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Betel Adultos – 3º Trimestre de 2018 – 12-08-2018 – Lição 7: O Decálogo: A Aliança no Sinai

07/08/2018

Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Salmos 12:6
6 As palavras do SENHOR são palavras puras como prata refinada em forno de barro e purificada sete vezes. (ARC)

TEXTO DE REFERÊNCIA

Êxodo 20:1-5
​1 Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo:
2 Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
3 Não terás outros deuses diante de mim.
4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Mostrar que os dez mandamentos expressam como o povo deveria viver;
  • Explicar os propósitos da Lei;
  • Evidenciar a atualidade dos Dez Mandamentos.

INTRODUÇÃO

O tema desta lição faz referência aos Dez Mandamentos (Decálogo).

Israel chega no Monte Sinai (Êx 19.2) e este é um lugar especial para todo o povo de Deus, pois ali Deus revelou-se de modo especial a Moisés e a Israel e lhe entregou os Dez Mandamentos; ali os israelitas tiveram a revelação da glória e da santidade do Todo-Poderoso.

Tiveram também a revelação da sua natureza, da sua lei, da expiação do pecado, da vontade divina e do seu culto.

Todo o livro de Levítico, que trata do ministério e do culto ao Senhor, teve o seu desenrolar no acampamento do Sinai, ao pé do monte.

No Sinai, encontramos a formalização da aliança entre Deus e Israel através dos mandamentos entregues a este povo.

A Lei estabelecia o acordo de obediência de Israel a Deus; tratava-se de uma aliança de fidelidade de ambas as partes. A obediência resultaria em bênçãos, o contrário em maldições (Dt 28).

1 – O INÍCIO DA ALIANÇA NO SINAI

Após três meses de marcha com muitos incidentes, os israelitas chegam no monte Sinai, onde ficariam ali por onze meses. É nesse local que se desenrolou o clímax da história do livro do Êxodo.

Isaías Silva Freitas e Raimundo Ferreira de Oliveira diz que o monte Sinai é todo rodeado de vales. Está situado num dos pontos mais extraordinários do globo terrestre. Dir-se-ia que tudo ali é singular. Há quem o qualifique de “uma coisa ímpar”, um acidente isolado, um trono, um pedestal para alguma coisa divina.

Está situado a dois mil metros acima do mar. Mostra-se majestosamente, de um lado, de difícil acesso, por sua subida íngreme (quase reta, vertical) e do lado sudoeste, é visto sobre uma extensão de quase dois quilômetros, num aglomerado de colinas graníticas e formidáveis barrancos. Tem vários picos e os mais elevados estão nas extremidades. Ao Sul, apenas um pico; ao nordeste, tem três ou quatro.

Vigoroux, sábio crítico da matéria diz que foi num destes últimos quatro picos que Deus deu a Lei a Moisés, pois que tão grande multidão só poderia acampar na planície dos quatro montes. Diz também que as cadeias graníticas que rodeiam esta vasta planície, causam-lhe condições acústicas, o que é confirmado por quantos por lá passam.

Neste vislumbrante lugar, o Sinai, houve a entrega da lei (Êx 20) e os israelitas adquiriram a concepção de nação organizada.

No capítulo 19 de Êxodo, encontramos uma das mais destacadas teofanias de Deus na Bíblia.

O Senhor marcou aquele dia na memória dos Israelitas com uma das manifestações mais notáveis da Sua presença.

Êxodo 19:16-19
16 E aconteceu ao terceiro dia, ao amanhecer, que houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial.
17 E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte.
18 E todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o monte tremia grandemente.
19 E o sonido da buzina ia crescendo em grande maneira; Moisés falava, e Deus lhe respondia em voz alta. (ARC)

Junto com os seus alunos, tentem imaginar aquele momento…

Os críticos veem aqui uma grande tempestade, acompanhada por erupções vulcânicas; mas o autor sagrado queria que não víssemos aqui apenas fenômenos naturais, e, sim, a grandiosidade da presença de Deus!

O Senhor preparou o ambiente e executou um verdadeiro espetáculo utilizando-se de meios naturais (trovões, relâmpagos, uma nuvem encorpada, barulho de buzina ensurdecedor, o monte em toda a sua extensão fumegava, isto é, o Senhor desceu sobre ele em forma de fogo, produzindo uma fumaça que tanto subia como ficava em torno, e o Sinai balançava fortemente a ponto de causar espanto e terror aos Israelitas que viam, ouviam, respiravam o cheiro da fumaça e sentia o abalo sísmico causado pela presença de Deus.

Porém, o mais extraordinário da cena era ouvir a voz do Senhor que respondia a Moisés altamente (Êx 19.19). Oh gloriosa presença!

