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05/08/2021
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.” João 15.17
JOÃO 14.16-20
16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
17 O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.
18 Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
19 Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis.
20 Naquele dia, conhecereis que estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós.
A EBD Comentada abriu um grupo no whatsapp para que todos(as) os(as) professores(as) possam trocar informações sobre os diversos temas que envolvem a aula da semana ou dúvidas a respeito. Neste canal postaremos vídeos, texto de reflexão, dicas de leitura ou mesmo algum material que visa orientá-los em suas aulas.
Como política do grupo, pedimos a todos(as) que se reservem em apenas escrever neste grupo temas pertinentes as aulas. Parece ser áspero, mas pedimos que evitem envio de mensagens e figurinhas de bom dia, boa tarde, boa noite, salvo quando iniciará algum comentário, textos, vídeos ou áudios que nada a ver tenham com os temas das aulas. A ideia é que o grupo se restrinja apenas ao seu propósito inicial.
Segue abaixo o link para que faça parte e participe e seja muito bem vindo(a). Te esperamos lá!
https://chat.whatsapp.com/BQgs04aUvYy9jDq22AxGXe
Olá, irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
A Doutrina da Trindade tomou forma com os pais da Igreja; em especial com Inácio de Antioquia; como já estudamos em outras revistas, porém, a Doutrina do Espírito Santo sempre esteve presente na vida da Igreja e também nos ensinamentos judaicos.
O teólogo britânico Adam Clarke nos traz um precioso comentário a respeito da visão judaica sobre este assunto.
“A palavra original Elohim, Deus, é certamente a forma plural de El, ou Eloah, e tem sido suposto, pelos homens mais eminentemente aprendidos e piedosos, implicar uma pluralidade de Pessoas na natureza divina. Como essa pluralidade aparece em muitas partes dos escritos sagrados para ser confinado a três pessoas, daí a doutrina da Trindade, que formou uma parte do credo de todos aqueles que foram considerados sãos na fé, desde os primórdios do cristianismo. Nem são os cristãos singulares em receber esta doutrina, e na derivação a partir das primeiras palavras da revelação divina. Um rabino eminente judeu, Simeon Bem Joachi, em seu comentário sobre a sexta seção de Levítico, tem estas palavras notáveis: “Vem e vê o mistério da palavra Elohim, há três graus, e cada grau por si só, e ainda, não obstante todos eles são um, e juntaram-se em um, e não são divididas uma da outra”. “Veja Ainsworth”. Ele deve ser estranhamente preconceituoso no fato que não pode ver que a doutrina da Trindade, e de uma Trindade na unidade, está expressa nas palavras acima. O verbo bara, ele criou, sendo unidos no singular com este substantivo plural, tem sido considerada como apontando para fora, e não obscuramente, a unidade das Pessoas divinas neste trabalho da criação. Na Trindade sempre bendito, a partir da unidade infinita e indivisível das pessoas, não pode ser apenas uma vontade, um propósito e uma energia infinita e incontrolável”.
Tanto no A.T. como no N.T. existem referências a respeito do Espírito Santo, sendo que, o termo Espírito Santo em algumas ocasiões é substituído por Espírito do Senhor (Lc 4.18); Espírito de Deus (1 Co 12.3); Espírito do Pai (Mt 10.19,20); dentre outros.
É importante mencionarmos em sala de aula que TODOS são referências ao mesmo Espírito, ou seja, à terceira pessoa da Trindade.
No texto hebraico de Gênesis, o Espírito do Senhor é citado como partícipe da criação.
“No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. (Gn 1.1,2 – ARC)
Antes de tudo ser criado, o Espírito do Senhor estava sobre as águas e a Terra era sem forma e vazia.
O texto hebraico nos dá a entender que o Espírito Santo participou efetivamente da criação, dando vida àquilo que era sem forma e estava vazio.
Daí para frente, vemos a ação do Espírito de Deus em várias ocasiões, agindo como direção de Deus para cumprir seus propósitos.
Os judeus acreditavam que o Espírito de Deus era o responsável pela capacitação dos homens com propósitos específicos, tais como, profetas, sacerdotes e reis.
