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20/07/2022
“Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insulso, com que o adubareis? Tende sal em vós mesmos e paz uns com os outros.” Marcos 9.50
MATEUS 5.13-16
13- Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.
14- Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15- Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
16- Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
Olá, irmãos. Paz do Senhor.
Os escritores bíblicos utilizaram várias figuras de linguagem para facilitar o processo de comunicação e, por isto, precisamos conhecer o significado destas para que consigamos compreender o que os autores queriam transmitir.
É de suma importância reforçarmos que o objetivo da interpretação de textos é descobrir o que o autor quis dizer e não o que nós achamos que ele disse.
Existem milhões de pessoas com dificuldades para interpretar textos e os números no Brasil são alarmantes, chegando a quase 30% da população.
A figura de linguagem utilizada em muitos textos relacionados ao Sermão da Montanha é a metáfora.
De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a metáfora tem o seguinte significado:
Figura de retórica em que a significação habitual de uma palavra é substituída por outra, só aplicável por comparação subentendida (ex.: há uma metáfora no verso de Camões “amor é fogo que arde sem se ver”).
O sal da Terra e a luz do mundo são metáforas utilizadas para comparar os cristãos a estas duas coisas.
Metáforas são comparações subentendidas, ou seja, aquilo que está na mente, mas não foi expresso.
Na metáfora o uso da palavra semelhante ou como, são dispensadas o que a diferencia da Símile.
Na metáfora as comparações não devem ser analisadas em seu sentido literal. Em Lucas 13.32 O Senhor Jesus utilizou respeitosamente o qualitativo “aquela raposa” (rei astucioso e malvado) quando se referiu a Herodes, constituindo então uma metáfora. Caso houvesse dito que Herodes era como uma raposa (animal),então a figura denominada seria uma símile.
O pastor batista Eber Jamil nos mostra algumas passagens bíblicas onde as parábolas são utilizadas.
1 – A Palavra é como a luz. “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119:105). Ela nos ilumina e nos impede de tropeçar (Sl 119.165). Ela nos alerta acerca dos obstáculos do caminho, e mostrando as armadilhas da caminhada.
2 – A Palavra é como o fogo. “Porventura a minha palavra não é como o fogo, diz o SENHOR (…)” (Jr 23:29). Ela arde o coração do seu leitor e ouvinte. Ela tem um poder purificador e é um instrumento de santificação.
3 – A Palavra é como o martelo despedaçador. “ (…) e como um martelo que esmiúça a pedra?” (Jr 23:29). A Palavra tem poder de quebrar o coração mais endurecido, tem o poder de quebrar o pecador obstinado levando-o ao arrependimento.
4 – A Palavra é como a semente. “(…) A semente é a palavra de Deus (Lc 8:11). A palavra quando germina no coração gera frutos. O homem é o instrumento que Deus usar para semear a Palavra, mas Deus é quem dá o crescimento.
5 – A Palavra é como a água. “Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra” (Ef 5:25 e 26). A Palavra limpa das impurezas espirituais e satisfaz a sede espiritual.
6 – A Palavra é como uma espada de dois gumes. “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). A palavra é penetrante: discerne os pensamentos e intenções. Ela é arma de defesa e de ataque. Jesus no deserto usou da Espada do Espírito para vencer as tentações de Satanás.
7 – A Palavra é como um espelho. “Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era” (Tg 1:23 e 24). A Palavra mostra quem nós somos. É necessário olharmos diariamente a Palavra para nos corrigirmos de acordo com aquilo que percebemos na visualização da Palavra.
Jesus utilizou metáforas para falar sobre Ele mesmo em várias passagens e deixou claro qual era o sentido destas.
“Eu sou a luz do mundo”. (João 8.12): Quem segue a Jesus nunca andará em trevas, porque terá a luz da vida.