  • Os trovões e relâmpagos apontam para a sua força e autoridade;
  • A nuvem espessa aponta para o fato de que Ele é Espírito e ninguém pode vê-lo;
  • A buzina forte aponta para o fato de ao falar ao seu povo, todos ouvem a Sua voz;
  • O fogo e a fumaça apontam para a Sua santidade que não pode associar-se ao pecado – O fogo consome e a fumaça separa como um véu;
  • O tremor do monte demonstra que Ele é o Deus Todo Poderoso;
  • A sua alta voz demonstra que apesar da Sua força, de ser Espírito; de ser Santo e Todo Poderoso, Ele se interessa pelo homem e desce do céu, da sua habitação para lhes falar pessoalmente!

Foi nesta ocasião solene que Ele entrega a Lei pela qual o seu povo seria regido.

1.1 – Conceituando o termo Decálogo

O saudoso pastor Antônio Gilberto explica que o termo “Decálogo” é oriundo da conjunção das palavras gregas “deka” que significa “Dez” e “logos” que significa “Palavra”, logo o termo composto significa literalmente “dez enunciados” ou “declarações” (Êx 34.28; Dt 4.13).

Alguns definem sóbria e simplesmente como sendo “Dez palavras que Deus disse a Israel”.

O Decálogo foi proferido por Deus no Sinai (Êx 20.1), mas também foi escrito por Ele em duas tábuas de pedra (Êx 31.18).

Exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano!

A tradição bíblica estabelece com clareza que o Decálogo foi escrito sobre duas tábuas de pedra. Às vezes essas tábuas eram chamadas “as tábuas da aliança” (Dt 9.9,11,15); “as tábuas do testemunho” (Êx 31.18; 32.15; 34.29); outras vezes somente “Testemunho” (Êx 25.15; 31.17; 40.20), “as tábuas de pedra” ou “as tábuas de pedras” (plural – Êx 24.12; 34.1,4; Dt 4.13; 5.22; 9.9-11; 10.1-3; 1Rs 8.9), ou simplesmente “as tábuas” (Êx 32.16).

Algumas vezes, a tradição bíblica usou a expressão “o dedo de Deus” para indicar a origem divina das tábuas: “Quando o Senhor terminou de falar com Moisés no monte Sinai, deu-lhe as duas tábuas da aliança, tábuas de pedra, escrita pelo dedo de Deus” (Êx 31.18; ver também Dt 9.10).

Apesar da Bíblia utilizar o termo tábua “luwach”, os dez mandamentos foram mesmo gravados em pedras, já que segundo James Strong, o significado no original é: “tábua, chapa, prancha, placas (de pedra)”!

CURIOSIDADE

Pastor Aldery Nelson Rocha diz em um dos seus estudos que Deus transformou o Monte Sinai em um tabernáculo! 

1 – Porque Deus disse ao povo para ficar embaixo no Monte dentro de um limite que Ele estabeleceu. O relacionamento da lei era limitado; 

2 – Depois Moisés e Arão poderiam subir ao monte; 

3 – Por fim Moisés poderia subir na parte mais alta do monte;     

Aqui nós temos segundo o pastor Aldery, o próprio tabernáculo: 

1 – Sendo que o átrio ou o pátio (lugar onde todos podiam ver) corresponde aos limites de frente ao monte onde o povo permaneceu;

2 – O lugar santo era onde alguns sacerdotes poderiam chegar e corresponde a subida de Moisés e Arão ao Monte; 

3 – Por fim o lugar Santíssimo ou Santo dos Santos, onde só entrava o sumo-sacerdote, onde estava a arca da aliança que simbolizava a presença de Deus e este corresponde a última escalada do Monte Sinai, onde apenas Moisés prossegue. 

Então o Monte Sinai se torna uma demonstração do Tabernáculo, cujo modelo Deus daria posteriormente a Moisés!

Segundo os antigos rabinos, a Lei possuí 613 preceitos, contendo 248 mandamentos e 365 proibições distribuídos e divididos em três classes:

        Lei Moral: Que reúnem regras para se viver de forma santa segundo os padrões de Deus (Êx 20);

        Lei Civil: Trata da vida jurídica e social de Israel como nação (Êx 21.1 a 23.33);

        Lei Cerimonial: Trata da forma e do ritual da adoração ao Senhor por Israel, incluindo também o sistema sacrificial (Êx 24.12 a 31.18).

Quanto as divisões, são três as divisões:

Os Mandamentos – Expressam a vontade de Deus para o Seu povo (Êx 20.1-26);

Os Juízos – Governam a vida social de Israel (Êx 21 a 24.11);

As Ordenanças – Governam a vida religiosa de Israel (Êx 24.12 a 31.18).

Três classes, três divisões, porém, uma só Lei (leia Mateus 5.17,18). Mandamentos e ordenanças formavam um só sistema religioso!

1.2 – Os quatro primeiros mandamentos

Por Cláudio Roberto de Souza

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