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Betel Adultos – 2º Trimestre de 2019 – 09-06-2019 – Lição 10: A Igreja e sua organização

06/06/2019

Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Romanos 12:1

1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. (ARC)

TEXTO DE REFERÊNCIA

Efésios 5:15,18-21

15 Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,

18 E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito,

19 falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,

20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,

21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus. (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Explicar o que é adoração;
  • Descrever os elementos do culto racional;
  • Explicar os aspectos de uma pregação relevante.

INTRODUÇÃO

Paz seja convosco nobres professores(as), vocacionados(as) e todos os que acessam o nosso material através do site https://ebdcomentada.com.

Excepcionalmente, eu, Cláudio Roberto de Souza, retorno para escrever o esboço da lição 10, pois nosso irmão Leonardo Novais de Oliveira não se encontra saudável esta semana, portanto rogo-lhes as orações. Esperamos em Deus que na próxima semana, ele já esteja recuperado e pronto para retornar as atividades conosco.

Nesta lição, abordaremos um assunto de máxima relevância – o culto cristão!

Sabemos que a liturgia de um culto pode variar de uma denominação para outra e até entre igrejas da mesma denominação; algumas dessas diferenças são chamadas por alguns de liberdade litúrgica, porém a “liberdade” deve estar condicionada a pressupostos estabelecidos pela Palavra de Deus, a qual serve como princípio regulador daquilo que é aceitável em nosso culto ao Senhor. A Bíblia Sagrada é o manual do culto.

Sobre tal, a confissão de Westminster afirma:

A luz da natureza mostra que há um Deus que tem domínio e soberania sobre tudo, que é bom e faz bem a todos, e que, portanto, deve ser temido, amado, louvado, invocado, crido e servido de todo o coração, de toda a alma e de toda a força; mas o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo e tão limitado pela sua vontade revelada, que não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras. (WESTMINSTER, 2005, p. 168).

O reverendo Anderson Borges afirma que o conceito exposto pela confissão citada acima se mostra em perfeita harmonia com o ensino escriturístico, vejamos o evangelho de João no capítulo 4: “Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.22-24 – grifo nosso).

No texto acima, Jesus esclarece que há um padrão para cultuar a Deus e que o modelo revelado pela Antiga Aliança estava próximo de ser substituído por um novo formato de adoração a Deus.

Jesus revela que o nosso culto deve ser oferecido a Deus, tendo em vista dois princípios básicos:

  • em espírito e em verdade.

Isto é, o que oferece o seu culto a Deus, necessariamente deve possuir uma sincera disposição nascida do seu interior e também deve prestar um culto baseado na verdade que é a Palavra de Deus.

O reverendo Anderson Borges diz que qualquer outra forma de se apresentar um culto ao Senhor estará automaticamente descartada, pois, o princípio foi estabelecido pelo próprio Deus porque deste é o culto, então quem somos nós para adorarmos ao Senhor de outra forma? Ou será que as nossas idéias são melhores do que a de Deus? Ou pensamos melhor que Deus?

Geerhardus Vos nos diz o seguinte:

Porque Deus é zeloso de Seu culto, isto é, Ele não está disposto a nos deixar fazer o que bem quisermos quando se trata de adorá-Lo. Deus é soberano, é supremo acima de todos, por isso somos obrigados a obedecer Sua vontade e Ele tem revelado na Escritura que é o seu desejo ser adorado estrita e unicamente conforme as Suas ordenanças, e não de outra forma qualquer. (VOS, 2007, p.335).

O culto é a forma de demonstrarmos dentro de um padrão estabelecido por Deus (Sua Palavra), tal gratidão através dos elementos que eram utilizados nas igrejas neotestamentárias e que regiam os cultos comunitários, são eles:

  • Leitura da Bíblia;
  • Pregação da Palavra;
  • Oração;
  • Cânticos e;
  • Administração dos sacramentos (Batismo e Ceia).

Por considerarmos que as ofertas e os dízimos (será visto com mais detalhes no tópico 1.3) são expressões de adoração a Deus, estes também podem fazer parte da liturgia de um culto oferecido a Deus.