O livro de Números deixa isto bem claro.
“E disse o SENHOR a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, de quem sabes que são anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da congregação, e ali se porão contigo. Então, eu descerei, e ali falarei contigo, e tirarei do Espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu sozinho o não leves”. (Nm 11.16,17 – ARC)
Quem capacitou Moisés foi este Espírito, ainda que aquele homem tivesse um conhecimento bem acima da média.
O salmista Davi; que havia pecado contra Deus; ora a Ele implorando pela permanência do Espírito em sua vida.
“Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo”. (Sl 51.11 – ARC)
Algumas pessoas afirmam; sem base bíblica; que aqueles que pecam “perdem” o Espírito Santo, porém, se o Espírito Santo sair da vida do cristão, não existirá retorno.
É de suma importância que você esclareça isto para a sala de aula, pois, este é um assunto muito sério.
Quando pecamos, o Espírito Santo se entristece (EF 4.30), porém, não sai de nossa vida.
Existe um termo conhecido como apostasia que significa abandono proposital e irremediável da fé e, neste caso, o Espírito Santo não mais habita na vida do ser humano.
O teólogo holandês William Hendriksen nos traz um rico comentário sobre este assunto.
“A razão para esta frequente ocorrência é óbvia: Paulo deseja imprimir em nós a ideia de que fora de Deus não podemos ser salvos; significa que tudo quanto de bom que em nós exista tem sua origem no Espírito Santo. Ele confere vida e a sustenta. Faz que ela se desenvolva e alcance seu destino último. Ele é, pois, o Autor de toda virtude cristã e de todo fruto bom. Portanto, sempre que o crente contamina sua alma, abrindo espaço a quaisquer pensamentos ou sugestões de enganosidade, de vingança, de cobiça ou de imundícia, estará então entristecendo o Espírito Santo. Isto se faz ainda mais real visto que o Espírito é quem habita os corações dos filhos de Deus, fazendo deles seu templo, seu santuário (2.22; 1Co 3.16,17; 6.19). Através de toda espécie de imaginação, cogitação ou motivação, em contato com esse Espírito residente e santificante, ele é, figuradamente, injuriado e reduzido no coração. Além do mais, o Espírito não só nos salva, mas também nos enche de alegria e de segurança da salvação; porquanto, assim como já ficou bastante evidente, e assim como está repetido substancialmente aqui em 4.30, foi “nele” (“em conexão com”, daí também “por meio dele”) que fomos “selados para o dia da redenção”, aquele grande dia em que todas as coisas serão consumadas, quando, pois, nossa libertação dos efeitos do pecado estará completada. É o dia do regresso de Cristo, quando nosso corpo de humilhação, remodelado de modo a ter a mesma forma do corpo glorioso de Cristo, se reunirá à nossa alma redimida a fim de que em alma e corpo a multidão vitoriosa, em sua totalidade, possa habitar o novo céu e a nova terra e glorificar a Deus de eternidade em eternidade”.
O Espírito Santo também foi o responsável pela concepção de Jesus, no ventre virgem de Maria.
“E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus”. (Lc 1.34,35 – ARC)
Capacitou a Jesus, o homem, para a obra do Senhor.
“O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então, começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos”. (Lc 4.18-21 – ARC)
E continua capacitando cada cristão para viver uma vida com base na Palavra de Deus, até que a plenitude de Cristo seja formada em sua vida e a eternidade seja vivida na presença do Senhor.
Dentre os diversos nomes utilizados para fazer menção à ação do Espírito Santo, a Bíblia nos mostra que Ele é “O Consolador”.
Este termo foi dito em primeiro lugar pelo Senhor Jesus e norteia toda a história do cristianismo.
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós”. (Jo 14.16,17 – ARC)
A palavra grega para consolador é “parácletos” e tem vários significados, tais como: advogado; ajudador; consolador; conselheiro; dentre outras.
O teólogo americano Norman Champlim nos traz um comentário interessante sobre este termo.
