Buscar no blog
12/10/2023
3 João 1:6
6 que em presença da igreja testificaram do teu amor, aos quais, se conduzires como é digno para com Deus, bem farás; (ARC)
1 Coríntios 13:1-4
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, (ARC)
Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.
Neste estudo, iremos abordar um dos temas mais importantes de toda a Escritura – o amor.
O Antigo Testamento continha 613 preceitos que compunham a síntese dos 10 mandamentos da Lei de Moisés. Jesus Cristo, na Nova Aliança, resumiu a Lei Mosaica em apenas 2 mandamentos e ambos estão fundamentados no amor. Primeiro em Deus que implica em nossa relação com ele e eu chamo o amor que está vertical. Segundo, no próximo que implica em nossa relação com o nosso semelhante e eu chamo de amor que está na horizontal. Leiamos:
Mateus 22:36-40
36 Mestre, qual é o grande mandamento da lei?
37 E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
38 Este é o primeiro e grande mandamento.
39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
40 Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. (ARC)
Dentre os escritores dos livros que compõe o Novo Testamento, a caneta do apóstolo João é a mais distinta quando o assunto é o amor. Ele vai no cerne do tema ao afirmar que “Deus é amor” (1Jo 4.8). Não é apenas uma expressão, uma manifestação ou exteriorização do amor, mas Deus é a própria essência ou significado do AMOR!
Amor é o sentimento mais admirável do ser humano. Ele atrai e desarma qualquer fortaleza. O amor é sublime e melhor que qualquer outra coisa que possamos experimentar.
Mas falar do amor de Deus é elevar tudo a um exponencial incalculável… Este amor foi que alavancou a sua obra de redimir o homem perdido em seus pecados e delitos, culminando no maior gesto de altruísmo que este mundo já conheceu!!
João 3:16
16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (ARC)
Em primeiro lugar, AMOR é também um atributo de Deus – “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”; “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor e quem está em amor está em Deus, e Deus, nele.” (I Jo 4.8,16). Em Deus encontramos a definição do amor, pois o apóstolo João afirma que Ele é o próprio amor!
Foi este amor que conduziu Jesus até o calvário. Foi este amor que o fez subir no madeiro, aliás, diz uma certa história que os soldados acostumados a conduzir os malfeitores a crucificação, se surpreenderam com a atitude de Cristo, pois todos, sem exceção, ao se deparar com o instrumento da sua morte (a cruz), se debatiam, tentavam escapar, clamavam contra tudo aquilo, entretanto, Jesus, de forma voluntária, espontaneamente, sem que nenhum soldado o segurasse ou o forçasse, deitou-se sobre a sua cruz, cumprindo-se aquilo que Ele mesmo dissera: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11). A atitude de Jesus foi movida ou estimulada pelo amor que Ele sente pela humanidade e desta forma ele DOOU A SUA VIDA por AMOR!
O amor de Deus é incomparável e insubstituível, pois ninguém pode amar o homem como Jesus ama e ninguém pode fazer pelo homem, o que Jesus fez!
Myer Pearlman diz que o amor é o atributo de Deus em razão do qual ele deseja relação pessoal com aqueles que possuem a sua imagem e, mui especialmente, com aqueles que foram santificados em caráter, feitos semelhantes a ele.
O amor de Deus independe de sua relação com o homem, pois é parte intrínseca do seu EU. Ainda que o homem percorra as veredas do pecado por toda a sua existência, o amor de Deus estará lá ventilando sobre a sua face o vento ou a brisa deste amor, expressando em alto e bom som – Eu te amo!
É através do seu amor que Ele rompe todas as barreiras para se relacionar com a sua criatura mais excelente. É por intermédio deste amor que Ele oferece ao homem as maiores dádivas e as melhores bênçãos.
Alguns atributos de Deus são compartilhados com os seus filhos, isto é, são comunicáveis ou ainda, podemos reproduzi-los em nós.
No livro de Gálatas encontramos a relação de nove fruto do Espírito Santo. São qualidades inerentes do próprio Deus, mas que podem ser expressos em nós. Leiamos:
Gálatas 5:22
22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. (ARC)
O fruto do Espírito é realização do Espírito em nós e R. E. Howard, sobre o tema escreve: “Uma obra é algo que o homem produz por si mesmo; um fruto é algo que é produzido por um poder que não é dele mesmo”. Para Hernandes Dias Lopes, o fruto do Espírito tem origem sobrenatural, crescimento natural e maturidade gradual. Segundo Juarez Marcondes Filho, o fruto do Espírito não pode ser criado artificialmente nem pode ser simulado. Ninguém frutificará alheio à operação do Espírito Santo.
Dentre as nove virtudes produzidas pelo Espírito no cristão, vamos destacar o amor, visto ser o tema deste estudo. Note que o amor é quem aparece primeiro e isto tem uma razão óbvia. O amor sempre encabeçará as grandes virtudes e todas elas são movidas primeiramente por uma boa dose de amor, além do que, primeiro amor do cristão é o seu amor a Deus e este amor é derramado em nossos corações (Rm 5.5). O amor é o termômetro que mede a qualidade da obra que desempenhamos no Reino de Deus, pois ainda que tivéssemos todos os outros admiráveis e vistosos dons, o amor deverá sempre fundamentá-los (1Co 13)!
