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Betel Adultos – 4º Trimestre 2020 – 25-10-2020 – Lição 4 – A suficiência de Cristo para restaurar a totalidade doo ser humano

22/10/2020

Esse post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá.” Jo 14.27a

TEXTOS DE REFERÊNCIA

COLOSSENSES 2. 10,12-15

  1. E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo principado e potestade;
  2. Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos.
  3. E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,
  4. Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.
  5. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Mostrar o mapa de nossa personalidade.
  • Ensinar que é preciso se desprender do passado.
  • Explicar que o diabo não quer que alcancemos a cura.

INTRODUÇÃO

Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.

Esta é uma das lições mais interessantes desta revista, pois aborda o ser humano em sua complexidade e de forma tricotômica.

Somos o ser mais complexo que o Senhor criou e os únicos que possuem um espírito.

Paulo escreve aos tessalonicenses mostrando que possuímos um espírito, uma alma e um corpo e no mesmo texto deixa claro que todas as partes que compõe nosso ser devem ser santificados em Cristo Jesus.

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. (1 Ts 5.23 – ARC)

Existem teólogos que não separam a alma do espírito e acreditam que o ser humano é dicotômico, possuindo uma parte imaterial e outra material.

As Assembleias de Deus de uma forma geral acreditam na tricotomia do corpo.

Cada parte deste complexo ser manifesta uma característica e, de forma simples, o espírito é a parte imaterial que comunica a existência de um deus e é nela que o Espírito de Deus habita, naqueles que são salvos. A alma é considerada a sede das emoções e o corpo é o invólucro, ou a caixa que guarda a parte imaterial.

Em ordem de importância, seguindo o padrão bíblico temos o espírito, depois a alma e depois o corpo e isto nos mostra que devemos cuidar de nossa vida espiritual em primeiro lugar e, depois, das outras partes.

Se o nosso espírito manifesta a racionalidade e a capacidade de interpretação, fica claro o conselho de Paulo aos Romanos sobre o culto racional.

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. (Rm 12.1 – ARC).

Sendo assim, as ordens de prioridade da vida do cristão devem ser:

  • O relacionamento pessoal com Deus;
  • O relacionamento intrapessoal (consigo)
  • O relacionamento com o próximo (família e outros);
  • O trabalho (meio de sustento)
  • As atribuições na igreja.

Se invertermos esta ordem, teremos problemas que nos afetarão por completo.

O ser humano que cuida de seu relacionamento com Deus em primeiro lugar, exercita e obedece o conselho dado por Jesus sobre prioridades.

“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”. (Mt 6.33 – ARC)

Estudaremos as particularidades deste complexo ser chamado humano.

1 – O MAPA DE NOSSA PERSONALIDADE

A psicologia nos mostra que o comportamento do ser humano é manifestado através do caráter, do temperamento e da personalidade.

Segundo o site psicanaliseclinica.com a conceituação destas partes é:

  • Caráter: Englobando o temperamento, é a parte de nossa personalidade composta pelos genes e o ambiente externo. Através das frequentes experiências e interações, moldamos essa parte de nossa vida sob diversas influências. É aqui que se difere do temperamento, por exemplo, já que pode ser lapidado e refinado de acordo com a vida que temos.
  • Temperamento: Ao tocarmos em temperamento, falamos de uma parte da personalidade que já nasce conosco. Nossa herança genética determina como sentimos e manifestamos nossas emoções boas ou não. Não é algo que possa ser modificado, já que é parte integrante e fundamental nossa. Desde bebês já damos sinais de que seremos mais quietos ou agitados, por exemplo.
  • Personalidade: Sendo a estrutura dos outros dois, a personalidade condensa elementos emocionais, condutivos e cognitivos que definem nosso padrão de comportamento. Embora possua diferentes interpretações, todas concordam que se trata de um padrão comportamental repetido em situações parecidas.

Apesar das opiniões se divergirem sobre quando o caráter começa a ser formado, grande parte dos autores concorda que ele é determinado pelo meio, através das experiências desde a tenra idade.

Personalidade é derivada da palavra latina persona, usada para identificar as máscaras utilizadas pelos autores teatrais na antiga Grécia. Com o tempo, ela passou a ser descrita como a máscara que usamos para o mundo ver.