“A palavra grega parácletos é antiga, usada no grego clássico, como nos escritos de Demóstenes, onde aparece com o sentido de advogado, alguém que pleiteia a causa de outrem ,sentido esse que passou para o grego helenista, nos escritos de Josefo, Filo e igualmente nos papiros dos tempos neotestamentários e em outros papiros dos tempos dos apóstolos. É por esse motivo que a tradução inglesa NE se sentiu plenamente justificada em reter esse sentido do vocábulo parácletos — advogado. O termo se deriva dos vocábulos gregos «para» (para o lado de) e «kaleo» (chamar, convocar), dando o sentido total de «alguém chamado para ajudar ao lado de outrem». A princípio o vocábulo era empregado para indicar um advogado, o qual ajudava a defender a causa de um cliente seu; mas o sentido se estende para dar a ideia de qualquer espécie de ajuda, incluindo os conceitos de consolo e conselho. Naturalmente o Espírito Santo tem o ofício de advogado, no sentido estrito, porquanto pleiteia a causa dos crentes, aspecto esse de sua atuação que é enfatizado no oitavo capítulo da epístola aos Romanos, onde, entretanto, essa palavra não é realmente usada. Todavia, a operação do Espírito de Deus não se limita a isso; a ele cabe conduzir-nos a toda a verdade, o que sugere verdadeiros raciocínios sussurrados em nossas mentes, e verdadeiros cursos de ação imprimidos às nossas vidas. Também lhe compete convencer o mundo de pecado, apelando contra as iniquidades dos homens, ao mesmo tempo que lhes revela o Cristo. Outrossim, haverá de transformar moral e metafisicamente aos remidos, pelo que também , de modo geral, o seu ofício ultrapassa em muito o de um advogado, que defende um a causa alheia”.
No A.T. o Espírito Santo agia de uma forma, especialmente através da capacitação e isto aconteceu com Jesus, que foi capacitado pelo Espírito para cumprir a obra do Pai.
Quando Jesus estava prestes a morrer, Ele começa a ensinar aos discípulos sobre a vinda do Espírito de Deus para ficar em seu lugar.
O Evangelho segundo João, traz a maior parte das referências bíblicas a respeito deste assunto (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7 e 1 Jo 2.1).
O texto escrito por Lucas nos mostra que o Senhor orientou os discípulos a não saírem de Jerusalém, enquanto não houvessem recebido este Espírito.
“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder”. (Lc 24.29 – ARC)
O Senhor disse isto aos discípulos após morrer, ressuscitar e aparecer a eles por um intervalo de 40 dias (At 1), sendo assim, Ele não mais estava com eles como antes e, conforme mencionado, era necessário que Deus estivesse com eles.
É importante mencionarmos para a classe que existe uma promessa dirigida a Israel sobre a presença do Espírito de Deus em suas vidas, que será concretizada no milênio.
“Portanto, dize: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Hei de ajuntar-vos do meio dos povos, e vos recolherei das terras para onde fostes lançados, e vos darei a terra de Israel. E virão ali e tirarão dela todas as suas coisas detestáveis e todas as suas abominações. E lhe darei um mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei um coração de carne; para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; e eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus”. (Ez 11.17-20 – ARC)
Somente através do Espírito do Senhor, os seres humanos podem viver uma vida na presença de Deus e, os judeus terão seu momento com o Senhor.
Uma das principais tarefas do Espírito Santo no N.T. é a de consolar, ou seja, de auxiliar os cristãos a suportarem viver neste mundo sem se entregar aos seus prazeres.
Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com
Jesus nos ensina que neste mundo TODOS teremos aflições (Jo 16.33), porém, também nos diz para termos bom ânimo.
Conforme mencionado, não existe NENHUMA possibilidade de ser um cristão sem que aconteça o novo nascimento (Jo 3), pois, o Espírito Santo começa a habitar em nós a partir da conversão.
A santificação; que é um processo constante; começa no momento da conversão e termina quando morremos e, durante toda a nossa vida cristã, o Espírito Santo trabalha em nós, tornando-nos parecidos com o Senhor.
O escritor aos hebreus nos exorta a viver uma vida constante na presença até o dia em que formos para Ele.
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”, (Hb 12.14 – ARC)
O apóstolo Paulo nos mostra como é que o Espírito Santo nos auxilia nas adversidades.