“Eu sou a porta”. (João 10.9): Para entrarem no lugar seguro, onde há comida e repouso, as ovelhas (animais cuidados por um pastor) precisam entrar para o lugar que lhes fora preparado. Ali haveria pasto, mas a porta fica fechada e teriam que entrar por ela. Jesus é a porta, que nos dá acesso à salvação e à esperança. Esta porta está sempre aberta.
“Eu sou o bom pastor”. (João 10.11 e 10.14): A imagem do pastor estava vívida na mente dos seus interlocutores, uma vez que as ovelhas passeavam pelos campos e mesmo pelas vilas, sempre acompanhadas por um pastor. Alguns desses pastores eram muito dedicados. Outros eram menos atentos. Jesus está no primeiro grupo e tão bom Ele é que morre por essas ovelhas. Entre os pastores, só Ele pode realmente ser chamado de bom.
“Eu sou a ressurreição e a vida”. (João 11.25): Quando um de seus amigos morre, Jesus traz, diante do túmulo, uma nova maneira de se enfrentar a morte: Ele se apresentou como sendo “a ressurreição e a vida”. Todos morreremos. Mas todos que receberem a Jesus como Salvador e Senhor não precisam se preocupar. Jesus lhes garante a ressurreição. Jesus garante a nossa. Jesus não nega a morte, mas afirma a vida. Jesus não nega o sofrimento, mas afirma a esperança. Quem crê nele morre biologicamente, embora espiritualmente viverá para sempre.
Em se tratando de comportamento, podemos ser influenciadores e influenciados e isto acontece durante toda vida e com todas as pessoas.
Precisamos deixar claro que podemos ser influenciadores em alguns assuntos e influenciados em outros, haja vista, não conhecermos tudo.
Sendo assim, quando maior for nosso conhecimento sobre o assunto em questão, mais facilidade teremos para auxiliar as pessoas que precisam ser influenciados de forma positiva.
Como homem, Jesus é nosso maior exemplo e melhor base de comparação, pois, foi tentado em tudo e não pecou.
O escritor aos hebreus nos mostra isto em detalhes.
“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”. (Hb 4.15 – ARC)
Ainda que existam inúmeros líderes influentes que são homens e mulheres de Deus, nosso maior exemplo precisa ser Jesus, pois, TODOS os seres humanos são falhos.
O apóstolo Paulo foi um homem de Deus exemplar e disse claramente para o imitarmos, porém, ele deixou claro que imitava Cristo.
“Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo”. (1 Co 11.1 – ARC)
Jesus nos mostra que TODOS os cristãos devem ter comportamentos semelhantes às propriedades existentes no sal e que devemos agir da mesma forma que a luz, que influencia a escuridão de uma forma poderosa.
Isto é necessário pois somos a imagem e semelhança de Deus habitando em um mundo governado pelo diabo.
Paulo escreve sobre isto em sua carta aos filipenses.
“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; retendo a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão”. (Fp 2.14-16 – ARC)
O comportamento daqueles que são do mundo está se tornando cada vez pior, pois, não é guiado por Deus e sim, pelo diabo e seu sistema mundano depravado.
O apóstolo João deixa claro que somos de Deus e que o mundo jaz, ou seja, está morto no maligno (1 Jo 5.19).
Paulo nos mostra como devemos nos portar em termos de comportamento, com base nos ensinamentos de Jesus.
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco”. (Fp 4.8,9 – ARC)
Em outra tradução:
“E agora, irmãos, ao terminar esta carta, quero dizer-lhes mais uma coisa. Firmem seus pensamentos naquilo que é verdadeiro, bom e direito. Pensem em coisas que sejam puras e agradáveis e detenham-se nas coisas boas e belas que há em outras pessoas. Pensem em todas as coisas pelas quais vocês possam louvar a Deus e alegrar-se com elas. Continuem a pôr em prática tudo quanto aprenderam de mim e me viram fazer, e o Deus de paz será com vocês”. (BV)
As propriedades do sal e da luz são marcantes em todo o mundo, pois, possuem capacidades de influenciar tudo o que está ao seu redor.