Somos uma combinação de vários estilos de personalidades, variando de extrovertido a introvertido, sociável a tímido, do agressivo ao passivo etc. formando-se em nós na infância. Digamos que seja uma forma de nos mostrarmos ao mundo, da maneira que queremos. A personalidade é um conceito mais elusivo, depende muito da situação: lembre-se que persona significa máscara, e usamos diversas máscaras ao longo de nossa vida.

Já o caráter é uma palavra originada de um verbo grego que significa gravar. A firmeza moral de uma pessoa, portanto, é o sinal visível de sua natureza interior. É o que somos por baixo de nossa personalidade (máscara).

O caráter continua a se desenvolver ao longo da vida, são estas definições sobre as escolhas que fazemos, ou nossos comportamentos, e pode ser denominado de nossa maturidade moral. Caráter é nossa força moral e ética, aquilo que guia nosso comportamento de acordo com os valores e princípios adequados – o que explica por que a liderança pode ser definida como ‘caráter em ação’. Os líderes procuram fazer a coisa certa. Podemos dizer, resumindo, que caráter seja a soma de nossos vícios, hábitos e virtudes. Com o discernimento, podemos optar por fazer o bem e amar o bem.

O temperamento e a personalidade são inatos, ou seja, pertencem ao ser humano desde o seu nascimento e vão se manifestando ao longo da vida.

O temperamento e a personalidade não são transformados pela Palavra, mas podem ser instruídos sobre os exageros comuns a cada tipo de personalidade. Já o caráter é transformado pela Palavra, através da ação do Espírito Santo.

O Senhor Jesus disse: “Vós já estais limpos pela palavra que eu vos tenho pregado” (Jo 15.3).

O fruto do Espírito se manifesta no espírito, na alma e no corpo do homem, pois o fruto é do Espírito Santo e não do espírito humano.

“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”. (Gl 5.19-22 – ARC)

O fruto do Espírito é manifesto no caráter do cristão e o auxilia a controlar o temperamento e a personalidade.

Um exemplo claro disto é Pedro, que possuía um temperamento forte e marcante, conhecido como intuitivo, que tomava decisões sem pensar e errava com grande frequência, porém, quando ele se converteu, passou a ser controlado pelo Espírito Santo.

“Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo. Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos. E ele lhe disse: Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte. Mas ele disse: Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces”. (Lc 22.31-34 – ARC)

Pedro era discípulo de Jesus, um dos três que mais tiveram experiências com Ele, porém, até a morte de Jesus não havia se convertido, mas, quando o Espírito Santo foi derramado sobre a vida dos quase 120 discípulos que estavam orando, ele foi transformado em um grande homem de Deus.

É importante comentarmos que existem muitas pessoas que estão na igreja há anos, mas ainda não se converteram, pois o fruto que produzem deixa isto bem claro.

1.1 – A restauração é para todos

Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com

Assim como existem problemas relacionados ao espírito, também existem aqueles que estão relacionados a alma e ao corpo.

Para aqueles que não são cristãos, é muito difícil diagnosticar um problema espiritual, pois o discernimento de espíritos é algo inerente ao cristão.

Opressão e possessão maligna são problemas causados pelo diabo e seus anjos que afetam inúmeras pessoas em todo globo terrestre.

É importante reforçarmos que um verdadeiro cristão não pode ser possuído por satanás, pois ou o corpo é templo do Espírito Santo ou é templo do diabo.

A alma reflete inúmeros problemas e está intimamente relacionada às emoções.

O corpo pode refletir problemas espirituais, emocionais e físicos.

Não existe nenhum problema que o Senhor Jesus não possa sanar, porém, nem todos são resolvidos no momento de nossa conversão.

Existem traumas da alma que precisarão de tempo e cuidados para que sejam curados.

As doenças da alma são terríveis e a mais comum é a depressão.

Estima-se que existam mais de 300 milhões de pessoas com depressão no mundo e tal doença é a maior causa de incapacidade.

Precisamos reforçar que existem casos de depressão que são exclusivamente físicos, ou seja, são distúrbios neurológicos, causados pela falta ou aumento de algumas substâncias conhecidas como neurotransmissores.

