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Betel Adultos – 4º Trimestre 2024 – 22-12-2024 – Lição 12 – O amor a Deus e ao próximo: construindo relações baseadas na verdade, bondade e misericórdia

19/12/2024

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

1 João 4:8

8 Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Lucas 10:25-28

25 E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
26 E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
27 E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo.
28 E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso e viverás.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ensinar que devemos amar a Deus acima de tudo; 
  • Explicar a importância de amar o próximo; 
  • Mostrar que devemos mar com toda intensidade.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.

Neste momento iremos estudar o assunto O amor a Deus e ao próximo.

O amor a Deus e ao próximo é a essência dos ensinamentos de Cristo. Quando questionado pelos fariseus sobre o maior mandamento, Jesus destacou que o amor deve estar no centro da vida humana. Ele afirmou que o maior mandamento é amar a Deus com todo o coração, alma e mente, colocando-O como prioridade absoluta em todas as áreas da vida. Em seguida, Jesus revelou que o amor ao próximo é inseparável desse mandamento, formando um alicerce duplo para a fé e a prática cristã (Mt 22.37-38). Esses dois mandamentos são interdependentes e sintetizam toda a Lei e os Profetas.

1 – O PRIMEIRO E GRANDE MANDAMENTO

 

Jesus resumiu os mandamentos da antiga aliança de maneira maravilhosa. Quando os fariseus tentaram testá-lo sobre “o grande mandamento”, a resposta do Mestre revelou uma verdade central da fé cristã: amar a Deus é o princípio supremo de toda a Lei. Esse amor não é meramente um sentimento, mas um compromisso integral que envolve o coração (emoções), a alma (o ser espiritual) e a mente (intelecto e razão). É um amor absoluto que se manifesta em adoração, obediência e confiança. Ao colocar Deus como o maior objetivo da existência, Jesus mostrou que a relação com Ele deve ser a fonte de tudo o que somos e fazemos. Curiosamente, essa declaração ecoa o Shemá de Deuteronômio 6:5, uma confissão de fé fundamental do judaísmo, reafirmando que Jesus não veio abolir a Lei, mas cumpri-la de maneira perfeita.

Em seguida, Jesus acrescentou que o segundo mandamento, amar ao próximo, está intimamente ligado ao primeiro. Isso implica que o amor a Deus só é genuíno quando reflete em ações práticas de cuidado, compaixão e justiça para com os outros. Amar o próximo é mais do que um ato de bondade; é uma extensão do amor de Deus operando através de nós. O próximo, no contexto de Jesus, não se limita a amigos ou familiares, mas inclui todas as pessoas, até mesmo inimigos (Mt 5:44). Essa conexão entre os dois mandamentos transforma a vida cristã em uma jornada relacional: vertical, com Deus, e horizontal, com o próximo.

Assim, Jesus resumiu toda a Lei e os Profetas nesses dois mandamentos, destacando que eles são a base para todo o comportamento humano e espiritual. Sem amor, a religião se torna vazia e a fé, ineficaz. Para os professores, é útil explorar como esses mandamentos refletem o caráter de Deus, que é amor (1 Jo 4:8), e como os cristãos podem vivê-los no mundo contemporâneo, aplicando-os em contextos desafiadores como a vida em comunidade, a família e o serviço à sociedade.

Essa explicação permite que os professores ampliem o entendimento de seus alunos sobre a profundidade e a relevância do amor a Deus e ao próximo, incentivando a prática desse amor em todos os aspectos da vida.

1.1 – Deus é amor

A Essência Divina 

A afirmação de que “Deus é amor” (1Jo 4.8) destaca uma das mais profundas verdades bíblicas: o amor não é um atributo de Deus entre outros, mas a própria essência do Seu ser. Isso significa que tudo o que Deus faz flui de Sua natureza amorosa. Ele não apenas escolhe amar; Ele é o amor em sua expressão mais pura, perfeita e incondicional. Na cultura judaica, o amor de Deus era percebido como uma aliança, como demonstrado em Deuteronômio 7.9, onde Deus é descrito como fiel àqueles que O amam e guardam Seus mandamentos. No Novo Testamento, essa visão é ampliada, revelando o amor de Deus através da encarnação e do sacrifício de Jesus (Jo 3.16). Segundo Agostinho em Confissões (Editora Paulus, 1999), “o amor é a raiz de toda bondade divina”. Esse amor nos convida a refletir Suas características em nossa vida cotidiana, transformando a maneira como interagimos com o mundo. 

