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10/10/2019
Esse post é assinado por Mirtes Ester
“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”. (Rm 1.20)
Sl 19.1-6
Queridos irmãos (ãs), Graça e Paz!
Na segunda lição deste trimestre estudaremos sobre razão, fé e revelação.
Conceitos que serão destacados, para que sejam compreendidos e utilizados na proclamação e defesa do Evangelho.
Razão e fé, são dois temas que desde a Idade Média tem sido alvo de debate entre filósofos e cristãos.
Alguns como Agostinho de Hipona, acreditavam que a fé superava a razão.
Outros, como Tomás de Aquino defendiam que fé e razão, precisavam estar equilibradas, razão para entender o mundo material e fé para revelar os mistérios.
Ainda hoje, a dúvida e as opiniões divergentes permanecem, até mesmo no ambiente cristão.
Um estudo mais detalhado faz-se necessário, afim de esclarecer questões destes conteúdos.
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A palavra razão vem do grego logos (λόγος), e do latim ratio. Duas palavras “derivadas de dois verbos que têm um sentido muito parecido em latim e em grego”. “Logos […] quer dizer: contar, reunir, juntar, calcular. Ratio […] quer dizer: contar, reunir, medir, juntar, separar, calcular”. (CHAUÍ, 2000, p. 71)
Baseado na etimologia da palavra razão, o escritor Chauí (2000), exemplifica como ocorre esse processo:
“Que fazemos quando medimos, juntamos, separamos, contamos e calculamos? Pensamos de modo ordenado. E de que meios usamos para essas ações? Usamos palavras […]. Por isso, logos, ratio ou razão significam pensar e falar ordenadamente, com medida e proporção, com clareza e de modo compreensível para outros”. (CHAUÍ, 2000, p. 71)
Desse modo, “razão é a capacidade intelectual para pensar e exprimir-se correta e claramente, para pensar e dizer as coisas tais como são”. (CHAUÍ, 2000, p. 71)
O comentarista Champlin (2001, p. 557) concorda com esse conceito, definindo razão como a capacidade humana, que permite ao homem através do seu intelecto, ser “capaz de extrair conclusões lógicas de uma série de pensamentos organizados”.
“Quando atribuída ao homem, a razão refere-se a uma capacidade dele. […] Essas capacidades humanas tradicionalmente têm feito os pensadores destacá-lo dentre os animais inferiores, embora os animais possuam certo grau de raciocínio, muito mais do que os filósofos e os cientistas têm pensado. O homem, como um animal racional, é assim um ser responsável. Sua razão também lhe confere um grande instrumento na busca científica, religiosa e filosófica”. (CHAMPLIN, 2001, p. 557)
A Bíblia deixa claro que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus, como se lê em Gênesis, capítulo 1, versículo 26 lemos:
”E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;…”
E no Novo Testamento, em Tiago, capítulo 3, versículo 9, lemos:
“Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus”.
Distintivamente de qualquer outra criatura, o homem carrega em si a imagem e semelhança de Deus. Não é semelhança física, pois Deus é espirito. Mas semelhança de certos aspectos pessoais, sem que sejamos iguais a Ele. O escritor Harris (1998, p. 13) menciona tais aspectos:
“Nos primeiros três capítulos de Gênesis, há um trocadilho com as palavras homem, espécie humana e o primeiro homem, “Adão”, ‘ãdãm conota o homem à imagem de Deus nos seguintes aspectos: alma ou espírito (indicando a simplicidade, a espiritualidade, a invisibilidade e a imortalidade essenciais do homem), capacidades ou faculdades físicas (o intelecto e a vontade juntamente com as funções), integridade intelectual e moral (conhecimento, justiça e santidade verdadeiros), corpo (como órgão apropriado da alma que compartilha de sua imortalidade e como meio pelo qual o homem exerce o seu domínio) e domínio sobre a criação inferior”.
E de todas estas características, uma das mais nobres é a capacidade intelectual do homem, a possibilidade de pensar.
“O animal é meramente uma criatura da natureza; o homem é senhor da natureza. Ele é capaz de refletir sobre si próprio e arrazoar a respeito das causas das coisas. Pensem nas invenções maravilhosas que surgiram da mente do homem — o relógio, o microscópio, o vapor, o telégrafo, o rádio, a máquina de somar, e outras numerosas demais para se mencionar”. (PEARLMAN, 2006, p. 97)
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O Deus que dá ao homem a capacidade de pensar, avaliar, ponderar, é o mesmo Deus que se revela.
Há um propósito na racionalidade. Deus quer se fazer conhecido, para que compreendamos sobre seus atributos, a sua vontade para as nossas vidas e os seus propósitos na criação do homem.
“Se existe um bom Deus, como cremos, é razoável crer que ele conceda às suas criaturas uma revelação pessoal de si mesmo. Assim escreveu David S. Clarke:” não podemos crer que um pai se oculte para sempre de seu filho, sem nunca se comunicar com ele. Nem tampouco podemos imaginar um Deus que retivesse o conhecimento do seu ser e de sua vontade, ocultando-o às suas criaturas que ele criara à sua própria imagem”. (PEARLMAN, 2006, p.16)
Analisando a etimologia da palavra revelação, temos:
“A palavra portuguesa “revelar”, derivada do latim revelo, é geralmente a tradução do termo hebraico galah e do termo grego apokalipto […]. As palavras galah, apokalypto e revelo expressam todas a mesma ideia – a de desvendar alguma coisa oculta, para que possa ser vista e conhecida conforme é”. (DOUGLAS, 2006, p. 1162)
O escritor PFEIFFER (2007, p. 1675) cita que “os verbos hebraicos e gregos” relativos a palavra revelação (galai, apokalypto), expressam “a ideia de descobrir ou revelar algo que estava escondido ou desconhecido”.
Quanto a revelação divina, o comentarista Champlin (2001), a define como o “desvendamento daquilo que era anteriormente desconhecido, e que vem a tornar-se conhecido”, através de meios místicos ou “mensagens proporcionadas aos profetas, em suas visões, sonhos, comunicações auditivas, intuição, pensamentos divinamente orientados, etc. ”. (Champlin, 2001, p. 704)
“Quando a Bíblia fala em revelação, o pensamento em mente é o do Deus Criador a desvendar ativamente aos homens o seu poder e glória, sua natureza e caráter, sua vontade, caminhos e planos – em suma, a si mesmo – a fim de que os homens possam conhecê-lo. (DOUGLAS, 2006, p. 1162)
Em Jeremias, capítulo 9, versículo 24, lemos:
“Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra”;
Deus fala aos homens, independente de credo ou classe social, que todos tem apenas uma razão para gloriar-se: conhecer e obedecer a Deus.
“Aqueles que se recusaram a conhecer a Deus (v.6) se vangloriarão, em vão, de sua sabedoria e riqueza. Mas aqueles que conhecem a Deus de um modo inteligente, que compreendem corretamente que Ele é o Senhor, que não somente compreendem corretamente a sua natureza, os seus atributos, e o seu relacionamento com o homem, mas que recebem e retêm as impressões de todas essas coisas, podem se gloriar no precioso Senhor. Esse conhecimento será a sua alegria no dia da calamidade”. (HENRY, 2008, p. 393)
Mirtes Ester
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