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Betel Adultos – 4º Trimestre 2022 – 13-11-2022 – Lição 7 – Os dons de elocução

10/11/2022

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação”. (1 Co 14.3)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1 Co 14.26-31 

26 Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 

27 E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. 

28 Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus. 

29 E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. 

30 Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. 

31 Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Falar sobre a confusão acerca dos dons de elocução. 
  • Despertar no crente o desejo pela busca dos dons. 
  • Mostrar a relevância dos dons para a Igreja.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos. Paz do Senhor.

Ainda que algumas pessoas afirmem que este tipo de dom deve ser usado para a edificação da Igreja, TODOS os dons devem ser usados desta forma, pois são ferramentas de Deus para que participemos das maravilhas de Deus e glorifiquemos seu nome.

Em se tratando de dons de elocução, as igrejas pentecostais vivenciam inúmeros problemas no tocante à sua utilização, haja vista, estes dons demonstrarem um grau de espiritualidade avançada para aqueles que não os conhecem.

Infelizmente, muitos cristãos não leem a Bíblia e não conseguem seguir as orientações do Senhor, dadas através do apóstolo Paulo, para o bom uso dos dons de elocução.

A palavra elocução vem do Latim ELOCUTIO, “fala, expressão”, de EX-, “para fora”, mais LOCUTIO, de LOQUI, “falar”.

De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra eloquência tem os seguintes significados.

  1. Arte de bem falar. 
  1. Talento de convencer, exaltar ou comover, falando.

De forma simples, a capacidade de se comunicar com eloquência está associada a falar com uma capacidade de persuasão, ou seja, colocar para fora com facilidade, aquilo que está no pensamento, e os gregos foram os primeiros a estudar esta arte.

Eles criaram a retórica que posteriormente foi aprimorada pelos cristãos através da homilética, sendo que a  primeira é a arte do convencimento, da eloquência e do bom uso da palavra e parte fundamental de qualquer texto, ela consiste, basicamente, em persuadir seu interlocutor a fazer algo que você gostaria que ele fizesse; e a segunda é a arte de falar sobre a palavra de Deus com sabedoria e eloquência.

De forma errônea, muitos acreditam que ser eloquente é falar em tons altos e agressivos, porém, a palavra correta é assertividade, que se traduz como uma fala na tonalidade e velocidade ideais.

Os “jovens pregadores” acreditam que uma prova da presença e da unção de Deus está relacionada a pregar com uma voz alta e cheia de entonações, porém, isto é um engano.

Os dons de elocução são assim chamados porque estão relacionados à capacidade de comunicação espiritual, ou seja, uma capacidade de comunicação dada pelo Espírito Santo.

1 – DONS RELACIONADOS À ELOCUÇÃO

Da mesma forma que os dons de poder, os dons de elocução são divididos em três. O dom da profecia, o dom da variedade de línguas e o dom da interpretação de línguas.

Cada um destes dons tem um propósito específico e devem ser utilizados de forma sábia, de acordo com os ensinamentos bíblicos.

Conforme mencionamos, existe muita confusão associada aos dons espirituais de elocução e a maioria é causada por ignorância, ou seja, ausência de conhecimento bíblico.

Falar em línguas estranhas tornou-se um símbolo do pentecostalismo no Brasil e no mundo e é um privilégio dos cristãos que acreditam na atualidade dos dons e os buscam.

É importante destacarmos que falar em outras línguas não é colocado como dom, mas como sinal do batismo no Espírito Santo.

As orientações de Paulo sobre a utilização deste dom é clara.

Em primeiro lugar, a pessoa que está falando em línguas é edificado e não aqueles que estão ouvindo pelo simples fato de não saberem o que está sendo dito.

“O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja”. ( 1 Co 14.4 – ARC) 

“Assim, também vós, se, com a língua, não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar”. (1 Co 14.9 – ARC)

Em segundo lugar, as línguas estranhas são um sinal de Deus para aqueles que não sabem o que significa, ou seja, para os infiéis.

“De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis”. (1 Co 14.22 – ARC)

Em terceiro lugar, devem ser usadas na igreja somente se houver intérprete e aqui está uma questão que “abala” a estrutura daqueles que não leem nem compreendem a Bíblia.

