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23/05/2019
Este post é assinado Leonardo Novais de Oliveira
“Disseram-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus, o que é de Deus.” Mt 22.21
Rm 13.1-4
Rm 13.1 – Toda alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.
Rm 13.2 – Por isso, quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
Rm 13.3 – Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
Rm 13.4 – Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
Caros irmãos (ãs), Paz do Senhor.
Entramos em um tema que já demandou milhares de anos de discussões, brigas, acordos, pactos e após tudo isto, os problemas continuam os mesmos.
O jogo de interesse que sempre rodeou ambos os lados (Igreja e Estado) sufocam qualquer possibilidade de manifestarmos Deus quando existe uma união entre os tais.
Como homem, Jesus nasceu em uma época onde a política dominava o mundo através do Império Romano, chegando ao cúmulo de o imperador ser chamado de Deus como acontecia com os faraós no Egito antigo.
Os judeus eram vassalos do império que os deixava viver sua religião, desde que não atrapalhassem os negócios do mesmo, porém, os fariseus, que eram os religiosos judeus dominantes, faziam vários acordos políticos para manterem seu poder religioso e isto fica muito claro quando eles julgam Jesus fora das regras judaicas, às escondidas, e o entregam a Roma.
A Igreja é a voz de Deus na terra e DE MANEIRA NENHUMA poderá misturar seus valores santos com a podridão dos interesses políticos.
O termo Igreja (Eclésia do grego) tem o significado de “chamados para fora”, ou seja, aqueles que fazem parte da Igreja, devem sair para fora de tudo aquilo que não está de acordo com a Palavra de Deus.
Martinho Lutero, no século 16, verificou que a influência da Igreja no Estado e vice-versa estava incontrolável e propôs uma série de mudanças que foi denominada Reforma Protestante.
Temos certeza que a Igreja, guiada pelo Espírito Santo de Deus e Sua Palavra pode influenciar qualquer pessoa e área, mas o que temos visto nos causa estranheza, pois ao invés de influenciar, aqueles que misturam a tarefa destes dois, acabam sendo influenciados pelas facilidades que envolvem o poder, dinheiro e prazer.
Todavia, como o comentarista da lição aborda uma outro vertente sobre este assunto, que é o da submissão que devemos, como seres humanos, ao Estado, abordaremos este assunto, trazendo à tona, o que a Bíblia fala sobre o mesmo, reforçando que TODAS as autoridades foram constituídas por Deus e, desta forma, o Senhor se agrada com a obediência de seus filhos às diretrizes do Estado, desde que tais não contrariem as regras da Bíblia.
Estudaremos abaixo algumas nuances desta relação.
Que Deus tenha misericórdia de nós…
Precisamos dividir este tópico em duas partes.
Na primeira abordaremos o conceito Igreja como sendo um agrupamento de pessoas, que possui um templo e trabalha de acordo com todas as leis.
A Teologia utiliza o termo Igreja Local para denominar este tipo e podemos tomar como exemplo as ADs Madureira.
Esta igreja é uma organização que em sua grande maioria possui funcionários remunerados, pastores que recebem prebendas (um tipo de pagamento), bens em seu nome e outros.
Como organização, precisa respeitar e seguir os preceitos da lei, tais como taxas, recolhimento de impostos; quando couber; recolhimento de INSS dos funcionários dentre outros.
Na segunda abordaremos a Igreja como indivíduo, que é Templo do Espírito Santo, conforme Paulo escreve aos Coríntios, leiamos:
“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós”? (1 Co 3.16 – ARC)
Eu sou Igreja, pois faço parte do corpo de Cristo, que é a Igreja.
Como seres humanos, também temos responsabilidades, deveres e direitos para com o governo e devemos cumprir na íntegra todos eles.
As leis existem para serem cumpridas e a Bíblia nos diz que as autoridades foram criadas por Deus e devem ser respeitadas, vejamos:
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra”. (Rm 13.1-7 – ARC)
Ainda que tenhamos uma organização e um indivíduo que tem relações com o estado (governo), NENHUM destes deve realizar pactos, acordos, conchavos que “mancharão” o nome de Jesus. Dentre estes, podemos citar os famosos “presentes” ganhos de políticos que estão interessados nos votos da massa.
A Igreja existe independentemente do Estado e vice-versa.
