MOMENTO DA CONVERSÃO:
“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas”! (2 Co 5.17 – NVI)
IMEDIATAMENTE somos justificados pela fé:
“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus”. (Rm 5.1,2 – NVI)
Também somos “adotados” por Deus como filhos NESTE MOMENTO:
“Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai”. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus”. (Rm 8.15,16 – NVI)
E então se inicia um processo que não acontece imediatamente, nem tampouco automaticamente, pois começa no momento da conversão e só terminará ao final de nossas vidas. Este processo é chamado de santificação.
Todos estes acontecimentos fazem parte do processo de salvação.
Vejamos o que o Dicionário Wycliffe fala sobre santificação:
“A versão RSV em inglês prefere usar esta palavra para traduzir “hagiazo”, geralmente traduzida na KJV como “santificar” ou “santificação”. A ideia em sua raiz ainda é a de separar do uso secular (mundano) para o serviço divino. Há alguns exemplos de coisas sendo separadas para Deus (cf. Mt 23.17,19), mas primeiramente a ideia é de separar as pessoas para Deus. A ênfase é mudada do indivíduo excepcional para todo o corpo de cristãos. O ato da consagração ocorre primeiramente no momento da conversão. O agente é sempre Deus; o objeto é o homem (cf. Hb 2.11). No entanto, a ideia de separação e capacitação para o serviço é encontrada no caso de Jesus (Jo 17.19), pois consagrou a si mesmo, e dos apóstolos (Jo 17.17) a quem Deus assim consagrou. Algumas passagens parecem envolver o crescimento ou o desenvolvimento do cristão em uma vida santa (cf. 1 Ts 5.23). De interesse particular é o fato de que o adjetivo para este verbo (hagios) é uma das designações mais comuns para o crente. Geralmente traduzida como “santo”. A ideia no mundo é que todo crente é um santo, alguém consagrado, alguém que está separado do mundo e que pertence a Deus. Ser um santo é a nossa vocação, e nos tornarmos santos é o nosso objetivo na vida. A prática moderna de aplicar a palavra apenas para grandes cristãos, especialmente dos períodos antigos, é totalmente antibíblica. O uso bíblico nos justifica ao dizer que cada crente verdadeiro é um santo; ele foi consagrado por Deus para Si mesmo através de Jesus Cristo”.
Para concluir esta introdução, leiamos o que o escritor de Provérbios nos traz:
“A vereda do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até à plena claridade do dia”. (Pv 4.18 – NVI)
Nos dias hodiernos, os valores morais estão sendo relativizados, ou seja, cada um pensa de uma forma e em muitos casos exige que sua opinião seja respeitada e aceita como verdade.
Respeito é um direito de todos os seres humanos, mas isto não nos obriga a concordar com tudo o que nos é apresentado.
Diante de um mundo onde tudo parece normal, a Bíblia posiciona-se como manual de conduta moral.
Muitos dizem que os conceitos bíblicos já estão ultrapassados e que não existe mais necessidade de certas coisas, mas de acordo com a Palavra, tudo pode passar, mas a Palavra de Deus não passará (Mt 24.35), Ela permanecerá para sempre. (Is 40.8)
Precisamos reforçar que a santificação só é possível para o ser humano que vive em Jesus.
Homens em mulheres de várias gerações viveram enclausurados, buscando viver uma vida santa, mas não foi isto que o Senhor nos ensinou.
A santificação é algo que acontece na vida de quem um dia foi tornado justo diante de Deus, por causa do sacrifício de Cristo.
Desta forma, assim como o sol começa brilhando bem suave e ao meio dia encontra-se no seu ápice, os cristãos que começaram a trajetória, precisam termina-la em Cristo.
O Dicionário Priberam traz o seguinte conceito para santificar:
1) Tornar santo; sagrar; canonizar; nobiltar; conduzir pelo caminho da salvação; edificar.
2) Tornar-se santo.
O termo santificação expressa algo que está acontecendo.
O Pr. John Piper nos dá uma interessante explicação sobre este termo, leiamos:
“Santificação é o termo teológico modesto que nós, cristãos, tipicamente usamos para nos referir ao processo de ser feito santo. Para o cristão, cujo padrão de santidade humana perfeita é Jesus, o Deus homem, a santificação é, essencialmente, tornar-se mais semelhante a Jesus – “conformes à imagem de Seu Filho”, como Romanos 8.29 diz. Outra maneira de falar sobre santificação é o crescimento do cristão ou a maturidade. Esta é uma palavra muito grande para o progresso pouco a pouco da vida cristã cotidiana. Ela engloba a forma como cada cristão professo deveria estar vivendo, para onde a santidade está caminhando, quão rápido o progresso deve ser, e como isso acontece na vida real”
A palavra aperfeiçoamento está intimamente ligada a este acontecimento.