O Amor Divino e Sua Perfeição 

O amor humano frequentemente oscila e é influenciado por condições externas, mas o amor de Deus é perfeito e imutável. Em 1 João 4.16, somos ensinados que “Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus”. Essa permanência implica que o amor de Deus não depende de mérito humano, mas é sustentado por Sua própria natureza. O escritor de Hebreus reforça essa ideia ao dizer que Deus corrige aqueles que ama (Hb 12.6), mostrando que até mesmo a disciplina divina é uma expressão do Seu amor infalível. Teólogos como John Stott, em The Cross of Christ (InterVarsity Press, 1986), explicam que o amor de Deus é tão abrangente que se manifesta tanto na justiça quanto na misericórdia, demonstrando equilíbrio perfeito entre graça e verdade. Esse entendimento nos ensina que, ao confiarmos nesse amor, podemos superar nossas falhas e limitações humanas. 

O Conhecimento de Deus e o Amor ao Próximo 

Aqueles que verdadeiramente conhecem a Deus devem refletir Seu amor em suas vidas. Em 1 João 4.8, somos advertidos de que quem não ama não conhece a Deus. Assim como os filhos herdam as características de seus pais, nós, como filhos de Deus, devemos carregar em nossa conduta a marca do Seu amor. Essa ideia também está em 2 Pedro 1.4, onde os crentes são chamados a serem “participantes da natureza divina”. A cultura judaica e greco-romana da época enfatizava a honra e a reciprocidade, mas Jesus quebrou esses paradigmas ao ensinar que devemos amar até os inimigos (Mt 5.44). Ao vivermos esse amor prático, seja perdoando, ajudando ou servindo, testemunhamos a transformação que vem de conhecer um Deus de amor. 

Deus, Amor e a Relatividade Humana 

Nosso amor humano é condicionado e falível, mas o amor de Deus permanece inabalável, independentemente de nossas ações. É como afirma 1 João 4.10: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”. Essa verdade destaca a unilateralidade do amor divino, que é dado gratuitamente. A teologia de Karl Barth, em Dogmática Eclesiástica (Editora Vozes, 2005), enfatiza que o amor de Deus é uma decisão soberana, e não uma resposta às nossas atitudes. Aplicando isso hoje, somos desafiados a amar de forma semelhante, com um amor que não depende das circunstâncias, mas que busca o bem do outro, refletindo o caráter de Deus. 

Reflexão Prática: O Mandamento do Amor 

Jesus ordenou que amássemos uns aos outros assim como Ele nos amou (Jo 15.12). Esse mandamento eleva o padrão do amor humano para o amor divino, um amor sacrificial, altruísta e transformador. A cultura da época de Jesus via o amor de forma limitada às convenções sociais e familiares. Ele, no entanto, ampliou esse conceito ao incluir o amor pelos marginalizados, pelos pecadores e até mesmo pelos inimigos. Para os cristãos, essa instrução é prática e essencial, pois amar como Jesus amou é a base para a missão da igreja. Como ensina Dietrich Bonhoeffer em Discipulado (Editora Sinodal, 2010), “o amor verdadeiro é medido pelo sacrifício”. Ao vivermos esse mandamento, nos tornamos testemunhas vivas do Deus que é amor. 

Compreender que Deus é amor transforma nossa maneira de ver a vida, a fé e os relacionamentos. Esse amor é a base de toda a revelação divina e nos chama a viver em harmonia com Sua vontade, amando-O acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos. Professores podem usar essa perspectiva para ensinar que o amor de Deus não é apenas uma doutrina, mas uma experiência prática que molda o caráter e a missão de cada cristão no mundo.

