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13/03/2020
Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza
1 Coríntios 12:1-11
1 Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
2 Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados.
3 Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.
4 Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
7 Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.
8 Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
9 e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
10 e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. (ARC)
1 Pedro 4:10
10 Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. (ARC)
Paz seja convosco nobres companheiros(as) do ministério do Ensino.
Nesta oportunidade abordaremos sobre os dons do Espírito Santo.
Donald Stamps diz que uma das maneiras do Espírito Santo se manifestar é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (1Co 12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja (1Co 12.7; 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Romanos 12.6-8 e Efésios 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista da primeira carta aos coríntios 12.8-10 não é completa, já que existem outros dons conforme já citamos (Rm 12.6-8; Ef 4.11). Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.
Ed Hayes afirma que o Espírito Santo é uma dádiva de Cristo à igreja. Por sua vez, o Espírito Santo concede dons à igreja. Chamamos estes dons de “charismata”, que vem do latim “charis” e significa graça.
1 Coríntios 12:4
4 Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. (ARC – grifo meu)
O Dicionário Strong defini que o termo “charisma” (dons) do texto acima possui significados importantes. Vejamos:
1) Favor que alguém recebe sem qualquer mérito próprio;
2) dom da graça divina;
3) dom da fé, conhecimento, santidade, virtude;
4) graça ou dons que denotam poderes extraordinários, que distinguem certos cristãos e os capacitam a servir a igreja de Cristo.
A recepção desses dons é devido ao poder da graça divina que opera sobre suas almas pelo Espírito Santo.
Quando o assunto são os dons do Espírito Santo precisamos ser sóbrios, pois em muitas igrejas este tema tem sido bastante mal compreendido.
Algumas delas dão demasiada ênfase aos dons espirituais em detrimento a Palavra gerando exageros, infantilidade, confusão (1Co 14.33); outras ignoram os dons e os trata como se não existissem, privando a igreja local de desfrutar de riquíssimas bênçãos oriundas das manifestações do Espírito Santo através dos dons.
É preciso evitar os dois extremos. Os dons espirituais quando bem entendido tornam-se uma bênção na vida da igreja trazendo capacitação, edificação, consolo e exortação. Paulo diz que as manifestações do Espírito através dos dons espirituais visam um fim proveitoso (1Co 12.7).
A recomendação bíblica é que os dons sejam abundantes para que a igreja seja edificada:
1 Coríntios 14:12
12 Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja. (ARC)
O texto áureo sobre os dons do Espírito Santo se acha na primeira carta aos Coríntios:
1 Coríntios 12:8-10
8 Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
9 e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
10 e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. (ARC)
Os dons espirituais relatados no texto acima podem ser divididos em três grupos:
1 – Dons de Saber ou Revelação: São dons que estão associados a própria sabedoria divina. Por meio destes dons, temos um lampejo breve do conhecimento de Deus. Os dons de saber ou revelação são:
2 – Dons de Poder: Os dons de poder expressam o atributo ativo de Deus denominado onipotência. Os dons de poder são:
3 – Dons Verbais: São os dons que se relacionam a elocuções ou verbalização. As manifestações destes dons se dão através da expressão da voz. São eles:
Os dons espirituais são as evidências da graça de Deus, mas diferem da dádiva da salvação ou da dádiva do Espírito Santo. A graça de Deus em nos conceder a salvação nos permite a entrada na glória, enquanto a graça de Deus em nos conceder os dons espirituais traz glória a Cristo na igreja (Jo 16.14).
Importante saber que não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).
Dons de revelação é também denominado como dons de saber. Como já mencionado, os dons de saber estão intimamente ligados a sabedoria de Deus. O homem torna-se participante (ainda que limitado) de uma sabedoria incomum proveniente do próprio Deus.
Alguns entendem ser a mente de Deus na terra. O Espírito Santo capacita ao homem saber de forma sobrenatural.
Este dom é a revelação concedida pelo Espírito Santo expondo fatos não conhecidos e que estão no tempo futuro, isto é, no amanhã. De forma sobrenatural, o Espírito Santo capacita o homem entender qual é a perfeita vontade de Deus para determinada ocasião.
Donald Stamps diz se tratar de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6), mas de uma revelação sobrenatural, orientadora e de sabedoria inusitada.
