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03/07/2020
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser”. (Gn 26.2)
Gênesis 26.1-6
1 E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão; por isso, foi-se Isaque a Abimeleque, rei dos filisteus, em Gerar.
2 E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser;
3 peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai.
4 E multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei à tua semente todas estas terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra,
5 porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.
6 Assim, habitou Isaque em Gerar.
Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Chegamos a um novo trimestre e queremos desejar a todos os professores e professoras de EBD que este seja um trimestre cheio de bençãos.
Aproveitando o ensejo, é nosso desejo que cada professor de EBD da face da Terra se capacite para desempenhar de maneira plena a gratificante, mas árdua tarefa de ensinar.
Para isto, é necessário que você se dedique constantemente ao aprendizado bíblico, bem como das técnicas e métodos de ensino, sabendo que cada ser humano tem uma maneira particular de aprender.
Não podemos nos contentar em somente ler as lições, mas, como verdadeiros servos de Deus, devemos cavar o poço que nos dará o conhecimento e a melhor maneira de fazer, isto é, através da leitura.
Com a leitura melhoraremos o vocabulário, a escrita, a capacidade de interpretação e, consequentemente o ensino.
Rogamos que o Senhor levante mestres para auxiliar a Igreja a crescer na graça e no conhecimento.
Aprenderemos neste trimestre sobre o tema: “Transformando as adversidades em cenários de milagres e vitórias – Lições de como os heróis superaram os desafios em tempo de escassez, guerras e angústias” e o comentarista da revista é o Bispo Abner Ferreira, conceituado escritor.
Entrando propriamente no assunto, a Bíblia nos mostra inúmeros exemplos de homens e mulheres que vivenciaram situações terríveis de tribulação e lograram vitória.
Desde o Gênesis até o Apocalipse, existem personagens que aprenderam através das lutas, na PEDAGOGIA DA PROVAÇÃO e saíram vitoriosos cantando o hino da vitória.
Aprenderemos sobre estes personagens durante todo o trimestre.
Que o Senhor lhes abençoe ricamente.
A palavra pedagogia vem do grego “paidos” + “agoge”, que significa “acompanhar ou ensinar a criança”.
Apesar de existir um termo mais apropriado para o ensino dos adultos (Andragogia) o que o comentarista quis demonstrar é que existe um processo de aprendizagem associado às nossas dificuldades e tribulações e isto é claramente demonstrado na Bíblia.
É importante esclarecermos que diferentemente das crianças, os adultos são alunos que já possuem experiência de vida e, portanto, procuram adquirir conhecimento que possa contribuir positivamente em suas vidas; que realmente fará a diferença no cotidiano, que tenha aplicabilidade no seu dia a dia.
Paulo escreve aos Romanos e nos deixa claro tal conceito, vejamos:
“… não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rm 5.3-5 – ARC)
Vejam que existe um processo que começa com a tribulação (situações que nos fazem sofrer) e termina com a esperança e esta em Cristo.
Paulo deixa claro que as tribulações são pedagógicas, ou seja, são utilizadas por Deus para que eu e você aprendamos preciosas lições.
Abraão é considerado o pai da fé porque creu no impossível, no tocante ao fato de ter recebido uma promessa de ter um filho em sua velhice, sendo sua esposa estéril e avançada em idade.
Vale a pena lembrarmos que do dia em que ele recebeu a promessa (Gn 12), até o dia do nascimento de Isaque (Gn 22), passaram 25 anos.
O processo de aprendizado de Abrão durou muito tempo, porém, apesar das dificuldades e aparente frustração, ele resolveu crer e confiar.
Existe um hino conhecido nos rincões assembleianos que diz:
“Os mais belos hinos e poesias
Foram escritos em tribulação
E do céu, as lindas melodias
Se ouviram, na escuridão”
Desta forma, precisamos crer e descansar, tendo a certeza de que o Senhor realmente utiliza as situações difíceis para nos ensinar grandes e preciosas lições.
Aprenderemos sobre a pedagogia de Deus através da história bíblica de Isaque, um dos patriarcas da fé.
Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com
Uma das especialidades de Deus é a provisão em meio às lutas e dificuldades e no A.T. é empregado um nome para o Senhor em associação a esta questão.
Quando o Senhor pediu para Abrão sacrificar o filho que Ele lhe havia dado, o pai da fé não hesitou em teve que ser impedido pelo anjo, pois realmente iria sacrificar Isaque.
O anjo anunciou a Abrão o que Deus havia dito e lhe mostrou um cordeiro que deveria ser oferecido em sacrifício no lugar de Isaque, leiamos:
“E estendeu Abraão a sua mão e tomou o cutelo para imolar o seu filho. Mas o Anjo do SENHOR lhe bradou desde os céus e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então, disse: Não estendas a tua mão sobre o moço e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus e não me negaste o teu filho, o teu único. Então, levantou Abraão os seus olhos e olhou, e eis um carneiro detrás dele, travado pelas suas pontas num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho. E chamou Abraão o nome daquele lugar o SENHOR proverá; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá”. (Gn 22.10-14- ARC)
O texto nos mostra que o Senhor proveu o cordeiro e, por causa disto, um de seus nomes é “Jeová Jiré”, ou seja, o Deus que provê.
