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Betel Adultos – 3 Trimestre 2021 – 01-08-2021 – Lição 5 – Fidelidade, um estilo de vida

29/07/2021

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Amai ao Senhor, vós todos os que sois seus santos; porque o Senhor guarda os fiéis e retribui com abundância aos soberbos.” Salmo 31.23

TEXTOS DE REFERÊNCIA

DANIEL 3.14,16-18

14 Falou Nabucodonosor, e lhes disse: É de propósito, ó Sadraque, Mesaque e Abedenego, que vós não servis a meus deuses nem adorais a estátua de ouro que levantei? 

16 Responderam Sadraque, Mesaque e Abedenego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio. 

17 Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. 

18 E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ensinar a necessidade de tomar uma firme decisão. 
  • Enfatizar a importância de termos uma postura corajosa diante das provações. 
  • Mostrar que nossas “fornalhas” evidenciam nossa fé e revelam o poder de Deus.

NOTA

A EBD Comentada abriu um grupo no whatsapp para que todos(as) os(as) professores(as) possam trocar informações sobre os diversos temas que envolvem a aula da semana ou dúvidas a respeito. Neste canal postaremos vídeos, texto de reflexão, dicas de leitura ou mesmo algum material que visa orientá-los em suas aulas.

Como política do grupo, pedimos a todos(as) que se reservem em apenas escrever neste grupo temas pertinentes as aulas. Parece ser áspero, mas pedimos que evitem envio de mensagens e figurinhas de bom dia, boa tarde, boa noite, salvo quando iniciará algum comentário, textos, vídeos ou áudios que nada a ver tenham com os temas das aulas. A ideia é que o grupo se restrinja apenas ao seu propósito inicial.

Segue abaixo o link para que faça parte e participe e seja muito bem vindo(a). Te esperamos lá!

https://chat.whatsapp.com/BQgs04aUvYy9jDq22AxGXe

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos e irmãs, Paz do Senhor.

Estudaremos nesta semana sobre a história dos amigos de Daniel que haviam sido levados cativos para a Babilônia.

A Bíblia nos mostra que eram 3 amigos, cujos nomes eram Hananias, Misael e Azarias (Dn 1.6).

Infelizmente, a história da nação de Israel e da nação de Judá envolveram situações de cativeiro, pelo fato de ambas terem desobedecido ao Senhor de forma terrível.

Foi a incansável tríade idolatria-adultério-apostasia que  causou  a calamidade  iniciada  com Jeoaquim,  mas  não terminada  com  ele.

A primeira nação a ser levada em cativeiro foi Israel, que tinha como capital, a cidade de Samaria e, após cerca de 135 anos da queda de Samaria e do exílio imposto aos habitantes do reino do norte, em 586 a.C. foi a vez do reino do sul ser derrotado, e Jerusalém cair sob o domínio de Nabucodonosor II da Babilônia (2Rs 25:1-7).

Antes disso, alguns pequenos grupos já tinham sido capturados e exilados, mas a grande deportação ocorreu mesmo a partir de 587 a.C. Na verdade houve três invasões significativas de Judá por parte dos babilônicos.

A primeira ocorreu em 605 a.C., quando Nabucodonosor avançou contra Jeoaquim (2Rs 24:1-24; 2Cr 36:5-7). Foi nessa invasão que o profeta Daniel e os amigos Hananias, Misael e Azarias foram levados cativos para a Babilônia.

A segunda invasão ocorreu em 597 a.C. (2Rs 24:10-14) e a terceira, a maior de todas elas, ocorreu em 586 a.C. Nesse  tempo,  dez  mil  cativos  judeus  foram levados para a Babilônia. O profeta Ezequiel estava entre eles. É interessante saber que dos últimos cinco reis que Judá teve, três foram levados em cativeiro, sendo: o rei Jeoacaz, para o Egito; o rei Joaquim e o rei Zedequias para a Babilônia.

É triste saber que isto aconteceu com o povo de Deus, porém, como regente deste universo, o Senhor sabe como ensinar o povo e, a ação de Deus está mais relacionada com o ensino do que com o castigo.

O costume dos imperadores era utilizar todo o potencial do povo conquistado em benefício de seu reinado e foi exatamente isto que aconteceu.

O texto bíblico de Daniel nos mostra como ocorreu o cativeiro das pessoas mais inteligentes.

“No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou. E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus. E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres, jovens em quem não houvesse defeito algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus”. (Dn 1.1-4 – ARC)

O capítulo 1 descreve o que aconteceu com aqueles jovens e como eles se destacaram nos locais onde foram colocados.

É importante destacarmos para a classe, que ELES ERAM ESCRAVOS, desta forma, não possuíam vontade própria.

Isto é necessário para demonstrarmos que; mesmo sendo escravos; podemos nos manter íntegros diante de Deus, ainda que nossa vida seja colocada em risco, como aconteceu com aqueles jovens.

1 – UMA FIRME DECISÃO

Definitivamente, a vida é feita de decisões e nosso futuro é fruto das escolhas que fazemos.

Os grandes reinados da antiguidade faziam guerras contra tudo e contra todos.