“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos”. (Rm 8.26,27 – ARC)
A partir do versículo 18, Paulo aborda um dos temas mais presentes em suas epístolas, que são as tribulações e nos ensina que aquele que conhece todas as coisas e todas as pessoas, bem como o passado e o futuro, tem condições de nos orientar sobre como devemos viver e também como devemos orar.
Aquele que habita em nós e nos conhece “do avesso”, como o salmista escreve no Salmo 139, tem condições de nos auxiliar, pois, sabe como ninguém, o que está acontecendo conosco.
Vocês já tiveram a experiência de entrar em oração e em um determinado momento começarem a orar por situações específicas outrora desconhecidas?
Isto acontece porque o Espírito Santo, que está em nós conhece TUDO e TODOS e nos orienta como devemos orar por estas questões.
Por este motivo, devemos “dar lugar” ao Espírito Santo quando isto acontecer.
Será que seus alunos já tiveram esta experiência?
A melhor maneira de “passar” pelas tribulações é ter a confiança de que o Senhor está conosco e, pelo fato de sermos Templo do Espírito Santo (1 Co 6.19), estaremos SEMPRE em sua presença.
Paulo nos ensina que TODAS as coisas cooperam para nosso bem (Rm 8.28) e isto é uma grande segurança.
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Advogar uma causa é agir como defensor.
O advogado Leonardo Felipe Pimenta de Paoli, nos ensina que o advogado (no sentindo amplo) é o profissional que defende o Direito. O operador desta ciência tem uma função importantíssima na sociedade: zelar pelo bom cumprimento da lei, por uma sociedade justa, democrática e ajudar os mais fracos.
Como advogado, o Espírito Santo nos defende contra tudo o que pode nos destruir, ou seja, Ele é o responsável por nos mostrar o que é certo, com base na Palavra de Deus, e nos capacitar a obedecê-la.
Enquanto Jesus esteve com os discípulos, NENHUM mal lhes sucedeu, porém, como o Senhor fui crucificado, morreu, ressuscitou e voltou para o céu; o Consolador ocupou seu lugar neste mundo e, nos defendendo de todo o mal.
Jesus pediu ao Pai que não tirasse os discípulos do mundo, mas, que os livrasse do mal (Jo 17.15).
O apóstolo João escreve em sua primeira carta que Jesus é o nosso advogado e, talvez algum aluno possa lhe indagar a respeito deste assunto.
O que acontece é que Jesus está nos céus advogando por nós (Hb 7.25) e o Espírito Santo está na Terra.
Jesus é o Advogado entre nossos corações arrependidos e a lei. Se Seu sangue tem sido aplicado em nossas vidas por meio da fé e confissão dEle como Senhor (Romanos 10.9,10; 2 Coríntios 5.21), Ele defende nosso caso diante do Juiz Justo. Podemos imaginar a conversa mais ou menos assim: “Pai, sei que essa pessoa pecou e violou nossos mandamentos. Ela é culpada como acusada. No entanto, você disse que meu sacrifício é pagamento suficiente pela dívida que ela deve. Minha justiça foi aplicada à sua conta quando ela confiou em mim para salvação e perdão. Eu paguei o preço para que ela possa ser declarada ‘Inocente’. Não há mais dívidas para ela pagar” (Romanos 8.1; Colossenses 2.14).
Jesus passa a ser nosso Advogado logo quando Deus nos aceita em Sua família como Seus filhos (João 1.12). E Ele continua sendo nosso Advogado para sempre. 1 João 1.9 diz que, quando confessamos nosso pecado, Ele é fiel e justo para perdoar nossos pecados e nos purificar deles. Como Seus seguidores, ainda pecaremos. Mas, quando o fazemos, somos ordenados a confessar esse pecado a Deus. Confissão é concordar com Deus sobre o quão ruim é o pecado. Permanecemos culpados diante dEle, sem argumentos e justificativas próprias. Nosso Advogado Se coloca diante do Juiz e, juntos, concordam que, porque estamos “em Cristo”, nenhuma outra punição é necessária. Jesus já fez pagamento suficiente para nos redimir.