1 – A ADORAÇÃO

Sobre o culto prestado a Deus, o apóstolo Paulo deixa-nos importante conselho:

Romanos 12:1-2

1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

2 E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (ARC)

Nesta mesma carta aos Romanos, no capítulo 1 e 2, Paulo versou a respeito do sacrifício que Jesus realizou por cada um de nós na cruz do Calvário, evidenciando a misericórdia divina sobre o homem, agora, o mesmo Paulo, aborda o sacrifício como manifestação ou prova da nossa gratidão a Ele.

Reverendo Hernandes Dias Lopes afirma que Paulo roga pelas misericórdias de Deus, ou seja, com base no que Deus fez por nós.

John Stott diz que não há motivação maior para uma vida de santidade que contemplar as misericórdias de Deus. No Novo Testamento, se a teologia é graça, a ética é gratidão!

Logo, o culto deve ser o momento de nos expressarmos maximamente o nosso reconhecimento e agradecimento por tudo quanto Ele já fez por nós (morrer em nosso lugar) e não nos concentrarmos naquilo que Ele pode ainda nos oferecer. A salvação concedida por Deus é suficiente e serve como fonte motivadora para aclamarmos e enaltecermos os seus atributos, bendizendo-o sempre pelo que Ele é!

Salmos 145:1-3

​1 Eu te exaltarei, ó Deus, Rei meu, e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos.

2 Cada dia te bendirei e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos.

3 Grande é o SENHOR e muito digno de louvor; e a sua grandeza, inescrutável. (ARC)

Leia todo o Salmo 145!

1.1 – Adorar

Há três importantes palavras no A.T. que traz o significado de adoração; uma delas é no hebraico naphal, em certos lugares, tem sentido de “fazer reverência”, “inclinar-se”, “prostrar-se” (Dn 2.46; 3.5, etc.); as outras (hb. qadad e shachah) usa-se no culto prestado ao Senhor e a outros deuses ou objetos de reverência (Gn 24.26,48; Êx 34.14, Dt 4.19, etc.); e também a respeito do “príncipe do exército do Senhor” (Js 5.14; aqui a palavra é mais uma vez, naphal).

No N.T., a palavra mais frequentemente empregada significava, na sua origem, beijar a mão de alguém como sinal de consideração, fazendo-se uma inclinação respeitosa (gr. proskuneo). É usada com as seguintes significações:

  • Adoração a Deus (Mt 4.10);
  • Reverência para com Jesus Cristo (Mc 5.6);
  • Culto idólatra (At 7.43; Ap 9.20; 14.29; 22.8).

A adoração cristã é prostrar-se não somente diante do Criador e Mantenedor de todas as coisas, mas também diante do Salvador das nossas almas. O adoramos por tudo que fez com as suas mãos, mas também o adoramos por nos ter tirado das trevas e nos transportado para a Sua maravilhosa luz. O adoramos por seus belos atributos, mas também o fazemos porque de alguns deles podemos participar, como o amor, a bondade, a misericórdia, a longanimidade, a santidade e a justiça (claro que não da forma perfeita com que Ele manifesta tais atributos). Ainda o adoramos pela sua grandeza, infinitude e tantas outras realizações e atribuições!

O adoramos quando reconhecemos o seu senhorio, pois Ele é o Senhor de todas as coisas (Rm 11.36); quando vivemos uma vida de santidade e submissão a Sua Palavra e acima de tudo o adoramos quando o amamos acima de todas as coisas (Dt 6.5; 11.1; Mt 22.37; Mc 12.30). O nosso amor a Deus nos conduzirá a mais legítima adoração e dará a maior autenticidade quando nos prostrarmos diante dEle!

Quando a igreja O reverencia em adoração, ela se ajusta aos padrões pelos quais fomos criados, pois quem ama a Deus e o coloca assentado no trono do seu coração, a adoração é o resultado mais adequado, pois o indivíduo se encontra rendido diante do seu Senhor!

Por fim, a palavra adoração deriva da palavra em latim “adorare”, que significa “falar com”, no sentido de ser constante e contínuo, ou seja, o tempo todo (comunhão), enfatizando que a adoração deve ser praticada sem interrupção (no falar, no pensar, no agir…) e, não apenas na igreja.

