Buscar no blog
25/11/2021
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.” Efésios 4.11
EFÉSIOS 4.7,8,12-14
7 Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.
8 Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens.
12 Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,
13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
14 Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.
Olá, irmãos, Paz do Senhor.
Agradeço a todos pelas orações em meu favor, estou me recuperando bem.
Estudaremos nesta lição a respeito dos dons ministeriais, concedidos a algumas pessoas pelo Senhor, com o propósito de edificar sua obra.
A primeira coisa que precisamos compreender é o conceito de dons.
De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra tem os seguintes significados:
Existe diferença entre dom e talento e a melhor forma de os diferenciarmos é compreender que o dom nasce com a pessoa e o talento pode ser desenvolvido.
O site administradores.com.br traz um comentário interessante a respeito do dom.
“A palavra “dom” vem do latim e significa donu. Quer dizer dádiva, presente. É a capacidade que algumas pessoas têm para o desempenho de determinadas tarefas de forma fácil e natural, mas que para a maioria das pessoas apresenta certo grau de dificuldade. É isso que explica o fato de algumas crianças desenharem tão bem, ou ainda, terem exímia habilidade em tocar determinados instrumentos musicais ou praticar determinados esportes ou, ainda, realizar certas atividades intelectuais. Como exemplo de pessoas nascidas com um grande dom pode-se citar Mozart, Beethoven, Leonardo Da Vinci, Pelé, dentre outros. É como se essas pessoas tivessem nascido com essa capacidade. E, de fato, nasceram mesmo”.
Como acreditamos que foi o Senhor quem criou TODAS as coisas, também cremos que TODOS os tipos de dons foram dados por Ele.
“No princípio, criou Deus os céus e a terra”. (Gn 1.1 – ARC)
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. (Jo 1.1-3 – ARC)
O teólogo americano Norman Champlin nos traz um rico comentário a respeito das palavras no hebraico e grego para dom.
“A tradução dom envolve um grande número de palavras hebraicas e gregas: 1. Mattan, palavra hebraica usada por cinco vezes: Gên. 34:12; Núm. 18:11; Pro. 18:11; 19:6; 21:14. Esse termo, e seus derivados, dão a entender algo oferecido gratuitamente (Pro. 19:6), a obtenção de um favor (Pro. 18:16; 21:14), a expressão religiosa de ação de graças (Núm. 18:11), um dote (Gên. 34:12), a possessão de uma herança (Gên. 25:6; II Crô. 21:3; Eze. 46:16,17) ou mesmo um suborno (Pro. 15:27; Ecl. 7:7). 2. Nisseth, «dom», «coisa elevada». Essa palavra hebraica é usada por apenas uma vez, em II Sam. 19:42. 3. Maseth, «dom», «peso», «elevação». Palavra hebraica usada por apenas duas vezes com o sentido de dom: Est. 2:18 e Jer. 40:5. 4. Shochad, «suborno», «recompensa». Palavra hebraica empregada por vinte e três vezes, como em Êxo. 23:8; Deu. 16:19; II Crô. 19:7; Pro. 6:35; 17:8,23; Isa. 1:23; Eze. 22:12. 5. Minchah, «oferta», «presente». Palavra hebraica usada por duzentas e nove vezes, embora apenas por trinta e cinco vezes com o sentido de «dom» ou «presente». Por exemplo: II Sam. 8:2,6; I Crô. 18:2,6;II Crô. 26:8; 32:23; Sal. 45:12; Gên. 32:13,18,20,21; 33:10; Juí. 3:15,17,18; I Sam. 10:27; I Reis 4:21; II Reis 8$,9; II Crô. 9:24; Sal. 72:10; Isa. 39:1; Osé. 10:6. 