“E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus”. (1 Co 14.27,28 – ARC)

Em quarto lugar, falar em línguas estranhas nunca foi nem será um sinal de santidade, porque a Bíblia nos diz que os frutos produzidos é que mostrarão se realmente somos discípulos (Mt 7.16).

Paulo nos mostra que se não houver intérprete, devemos falar conosco e com Deus, ou seja, para que falemos em voz baixa.

Ainda que soe de forma estranha para muitos, esta é a maneira correta.

1.1 – Profecia

O primeiro dom de elocução descrito por Paulo é o dom de profecia e o apóstolo também nos mostra que este dom é o mais importante dentre os dons de elocução pois, transmite a voz de Deus para a Igreja de uma forma completamente compreensível.

O versículo 4 do capítulo 14 da primeira carta de Paulo aos coríntios nos mostra que a profecia edifica a Igreja e não somente àquele que fala.

Precisamos reforçar que Deus tem propósitos específicos na distribuição dos dons, sejam eles naturais, espirituais ou ministeriais.

Em se tratando do dom de profecia, a Bíblia nos mostra que existem três propósitos relacionados a ele.

  • Edificação
  • Exortação
  • Consolação

O profeta no A.T. era aquele que levava a Palavra de Deus aos seres humanos, ao contrário dos sacerdotes que levavam os seres humanos até Deus.

A carta aos hebreus nos mostra que o Senhor falava ao seu povo através dos profetas, porém, nos últimos dias nos falou através de Jesus (Hb 1.1).

O dom espiritual da profecia difere-se do dom ministerial de profeta, haja vista, ser uma capacitação sobrenatural que age com propósitos específicos em ocasiões específicas.

O texto da carta de Paulo aos Efésios nos mostra que essa passagem o dom ministerial refere-se a pregadores irresistivelmente cheios do Espírito Santo, que cooperavam na edificação da Igreja (At 13.1), dedicando-se ao ensino e à interpretação da Palavra de Deus. Eles também dedicavam-se a explicar o cumprimento das profecias do Antigo Testamento, e punham-se a exortar, edificar e consolar a Igreja de Cristo.

O teólogo americano Norman Champlim traz um comentário interessante sobre este dom, abordando a importância que tem.

“Esse  é  o dom principal,  a habilidade  de  usar  certos  poderes,  a  inspiração  da mensagem,  a  qual  transcende  o  que  é  meramente didático. Esse dom inclui o conhecimento prévio,  mas envolve   especialmente   certo   poder   de   ministrar ensino,  instrução,  consolo,  ainda  que  em  um  nível superior   ao   do   mestre   ordinário,   o   qual   é, essencialmente, transmissor de preceitos adredemente conhecidos.   O   profeta   pode   falar  por  intuição, inspiração  e  revelação,  mediante  alguma  forma  de discernimento que ultrapassa o que é natural,  através do dom  sobrenatural  do conhecimento”.

O dom de profecia é uma manifestação momentânea e sobrenatural do Espírito Santo com os três propósitos explicitados acima.

1.2 – A importância do dom de profecia para a Igreja de Cristo

Diferentemente do que fala em línguas estranhas, a profecia edifica a todos que a ouvem, ou seja, a Igreja.

Paulo foi categórico nesta questão, deixando claro que o dom de profecia é superior aos outros dons de elocução, exatamente pelo fato de promover edificação, exortação e consolação.

A palavra edificar no original grego, era usada para indicar o ato de erguer uma construção,  conforme  está escrito em Mt 2.41 e Mc 13.1,2. Porém,  também  era  usada  metaforicamente,  no  sentido  de  edificação espiritual,  como  um  meio  de  desenvolvimento  espiritual.

A palavra exortar é expressa no sentido de exercer a vontade, para que se faça o que é direito, e não para que se faça o que é mal.  No grego, esta palavra também tem o sentido de encorajar, suplicar e consolar.

A palavra consolar no original grego, também tem o sentido de encorajar, porém, o melhor sentido é de animar ou promover alívio.

Champlim lista 9 motivos para este dom ser tão importante.