A Bíblia relata que Estevão, “cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6.8). Certa feita, homens decidiram discutir pontos da fé cristã com Estevão, atacá-lo com a intensão de fazê-lo parar na obra do Senhor, no entanto, mesmo sendo muitos, não puderam resistir a sabedoria e ao Espírito que o inspirava! Leiamos:
Atos 6:10
10 E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava. (ARC)
Leiamos outra tradução:
Atos 6:10
10 Entretanto, eles não eram páreo para a sabedoria e a força com que Estêvão falava. (Bíblia A Mensagem)
As sinagogas eram os lugares costumeiros onde os homens argumentavam sobre as questões envolvidas na lei judaica. Estevão, pois, participava desses debates, ainda que por motivo inteiramente diferente. Era inevitável que encontrasse opositores.
Alguns acreditam que Saulo de Tarso (antes da conversão) estava presente neste debate e nem mesmo o intelecto de Saulo de Tarso foi páreo ou esteve à altura para Estevão, porquanto este era ajudado divinamente em seu conhecimento e expressão pelo Espírito Santo, que a ele concedia a palavra da sabedoria.
No Antigo Testamento, destacamos o exemplo de Salomão que em sua oração pediu sabedoria ao Senhor e foi respondido (2Cr 1.7-12).
A história e não a Bíblia chega a dizer que como forma de tirar provas da sabedoria de Salomão, a rainha de Sabá trouxe dois vasos de flores idênticos, porém um era vaso de flores naturais e outro, vaso de flores artificiais. Ela pediu que colocassem os vasos a certa distância e perguntou ao Rei Salomão qual dos vasos continha flores naturais, porém não era possível distinguir, pois estavam longe. A história diz que por um momento Salomão pensou e pediu aos servos que trouxessem abelhas e pediu que as soltassem próximas dos vasos e ao fazê-lo, as abelhas pousaram em um dos vasos de flores e então Salomão respondeu. “Aquele é o vaso de flores naturais porque abelhas não pousam em vasos de flores artificiais”. A rainha ficou perplexa e disse: “É grande a sabedoria que Deus te deu!”
A Bíblia registra a admiração e o assombro da rainha de Sabá no segundo livro de Crônicas 9.3-7.
Ainda hoje Deus usa os seus vasos, simples, muitas vezes semi-analfabetos para falarem coisas profundas e grandes acerca de Deus e do Seu Reino; Ele concede-lhes grande sabedoria que embaraça e causa espanto a outros – Aleluia!
Trata-se de um dom maravilhoso notoriamente evidenciado e associado a exposição da Palavra de Deus através das pregações e ensinamentos.
A expressão “conhecimento” na primeira carta aos Coríntios 12.8 é no original grego “gnosis”, cujo significado aplicado ao texto é: “conhecimento mais profundo, mais perfeito e mais amplo sobre determinado tema, em especial àquilo relacionado a Deus”.
A palavra do conhecimento como dom, é a capacidade sobrenatural de extrair da Bíblia revelações profundas não adquiridas em bancos acadêmicos e não relacionadas ao conhecimento proveniente do intelecto humano. Não é também sinônimo de uma previsão baseada em dados pré-produzidos ou ainda prognósticos oriundos de adivinhação, mas trata-se de uma revelação onde o Espírito de Deus comunica ao homem algo que somente Ele conhece.
Donald Stamps afirma que o dom da Palavra do conhecimento uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Frequentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).
Certamente, este dom esteve presente para que Moisés trouxesse a narrativa da criação. O conhecimento prévio mesmo antes que qualquer coisa viesse a existir, somente pode ser concebido por um Deus pré-existente. A Palavra do conhecimento veio a Moisés e este revelou o que antes havia e o que depois tornou a existir (Gn 1 a 3).
João por sua vez, teve a revelação da Palavra do conhecimento acerca dos eventos futuros (Ap 1.1-2).
Vale ressaltar que entre os pentecostais cita-se com considerável frequência o termo “dom de revelação”, no entanto não existe tal dom. Revelação é um grupo onde está contido os dons da palavra de sabedoria, palavra de conhecimento e discernimento de espíritos. Aquilo que popularmente em nosso meio chamam de dom de revelação é na verdade o dom da Palavra de conhecimento.
Evangelista Cláudio Roberto de Souza
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