6. Didomi, «dar», que aparece por quatrocentas e treze vezes no Novo Testamento, em todas as conexões imagináveis, algumas vezes com a ideia de dar um presente qualquer e outras vezes, sem esse sentido. Ver Mat. 4:9; 5:31; Mar. 2:26; Luc. 1:32; João 1:12; Rom. 4:20; I Cor. 1:4; Efé. 1:17; Heb. 2:13; Tia. 1:5;I João 3:23,24; Apo. 1:1; 2:7,10,17; 8:2; 9:1, etc. 7. Anáthama, «algo devotado a Deus». Palavra grega usada por sete vezes: Luc. 21:5; Atos 23:14; Rom. 9:3; I Cor. 12:3; 16:22; Gál. 1:8,9. 8. Doma, «presente», que indica algum presente sagrado ou profano. Vocábulo grego utilizado por cinco vezes: Mat. 7:11; Luc. 11:13; Efé. 4:8 (citando Sal. 68:19); Fil. 4:17. 9. Dósis, «dom», indicando os múltiplos dons de Deus, dados a todos, uma palavra grega usada por duas vezes: Fil. 4:15 e Tia. 1:17. 10. Dorea, que indica dons ou presentes de vários tipos, sagrados ou profanos. Palavra usada por onze vezes: João 4:10; Atos 2:38; 8:20; 10:45; Rom. 5:15,17; II Cor. 9:15; Efé. 3:7; 4:7; Heb. 6:4. 11. Dorema, uma palavra geral para «dom», usada em Rom. 5:16 e Tia. 1:17. 12. Merismós, «dom», embora essa palavra derive-se da ideia de dividir. Usada por duas vezes: Heb. 2:4 e 4:12. 13. Chátis, palavra que também significa graça, mas que pode ter a ideia de «dom gratuito». Usada por uma vez, em II Cor. 8:4, para indicar ofertas enviadas para aliviar as necessidades dos santos. 14. Charisma, palavra para indicar os dons do Espírito, as suas graças, gratuitamente. conferidas, para a obra do ministério (I Cor. 12:4,9,28,30,31). Além disso, enfoca o dom da graça de Deus, que nos traz a salvação (Rom. 5:15,16). Essa palavra é usada por dezessete vezes no Novo Testamento, com certa variedade de aplicações. Ver também Rom. 1:11; 6:23; 11:29; 12:6; I Cor. 1:7; 7:7; II Cor. 1:11; I Tim. 4:14; II Tim. 1:6; I Ped. 4:10. Essa palavra é usada principalmente para indicar alguma espécie de dom espiritual ou divino.”
Se analisarmos a Bíblia, veremos que existem três tipos de dons, os naturais; os espirituais e os ministeriais.
Os dons naturais são aqueles relacionados à vida de uma forma geral, ou seja, são presentes de Deus para serem utilizados no cotidiano da vida e podem existir na música, na arte ou em qualquer área de nossa vida e, geralmente, as pessoas que possuem um dom, conseguem executar algumas tarefas de forma mais simples que outras que não possuem.
Existe um texto no livro de Gênesis bem interessante sobre este assunto.
“O irmão dele, Jubal, foi o primeiro músico. Foi ele que inventou a harpa e a flauta”. (Gn 4.21 – BV)
Um exemplo claro deste tipo de dom é o dom musical. Quem toca algum instrumento sabe que existem pessoas que possuem uma facilidade muito grande para aprender, parecendo que nasceram com aquilo.
É possível; através do treinamento intensivo; nos tornar bons em qualquer coisa, porém, quem tem um dom possui muito mais facilidade para tal área.
Existem pesquisas que demonstram que os dons podem ser repassados de forma genética e isto é fenomenal.
Você pode ler um artigo sobre este tema acessando o link abaixo.
https://www.scielo.br/j/edur/a/s9Hcp6dSX7XGxB7GGmRhjfL/?format=pdf&lang=pt
Já prestaram atenção em algumas famílias de músicos, onde o avô e o pai eram ou são músicos e seus netos e filhos também?
É importante deixarmos claro que, independentemente do fato dos dons poderem ser transmitidos de forma genética, a criação continua sendo obra do Senhor.
O segundo tipo de dom é o espiritual, outorgado pelo Senhor para o que for útil.
“Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil”. (1 Co 12.7 – ARC)
A Bíblia nos mostra que existem 9 tipos de dons espirituais (1 Co 12.8,9) e a Igreja é abençoada através da manifestação destes.
