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05/11/2022
“E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia”. (At 8.6)
Jo 14.12,13
12.Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
13.E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Hb 11.1,6
1.Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem.
6.Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.
Olá, irmãos. Paz do Senhor.
Os dons espirituais de poder também são distribuídos pelo Senhor para a edificação da Igreja e a glorificação de Seu nome.
Existem 3 tipos de dons de poder: o dom da fé, os dons de cura e o dom de operação de maravilhas.
Estes parecem ser os dons mais apreciados pelos pentecostais, haja vista, demonstrarem o poder de Deus através de nossa vida de uma forma visível, miraculosa e poderosa.
A palavra poder no grego é “Dunamis” ou “dynamis” e tem o sentido de energia constante.
Esta palavra é a base das palavras “dinâmica”, “dinamite” e “dínamo” e era usada para indicar “milagres” e “maravilhas”, ou seja, “feitos” que requerem poder extraordinário e sobre-humano (Mt 7.22; 11.20,23; 13.54).
O texto de Atos 1.8 demonstra que o poder de Deus, também conhecido como a “plenitude de Deus” seria derramado sobre os crentes com propósitos evangelísticos.
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. (ARC)
As pessoas que vivenciam experiências com tais dons ficam perplexas e maravilhadas sobre como Deus é poderoso e glorificam seu nome.
Quando Pedro e João curaram um aleijado milagrosamente, causaram um alvoroço entre os mestres judeus que estavam cegos pela religiosidade e isto lhe proporcionou uma oportunidade de falar sobre Jesus a eles.
“E, pondo-os no meio, perguntaram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto?” (At 4.7 – ARC)
Desta forma, reforçamos que os dons de poder estão intimamente ligados à nobre tarefa de evangelizar as nações e fazê-las conhecer as maravilhas de Jesus, o Cristo e não somente a proporcionar momentos de euforia sobre aqueles que são alcançados por tais dons.
Segundo o pastor e escritor Elienai Cabral, os dons de poder “são capacitações extraordinárias concedidas à Igreja de Cristo para a realização da missão proclamadora do evangelho da graça.”
Cabral associa a manifestação destes dons à proclamação do Evangelho.
“Sem dúvida, por meio desses dons, a Igreja de Cristo habilita-se a realizar o sobrenatural no reino natural, levando os pecadores a aceitar o evangelho e demonstrar ao mundo o poder de Deus.”
Ainda que os indoutos cristãos associem a pessoa que é usada por Deus com este tipo de dom a um crente com altíssimo nível de espiritualidade, não existe nenhum texto bíblico que coadune com tal pensamento.
A verdade é que o Senhor distribui os dons a quem desejar e espera que aqueles que os recebem sejam sábios em sua utilização, lembrando que são seres humanos falhos que foram alcançados pela grandiosidade de Deus.
Os dons de poder são manifestações que proporcionam soluções imediatas para situações aparentemente insolúveis, causando grande espanto e admiração por parte daqueles que presenciam tal acontecimento.
O conceito prático de fé é descrito pelo escritor aos hebreus.
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem”. (Hb 11.1 – ARC)
Biblicamente existem quatro tipos de fé, que são:
O dom de fé não é uma fé simples, se é que podemos utilizar tal palavra, mas é algo surreal e poderoso que produz acontecimentos miraculosos, que transcendem a esfera natural.
O dom da fé é a capacitação sobrenatural do crente para crer e realizar o impossível no nome do Senhor.
O teólogo americano Norman Champlim deixa claro este assunto.
“Não está aqui em foco a «fé salvadora», ou seja, aquela que é necessária para a justificação. (Ver Rom. 5:1). Antes, está em foco um alto grau de fé, no poder e na misericórdia de Deus, mediante a qual até mesmo milagres podem ser operados. O trecho de I Cor. 13:2 menciona aquela fé por meio da qual até mesmo montanhas podem ser removidas de seus lugares. É a essa modalidade de fé que Paulo se refere aqui. Foi essa a forma de fé que sustentou os perseguidos e os mártires, conservando-os na fidelidade a Cristo até ao fim, que os capacitou a confiarem em Deus por coisas elevadas. Esse é o tipo de fé possuída pelos «heróis da fé», conforme a descrição do décimo primeiro capítulo da epístola aos Hebreus. Existem alguns crentes possuidores de um poder extraordinário de confiança no Senhor, capacitando-os a se valerem dos recursos do poder divino. O dom de «fé» foi, sem dúvida, um dom especial dos evangelistas”.
O dom espiritual da fé permitiu que os perseguidos e os mártires fossem sustentados e se mostrassem perseverantes até o fim.
Champlim diz que este dom é fundamental na vida dos Evangelistas.
Para os comentaristas da Bíblia de Aplicação Pessoal, o dom da fé “é uma medida incomum de confiança no poder de Deus”.