Outro aspecto que faz de Jesus um Advogado compassivo é o fato de que Ele também experimentou a vida neste mundo. Ele foi tentado, rejeitado, esquecido, incompreendido e abusado. Cristo não nos representa teoricamente; Ele nos representa experimentalmente. Ele viveu a vida que vivemos, mas fez isso sem sucumbir aos males que nos sucedem. Ele Se recusou a ceder à tentação e pode ser nosso Sumo Sacerdote porque cumpriu perfeitamente a lei de Deus (Hebreus 4.15; 9.28; João 8.29). Nosso Advogado pode argumentar nosso caso com base em Sua experiência pessoal, mais ou menos assim: “Pai, essa jovem violou nosso mandamento justo, mas ama você e quer servi-lo. Lembro-me de como foi ser tentado assim, e meu coração tem compaixão. Ela confessou esse pecado e deseja se afastar dele. Por causa do meu sacrifício, você pode perdoar esse pecado e purificar o coração dela mais uma vez. Vamos ensiná-la a deixar o Espírito Santo confortá-la e fortalecê-la para resistir na próxima vez.”
Outra função do querido Espírito Santo na vida de TODOS os cristãos é a consolação e conforto.
Isto acontece por inúmeras vezes em nossa vida, pois, neste mundo existem muitas tribulações e sofrimentos, porém, quando o Espírito Santo habita no ser humano.
Paulo nos ensina a respeito do poder pedagógico das tribulações em sua carta aos Romanos.
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rm 5.3-5 – ARC)
Para os cristãos, as tribulações podem ser instrumentos de Deus para aperfeiçoamento do caráter, ou seja, quando sofremos, o Espírito Santo nos consola e nos lembra que entregamos nossa vida ao Senhor e que tudo o que está acontecendo está PERFEITAMENTE em suas mãos.
A Bíblia menciona um tipo de paz que somente o cristão possui, chamada de “paz que excede todo o entendimento”.
Esta paz independe de circunstâncias para que exista e só pode ser experimentada pelos cristãos.
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”. (Fp 4.7 – ARC)
O que o apóstolo Paulo está nos ensinando é que, ainda que tenhamos terríveis tribulações, o Espírito Santo guardará nossa vida, para que não desanimemos da carreira que nos está proposta.
O teólogo alemão Werner de Boor nos explica este texto com maestria.
“Transformamos a frase sobre a paz que nos guarda em mero voto que depois, como tantos outros votos que fazemos, permanece bastante vago. Paulo, porém, faz uma promessa firme: A paz de Deus guardará! Por causa da conotação do termo grego, esse “guardar” implica um pouco do sentido da expressão jurídica “fideicomisso” ou do sentido original de “custódia”. Em 2Co 11.32 Paulo emprega a mesma palavra para a “vigilância” nas portas da cidade em Damasco, que visava impedir que o apóstolo escapasse da cidade. Consequentemente, a paz de Deus representa um poder protetor e vigilante. O adendo “em Cristo Jesus” pode referir-se ao todo da frase: aqui e em todos os outros lugares em que Deus age essa ação auxiliadora acontece por meio de Jesus. Contudo, também pode mostrar onde os corações e pensamentos são mantidos seguros e protegidos. A ordem das palavras depõe em favor dessa interpretação. Logo a frase toda se torna concreta e clara. A paz de Deus fará com que nosso coração inquieto e titubeante, tão facilmente assustado ou seduzido, apesar de tudo permaneça “em Cristo Jesus”, na luz de sua verdade e na vida de seu amor. A paz de Deus, porém, igualmente cuida de nossos “pensamentos”. Novamente a palavra não se refere de modo intelectualista a nossos arcabouços mentais, mas de modo prático a nossos planos e propósitos. Paulo emprega esta palavra em 2Co 2.11 para designar os intuitos de Satanás. Do coração sobem todos os “pensamentos” com os quais tentamos captar os alvos de nossa vida e ação. Esses “pensamentos” são, pois, os germes de nossas resoluções. Como é importante que justamente eles permaneçam “em Cristo Jesus”, nas raias de sua santa vontade e mandamentos”.
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
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Equipe EBD Comentada
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