De acordo com o site http://ecycle.com.br, o sal possui várias propriedades que são extremamente úteis par ao bem estar dos seres humanos.
O sal é uma substancia vital para os seres humanos; nosso corpo possui sais que são regulados pelos rins e pela transpiração. O sódio está envolvido na contração muscular, incluindo os batimentos cardíacos, nos impulsos nervosos e na ingestão de proteínas. O cloro (cloreto) auxilia na absorção de potássio, é a base do ácido estomacal e ajuda no transporte dos dióxidos de carbono das células até os pulmões, onde são liberados. Porém seu uso excessivo pode trazer serias consequências ao organismo.
Os usos do sal o fazem um importante ingrediente na tecnologia de alimentos, desempenhando diversas funções técnicas:
Conservante: O sal preserva os alimentos, criando um ambiente hostil para alguns micro-organismos patogênicos, inibindo seu crescimento e evitando a deterioração.
Texturizador: O sal provoca a fortificação das estruturas do glúten nas massas, produzindo uniformidade, dureza e textura. Também produz maciez nas carnes curadas e desenvolve algumas características básicas dos queijos, como a dureza.
Aglutinador: O sal ajuda a extrair as proteínas em carnes processadas, fornecendo uma força de ligação entre seus pedaços. Na fabricação de salsichas e linguiças, emulsões estáveis são formadas quando o sal diluído em soluções proteicas cria uma fina camada envolvendo a gordura. Esse processo é responsável por criar um gel de ligação entre a carne, a gordura e a umidade.
Controlador de fermentação: Por retardar e controlar a taxa de fermentação, o sal é muito utilizado na produção de produtos de panificação, fabricação de queijos, chucrutes e linguiças.
Desenvolvimento de cor: Usado com açúcar ou nitritos, o sal auxilia na cor dourada da crosta dos pães e desenvolve a cor característica dos produtos derivados de carne.
No link abaixo você tem um resumo da história da utilização do sal.
https://www.fleury.com.br/noticias/historia-do-sal-revista-fleury-ed-27
Em se tratando da luz, a comparação também é válida, haja vista, ter influência em tudo e em todos.
O site https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-exatamente-e-a-luz/ nos traz informações importantes sobre o estudo da luz.
“Na Bíblia, a criação começa pela luz, que inaugura o universo separando o dia da noite. É ela que nos permite enxergar o mundo e, no entanto, é quase impossível visualizar sua verdadeira natureza. Como se não bastasse, tem propriedades tão estranhas e contraditórias que confunde até os físicos mais experientes. Até o começo do século XX, tudo indicava que a luz não passava de uma onda. Assim como o som ou o movimento do mar, ela é refletida ao encontrar algo como um espelho e sofre interferência ao cruzar com outras ondas de luz. A diferença é que a luminosidade se propaga no vácuo e não precisa ser conduzida por um meio como a água ou o ar. Albert Einstein percebeu que, se considerássemos que ela também é feita de partículas (posteriormente chamadas de fótons), o efeito fotoelétrico estaria explicado A física quântica chocou toda a comunidade científica ao propor que a luz é simultaneamente onda e partícula, vibração e matéria – uma ambiguidade considerada absurda, incoerente, impossível. A teoria de Planck e Einstein já foi comprovada diversas vezes em laboratório. Mas ainda resta a pergunta: afinal, a luz é uma onda ou uma partícula? A física abraçou o mistério. “Quem disser que ela é onda está certo e quem disser que ela é partícula também está”.
Existem registros da utilização do sal datados de 5 mil anos. Ele já era usado na Babilônia, no Egito, na China e em civilizações pré-colombianas, principalmente como moeda, como forma de conservar alimentos e para lavar, tingir e amaciar o couro.
Devido à sua escassez e importância, o sal chegou a ter o valor equivalente ao ouro, e foi o pivô de guerras e disputas – só para se ter uma ideia, as primeiras estradas construídas tinham como objetivo transportar o sal. Hoje, devido ao avanço da tecnologia e à produção em larga escala, o sal está ao alcance de todos.
