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05/11/2020
Esse post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?” Gênesis 4.6
GÊNESIS 4.1-6
1 E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do Senhor um varão.
2 E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.
3 E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
4 E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta.
5 Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante.
6 E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?
Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Estudaremos nesta lição sobre “A importância do cuidado com a espiritualidade e as emoções”.
De forma clara, algo importante é aquilo que não deve ser deixado para segundo ou terceiro plano.
O empresário e escritor Christian Barbosa, em seu livro “A tríade do tempo”, nos ensina que existem três tipos de tarefas ou compromissos, o que é importante, o urgente e o circunstancial.
Importante é aquilo que precisa ser feito, que não pode ser deixado para outro momento. Urgente são as coisas que não estavam planejadas e que, por falta deste, passaram de importantes para urgentes e o circunstancial é o que surge para fazermos, mas que pode ser deixado para outro momento, com o devido planejamento.
O título diz: “A importância, ou seja, aquilo que deve ser resolvido, estudado e acompanhado” do cuidado (da atenção, do acesso, do investimento em tempo e recursos) com a espiritualidade e as emoções.
O Dicionário Priberam define a palavra espiritualidade como a qualidade do que é espiritual.
Sabemos que a parte espiritual é exclusiva dos seres humanos e que ela é composta por intuição, consciência e comunhão.
Sendo assim, estudaremos sobre a importância que devemos dar para a parte espiritual em consonância com a parte emocional.
Como seres complexos, as circunstâncias da vida nos afetam como um todo, ou seja, quando vivenciamos alguma situação (boa ou ruim), todo o nosso ser é afetado (espírito, alma e corpo).
Desta forma, precisamos encontrar o equilíbrio para que as três partes que nos compõe vivam da melhor maneira possível.
Sabemos que após o pecado original, todas as partes do ser humano foram afetadas, sendo que espiritualmente, o ser humano perdeu a comunhão perfeita que possuíam com o Senhor; emocionalmente houve abalos terríveis e os seres humanos começaram a sentir medo, ódio, rancor, inveja, ciúmes e outras coisas e, em relação ao corpo, a morte física passou a ser uma realidade.
Estudaremos sobre as particularidades que envolvem o espírito e a alma.
No Éden, Adão e Eva conheceram o Senhor como Ele é, pois não existia pecado e é o pecado que nos separa de Deus.
“Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça”. (Is 59.2 – ARC)
Havia o equilíbrio entre todas as partes e, além disto, nenhum tipo de problema afetava aqueles seres humanos.
Com o advento do pecado, fomos contaminados e perdemos a comunhão com o Senhor, passando a ser afetados em todo o nosso ser, como já estudamos.
Desta forma, a única maneira de resgatar o que existia antes, é reestabelecer a comunhão de outrora.
Um dos propósitos da criação dos seres humanos é a comunhão entre este e Deus.
A palavra Éden significa “lugar de delícias” e este lugar foi criado para que Adão e Eva desfrutassem de uma comunhão perfeita com o Senhor, que lhes visitava pela viração do dia (Gn 3.8).
O profeta Isaías registrou a Palavra de Deus dizendo:
“Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”. (Is 7.14 – ARC)
O texto deve ser interpretado à luz do seu contexto que é a vida de Acaz e seu reinado, porém, esta passagem também deve ser interpretada profeticamente, pois faz menção àquele que nasceria no futuro.
A palavra Emanuel quer dizer “Deus conosco” e, quando Jesus nasceu neste mundo, o Deus todo poderoso voltou a habitar no meio dos seres humanos.
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. (Jo 1.14 – ARC)
Este acontecimento corroborou com o desejo do Senhor de habitar junto com os seres humanos e, um dia, TODOS aqueles que forem resgatados, viverão com Ele eternamente.
Naquele lugar, TUDO será colocado em ordem e nosso espírito, alma e corpo serão perfeitos novamente.
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Por vários anos a ciência esteve completamente dissociada da espiritualidade, porém, atualmente tal conceito vem sendo cada vez mais estudado e desejado por todos aqueles que buscam se aperfeiçoar.
Esta necessidade já havia sido descrita por Abraham Maslow em 1954 quando criou a “pirâmide das necessidades”, demostrando que o ser humano tem graus de necessidade e que no topo destas, está a necessidade de realização e, mais tarde, descobriu-se que para tornar-se realizado o homem precisa se encontrar espiritualmente.
Sabemos que os estudos não abordam a necessidade de um salvador, mas de um contato com o criador, seja ele quem for.
Sabemos que a única forma de chegarmos até Deus é através de seu filho, conforme Paulo escreveu a Timóteo.
“Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo”. (1 Tm 2.5,6 – ARC)
Precisamos deixar claro, que o ser humano sempre desejou ter uma comunhão com seu criador, pois nosso espírito e alma anseiam por isto.
Mesmo o ser humano mais simples e desprovido de conhecimento, sente o desejo de preencher o vazio existencial que tem, desde que o pecado habitou este complexo ser, desta forma; biblicamente; o ser humano só será completo se restaurar sua comunhão com o Senhor.
“Pois somente nós, os que cremos em Deus, podemos entrar no seu lugar de descanso. Ele afirmou: “Jurei em minha ira que aqueles que não creem em Mim nunca entrarão”, mesmo apesar de Ele estar preparando e esperando por eles desde o princípio do mundo. Nós sabemos, que Ele está preparando e esperando porque está escrito que Deus descansou no sétimo dia da criação, depois que terminou tudo quanto havia planejado fazer”. (Hb 4.3,4 – BV)
A Bíblia não dissocia o espírito da alma, salvo no texto da carta aos hebreus, mostrando que eles estão intimamente ligados, mas que, a Palavra de Deus pode separá-los.