A expansão do Egito, da Assíria, da Babilônia, do império Medo-Persa, da Grécia e de Roma nos mostram que a tática de conquistar as nações e fazê-las vassalas era muito comum.

Como mencionamos, as nações conquistadas serviam vários tipos de mão de obra especialidade e, em grande parte das vezes, as pessoas mais capacitadas eram levadas para a capital do império, pois, poderiam contribuir com o desenvolvimento da nação, estando próximas ao imperador.

A Bíblia nos mostra que algo parecido aconteceu com José, filho de Jacó.

“E aconteceu que, desde que o pusera sobre a sua casa e sobre tudo o que tinha, o SENHOR abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do SENHOR foi sobre tudo o que tinha, na casa e no campo”. (Gn 39.5 – ARC)

José havia sido vendido como escravo para o Egito por seus irmãos, porém, ele tinha muito a oferecer àquele povo e a benção do Senhor estava com ele.

É importante conversarmos com a classe e mencionarmos o fato de muitos cristãos, em especial os pentecostais, não investir no desenvolvimento de uma carreira profissional promissora, cursando uma faculdade, fazendo uma pós-graduação e se tornando referência profissional na área que escolhe.

Há tempos, existia a ideia de que não era necessário estudar, pois, Jesus já estava voltando, porém, o tempo passou, a igreja Assembleia de Deus tem mais de 100 anos e Jesus não voltou.

Sabemos que Ele voltará e que devemos estar preparados, porém, isto não impede que sejamos bons naquilo que fazemos.

Um pai, crente e sábio, cuidará para que seus filhos obtenham uma boa educação, pois, não basta fazê-los ler a Bíblia.

Daniel e seus amigos foram levados como escravos para a Babilônia porque tinham algo a oferecer para aquele povo. Somente os mais inteligentes e sábios foram levados nesta leva.

A ordem do imperador foi para levar jovens nobres, pois, sua criação e preparação eram superiores aos demais, instruídos em sabedoria e com algumas particularidades.

A  BV traz uma versão interessante deste texto.

“Lá, ele mandou Aspenaz, chefe dos palácio real, a escolher alguns rapazes entre os judeus que haviam sido presos em Jerusalém – rapazes de família real e das famílias ricas e importantes de Judá. Eles deveriam aprender a língua, os costumes e a ciência dos caldeus. “Escolha rapazes fortes, com boa saúde e de boa aparência” disse o rei; “eles devem ter boa instrução, boa cultura geral e distinção suficientes para viverem no palácio real”. (Dn 1.3,4 – BV)

O teólogo americano Norman Champlin nos traz um rico comentário sobre este texto:

“Daniel e  seus  amigos nobres (ou reais) eram espécies físicos perfeitos. Ademais, embora jovens, eram conhecidos por sua sabedoria e  erudição,  pelo que também se distinguiam inte­lectualmente.  Conforme  a  narrativa  se  desdobra,  descobrimos  que  eles  eram homens espirituais  especiais, que  levavam  a sério sua fé  religiosa.  Portanto,  foi apenas  natural que tivessem  sido  escolhidos  pelo rei da  Babilônia  para receber um treinamento especial, a fim de que fossem empregados em algum serviço que lhes fosse planejado,  em  benefício  do  império.  Essa história  me faz lembrar do “dreno de cérebros” em que os Estados Unidos da América estão envolvidos.  Intelectuais de muitos países, que ali vão para receber treinamento, terminam ficando no país e servindo a América do Norte, e não seus próprios países. Notemos que aqueles jovens também  eram “simpáticos”,  pelo que os homens bonitos sempre têm  alguma  vantagem,  e  tanto  mais  quando  possuem  outras  qualidades  que acompanham a beleza física”

As exigências do imperador eram altas, pois, as pessoas serviriam a nação mais poderosa da Terra.

1.1 – O critério da escolha

Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com 

Diferentemente do que o bispo Samuel escreve, a proposta do imperador era escolher os melhores para servir o melhor.

Tais pessoas só conseguiriam fazer grandes coisas se possuem qualidades importantes.

Aprender a língua e a cultura dos caldeus exigiria uma alta capacidade de aprendizado e era exatamente isto que eles estavam procurando.

Alguns segmentos cristãos criaram uma falsa humildade para dizer que não precisamos ser bons, que só devemos cuidar das coisas espirituais e isto produziu fanáticos religiosos, pessoas sem amor-próprio e incapazes de contribuir com o crescimento de outrem.

A necessidade não era fazer com que os servos esquecessem seus padrões socioeconômicos, culturais e religiosos, mas, aprender sobre sua nova morada.

A intepretação alegórica e as conjecturas fazem com que as pessoas interpretem este texto de uma forma incorreta, dizendo que como filhos de Deus não devemos nos misturar aos costumes dos pagãos, porém, não existe esta situação neste texto.

Precisamos desenvolver um conhecimento hermenêutico saudável e auxiliar aqueles que tem dificuldades para interpretar textos, para não incorramos em erros como este.

O que podemos aprender deste texto e do desenrolar da história, é que a capacidade intelectual dos jovens estava associada à sabedoria de Deus e, por isto, eles se destacaram dos outros.