Quando o sal entra em contato com algum alimento o sabor deste é alterado para melhor de acordo com a percepção de quem se alimenta.
É importante mencionarmos que quando o sal entra em um alimento; na maioria das vezes; não é possível retirá-lo, ou seja, ainda que façamos uso da água para limpá-los, seu sabor não volta ao original, pois, o sal exerceu uma poderosa influência.
Assim como o sal, os cristãos devem “entrar” no mundo e temperá-lo, ou seja, exercer uma forte influência e isto só é possível se refletirmos no mundo o comportamento de Jesus.
No mundo em que vivemos, o falto de falarmos que somos cristãos já não exerce nenhuma influência, pois, este termo tem perdido o sentido ao longo dos anos por causa do comportamento de diversas pessoas que se diziam cristãos, mas não o eram.
Por isto, ter cabelos compridos, usar saia longa e outros tipos de roupas, deixou de ser sinônimo de um verdadeiro cristão.
As pessoas são influenciadas pelo nosso comportamento e pelas nossas atitudes diante de situações corriqueiras e é aí que devemos ter nosso comportamento influenciado pelo Evangelho de Cristo.
Jesus condenou a hipocrisia dos fariseus, pois, eles diziam ser “homens de Deus”, mas estavam distantes do Senhor (Mt 23.23-39).
É importante lembrarmos que desde o momento da conversão, o Espírito Santo trabalha na vida de TODOS os cristãos através do conhecimento da Bíblia com o que é chamado de santificação, ou seja, da transformação diária e constante de todos os convertidos.
Isto acontece porque a santificação é algo que só pode acontecer através da ação do Espírito Santo, pois, somente Ele pode nos tornar a imagem e semelhança de Deus.
Antes da queda de Adão e Eva, eles possuíam a natureza pura e sem pecados, sendo verdadeiramente imagem e semelhança de Deus, porém, após pecarem, todo o seu ser foi influenciado e corrompido.
Por isto, o apostolo Paulo escreve sobre a morte causado pelo pecado.
“Sim, todos pecaram; todos fracassaram, e não puderam alcançar o glorioso ideal de Deus; no entanto, Deus nos declara agora “sem culpa” das ofensas que Lhe fizemos se confiarmos em Jesus Cristo, aquele que em sua bondade tira os nossos pecados gratuitamente”. (Rm 3.23,24 – BV)
“O salário do pecado é a morte, mas a dádiva gratuita de Deus é a vida eterna por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor”. (Rm 6.23 – BV)
Salomão escreveu um texto muito marcante a respeito do crescimento da vida dos justos, ou seja, daqueles que são fiéis ao Senhor.
“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”. (Pv 4.18 – ARC)
O teólogo americano Norman Champlim nos traz um rico comentário sobre este texto.
“Literalmente, temos aqui “até que o dia fique estabelecido”, o que provavelmente significa, em termos literais, o zénite do sol, seu ponto mais alto no céu, ao meio-dia. A Vulgata Latina diz aqui: “dia perfeito”, e muitas traduções seguem essa sugestão. Como a luz do sol começa pela manhã, e então aumenta de intensidade até chegar a seu ponto mais elevado e mais brilhante, assim se dá com a retidão do homem bom. Por semelhante modo, a vereda do bom estudante aumenta em sua iluminação e força, até que ele atinge uma posição de maturidade, tornando-se, ele mesmo, um mestre, através da sabedoria. Este versículo tem sido cristianizado para falar do homem bom que teria chegado ao céu, quando o seu dia perfeito lhe chega. Portanto, qualquer progresso antes desse ponto seria, na realidade, apenas um crepúsculo da alma. Ver I João 3.2, quando o homem justo vir o Senhor conforme Ele é transformado em Sua imagem. Cf. Mal. 4.2 e II Sam. 23.4. Temos nisso, realmente, a luz do dia perfeito para a alma, mas não é provável que o autor do livro de Provérbios tenha imaginado qualquer coisa semelhante a isso”.