A Bíblia também nos apresenta os dons ministeriais, descritos por Paulo em sua carta aos Efésios.
Como tudo o que Deus faz tem um propósito, com estes dons não poderia ser diferente.
Os dons ministeriais possuem propósitos específicos, focados na edificação do corpo de Cristo, que é a Igreja.
Como criador, o Senhor é também o doador, ou seja, é Ele o responsável pela distribuição de dons.
Em se tratando de dons ministeriais, a Bíblia nos deixa claro que a finalidade mor destes é a edificação do corpo de Cristo, ou seja, o desenvolvimento da Igreja.
Através da Igreja, Cristo é revelado aos seres humanos e é de fundamental importância que esta seja realmente o reflexo de Cristo neste mundo.
Paulo fala sobre isto na carta aos Efésios.
“A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou; para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef 3.8-10 – ARC)
Desta forma, a Igreja precisa manifestar ao mundo o bom perfume de Cristo (2 Co 2.14,15), apresentando-o àqueles que estão distantes de Deus.
Como Cristo é o cabeça da Igreja, aqueles que são seus “representantes” neste mundo, devem possuir qualificações espirituais para o revelarem.
Quando o apóstolo Paulo escreveu sua primeira carta aos coríntios, ele revelou qual era base de suas pregações.
“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”. (1 Co 2.4,5 – ARC)
A manifestação de Deus através da pregação da Palavra não pode ser meramente humana, mas, espiritual e, para isto, o Senhor distribuiu os dons ministeriais.
Deus primeiramente deu Cristo à igreja, para ser o seu Cabeça; em seguida deu o Espírito Santo, para que residisse na igreja, executando a missão de Cristo na mesma . Além disso, por meio do Espírito Santo, ele dá dons aos homens e, finalmente, o Espírito dá homens dotados à igreja.
De forma clara, os dons ministeriais são distribuídos para que a Igreja se desenvolva e, se a Igreja é responsável por levar o nome de Cristo aos quatro cantos da Terra, tais dons são de extrema importância.
O alvo de tudo é que a igreja possa crescer espiritualmente, a fim de finalmente atingir a plenitude de Cristo, a sua completa estatura e a plenitude do próprio Deus.
Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com
Por diversas vezes no N.T. a palavra “unidade” é mencionada e durantes as últimas semanas temos estudado sobre o valor desta prática.
Jesus falou poderosamente sobre isto em sua oração no capítulo 17 do Evangelho segundo João.
“Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste”. (Jo 17.20-23 – ARC)
O presente de Deus distribuído aos crentes através dos dons; sejam eles espirituais ou ministeriais; tem o propósito de manter a unidade da Igreja.
Vale a pena meditarmos na seguinte pergunta: “Se não temos unidade nas igrejas, será que não estamos distanciados do Senhor”?
Já prestaram atenção que algumas pessoas que fazem parte da Igreja fazem tudo para prejudicar a unidade?
Isto é algo que precisa ser tratado de forma amorosa e direta, pois, temos visto muitas dissenções no meio das igrejas cristãs, em especial, as evangélicas.
Há pouco tempo, um líder assembleiano mencionou em rede de televisão que havia vencido seu inimigo nas eleições e aquilo me deixou estarrecido, pois, a Bíblia associa a palavra inimigo ao diabo e não a cristãos.
As obras da carne, descritas na carta de Paulo aos gálatas, nos traz os comportamentos daqueles que não estão sendo guiados pelo Espírito Santo.
“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus”. (Gl 5.19-21 – ARC)
Dedique alguns minutos para orientar seus alunos sobre a importância de compreendermos os textos bíblicos e os aplicarmos em nossa vida.
Uma igreja saudável é aquela que conhece, medita e aplica os ensinamentos contidos na Palavra de Deus (Sl 1).
Qual é a base ou o fundamento bíblico para termos unidade?
A resposta está no próprio texto, como a maioria está, o problema é que uma grande parte das pessoas não lê, já prestaram atenção nesta questão?