Vejamos o que o Dicionário Vine nos ensina sobre aperfeiçoar:
1) “teleios”: significa “tendo alcançado o seu fim” (teles), “terminado, completo, perfeito”. E usado acerca de: (I) de “pessoas”: (a) primariamente em alusão ao desenvolvimento físico, então, com importância ética, “adulto, crescido, maduro” (1 Co 2.6; 14.20; E f 4.13; Fp 3.15; Cl 1.28; 4.12; Hb 5.14); (b) “completo”, transmitindo a ideia de bondade sem a necessária referência à maturidade ou ao que está expresso na letra “a ” (Mt 5.48; 19.21; Tg 1.4, segunda parte; Tg 3.2). É usado dessa maneira acerca de Deus (Mt 5.48); (II) “coisas, completas, perfeitas” (Rm 12.2; 1 Co 13.10, referindo-se à revelação completa da vontade e dos caminhos de Deus, quer nas Escrituras completadas, quer no futuro; Tg 1.4, acerca da obra da paciência; Tg 1.25; 1 Jo 4.18).
2) “teleioteros”: o grau comparativo do n° 1, é usado em Hb 9.11, acerca da própria presença de Deus.!
3) “artios”: é traduzido em 2 Tm 3.17 por “perfeito”.
4) “teleioõ”: levar a um fim completando ou aperfeiçoando” , é usado acerca de: (I) “realiza, cumprir” (II) “levar à perfeição” , em referência a: (a) pessoas: no que tange à segura conclusão da trajetória terrena de Jesus, no cumprimento da vontade do Pai, as sucessivas fases culminando na Sua morte (Lc 13.32; Hb 2.10), a fim de “aperfeiçoá-lo” , legal e oficialmente, em tudo o que Ele seria para o Seu povo com base em Seu sacrifício (cf. Hb 5.9, “consumado” ; Hb 7.28); acerca de: os Seus santos (Jo 17.23; Fp 3.12; Hb 10.14; 11.40 [a glória da ressurreição]; Hb 12.23 [os santos que já partiram]; 1 Jo 4.18); os antigos sacerdotes (negativamente, Hb 9.9); semelhantemente, os israelitas sob o sacerdócio arônico (Hb 10.1); (b) coisas, acerca de: a ineficácia da lei (Hb 7.19); a fé “aperfeiçoada” pelas obras (Tg 2.22); o amor de Deus que opera por meio daquele que guarda a Sua palavra (1 Jo 2.5); o amor de Deus no caso daqueles que amam uns aos outros (1 Jo 4.12); o amor de Deus que é “perfeito” para com aqueles que permanecem em Deus, fazendo-os possuir o mesmo caráter de Deus, por cuja causa “qual ele é, somos nós também neste mundo” (1 Jo 4.17).
5) “epiteleõ”: “levar até o fim” (formado de epi, elemento intensivo, no sentido de “completamente”, e teleõ, “completar”), é usado na voz média em Gl 3.3, “acabeis (agora)”, tempo presente indicando um processo, literalmente, “estais agora vos aperfeiçoando”; em 2 Co 7.1, “aperfeiçoando (a santificação)”; em Fp 1.6, “aperfeiçoará”.
6) “katartizõ”: “tomar ajustado, completar” (cognato de artios), “é usado para se referir a consertar redes (Mt 4.21; Mc 1.19), e é traduzido em Gl 6.1 por ‘encaminhai’. Porém, não pressupõe necessariamente que ao que se refere tenha sido danificado, embora tal possa ocorrer, como nessas passagens; significa antes, ordem e arranjo corretos (Hb 11.3, ‘feito’); ressalta o caminho do progresso, como em Mt 21.16; Lc 6.40 (cf. 2 Co 13.9; E f 4.12), onde ocorrem os substantivos correspondentes. Indica a estreita relação entre caráter e destino (Rm 9.22, ‘preparados’). Expressa o desejo do pastor pelo rebanho, na oração (Hb 13.21), e na exortação (1 Co 1.10, ‘unidos’; 2 Co 13.11), como também sua convicção do propósito de Deus para o rebanho (1 Pe 5.10). E usado acerca da encarnação da Palavra em Hb 10.5, ‘preparaste’ (citado do SI 40.6, na Septuaginta), onde tem a intenção de descrever o inigualável ato criativo envolvido no nascimento virginal de Jesus (Lc 1.35). Em 1 Ts 3.10, significa prover o que é necessário, como mostram as palavras que se seguem”.
No Éden, o homem perdeu a sua identidade celestial, mas em Jesus, é possível resgatá-la.
Vejamos o que Paulo nos mostra sobre este assunto:
“Se pela transgressão de um só a morte reinou por meio dele, muito mais aqueles que recebem de Deus a imensa provisão da graça e a dádiva da justiça reinarão em vida por meio de um único homem, Jesus Cristo. Consequentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens”. (Rm 5.17,18 – NVI)
Por causa do pecado de Adão, todos ficaram debaixo do jugo do pecado, mas o sacrifício de Cristo nos aproximou novamente de Deus, fazendo-nos justo diante Dele e nos tornando aceitáveis novamente.
Por causa Dele, podemos nos tornar santos, assim como Ele é:
“E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria, dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz. Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados”. (Cl 1.10-14 – NVI)
Por Leonardo Novais de Oliveira
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