Infelizmente existem cristãos que acreditam que as doenças físicas devem ser tratadas pelos médicos, mas tem dificuldades para aceitar que as doenças da alma, também devem ser tratadas por profissionais e, em muitos casos é necessário um acompanhamento psicológico e até mesmo psiquiátrico.

Como a Bíblia nos mostra inúmeros casos onde Jesus curou o físico das pessoas, também acreditamos que Ele pode curar qualquer problema de qualquer etiologia, ou seja, qualquer causa, porém, um dos maiores entraves para que o Senhor cure as pessoas é o reconhecimento de que precisam de ajuda e a oração específica para estes casos.

Se observarmos as características do comportamento de Elias, o profeta do A.T. podemos deduzir que ele teve depressão.

“E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais”. (1 Rs 19.4 – ARC)

Isto aconteceu após o episódio envolvendo os profetas de Baal e Azera e o profeta Elias, onde o Senhor de forma miraculosa fez com que descesse fogo do céu e consumisse um altar feito pelo profeta.

Por isto, fica claro, que podemos ter doenças que afetam o físico, a alma e o espírito.

1.2 – Em Jesus obtemos a restauração

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Uma das passagens mais marcantes sobre o sofrimento de Jesus foi escrita pelo evangelista Mateus, no capítulo 26.

“Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”. (Mt 26.38,39 – ARC)

O Teólogo Norman Champlim comenta este texto de uma forma muito interessante.

“O autor deste evangelho aproxima-se um tanta da profunda expressão do evangelho de Marcos. Os termos, ‘até 1 morte’, era um a expressão idiomática comum com o sentido de *no mais estremo grau* Jonas disse (Jon. 4:9): ‘Ê justo que me enfade a ponto de desejar a morte’. Expressões similares podem ser encontradas cm Sal. 22:16 e 40:13, passagens bíblicas essas que poderiam estar presentes na mente de Jesus quando proferiu essas tristes palavras. Eslava a ponto de morrer, por causa da tristeza: sua alma estava partida, teu espírito estava quebrantado, sua mente estava agitada no mais alio grau. Sua tristeza era de ter sido rejeitada, por sentir que a sua missão falhara, de temor da provação que jazia a sua frente, tanto do ponto de vista dos sofrimentos físicos que ele teria de suportar como também por causa da pesadíssima carga que ele já começara a arcar, sob o peso dos pecados da mundo inteiro; pois certamente esse texto, e mais particularmente ainda, o contexto, ensinam expiação, identificando com os homens em suas tristezas, e o fardo da tristeza do pecado. No Getsêmani ele viu a grande nuvem negra da impiedade que se abatia sobre ele. Foi uma espécie de batismo, e horrendo. Ele foi imerso em um dilúvio negro. Foi uma experiência nova para ele. Jamais conhecera a contaminação desse dilúvio negra”.

É provável que como homem, o Senhor tenha suportado uma terrível situação, pois sabia que seu propósito era morrer por toda a humanidade e estava antevendo seu futuro próximo quando orou desta forma.

Acredita-se que ele sabia que sofreria terrivelmente, pois sua agonia foi muito grande, a ponto de suar sangue. Tal situação é descrita na medicina como hematidrose e geralmente está associada a um elevadíssimo nível de tensão e stress.

Talvez as pessoas se perguntem: “Qual a necessidade disto tudo e o escritor aos hebreus nos responde tal questão.

“Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. (Hb 4.14-16 – ARC)

Jesus sofreu para que pudesse compreender o ser humano em suas fraquezas, tentações e dificuldades.

Ele suportou a morte para que eu e você tivéssemos vida e a tivéssemos com abundância.

Jesus derrotou o pecado, a morte, satanás e tudo o que estava associado a ele para que eu e você pudéssemos ser resgatados e sermos levados a uma condição privilegiada de comunhão com o pai.

Ainda que nesta vida tenhamos inúmeros problemas; variando de pessoa para pessoa, pois parece que alguns realmente sofrem mais do que os outros, como foi o caso de Jó; Jesus é poderoso para fazer muito mais do que podemos pensar (Ef 3.20).

1.3 – Paz de espírito e de coração

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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