Porém, existe uma área que faz parte do trabalho da Igreja que é o cuidado social e nesta, desde que não existam situações erradas, a ajuda do Estado pode tornar-se necessária.
Estudaremos este assunto com mais profundidade no tópico de número 2.
Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com
O Império Romano representava o poder político prevalente naquela época.
Roma era a capital deste império e os judeus, conforme mencionado, eram sujeitos às leis daqueles.
Como ministro de Deus, Paulo, que era cidadão romano, escreve o capítulo 13 como guia para direcionar as relações dos cristãos com as leis existentes e seus instrumentos.
Sendo assim, fica claro que por sermos cristãos, e primarmos pelos valores morais padronizados pela Bíblia, precisamos ser exemplo no cumprimento de TODOS os nossos deveres, leiamos um texto sobre este assunto:
“Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. “Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus”. (Mt 5.13-16 NVI)
Um ponto importante que precisamos mencionar é a confusão que as pessoas fazem quando tomam partido político e “brigam” por certas opiniões.
A Igreja precisa tomar partido político NENHUM, mas deve ensinar aos seus membros o que a Bíblia nos ensina e assim, contribuir para o esclarecimento da membresia.
Dentre os membros da igreja, existem tanto analfabetos políticos, como militantes, porém, precisamos agir com sabedoria.
Finalizando, não vemos na Bíblia nenhum tipo de partidarismo vivenciado pela Igreja, mas sim, pelos fariseus, que estavam distanciados de Deus.
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A expressão “Dai a Deus o que é de Deus e a César o que é de César” é bíblica, leiamos:
“Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam em alguma palavra. E enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: Mestre, bem sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus, segundo a verdade, sem te importares com quem quer que seja, porque não olhas à aparência dos homens. Dize-nos, pois, que te parece: é lícito pagar o tributo a César ou não? Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro. E ele disse-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição? Disseram-lhe eles: De César. Então, ele lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus. E eles, ouvindo isso, maravilharam-se e, deixando-o, se retiraram.” (Mt 22.15-22 – ARC – grifo nosso)
Conforme a revista nos traz, César era um título utilizado pelo governador supremo de Roma e era considerado um tipo de deus.
O imposto mencionado por Jesus era pago por todas as nações que estavam sob o governo de Roma.
Esta passagem foi proferida por Jesus, quando os fariseus quiseram pegá-lo em alguma fraude contra César, pois naquela época, como já dissemos, o governo representava para o mundo o próprio Deus, ou seja, o governante supremo, mas Jesus, agindo com sabedoria do alto, deixou claro que ele era um cidadão que cumpria com suas obrigações e nos ensina que também devemos cumprir.
Vejamos o que o Teólogo Americano Normam Champlin diz sobre o assunto:
OS HERODIANOS eram os partidários da dinastia dos Herodes, instituída por motivo de interesses nacionalistas, a fim de ser impedido o governo pagão direto, que sempre foi desprezado pelos judeus. Ordinariamente consideravam (ou pelo menos assim diziam) que a sucessão dos Herodes era o Messias. Procuravam manter a política judaica, e, nessa tentativa, concordavam com os pontos de vista dos fariseus. Em realidade não eram um grupo religioso, e usualmente tendiam a não se mostrar ortodoxos quanto a pontos de vista religiosos, e nisso concordavam mais frequentemente com os saduceus. Davam apoio ao pagamento de tributos aos romanos, ao que os fariseus, como um grupo, se opunham. A palavra fariseus significa separados, embora alguns eruditos considerem— que se trata de um vocábulo de origem e de significação incertas. A princípio apareceram como um grupo distinto, pouco depois da revolta dos Macabeus (que livrou os judeus do domínio sírio, em cerca de 140 A.C.). Os fariseus, como agrupamento religioso, ordinariamente procediam do povo comum, em contraste com os saduceus, que usualmente eram elementos provenientes da aristocracia. No começo, o movimento dos fariseus tinha por intuito purificar e defender a crença ortodoxa. Eles eram porta-vozes das opiniões das massas populares. Após alguns anos, porém, o farisaísmo foi invadido por grande acúmulo de legalismo ritualista, que obscureceu o propósito original do movimento, embora muitos indivíduos dentre eles se tenham conservado sinceros e honestamente religiosos. Embora continuassem ortodoxos em suas declarações, gradualmente foram perdendo a presença e— a aprovação— divina, e nessa condição não souberam reconhecer ao seu Messias, transformando-se, assim, nos principais oponentes de Jesus. Os fariseus, juntamente com os saduceus, perfaziam o principal corpo autorizado dos judeus, civil e religioso, denominado sinédrio”.