“O  dom  da  profecia  deve  ser  mais  intensamente desejado que qualquer outro dom espiritual, devido às seguintes razões, que Paulo se preparava para ventilar: 1.  A  profecia visa  a edificação  da igreja (ver  o  terceiro  versículo  deste capítulo),  o  que  é o tema  mais  reiterado  deste  capítulo,  e  não  apenas  a edificação  do crente individual,  como  é  o  caso  das  línguas,  quando  não interpretadas.2.  A profecia serve para exortar (ver o terceiro versículo).3. A profecia também serve para consolar (ver o mesmo versículo).4. A profecia é um meio de transmitir revelações e doutrinas (ver o sexto versículo).5.  A  profecia  faz  «soar»  aquele  toque  da  mensagem  cristã  que  leva  o crente  a  preparar-se  para  a  batalha  espiritual  (ver  o  oitavo  versículo).6. A profecia é uma voz clara,  em um  mundo  de vozes confusas (ver o décimo versículo).7. A profecia é um meio de bênção, principalmente de ação de graças a Deus, do que a comunidade inteira pode participar (ver os versículos dezesseis e dezessete); por conseguinte,  se assemelha às línguas e até lhe é superior,  porque beneficia a todos,  e não somente aquele que fala.8.  A profecia é o dom espiritual que  abençoa supremamente os crentes (ver o vigésimo segundo versículo).9.  A profecia é uma maneira  de ensinar (ver o trigésimo primeiro versículo).” 

Grande parte dos teólogos acredita que a pregação de Pedro no dia do Pentecostes foi uma manifestação do dom espiritual de profecia e esta ideia está associada aos três propósitos do dom profético e pelo fato de Pedro não ser uma pessoa tão eloquente.

O dom de profecia, em nenhuma hipótese, pode substituir as Escrituras Sagradas, pois elas são a revelação plena de Deus para os seres humanos.

Caso alguma manifestação profética esteja contra os ensinamentos da Palavra de Deus, deve ser considerada maldição.

1.3 – Julgar a profecia

Precisamos trazer a pauta a necessidade de tomarmos cuidado para não sermos enganados por supostas profecias.

Por causa da natureza pecaminosa e da ação de satanás sobre aqueles que não são verdadeiramente convertidos, existem muitas manipulações com propósitos escusos travestidas de profecias.

É importante reforçarmos novamente que os seremos conhecidos pelos frutos. Se os frutos forem bons (comportamentos semelhantes aos de Jesus), seremos qualificados como verdadeiros.

Os falsos profetas não produzem os mesmos frutos de Jesus e por isto, trazem inúmeros prejuízos para aqueles que lhes dão crédito.

Adultério, mentira, enganação, bebedice e outros pecados estão associados aos falsos profetas.

A Bíblia nos mostra que na  igreja  primitiva  falsos  profetas se levantaram, provavelmente  alguns  dos  quais  eram  psiquicamente dotados, embora não usassem seu dom para defesa da justiça.  Por  essa  razão  foi necessário avisar  aos  crentes que pusessem à prova todas as coisas.

Paulo escreve sobre isto de forma clara.

“E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”. (1 Co 14.29 – ARC) 

O julgamento que Paulo nos ensina é aquele que consegue discernir se o que foi dito é realmente proveniente do Senhor e, para chegarmos a conclusão correta, é necessário conhecermos a Palavra de Deus, termos sabedoria e zelo.

Champlim nos mostra algo interessante a respeito da capacidade de julgar os profetas.

“Paulo parece dar a entender que  os  que falam por  inspiração  também possuem  algum  discernimento  espiritual.  Esses  deveriam  perceber  se alguém  está  falando  mediante  o  «Espírito  Santo»,  ou  mediante  algum espírito estranho, talvez até mesmo maligno, que se apresente como anjo de luz, com o propósito de iludir (ver II Cor.  11:14); e também deveriam esses perceber se o espírito humano do profeta está de acordo com a natureza do Espírito de Deus e seus ensinamentos.  (Quanto ao «dom do discernimento de espíritos»,  ver a introdução ao décimo segundo capítulo,  onde todos  os dons espirituais são alistados e ventilados).Assim,  pois,  os profetas  devem  agir como  aqueles  que edificam  a congregação,  e também como aqueles que são seus guardiões.  Não devem permitir que mestres e ensinamentos falsos atuem livremente na igreja”.

2 – VARIEDADE DE LÍNGUAS

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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