O texto nos diz que o Senhor Jesus, escolheu algumas pessoas e lhes presenteou com dons ministeriais para que a Igreja tivesse condições de compreender o que a Palavra ensina e saiba como realizar sua tarefa.
Para isto, é necessário que sejamos unidos com Cristo, tendo o mesmo tipo de pensamento e comportamento que ele tinha no tocante às pessoas, amando-as e ajudando-as em tudo o que for possível.
A maturidade espiritual depende de vários fatores, mas, o conhecimento do texto bíblico é um dos principais.
Este é um problema cultural e social no Brasil e nós, como professores de Bíblia, precisamos ensinar os alunos e contribuir para mudar tal situação.
Segundo dados do INAF (Instituto de analfabetismo funcional), o Brasil possui quase 30% da população classificada com analfabetos funcionais, que são as pessoas que sabem ler e escrever, mas, não conseguem interpretar um simples texto.
Dentre os membros das igrejas pentecostais estes números parecem ser piores, haja vista, boa parte dos crentes não exercitarem o hábito de leitura da Bíblia e de outros livros e acreditar que a interpretação é dada pelo Espírito Santo, não cabendo a eles estudar.
Os gráficos abaixo nos mostram esta triste realidade.
O texto escrito por Paulo em referência aos dons ministeriais é simples e claro e podemos ler em sala de aula em duas traduções.
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo…” (Ef 4.11-13 – ARC)
A tradução utilizada pela BV é fantástica.
“Alguns de nós recebemos um talento especial como apóstolos; a outros Ele concedeu o dom de serem capazes de pregar bem; alguns têm a habilidade especial de ganhar pessoas para Cristo, as ajudando a crer nEle como seu Salvador; outros, ainda, têm o dom de cuidar do povo de Deus, como um pastor faz com seu rebanho, e dirigi-lo e ensiná-lo nos caminhos de Deus. Por que é que Ele nos dá estes talentos especiais para fazermos melhor determinadas coisas? É que o povo de Deus estará mais bem aparelhado para fazer uma obra melhor para Ele, edificando a igreja – o corpo de Cristo – e elevando-a a uma condição de vigor e maturidade; até que finalmente todos creiamos do mesmo modo quanto à nossa salvação e ao nosso Salvador, o Filho de Deus, e todos nos tornemos amadurecidos no Senhor. Sim, crescermos a ponto de que Cristo ocupe completamente todo o nosso ser”. (BV)
Dentro das regras da hermenêutica, ou seja, da matéria que se ocupa da interpretação de textos, a melhor maneira de compreender é ler, pois, o texto em grande parte das vezes se auto interpreta.
Sabendo da dificuldade que muitos possuem, utilize a técnica dos 5Ws e 2 Hs para auxiliá-los. Esta técnica pode ser utilizada para qualquer coisa que fizermos.
Utilize as perguntas em todo o texto e a interpretação lógica ficará bem mais simples.
Um ponto importante que tenho observado em algumas igrejas, é que muitos tem medo de errar ou até mesmo de dar uma opinião, pelo simples fato de terem sido proibidos de fazê-lo em alguma situação da vida.
Precisamos auxiliá-los!
Quando Jesus, o Cristo morreu naquela cruz, Ele conquistou a salvação para TODOS os que crerem, judeus e gentios de TODO o mundo.
O apóstolo Paulo nos diz que após a morte de Cristo, ele subiu ao alto e levou cativo o cativeiro.
A melhor tradução e aplicação para este texto é que, após a morte do Senhor, Ele desceu ao conhecido Seio de Abraão, se apresentou a todos os que ali estavam (TODOS OS SALVOS DO A.T.) e os levou para o lugar em que os mortos em Cristo estarão e também para revelar-se àqueles que estavam separados de Deus; não para salvá-los; mas, para apresentar-lhes como a salvação que Deus havia prometido para os que obedecessem a Lei.
Além disto, Cristo se mostrou como vitorioso para todas as criaturas espirituais que habitavam naquele lugar, ou seja, os principados e potestades.
Champlim nos mostra as várias possíveis interpretações sobre este texto.
