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10/09/2019
Este post é assinado por Carlos Henrique Soares
1 Quando chegou o dia de Pentecostes, todos os seguidores de Jesus estavam reunidos no mesmo lugar.
2 De repente, veio do céu um barulho que parecia o de um vento soprando muito forte e esse barulho encheu toda a casa onde estavam sentados.
3 “Então todos viram umas coisas parecidas com chamas, que se espalharam como línguas de fogo; e cada pessoa foi tocada por uma dessas línguas.”
4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa.
5 Estavam morando ali em Jerusalém judeus religiosos vindos de todas as nações do mundo.
6 Quando ouviram aquele barulho, uma multidão deles se ajuntou, e todos ficaram muito admirados porque cada um podia entender na sua própria língua o que os seguidores de Jesus estavam dizendo.
7 A multidão ficou admirada e espantada e comentava: —Estas pessoas que estão falando assim são da Galiléia!
8 Como é que cada um de nós as ouvimos falar na nossa própria língua?
9 Nós somos da Pártia, da Média, do Elão, da Mesopotâmia, da Judéia, da Capadócia, do Ponto, da província da Ásia,
10 da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia que ficam perto de Cirene. Alguns de nós são de Roma.
11 Uns são judeus, e outros, convertidos ao Judaísmo. Alguns são de Creta, e outros, da Arábia. E como é que todos estamos ouvindo essa gente falar em nossa própria língua a respeito das grandes coisas que Deus tem feito?
12 Todos estavam admirados, sem saberem o que pensar, e perguntavam uns aos outros: – O que será que isso quer dizer?
13 Mas outros zombavam, dizendo: – Esse pessoal está bêbado! At 2.1-13
Todos os presentes ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em línguas que não conheciam, porque o Espírito Santo deu a eles e capacidade. At 2.4
A Igreja não existia no V.T. A Igreja é algo novo no plano de Deus, era um mistério que foi revelado após a morte e ressurreição de Jesus Cristo.
A Igreja foi fundada no dia de Pentecostes. Foi inaugurada no dia de Pentecostes. A palavra “pentecostes” já se tornou um marco para nós, cristãos. Quando a ouvimos logo nos lembramos do derramamento do Espírito, pois, foi no dia do pentecostes que o Espírito Santo caiu pela primeira vez sobre a igreja, cumprindo a promessa anunciada pelo profeta Joel (Jl 2:28), por João Batista (Mt 3:11), e pelo nosso amado Salvador Jesus Cristo (Jo 14; 15; 16 e 17; At 1:8).
A Festa de Pentecostes acontece 50 dias após a Festa das Primícias. A palavra “Pentecostes” significa “quinquagésimo”.
Em Levítico 23:15-21 descreve essa festa. Assim como a Páscoa retrata a morte de Cristo (1 Co 5:7), as Primícias, a ressurreição de Cristo (1 Co 15:20-23).
Pentecostes representa a vinda do Espírito Santo (1 Co 12:13). Nesse dia, apresentavam-se os pães com fermento, retratando a igreja constituída de judeus e de gentios. Em 1 Co 10:17 retrata a igreja como um pão. O fermento do pão refere-se ao pecado que ainda existe na igreja.
Considerando o dia de Pentecostes como o advento da promessa do Pai, isto é, o revestimento de poder; em Atos apresenta duas ocorrências de batismo pelo Espírito: em Atos 2, dos judeus, e, em Atos 10, dos gentios.
Atos 2 faz uma narrativa do primeiro Dia de Pentecostes depois da ressurreição de Cristo.
O Dia de Pentecostes (hepentecoste, “o quinquagésimo [dia]”) se dava cinquenta dias depois de 16 de nisã, o dia seguinte à Páscoa. Também era chamado “Festa das Semanas”, porque ocorria sete semanas depois da Páscoa. Por causa da colheita de trigo que acontecia naquele período, era uma celebração da colheita de grãos (Êx 23.16; 34.22; Lv 23.15-21). Nos dias de Lucas, também pode ter se tornado ocasião para os judeus celebrarem a doação da lei no monte Sinai. Porém, não há autoridade para esta tradição do Antigo Testamento, nem há qualquer tradição judaica conhecida já no século I que relacione a doação da lei com a Festa do Pentecostes. Muitos judeus devotos de vários países iam a Jerusalém para observar a Festa da Páscoa e ficavam até a Festa do Pentecostes.