A palavra amor está profundamente desgastada. John Mackay afirma que uma das principais artimanhas do maligno é esvaziar o conteúdo das palavras. Se existe uma palavra que foi esvaziada, distorcida, e adulterada em seu significado é a palavra amor. Amor tornou-se símbolo de paixão, de sexo, sobretudo, de intercurso sexual fora do casamento. Esse tipo de amor tem trazido ódio, desgraças, divisões, lares arruinados e enfermidades.
É óbvio que quando o apóstolo Paulo fala em amor, usa uma palavra específica, ágape. O amor ágape é o próprio amor de Deus.
A expressão ‘amor’ possui quatro significados distintos. Vejamos:
Amor Eros – Aparece com frequência na literatura grega secular, mas não na Bíblia. Amor totalmente humano carnal, físico. O amor que tem a necessidade de satisfazer a si próprio. Sua melhor declaração seria: “Eu amo você porque você me faz feliz”. Por seu temperamento alegre (você me diverte), por sua beleza e sensualidade (você me dá prazer), porém quando uma dessas características desaparece, o amor morre. Esse tipo de amor só quer receber. É o amor mais raso!
Amor Phileo – Representa o afeto terno. Usado para referir-se a uma amizade e que ao menor desentendimento pode ruir. Depende da reciprocidade é menos egoísta que o amor Eros. Desenvolvemos amizades com aqueles que temos algo em comum. É uma relação de troca. Meio a meio. É um amor pouco melhor que anterior, mas deficiente e enfermo pelas diferenças!
Amor Storge – Um amor mais relacionado à família, parentes, etc. (II Sm 21.10,11). É um amor que possuí laços mais fortes, porém, que também podem ser rompidos!
Amor Ágape – Expressa à natureza essencial de Deus. Amor incondicional. Esse amor não é egoísta, não busca a própria felicidade, mas a do outro a qualquer preço. Não dá 50 para receber 50, mas dá 100 e não espera nada em troca. O homem natural jamais poderá possuir esse amor, pois trata-se do amor de Deus. É o amor perfeito, o amor de Deus que foi derramado em nossos corações (Rm 5.5) e este amor é o que registra o apóstolo Paulo como fruto do Espírito (Gl 5.22)!
O amor que estamos a tratar é um amor que não pode ser contido ou acabado, visto que estamos a falar do amor que provém de Deus e Deus é um ser Eterno. Se o amor é a própria essência de um ser infinito, inabalável, imutável e perpétuo, logo o amor que emana dEle, também o é.
O amor ágape nunca entra em colapso. Ele jamais sofre ruína. As muitas águas não podem apagá-lo (Ct 8.7).
Quando colocamos o amor ao lado dos dons espirituais, Norman Russell Champlin explica que o amor jamais termina, isto é, o amor é eterno, em contraste com a expressão terrena dos dons espirituais. E bastaria isso para percebermos que o amor é maior do que todos os dons espirituais. Além disso, fluindo o amor por entre os dons espirituais, como um manancial fresco de água, nisso consiste a vida dos mesmos. Por outro lado, sem o amor, todos os dons espirituais são mortos, para todos os efeitos práticos.
O amor jamais diminui, porquanto é uma fonte perenemente a fluir, que tem profundezas que nunca podem ser drenadas. Todos os dons são imperfeitos e transitórios, pelo menos em suas expressões terrenas. Mas o amor é perfeito, bem como o aperfeiçoador dos dons espirituais.
Este amor compartilhado por Deus conosco como fonte de águas vivas derramadas sobre cada um de nós, também nos torna inseparáveis do Criador. Para o apóstolo Paulo, não existe absolutamente nada capaz de nos separar deste amor (Rm 8.35a), nem mesmo a morte, que para muitos constitui o fim de tudo, também não tem o poder de nos separar do amor de Deus, pois a morte não pode destruí-lo.
Pastor Alex Cardoso muito bem observa que em muitos casos na Bíblia, a expressão ‘amor’ é traduzida por misericórdia. A relação entre as palavras “amor” e “misericórdia” está profundamente ligada à compreensão do caráter de Deus e Sua relação com a humanidade. Ambas as palavras desempenham papéis importantes na descrição da natureza divina e na relação entre Deus e as pessoas.
Já vimos que o amor de Deus em grego é “ágape” (ἀγάπη), que descreve um amor incondicional, sacrificial e divino. Já o termo ‘misericórdia’ de Deus é uma qualidade relacionada ao Seu amor. A misericórdia envolve compaixão, perdão e graça às pessoas, mesmo quando elas não a merecem. A palavra “misericórdia” é frequentemente usada na Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, para descrever a disposição de Deus em perdoar e mostrar compaixão para com a humanidade, apesar de seus erros e pecados.
Eternidade do amor e da misericórdia de Deus: A Bíblia frequentemente enfatiza a eternidade do amor e da misericórdia de Deus. Por exemplo, no Salmo 136, cada versículo termina com a frase “porque a Sua misericórdia dura para sempre.” Isso destaca a ideia de que o amor e a misericórdia de Deus não têm fim e são constantes, independentemente das ações humanas.