“1. Alguns opinam que a expressão «regiões inferiores da terra», aponta para o «sepulcro» no qual o corpo de Jesus fora posto; portanto, segundo essa interpretação, tudo quanto foi dito aqui, é que Jesus foi sepultado. Essa interpretação é ao mesmo tempo trivial e absurda! Os vss. nono e décimo, falam de uma vasta missão de Cristo em sua «descida» e «subida», e não do mero fato de seu sepultamento. A expressão «regiões inferiores da terra» alude à «descida de Cristo ao hades», que os antigos gregos, romanos e hebreus, pensavam estar literalmente sob a superfície da terra, em alguma vasta caverna no centro do globo terrestre. A maioria dos intérpretes acha que a referência é à descida de Cristo ao hades, embora haja desacordo quanto ao intuito desta descida.2. Outros pensam que essa «descida» seja alusão à encarnação de Cristo, e não à sua descida ao hades. Porém, a própria terra, dificilmente poderia ser chamada de «regiões inferiores da terra». Paulo se referia a uma localização no «interior» da terra, e não à própria terra como inferior aos céus. Se Paulo tinha em mira apenas a encarnação, teria falado na descida de Cristo «à terra», e não às «regiões inferiores da terra».3. Pelo contrário, juntamente com a maioria dos intérpretes antigos, bem como a maioria dos modernos (com exceção daqueles que se recusam a ver qualquer bem, na descida de Cristo), a referência é à descida de Cristo ao hades. A descida de Cristo. Qual foi seu significado a. Temos exposto longa nota sobre este assunto, com o exame de todas as interpretações, em I Ped. 3:18. Embora as referências neotestamentárias não sejam abundantes, no que tange a esse acontecimento, há muitas alusões a descidas assim, na literatura judaica (acerca de profetas e homens santos), bem como em muito da antiga literatura não-judaica. Além disso, os primeiros escritos cristãos, e não poucos deles, contêm a narrativa da descida de Cristo ao hades. As notas acima referidas, passam em revista todas essas questões. b. Seu significado:1. Não que Cristo foi ali a fim de pregar o juízo. Isso é contradito pelo texto presente. Sua descida teve o mesmo propósito que sua subida, isto é, «para que enchesse todas as coisas», ou se tornasse «tudo para todos», a mesma expressão encontrada em Efé. 1:23.2. A maioria dos pais da igreja viam, nessa descida ao hades, a oferta de plena salvação aos perdidos que ali se encontravam. Noutras palavras, Cristo transformou o hades em um campo missionário. (Ver as notas em I Ped. 4:6).3. Outros dentre os pais da igreja, pensavam que Cristo melhorara o estado dos perdidos, mas sem lhes oferecer a salvação evangélica. 4. Que alguma forma de restauração foi a intenção de Cristo, concorda com a mensagem de Efé. 1:10, a qual requer a formação da unidade de tudo em torno de Cristo, eventualmente. Sua descida ao mundo inferior, garantiu que os lugares de julgamento não escapassem do âmbito de seus propósitos. 5. A remoção dos santos do tempo do V.T. de hades para os céus. 6. Tanto a descida quanto a subida de Cristo tiveram idêntica finalidade (ver o vs. 10), isto é, que Cristo fosse tudo para todos. 7. O que indica a tradição da descida de Cristo ao hades? Indica que, sem importar onde os homens se encontrem, o Cristo pode alcançá-los em sua missão de benevolência.”
Como este é um assunto de alta complexidade, sugiro que vocês coloquem o foco no trabalho realizado por Jesus de apresentar-se aos crentes do A.T.; aos não salvos e às potestades.
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
Para continuar lendo esse esboço CLIQUE AQUI e escolha um dos nossos planos!
É com muita alegria que nos dirigimos a você informando que a EBD Comentada já está disponibilizando os planos de assinaturas para que você possa continuar a usufruir dos nossos conteúdos com a qualidade já conhecida e garantida.
Informamos também que apoiamos o seguinte trabalho evangelístico:
CLIQUE AQUI para ser nosso parceiro missionário e continuar estudando a lição conosco…
Deus lhe abençoe ricamente!!!
Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
Acesse os esboços por categorias