No Comentário Beacon da CPAD temos a seguinte explicação para esta história:
“A recompensa por ter passado na prova foi o retorno do filho da beira da sepultura. Nesta experiência, Deus renovou as promessas relativas à multiplicação da semente (17) de Abraão, seu poder sobre os inimigos e seu papel como canal de bênçãos para todas as nações da terra (18). Para Abraão, o monte Moriá era um novo lugar. Em honra da revelação da graça de Deus na hora da provação, deu ao lugar outro nome, O SENHOR proverá (14, Jeová-Jiré, que significa “o Senhor vê” e proverá). Podemos estar certos de que a volta para casa foi bem diferente da viagem ao monte Moriá. Abraão enfrentou a ameaça devastadora da morte e venceu seu poder pela confiança plena na integridade de Deus. Por outro lado, Deus demonstrou claramente que o sacrifício que Ele deseja é inteireza de coração, rendição às suas ordens. As experiências de Isaque com o Senhor começaram quando ele ainda era apenas uma criança e serviram de base para que ele confiasse em Deus, assim como seu pai havia feito”.
Talvez não exista nos textos bíblicos nenhuma passagem que se compare a esta, no tocante à confiança que um homem pode expressar em seu Deus e fica claro que aquilo que o Senhor ensinou para o pai da fé pode ser aprendido por todos nós, independentemente das situações que possamos vivenciar.
Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com
Existem vários tipos de dor e uma das piores que existem é a dor emocional, não aquelas que são conhecidas por psicossomáticas, também conhecida como somatização que é um transtorno psiquiátrico em que a pessoa apresenta múltiplas queixas físicas, localizadas em diversos órgãos do corpo, como dor, diarreia, tremores e falta de ar, mas que não são explicadas por nenhuma doença ou alteração orgânica; mas aquelas que “doem no fundo da alma”.
As dores causadas pela morte de um ente querido, pela traição, pelas calúnias e mentiras são terrivelmente fortes e estão associadas em muitos casos à depressão.
A depressão é uma das doenças que mais tem crescido nos últimos anos e, infelizmente, muitos ainda acreditam que cristãos não estão sujeitos a este tipo de doença e ainda, outros pensam que a depressão é um problema de origem exclusivamente espiritual.
Precisamos abordar este assunto em sala de aula, pois, muitos crentes estão sofrendo com o peso desta doença.
De acordo com a OPAS (Organização Pan-americana de Saúde), a depressão é um transtorno comum em todo o mundo: estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com ele. A condição é diferente das flutuações usuais de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma crítica condição de saúde. Ela pode causar à pessoa afetada um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano – sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Embora existam tratamentos eficazes conhecidos para depressão, menos da metade das pessoas afetadas no mundo (em muitos países, menos de 10%) recebe tais tratamentos. Os obstáculos ao tratamento eficaz incluem a falta de recursos, a falta de profissionais treinados e o estigma social associado aos transtornos mentais. Outra barreira ao atendimento é a avaliação imprecisa. Em países de todos os níveis de renda, pessoas com depressão frequentemente não são diagnosticadas corretamente e outras que não têm o transtorno são muitas vezes diagnosticadas de forma inadequada, com intervenções desnecessárias.
O tópico que estamos comentando aborda o assunto fé em meio à dor e apesar de muitas pessoas terem fé, nenhuma delas está impedida de sentir dor e, a dor na alma é a pior de todas.
Vamos imaginar o contexto vivenciado por Isaque quando estava caminhando com seu amado pai em direção ao Monte Moriá.
Provavelmente Isaque tinha mais do que 30 anos e esta informação pode ser estranha para a maioria das pessoas, pois a “romantização bíblica” nos ensinou que Isaque era uma criança, porém, grande parte dos sábios judeus aceitam esta idade como correta e as informações bíblicas nos oferecem segurança para afirmar tal coisa.
O quadro abaixo nos dá mais informações sobre isto.
A Bíblia nos mostra que Isaque tinha noção do que lhe aconteceria, pois perguntou ao seu pai sobre o animal que deveria ser sacrificado, vejamos:
“E tomou Abraão a lenha do holocausto e pô-la sobre Isaque, seu filho; e ele tomou o fogo e o cutelo na sua mão. E foram ambos juntos. Então, falou Isaque a Abraão, seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos juntos”. (Gn 22.6-8 – ARC)
Dentro do assunto proposto é importante observarmos dois pontos:
1 – A fé de Abrão estava sendo provada;
2 – A fé de Isaque estava sendo construída.
Isaque sabia que sacrifícios humanos não eram comuns, apesar de possivelmente serem praticados entre os povos bárbaros, porém, como ser humano, a dúvida e a inquietação devem lhe afligido a ponto de se dirigir a seu pai e fazer a famosa pergunta sobre a ausência do elemento principal do sacrifício.
Abrão foi sábio na resposta dizendo que o Senhor, aquele que ele resolvera seguir e confiar a mais de 50 anos, nunca o desampararia.
As experiências, como mencionamos acima, nos fazem crescer em todos os aspectos, especialmente na fé.
Existem duas coisas que nos acrescentam a fé, a primeira é a Palavra e a segunda, são as experiências.
Não existe outra forma de adquirirmos experiências sem vivenciarmos situações ruins e isto faz parte do processo de aprendizado.
Sendo assim, precisamos fazer como Abrão e Isaque, crer e confiar.
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Deus lhe abençoe ricamente!!!
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