1.2 – O amor que Deus exige de nós

A Qualidade do Amor que Deus Exige  

O amor que Deus nos pede é um amor devotado e incondicional, como declarado em Mateus 22.37: Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento”. Essa ordenança não trata apenas de sentimentos, mas envolve uma entrega integral de nosso ser em devoção sincera. Esse amor é um reflexo direto do que recebemos dEle: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19). Como teólogo John Piper descreve em Desiring God (Multnomah Publishers, 2003), o amor a Deus nasce de uma admiração profunda pela Sua glória, o que nos leva a uma busca ativa por comunhão com Ele. Assim, o amor a Deus não se limita a palavras ou intenções, mas se manifesta em uma vida que busca glorificá-Lo continuamente. 

A Inspiração no Amor de Deus 

O amor que temos por Deus não surge de forma natural em nós, mas é inspirado e sustentado por Seu amor por nós. Em 1 João 4.19, vemos que nossa capacidade de amar é fruto da iniciativa divina, que nos alcançou mesmo quando estávamos afastados de Sua presença. Esse amor nos transforma, levando-nos a promover o Reino de Deus e a viver segundo Seus padrões de justiça, como destacado em 1 Coríntios 13.4-7. Essa passagem nos lembra que o amor não é apenas uma emoção, mas um compromisso ativo, pautado pela paciência, bondade e verdade. Segundo Charles Hodge, em Systematic Theology (Hendrickson Publishers, 2008), o amor cristão é evidência de nossa regeneração e comunhão com Deus, demonstrando que aqueles que realmente O amam buscam refletir Sua santidade em suas ações e atitudes. 

Fidelidade e Lealdade ao Criador 

O amor a Deus exige de nós uma fidelidade que transcende as circunstâncias e uma lealdade que desafia as pressões de um mundo que frequentemente rejeita os valores divinos. Filipenses 2.15 nos exorta a sermos “irrepreensíveis e puros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual vocês brilham como estrelas no universo”. Aqui, Paulo reforça que nossa fidelidade é uma luz que contrasta com as trevas ao nosso redor. Segundo Dietrich Bonhoeffer, em Discipulado (Editora Sinodal, 2010), a verdadeira lealdade a Deus exige renúncia e coragem para nadar contra a correnteza da cultura. Essa lealdade é expressa na dedicação ao cumprimento da vontade de Deus, não como uma obrigação, mas como uma demonstração de amor genuíno e compromisso pessoal com o Pai. 

O Amor que Define Nossa Identidade 

Jesus revelou que a grandeza de nosso amor a Deus está diretamente ligada à profundidade de nossa alma. Em 1 Coríntios 8.3, Paulo afirma: “Mas quem ama a Deus é conhecido por Ele”, indicando que nossa relação com Deus é definida por nosso amor por Ele. Esse amor nos torna participantes de Sua essência e nos identifica como Seus filhos. Sem ele, nossas conquistas perdem significado eterno; com ele, nossas ações são vivificadas pela graça divina. O amor puro de Cristo em nossas vidas transforma obediência em alegria, tornando o sacrifício um privilégio. Como C.S. Lewis reflete em Os Quatro Amores (Editora Martins Fontes, 2009), o amor divino preenche nossas lacunas humanas e nos capacita a viver plenamente na comunhão com o Pai. 

Amor em Ação: Serviço e Sacrifício 

O verdadeiro amor a Deus sempre resulta em ações concretas, seja no serviço ao próximo, na busca pela justiça ou na obediência voluntária à Sua vontade. Em João 14.15, Jesus declara: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos”, mostrando que o amor é comprovado por nossa obediência prática. Essa obediência não nasce do medo, mas de um coração transformado pelo amor de Cristo. Atos voluntários de sacrifício, como ajudar os necessitados ou defender a verdade, tornam-se expressões naturais desse amor. John Wesley, em seus escritos compilados em The Works of John Wesley (Baker Books, 1998), enfatiza que o amor cristão autêntico é visível nas obras de justiça e misericórdia. Para nós, amar a Deus com todo o nosso ser é viver de maneira que cada pensamento, palavra e ação O honrem e testemunhem a grandeza do Seu amor. 