Portanto a nossa adoração não se restringe aos horários em que nos reunimos nos cultos, mas adore-O em casa, no trabalho, na escola ou faculdade, na rua, durante os afazeres. Adore-o através das atitudes e comportamentos que também assim o Pai será glorificado!

Mateus 5:16

16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus. (ARC)

1.2 – Louvor

Diferentemente da adoração que implica em cultuar uma divindade, prestar reverência e veneração, o louvor, segundo o dicionário da língua portuguesa, significa “ato de louvar, aplauso, elogio, encômio. Apologia de uma obra meritória”. Tem como antônimo “censura e crítica”. Sendo assim o louvor pode ser dirigido a pessoas, instituições, ideologias, objetos, lugares, animais, e outras coisas, através de elogios, aplausos, cânticos, falas poéticas, apologéticas, informais etc. Por exemplo, quando cantamos o Hino Nacional Brasileiro, estamos louvando o Brasil. Portanto louvar significa “admirar, falar bem, elogiar, engrandecer”.

Biblicamente, várias palavras hebraicas e gregas expressam esse assunto. O termo hebraico mais comum é “halal” cuja raiz significa “fazer barulho”; nesse caso, trata-se dos sons proferidos pelas pessoas envolvidas, como parte da adoração ao Senhor. Outra palavra hebraica, “yada”, estava associada a movimentos corporais que exprimem o louvor. “Zamar”, ainda outra palavra hebraica, indicava o louvor expresso mediante cânticos ou instrumentos musicais.

No Novo Testamento, a palavra mais comum é “eucharistéo”, que significa, literalmente, “agradecer”. Além disso, há também a palavra grega “eulogéo”, cujo significado é “abençoar”, “bendizer”.

Visto que os significados de louvar estão associados aos elogios de uma obra notável e valorosa, louvamos a Deus por seus feitos grandiosos, as obras da criação, as leis que Ele criou e as sustentam, as realizações miraculosas ou extraordinárias, tudo nos leva a louvar o seu nome, dirigindo a Ele os mais belos adjetivos elogiosos e enaltecedores – “Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; anunciai entre os povos os seus feitos” (Sl 9:11)

Ele é digno do nosso louvor, pois admiramos as suas qualidades morais, a maneira como nos ama e demonstrou o seu amor (Jo 3.16), a perfeição da sua justiça (Dt 32.4); sua longanimidade, o exercício da sua misericórdia, a abrangência da sua piedade e o caráter da sua bondade nos leva a homenageá-lo através dos nossos sinceros louvores (Sl 103.8).

Lembre-se, o motivo principal do louvor é a salvação em Cristo, logo, nosso louvor é centralizado em Cristo!

Vejamos um paralelo entre louvor e adoração (fonte desconhecida).

LOUVOR:Motivado na alma por um impulso de receber do Senhor.
ADORAÇÃO:Motivado no espírito por um impulso de dar ao Senhor.

LOUVOR:Pode ser comunitário.
ADORAÇÃO:É individual.

LOUVOR:Brota das emoções.
ADORAÇÃO:Brota da devoção.

LOUVOR:Pelos feitos de Deus.
ADORAÇÃO:Pelo que Deus é.

LOUVOR:Pelos presentes de Deus.
ADORAÇÃO:Pela presença de Deus.

LOUVOR:É uma expressão de vida.
ADORAÇÃO:É um estilo de vida.

LOUVOR:É circunstancial.
ADORAÇÃO:É incondicional.

LOUVOR:Aprecia os feitos de Deus.
ADORAÇÃO:Vive para Deus.

LOUVOR:Pode ser distante.
ADORAÇÃO:Só ocorre na presença.

LOUVOR:É mais exuberante, enérgico, movimentado, barulhento, com mais palavras.
ADORAÇÃO:É mais sóbrio, com menos movimentos, menos palavras, inclinando-se a cânticos espirituais e silêncio.

Aleluia! Louvemos e Adoremos ao Senhor!

1.3 – Dízimos e ofertas

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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