Sobre a frase do início do tópico, Champlin comenta:
“Júlio César foi o primeiro imperador romano a ordenar a cunhagem de moedas com sua efigie, e depois dele Otávio e Tibério seguiram o seu exemplo. A resposta de Jesus reconheceu o princípio de que a aceitação de moedas dos imperadores era uma admissão de sua soberania «de facto». Mas as palavras que se seguem— «…e a Deus o que é de Deus» ensinam que tal admissão não significa admissão de qualquer lealdade menor a Deus. A primeira admissão não interfere com o serviço mais elevado que se deve prestar ao grande Rei. De fato, é ideia de Jesus (posteriormente desenvolvida por Paulo no décimo terceiro capítulo de Romanos) que a obediência a governantes terrenos é, ao mesmo tempo, obediência a Deus, tal como o serviço prestado à humanidade é, ao mesmo tempo, serviço prestado a Deus. (Ver Mat. 25:40). Os governos terrenos surgiram por instituição divina. A resposta, naturalmente, deve ter deixado indignados os representantes dos fariseus, porque ela revelava claramente a opinião política geral de Jesus, que era definidamente contra o nacionalismo radical, ao mesmo tempo que mostrou, de uma vez por todas, que Jesus não tomaria parte em qualquer revolta violenta para libertar Israel do domínio estrangeiro. A moeda provava que César era governador de fato, mas não necessariamente «de jure» (isto é, por direito de lei ética ou política). César impunha o seu domínio pela força, e isso não podia ser considerado como «legal», do ponto de vista político ou ético, pelos judeus nacionalistas comuns. Por conseguinte, Jesus deixou entendido que a independência nacional não era o bem final, e que o patriotismo não combate necessariamente em favor de um valor ou virtude final. Os valores e as virtudes e os bens que podem ser considerados «finais», ou seja, pertencentes à ordem mais elevada possível, são as virtudes, valores e bens que só podem ser encontrados em Deus, na adoração e no serviço a ele e na conformação segundo a imagem de seu Filho. Esses alvos podem ser seguidos sem qualquer atividade política. Essa ideia era defendida por Jesus em comum com os profetas judaicos. Jesus não ensinou nem deixou, subentendido que o «reino de Deus» significava a restauração à independência israelita do domínio romano, embora isso é o que o povo comumente entendesse ao ouvir a designação reino de Deus. Jesus não tratava como necessariamente distintas as questões «seculares» e as «religiosas», porquanto é bem provável que para Jesus não houvesse tal coisa como questões seculares. Aquilo que se convencionou chamar de secular em realidade faz parte do quadro completo da atividade humana, que deveria estar inteiramente centralizada em tomo das considerações de Deus, das coisas espirituais, da busca espiritual. Jesus, no entanto, avaliava em graus diversos as diferentes atividades dentro da conduta da vida humana. As questões do pagamento de tributo, da independência política, etc., simplesmente não eram importantes para Jesus, (pelo menos quando parecia óbvio ao povo que somente uma revolução sangrenta poderia alterar- a situação. Jesus deixava-se conduzir por ideias acerca do reino de Deus, que consiste da influência de Deus entre os homens, dos valores verdadeiramente espirituais e do destino final das almas. A resposta de Jesus foi sábia e caso tivesse sido ouvida, a destruição de Jerusalém, que ocorreu no ano 70 D.C., teria sido evitada, como também teria sido evitada a destruição posterior e ainda mais devastadora imposta por Adriano, alguns anos depois. Jesus não ensina aqui diretamente a separação entre Igreja e estado, como muitos comentadores têm pensado, pois esse conceito seria inteiramente estranho para qualquer judeu, mas ensinou um tipo de separação de obrigações, estabelecendo prioridades. A questão realmente importante é espiritual. A obediência ao estado também é uma exigência espiritual, embora se situe em escalões menos importantes. Porém, embora menos importante, deve ser cumprida honestamente, sem esquivas.
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
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