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. (Hb 4.12 – ARC).
Em outra tradução:
“Tudo quanto Deus nos diz é cheio de força viva: é mais cortante do que o punhal mais afiado, e corta rápido e profundo em nossos pensamentos e desejos mais íntimos em todos os seus detalhes, mostrando-nos como somos na realidade”. (BV)
Podemos ler este texto à luz do que Paulo escreveu aos Tessalonicenses.
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. (1 Ts 5.23 – ARC)
Os dois textos nos mostram que temos as três partes; sendo duas imateriais e uma material; e que a Palavra de Deus consegue discernir o que é proveniente do espírito ou da alma dos seres humanos.
Sendo assim, as áreas espiritual e emocional estão intimamente ligadas e o que reflete em uma, também o fará na outra.
Paulo aborda a “paz que excede todo o entendimento”, demonstrando que o homem espiritual, ou seja, o salvo em Cristo Jesus, não vive pelas circunstâncias e muito menos tem paz por causa delas, mas sim, por causa de sua comunhão com o Senhor.
O teólogo americano Norman Champlim traz um comentário bem importante a respeito desta paz.
“Essa paz é atribuída a Deus porque: 1. trata-se de uma qualidade espiritual, que nos é divinamente conferida, da parte do Espírito Santo; e 2. porque Deus é a sua fonte originária. Este é o único trecho onde essa expressão figura em todo o N-. T. (Comparar com a expressão «Deus da paz», que figura no nono versículo deste mesmo capítulo). A paz é vista aqui como um subproduto da oração; e isso é natural, posto que a comunhão com Deus acalma todas as águas perturbadas. A paz consiste de «…relações saudáveis e harmoniosas, que prevalecem na vida interior, em resultado da reconciliação com Deus, por meio de Jesus Cristo…Deixarmos nossas ansiedades com Deus é algo que destrói o poder corrosivo da ansiedade, ficando nós acalmados pela sua paz. A paz é usada no Talmude como um dos nomes de Deus». (Kennedy, in loc.). « …que excede todo o entendimento …» Essa expressão tem dois significados possíveis: 1. Pode significar que a paz de Deus é insondável, não estado sujeita ao poder de raciocínio do homem , visto que o transcende; podendo existir até mesmo quando não há razões aparentes para a sua existência, como quando nos vemos em meio às tribulações, porquanto Deus é quem no-la dá, não sendo produto de circunstâncias favoráveis, como a tranquilidade humana geralmente o é. Também está fora do alcance de nosso entendimento, ainda que tenhamos consciência de sua presença e de seus efeitos. 2. Ou então, se compreendermos a palavra grega «nous» como «mente», no sentido de «engenho» ou «astúcia», o sentido pode ser que «Deus pode fazer mais por nós, conferindo-nos a paz, do que poderíamos obter através de qualquer planejamento nosso, por mais cuidadoso que esse fosse». Mas o primeiro desses sentidos é o preferido pela maioria dos intérpretes. «… entendimento…» é tradução do vocábulo grego «noos», que tem os dois significados dados acima, isto é, «com preensão» ou «poder do raciocínio»^ A paz é algo perfeitamente real, a despeito de não podermos compreender como ela pode subsistir até mesmo quando o crente está sob circunstâncias difíceis. Ou então ela pode ser algo que nos é conferido por Deus, mas que está totalmente fora do alcance humano, entregue aos seus próprios recursos. A primeira dessas duas possibilidades é a que mais provavelmente está aqui em foco”.
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Como a Bíblia nos mostra que somos um ser triúno e só nos fornece um texto que diz que é possível separar o espírito da alma; mas em uma condição de desvendar os interesses; nos fica claro que devemos analisar o ser humano como um todo, pois, como já estudamos, nossas partes estão poderosamente interligadas.
Existem algumas doenças que não tem causas específicas, ou seja, não existem causas físicas que as causem, sendo assim, elas podem ter origem espiritual ou emocional.
A medicina nos ensina que existem doenças conhecidas como “psicossomáticas” ou somatização, que são oriundas da parte imaterial do ser humano, porém, são manifestas no físico, ou seja, no corpo.
Um exemplo simples é quando temos uma surpresa muito boa e, por isto, o coração dispara, causando vermelhidão e sudorese (suor excessivo).
Um exemplo negativo desta situação acontece quando recebemos uma notícia não muito boa na hora que estamos almoçando, e, de repente, a fome passa.
Desta forma, algum sintoma que surge, como por exemplo, as palpitações e até mesmo alergias na pele, espinhas, etc.; podem ter sido causadas por alguma situação relacionada a uma forte emoção, e neste contexto se enquadra: alegria, tristeza, estresse, angústia, entre outras emoções que vivenciamos todos os dias e em alguns momentos com maior intensidade.
Existem doenças que são causadas por emoções e, é muito importante nos lembrarmos que não existem emoções ruins, mas, o que pode ser ruim é a forma com que percebemos e agimos em relação aos acontecimentos.
Também existem doenças que são de origem espiritual e a Bíblia nos mostra isto de uma forma bem clara.
“E estava ele expulsando um demônio, o qual era mudo. E aconteceu que, saindo o demônio, o mudo falou; e maravilhou-se a multidão”. (Lc 11.14 – ARC)
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
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