Não podemos esquecer que não somos perfeitos e que só seremos na eternidade, pois, nos tornaremos como Jesus (1 Jo 3.2), desta forma, estamos constantemente sujeitos a erros e pecados, porém, se isto acontecer temos perdão em Cristo.
“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”. (1 Jo 1.8-10 – ARC)
Existe uma espécie de “cristão” que acredita e ensina que o verdadeiro crente não peca, porém, este tipo precisa ler a Bíblia e compreender que nossa natureza é propensa ao pecado, ainda que sejamos cristãos.
Existe, por parte daqueles que zombam do Evangelho de Cristo, a falsa percepção de que os cristãos se consideram perfeitos e isto é perceptível quando uma notícia sobre a “queda” de um cristão é veiculada na mídia.
Precisamos nos esforçar para viver uma vida santa e irrepreensível, porém, se em algum momento fraquejarmos, devemos reconhecer o erro, pedir perdão e buscar com todas as forças a continuidade da vida cristã.
O sal possui duas características muito importantes: o sabor e a conservação.
Em se tratando de sabor, é a Igreja que faz com que este mundo seja um lugar diferente e não seja composto somente por pessoas que não demonstrem a essência de Deus.
Precisamos deixar claro que existem pessoas de bom caráter neste mundo, porém, quando elas são colocadas em comparação aos ensinamentos de Jesus, são reprovadas.
Este é um assunto importante que deve ser levado em consideração, pois, existem “cristãos” que se acham extremamente superiores às demais pessoas, indo contra a tudo o que Jesus ensinou sobre a humildade.
O mundo precisa compreender que o padrão de Jesus é muito alto e que nenhum de suas obras ou manifestações de bondade pode se comparar ao que Ele é e às transformações que os cristãos sofrem pela ação do Espírito Santo em suas vidas.
Todo cristão deve lembrar-se que é pó e que ao pó voltará, mas, precisa seguir as orientações do Senhor sobre como devem viver neste mundo mal.
Salomão escreveu sobre este assunto no livro de Eclesiastes.
“Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? (Ec 7.16 – ARC)
Champlim nos apresenta uma clara explicação sobre este texto.
“Como o filósofo pode ter nos advertido para não sermos por demais piedosos? Consideremos o cenário. Aqueles orgulhosos homens da escola de sabedoria continuavam proferindo, o dia inteiro, suas declarações santas. Além disso, continuavam estudando a Lei para descobrir mais e mais detalhes, e usavam sua capacidade de escrever para ajuntar um número cada vez maior de declarações piedosas, máximas e regras para que os homens obedecessem. Eles conservavam suas classes e infeccionavam seus alunos com exagerada piedade, pois não pensavam em mais nada. Se eram sinceros acerca disso tudo, então eram insensatos sinceros, que tinham exagerado. Portanto, que o leitor não imite essa piedade exagerada. Além disso, os exageradamente piedosos também eram exageradamente sábios. Era somente nisso que pensavam, eram pessoas saturadas pela lei. Comiam e dormiam a Lei. Os extremos de conduta podem levar um homem à morte prematura, e não afastá-lo dela. A palavra “destruirias”, da segunda parte desta afirmação, é paralela à palavra do vs. 15, “perece”, que se refere aos que perecem relativamente jovens. Alguns supõem que o autor sagrado estivesse advertindo contra o tipo farisaico de autor-retidão, e isso pode ser em parte verdadeiro, mas esta assertiva volta-se principalmente contra a falta de moderação, na qual ele via um poder prolongador da vida. Por outra parte, com um ponto de vista tão pessimista, de que lhe aproveitava prolongar tão miserável vida? O homem, pois, caiu em incoerência”.
Todo alimento que entra em contato com o sal tem seu sabor alterado e a quantidade de sal influencia fortemente nesta questão.