A festividade judaica do Dia de Pentecostes assume novo significado em Atos 2, pois é o dia no qual o Espírito prometido desce em poder e torna possível o avanço do evangelho até aos confins da terra. O batismo dos apóstolos com o Espírito Santo no Dia de Pentecostes serve de fundação da missão da Igreja aos gentios. Essa experiência corresponde à unção de Jesus com o Espírito no rio Jordão (Lc 3.21,22).
A importância desses dois símbolos — o vento e o fogo — é demasiado óbvia para ser perdida.
Knowling diz: “O fogo, como o vento, era símbolo da presença divina (Ex 3.2) e do Espírito que purifica e santifica (Ez 1.13, Ml 3.2,3)”.
Blaiklock escreve: “O vento e o fogo eram uma simbologia aceita da operação poderosa e purificadora do Espírito de Deus”.
Isto é, quando o Espírito Santo enche o coração do crente, Ele confere tanto o poder quanto a pureza. Ninguém pode ter uma coisa sem ter a outra. Receber o Espírito Santo na sua totalidade é sentir ambas as coisas, simultaneamente.
Qual era o propósito da combinação sobrenatural do som e da visão, do vento e do fogo? É muito instrutiva a comparação com o que teve lugar no monte Sinai, em relação à entrega da Lei. Lemos que “Houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte… E todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o monte tremia grandemente” (Ex 19.16-18). Uma nova época passava a existir; nascia uma nova era. Era importante que os israelitas percebessem a suprema importância do momento. Eles deveriam estar fortemente conscientes da autoridade divina da Lei que lhes estava sendo entregue.
Focando novamente no pentecostes, Israel celebrava, e os judeus tementes a Deus ainda celebram três festas importantes no calendário judaico. São elas, pela ordem: a festa da páscoa, a festa do pentecostes e a festa dos tabernáculos.
A festa da páscoa comemora a libertação do Egito e o livramento pelo sangue do cordeiro e para nós, cristãos, essa festa nos fala de salvação. Fomos libertos do mundo e da morte eterna pelo sangue do Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, Jesus.
A segunda, a festa do pentecostes é a festa da colheita.
A terceira, a festa dos tabernáculos, que é também chamada de a festa da alegria, os israelitas deixavam, e os judeus ortodoxos ainda deixam o conforto das suas casas para habitar em tendas por uma semana (Dt 16.16).
A segunda festa, que é o nosso foco nessa matéria, a festa do pentecostes é a festa da colheita. O Senhor derramou o Seu Espírito Santo na festa da colheita, e, nessa ocasião Pedro colheu quase três mil almas para o Senhor.
Eu preciso que você entenda isso profundamente. O nosso Senhor Jesus já havia morrido e ressuscitado, quarenta dias já haviam passado. Porque Ele não derramou o Espírito com vinte dias, com vinte e cinco dias, com trinta ou trinta e nove dias? Por que Ele esperou os quarenta e nove dias uma vez que já havia ressuscitado e por isso não havia nenhum impedimento quanto ao derramamento do Espírito? Por que ele esperou os quarenta e nove dias? Na minha opinião, caro leitor, ele esperou os quarenta e nove dias porque queria enviar uma mensagem para mim e para você. Ele queria abrir os olhos do nosso coração para uma realidade encarada do ponto de vista dEle. Ele associou o derramamento do Espírito à colheita para compreendermos que o derramamento do Espírito está diretamente ligado à colheita de almas. A manifestação do Espírito através de um indivíduo ou de uma igreja como grupo, é diretamente proporcional ao empenho dos mesmos na salvação das almas perdidas.
Pr. Carlos Henrique Soares
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