Segundo o teólogo inglês Gordon Chown, o dom espiritual da fé “é o equipamento espiritual e sobrenatural do crente, para lhe conceder o poder sobrenatural de confiar em Deus nas ocasiões nas quais só um milagre glorioso poderia alterar a situação”.
Tanto no A.T. como no N.T. existiram pessoas que receberam de Deus uma fé sobrenatural.
Quando o apóstolo Paulo estava indo de navio a Roma, aconteceu algo que mudou a vida dos tripulantes daquela embarcação.
“Havendo já muito que se não comia, então, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó varões, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perdição. Mas, agora, vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio. Porque, esta mesma noite, o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! Importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo. Portanto, ó varões, tende bom ânimo! Porque creio em Deus que há de acontecer assim como a mim me foi dito. É, contudo, necessário irmos dar numa ilha”. (At 27.21-26 – ARC)
A fé sobrenatural de Paulo fez com que a tripulação do navio suportasse a tribulação e cresse que o Deus a quem Paulo servia os livraria da morte e o nome do Senhor foi glorificado.
O dom da fé, quando utilizado, produzirá reações maravilhosas de glorificação de Deus e contribuirá para que o Evangelho alcance as pessoas.
TODOS os cristãos precisam compreender que aqueles que receberam de Deus este dom, estão capacitados para realizar milagres em nome de Jesus e que estes milagres podem contribuir para a salvação de almas.
Desta forma, não existe NENHUM motivo para nos gloriarmos em nós mesmos e acreditarmos que somos especiais por ter recebido do Senhor este dom, ainda que ele seja surreal.
Um ponto importante que precisa ser elucidado é que, ainda que o dom de fé produza a capacidade de curar, o propósito principal não é este, haja vista, existirem os dons de cura e o dom de operação de maravilhas.
O evangelista Marcos descreve algumas situações onde o dom de fé agiria a favor dos cristãos.
“E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão”. (Mc 16.17,18 – ARC)
Um ponto que merece destaque é o fato de que NENHUM cristão deve utilizar este dom para auto promoção, pois pode incorrer no risco de tomar para si a glória de Deus e ser condenado pelo Senhor.
Moisés, Josué, Elias e Daniel foram homens tremendamente usados por Deus para a realização de seus propósitos e TODOS eles possuíam uma fé sobrenatural, capaz de realizar milagres extraordinários.
“Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos e vede o livramento do SENHOR, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O SENHOR pelejará por vós, e vos calareis”. (Ex 14.13,14 – ARC)
Os hebreus haviam saído do Egito e estavam parados em frente ao Mar Vermelho, porém, aos olhos do povo seria impossível vencer aquela situação, haja vista, o mar ser intransponível e os soldados de Faraó estarem logo atrás.
Porém, o Senhor disse a Moisés que fizesse o povo marchar e, de forma miraculosa, as águas do mar se abriram.
Quando Josué estava liderando os hebreus, houve uma grande guerra de cinco reis contra eles, porém, mediante uma fé extraordinária, Josué orientou o povo a crer no Senhor e aguardar o livramento.
A Bíblia nos mostra que o dia foi prolongado para que os hebreus conseguissem destruir seus inimigos.
“Então, Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR deu os amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse aos olhos dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu lua, no vale de Aijalom. E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no Livro do Reto? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro”. (Js 10.12,13 – ARC)
A Bíblia nos mostra a história de Elias e os profetas de Baal e nos ensina que a habitava naquele profeta uma fé sobrenatural.
“E Elias tomou doze pedras, conforme o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do SENHOR, dizendo: Israel será o teu nome. E com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois, fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente. Então, armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, e o pôs sobre a lenha, e disse: Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez, de maneira que a água corria ao redor do altar, e ainda até o rego encheu de água. Sucedeu, pois, que, oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu, SENHOR, és Deus e que tu fizeste tornar o seu coração para trás. Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego”. (1 Rs 18.31-38 – ARC)
Por causa desta fé, o Senhor fez com que os judeus fossem alicerçados na fé e confiassem que somente o Senhor é Deus.
Por fim, a história de Daniel nos mostra que a fé sobrenatural também habitava em sua vida a ponto de livrá-lo da morte de uma forma miraculosa.
“E, pela manhã cedo, se levantou e foi com pressa à cova dos leões. E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e, falando o rei, disse a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões? Então, Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum. Então, o rei muito se alegrou em si mesmo e mandou tirar a Daniel da cova; assim, foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus. E ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado Daniel e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas mulheres; e ainda não tinham chegado ao fundo da cova quando os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos”. (Dn 6.19-24 – ARC)
A fé de Daniel fez com que o rei Dario ficasse extasiado com a ação de Deus e editassem um decreto afirmando que o Deus a quem Daniel servia era verdadeiramente o Deus vivo.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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