Não é possível esconder ou mascarar um alimento que foi temperado com sal, ainda que seja lavado, haja vista, o sal penetrar neste e mudar seu sabor.
Da mesma forma, quando a vida de um cristão é comparada com a vida de um ímpio, as evidências são facilmente detectadas e, da mesma forma, quando alguém que não possui comportamento cristão é comparado àqueles que não o são, a diferença demonstra que algo está errado.
Sendo assim, como somos convidados a ser sal para este mundo, precisamos compreender que a medida correta é a medida apresentada por Jesus, ou seja, a medida é Ele mesmo.
O sal também é utilizado para conservação e é importante mencionarmos que conservação é um estado de prevenção, ou seja, o sal é utilizado para prevenir perdas e não para consertar os problemas.
Como não existia sistema de refrigeração nos tempos bíblicos, a conservação dos alimentos era realizada através do sal e os alimentos eram guardados em uma grande quantidade de sal.
O que Jesus quer nos ensinar com essa narrativa? Que somos importantes. Logo, a nossa vida não pode ser insossa, sem graça. Podemos até ocupar os lugares mais inóspitos, porque na visão do mundo é assim que somos vistos: no último lugar. Somos julgados, desprezados, desvalorizados, invisíveis.
No entanto, o mundo sabe, embora não queira reconhecer, que somos essenciais; e quando formos tirados deste planeta, a terra perderá o sabor, porque como cristão somos o tempero e a sua preservação .
Quantidades exageradas de sal podem provocar sérios problemas para os seres humanos, começando pela sede e chegando à morte, pois, o excesso da substância leva à retenção de água e a uma sobrecarga no coração, ocasionando o aumento de pressão. O aumento da pressão arterial pode desencadear danos graves à saúde, inclusive morte.
Sede é a sensação provocada pela desidratação do corpo, fazendo ficar com vontade de beber líquidos, principalmente água.
Todos os seres vivos precisam de água para viver. Quando determinado organismo fica muito tempo sem ser hidratado, no caso dos seres humanos, por exemplo, os lábios e garganta ficam com uma sensação de secura desagradável.
Se nosso exemplo de comportamento é Jesus, precisamos compreender que tipo de sede o Mestre causava e causa nas pessoas?
Jesus disse à mulher samaritana que a água que ela estava tirando do poço mataria a sede momentânea, mas a água que Ele oferecia mataria outro tipo de sede, que estava relacionada à sua alma.
“E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana ( porque os judeus não se comunicam com os samaritanos )? Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede, mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui tirá-la”. (Jo 4.6-15 – ARC)
A sede relatada pelo Mestre era a sede de Deus e da comunhão que os seres humanos perderam em decorrência do pecado.
TODOS os seres humanos são carentes de Deus, haja vista, terem sido criados para viver em comunhão com Ele, porém, o único que pode resolver este problema é Jesus.
Desta forma, como Igreja, TODOS os cristãos são representantes de Deus neste mundo e possuem a tarefa de apresentar Jesus às pessoas e, a melhor forma de fazê-lo é demonstrar o mesmo comportamento que Jesus tinha quando estava neste mundo.
Quando as pessoas estão tristes, vazias e com problemas que não podem ser resolvidos, tendem a procurar a ajuda de Deus e é neste momento que procuram as pessoas que representam Deus.
Infelizmente, as religiões não cumprem o papel de religar os seres humanos a Deus, pois, os caminhos que apresentam não tem este poder, pois, somente Jesus é o caminho (Jo 14.6).
Precisamos ser exemplos para a sociedade e deixar claro que o motivo pelo qual agimos de determinadas formas é que Jesus, o salvador da humanidade habita em nós.
Precisamos estar prontos para mostrar ao mundo qual é a razão de nossa fé e porque temos tamanha esperança (1 Pe 3.15).
O mundo está com “sede de Deus” e precisa conhecer a única forma de “matá-la” e a Igreja é a representante de Deus neste mundo.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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