Vale a pena comentarmos que quase 30% da população brasileira é considerado analfabeto funcional, ou seja, sabem ler e escrever, mas, não conseguem interpretar um simples texto.

Se você desejar conhecer mais sobre este assunto, clique no link abaixo.

https://jornal.usp.br/atualidades/escolas-brasileiras-ainda-formam-analfabetos-funcionais/

1.2 – A mudança dos nomes

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A mudança de nome era algo comum naquela época, exercida sobre os povos conquistados, para que estes se lembrassem que eles eram servos da nação que os conquistara.

Era um tipo de lembrete que sempre traria à memória a condição em que estavam.

Porém, os nomes recebidos estavam associados a divindades babilônicas e, provavelmente esta era uma forma de lembrá-los que o deus a quem serviam não os pode livrar.

Tal atitude é comum aos povos conquistadores, pois, a espiritualidade sempre esteve presente na vida dos seres humanos e os povos atribuíam suas conquistas a seus deuses.

É importante mencionarmos que a mudança de nomes não afetou em nada a fé e a lealdade de Daniel e seus amigos.

1.3 – Um propósito inabalável

Os judeus possuíam rituais religiosos bem rígidos e um deles estava relacionado à alimentação.

Em nenhum momento o texto diz que a comida era sacrificada a ídolos, mas, era uma comida diferente daquela que os judeus utilizavam.

Champlin nos mostra algumas características interessantes sobre o que era limpo e o que era imundo.

“As  leis  levíticas  dividiam   os  animais  em  limpos  e imundos.  Os  primeiros  podiam   ser  consumidos  na  alimentação  dos israelitas,  mas  não  os  segundos.   Parte  dessa  legislação  provavel­mente  estava  envolvida  no  conflito  contra  a  idolatria,  visto  que,  no paganismo,  muitos  animais  eram   tidos  com o  sagrados,  incluindo  es­pécies  com o  peixes,  porcos,  bois,  etc.  De  acordo  com  os  mistérios eleusianos,  o  sangue  do  porco  era  considerado  dotado  de  poderes purificadores.  A  Israel  estava vedada  observar costumes  pagãos (Lev. 20:23).  Algum as  das  razões  expostas  para  essas  proibições  são compreensíveis.   Por  exemplo,  todos  os  animais  que  se  alimentam   de carniça,   as  aves  de   rapina,   etc.,   eram    proibidos  com o  alimentos, provavelmente  por  razões  higiênicas,  além  de  motivos  psicológicos, porquanto  tais  animais  e  pássaros  são  asquerosos.  Quem  gostaria de  ter  um  urubu  assado  para  o  jantar? Durante  minha  permanência  de  alguns  anos  em  Manaus,  ouvi  dizer  que  pessoas  muito  pobres  tentavam   comer  a  carne  dessa  ave, mas  que  a  cocção  não  podia  rem over  a  dureza  e  indigestão  de  sua carne.  Por  igual  modo,  de  acordo  com  a  legislação  mosaica,  animais usados  nos  cultos  pagãos,  como  porcos,  cães,  ratos,  serpentes,  coelhos  e  insetos  como  o  escaravelho,  eram  proibidos.  A  associação  des­sas  espécies  com  a  idolatria,  era  suficiente  para  removê-las  do  cardá­pio  dos  israelitas”. 

O verdadeiro motivo para Daniel e seus amigos decidirem não se contaminar com as iguarias, ou seja, com a comida que o rei providenciava para seus servos, eram as leis levíticas.

A atitude daqueles jovens foi exemplar e reflete o caráter de um verdadeiro filho de Deus.

Quando Paulo escreve sua carta aos romanos, ele utiliza uma expressão marcante no capítulo 12.

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Rm 12.1,2 – ARC)

O texto traduz um apelo de Paulo para que os crentes que habitavam em Roma; um cidade pervertida pelos costumes greco-romanos; não se deixassem moldar pelo padrão mundano.

A expressão “não vos conformeis” pode ser traduzida da seguinte forma:

“Não sejais colocados na mesma fôrma que foi utilizada para moldar as pessoas mundanas”.

Esta fôrma era contrária a tudo o que o apóstolo os havia ensinado sobre a conduta cristã.

Em sua carta aos filipenses, Paulo nos mostra um pouco dos valores que devemos ter.

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco”. (Fp 4.8,9 – ARC) 

Infelizmente, quando alguns cristãos mudam de ambiente, quer seja por começar um curso superior ou iniciar um novo trabalho, suas atitudes também mudam, ou seja, deixam de viver uma vida baseada nos princípios bíblicos, para viver de acordo com os princípios mundanos.

Como cristãos, não somos isentos de erros, porém, precisamos vigiar e orar para que continuemos desejosos de viver uma vida que agrade a Deus, assim como Daniel e seus companheiros fizeram.

Precisamos reforçar em sala de aula, que devemos nos manter distantes dos padrões do mundo não por medo de sermos castigados, mas, por amor ao Senhor.

2 – ANTES DO FORNO DE FOGO ARDENTE

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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