1.3 – Amando de todo o coração

O Amor como Identidade do Cristão 

O amor é o fundamento que distingue o cristão genuíno. Ele não é meramente uma virtude, mas uma evidência do relacionamento íntimo com Deus. Em 1 João 4.16, o apóstolo afirma que quem permanece no amor permanece em Deus, indicando que a prática do amor é a demonstração de que alguém conhece e vive na presença divina. Essa identificação é uma marca tão essencial que Jesus declarou em João 13.35: “Nisto todos saberão que vocês são meus discípulos: se vocês se amarem uns aos outros”. Essa verdade enfatiza que o amor cristão não é apenas teórico ou emotivo, mas visível e prático. Segundo Richard Baxter, em The Saints’ Everlasting Rest (Editora Banner of Truth, 1984), o amor cristão é o testemunho mais poderoso da fé, pois revela a transformação operada pelo Espírito Santo na vida do crente. 

A Obediência Como Expressão de Amor 

A relação entre amor e obediência é inseparável na vida cristã. Amar a Deus significa obedecê-Lo, não por obrigação, mas como resultado de uma devoção genuína. Em João 14.15, Jesus afirma: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos”. Essa obediência nasce de um coração transformado, que encontra alegria em agradar ao Senhor. Na cultura bíblica, o conceito de amor estava diretamente ligado à ação, e não apenas ao sentimento. Comentando esse ponto, A.W. Tozer, em The Pursuit of God (Editora Moody, 1948), destaca que o amor que se traduz em obediência é a verdadeira evidência de fé viva. Assim, a obediência motivada pelo amor reflete uma confiança profunda no caráter e nos propósitos de Deus. 

O Amor Como Transformação Interior 

O amor a Deus não apenas orienta nossas ações, mas também transforma nossa mente e nosso coração. Quando um cristão ama o Senhor de maneira verdadeira, há uma renovação que o conduz à santidade. Romanos 12.2 nos exorta a não nos conformarmos com este mundo, mas a sermos transformados pela renovação da mente. Esse processo é impulsionado pelo amor, que nos faz desejar aquilo que é puro e rejeitar o que desagrada a Deus. Segundo Jonathan Edwards, em Religious Affections (Editora Yale University Press, 1746), o amor a Deus é a fonte de toda afeição piedosa e a força motriz para a santificação. Assim, o amor profundo pelo Salvador purifica nossos desejos e nos orienta para uma vida em conformidade com a Sua vontade. 

O Reflexo do Amor de Deus em Nossas Relações 

O amor a Deus inevitavelmente se manifesta em como tratamos as pessoas ao nosso redor. Esse princípio está na base do resumo da Lei dado por Jesus em Mateus 22.37-39, onde Ele liga o amor a Deus ao amor ao próximo. Esse vínculo não apenas reafirma o valor das relações humanas, mas também revela que não é possível amar a Deus sem demonstrar esse amor em atitudes concretas. Segundo Dietrich Bonhoeffer, em Discipleship (Editora Fortress Press, 1948), o amor ao próximo é o terreno onde o discipulado cristão é testado e confirmado. Assim, amar ao próximo é mais do que um mandamento; é a expressão do próprio caráter de Deus que opera em nós. 

A Centralidade do Amor na Lei e no Evangelho 

O amor é o princípio que unifica todas as Escrituras, desde a Lei de Moisés até os ensinamentos de Jesus e das epístolas apostólicas. Paulo, em 1 Coríntios 13, descreve o amor como a maior das virtudes, superior até mesmo à fé e à esperança. Ele destaca que qualquer ação, por mais espiritual que pareça, é vazia sem o amor. Essa verdade é um chamado à reflexão: o amor é o elemento que dá propósito e significado à vida cristã. John Wesley, em seus escritos sobre santidade cristã, afirma que a perfeição consiste em amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a si mesmo (Sermons on Several Occasions, Editora Zondervan, 1983). O amor, portanto, não é apenas um dever, mas o propósito último de nossa existência como filhos de Deus.

2 – O SEGUNDO MANDAMENTO

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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Postado por ebd-comentada


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