A própria mensagem central do cristianismo, a salvação pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, ilustra a ideia da misericórdia de Deus. Através de Cristo, Deus demonstra Sua misericórdia, oferecendo a redenção e a reconciliação daqueles que creem, mesmo que sejam pecadores.
Em resumo, na Bíblia, o amor e a misericórdia de Deus estão intrinsecamente ligados. Ambos são aspectos fundamentais de Seu caráter divino e são representados como eternos e inabaláveis. Essa ênfase reflete a compreensão da fé judaico-cristã de que Deus é amoroso, compassivo e disposto a perdoar, independentemente dos pecados humanos, oferecendo a oportunidade de redenção e salvação.
Hernandes Dias Lopes afirma que ao traçar um perfil do verdadeiro cristão, o apóstolo João passa da prova doutrinária para a prova social. Ele faz uma transição da fé para o amor. O cristão é conhecido pelo que crê e também pelo amor. A fé e o amor são pilares da sua vida cristã.
John Stott diz que em 3.23 de primeira João, temos o resumo do mandamento de Deus como sendo “crer em Cristo e amar-nos uns aos outros”.
Warren Wiersbe coloca essas mesmas verdades de outra forma. Ele diz que primeiro o amor pelos irmãos foi apresentado como prova da comunhão com Deus (1Jo 2.7-11); em seguida, foi apresentado como prova da filiação (1 Jo 3.10-14). Na primeira passagem citada, o amor é uma questão de luz ou trevas; na segunda, é uma questão de vida ou morte. Porém, em 1Jo 4.7-12, chega-se ao cerne da questão. Aqui se vê por que o amor é uma parte tão importante da vida real. O amor é um parâmetro válido para a comunhão e a filiação porque “Deus é amor”. O amor faz parte da própria natureza e ser de Deus. Quem se encontra em união com Deus, por meio da fé em Cristo, compartilha de sua natureza. E, uma vez que sua natureza é amor, o amor é o teste da realidade da vida espiritual.
Em Gaio, temos a evidência de que este amor estava impregnado nele, visto que tal amor não se restringia tão somente aos conhecidos irmãos do seu convívio, mas extrapolava e alcançava até mesmo os desconhecidos que praticava a mesma fé (3Jo 5). Gaio, portanto, refletia em sua vida o que João afirmou em sua primeira epístola. Leiamos:
1 João 4:8
8 Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. (ARC)
Este versículo é uma afirmação poderosa e fundamental sobre a natureza de Deus e o relacionamento entre o amor e o conhecimento de Deus. Ele nos lembra que o amor é uma característica essencial do próprio Deus, e o amor é uma qualidade distintiva daqueles que realmente conhecem a Deus.
O Conhecimento de Deus e o Amor: O texto começa com a afirmação de quem não ama não conhece a Deus. Isso implica que o amor não é apenas uma ação externa, mas também um indicador do nosso relacionamento com Deus. O amor é uma manifestação do conhecimento de Deus, e o verdadeiro conhecimento de Deus deve resultar em amor.
Deus é Amor: A segunda parte do versículo declara que “Deus é amor”. Isso significa que o amor não é apenas uma característica ou qualidade de Deus, mas é a própria essência de Sua natureza divina. É o amor de Deus que motiva Suas ações em relação à humanidade, incluindo a criação, as exceções e a redenção.
O amor como marca registrada dos seguidores de Cristo: Ao enfatizar que o amor é inseparável do conhecimento de Deus, este versículo nos chama a viver vidas de amor e compaixão. Para os cristãos, amar os outros é uma marca registrada de sua fé, porque eles conhecem o Deus que é amor. Jesus também ensinou a importância do amor ao próximo como um dos mandamentos mais significativos.
Implicações práticas: Esse versículo nos desafia a avaliar nossas próprias vidas e relacionamentos. Se afirmamos conhecer a Deus, devemos demonstrar isso através do nosso amor pelos outros. O amor não é apenas um sentimento, mas uma ação que busca o bem-estar dos outros, que perdoa, que serve e estende a graça e compaixão de Deus a todos.
Portanto, 1 João 4:8 enfatiza que o amor e o conhecimento de Deus estão intrinsecamente ligados. Aqueles que realmente conhecem a Deus manifestam o Seu amor em suas vidas. Isso não reflete apenas a natureza de Deus, mas também é um chamado à prática do amor como parte integrante da fé cristã.
Para continuar lendo esse esboço CLIQUE AQUI e escolha um dos nossos planos!
É com muita alegria que nos dirigimos a você informando que a EBD Comentada já está disponibilizando os planos de assinaturas para que você possa continuar a usufruir dos nossos conteúdos com a qualidade já conhecida e garantida.
Informamos também que apoiamos o seguinte trabalho evangelístico:
CLIQUE AQUI para ser nosso parceiro missionário e continuar estudando a lição conosco…
Deus lhe abençoe ricamente!!!
Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
Acesse os esboços por categorias