Buscar no blog
03/05/2024
“…orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando isso com toda perseverança e súplica por todos os santos.” (Ef 6.18)
Mateus 24.42-44
“Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considere isto: se o pai de família soubesse que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada em sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não quero.”
Mateus 26.41
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”
Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.
Quero iniciar este esboço fazendo uma pergunta extremamente importante.
Você utiliza este material como um tipo de bússola para nortear seus estudos ou o utiliza na íntegra, falando exatamente o que foi escrito nele?
Estou perguntando isto, pois estou preocupado com seu desenvolvimento e não é ideal que você, como alguém que ensina, não utilize a capacidade de buscar informações por conta própria.
Os esboços que fornecem devem ser uma orientação para que você se desenvolva e adquira o hábito de ler.
Falando em hábitos, a Bíblia nos exorta a orar e vigiar, deixando claro que essas duas ações precisam tornar-se hábitos na vida de todos os cristãos.
De forma prática e simples, a oração é uma conversa entre os seres humanos e a (s) divindade (s), sendo que em se tratando do Cristianismo, a oração é uma conversa entre o filho e o Pai, entre o pecador e seu Deus, entre a criatura e o criador.
Segundo o Dicionário da Bíblia de Almeida (1999, p. 120), oração é:
“Uma aproximação da pessoa a Deus por meio de palavras ou de pensamento, em particular ou em público. Inclui confissão (Sl 51), entusiasmo (Sl 95.6-9; Ap 11.17), comunhão (Sl 103.1-8), gratidão (1Tm 2.1), petição pessoal (2Co 12.8) e intercessão pelos outros (Rm 10.1) Para ser atendido, a oração requer purificação (Sl 66.18), fé (Hb 11:6), vida em união com Cristo (Jo 15.7), submissão à vontade de Deus (1Jo 5.14-15; Mc 14.32-36), direção do Espírito Santo (Jd 20), espírito de perdão (Mt 6.12) e relacionamento correto com as pessoas (1Pe 3.7).”
Desde o primeiro livro da Bíblia, a oração já era considerada importante e necessária, demonstrando interesse da parte de quem orava por aquele que era alvo desta.
“E se tornou Adão a conhecer a sua mulher; e ela teve um filho e chamou seu nome Sete; porque, disse ela, Deus me deu outra semente em lugar de Abel; porquanto Caim o matou. E a Sete mesmo também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então, começou a invocar o nome do Senhor.” (Gn 4.25,26 – ARC)
O reverendo Augusto Nicodemos , no livro “O que a Bíblia fala sobre a oração”, traz um conceito importante.
“A Bíblia Sagrada apresenta a oração como um elo permanente de comunicação entre a criatura e o Criador. Trata-se, ao mesmo tempo, de uma manifestação de gratidão a Deus e de um meio de entregar-lhe anseios e inquietações bem como louvor, estímulo, confissão e intercessão. Seu papel é relevante em qualquer momento e circunstância da vida.”
Uma conversa entre pais e filhos, que possui uma relação saudável, produz para ambos uma sensação maravilhosa de comunhão e alegria e a oração deve ser vista da mesma forma.
O teólogo americano Norman Champlim traz alguns conceitos interessantes a respeito da oração.
“a. Tal como Jesus, Paulo nos deixou grande exemplo de orações práticas (ver Col. 1:3; 4:12; Fil. 1:4; I Tes. 1:2; Rom. 1:9 e Arquivo. 4). b. A oração consiste em espírito (ver Efé. 5:19; Col. 3:16), particular e coletiva, c. Faz intercessão em prol de todos os homens (ver I Tim. 2:1), como também é intercessão do Espírito Santo em favor dos homens (ver Rom. 8:26) e de Cristo em favor dos homens (ver Rom. 8: 34). Portanto, envolve toda a trindade, por quanto o Filho e o Espírito de Deus intercedem juntamente com Deus Pai. d. A oração é exigente, pois requer perseverança (ver Rom. 15:30; Col. 4:12; Efé. 6:18 e I Tes. 5:17). e. A oração é uma expressão de ação de graças (ver Rom. 1:8 e ss). f. A oração aprofunda nossa comunhão com Deus (ver II Cor. 12:7 e ss). g. A oração visa ao benefício e ao crescimento espiritual de outros crentes (Efé. 1:18 e ss; e 3:13 e ss). h. A oração solicita a salvação dos perdidos (ver I Tim. 2:4). eu. A oração é feita «no Espírito», como exercício espiritual, que se vale do poder divino (ver Efé. 6:18). j. A oração chega mesmo a ser um dom do Espírito Santo (ver I Cor. 14:14-16).”
Sabemos que Deus pode falar conosco através de várias formas, ou seja, através de sonhos, visões, através de profetas ou diretamente em nossos ouvidos, porém, a Bíblia é a maneira escrita pela qual o Senhor fala com seu povo.
O escritor aos hebreus nos mostra isto com muita clareza.
“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiros de tudo, por quem fez também o mundo.” (Hb 1.1,2 – ARC)
Em outra tradução:
“HÁ MUITO TEMPO Deus falou de muitas maneiras diferentes aos nossos pais por meio dos profetas ( em pouco visões, em sonhos e até face a face ), contando-lhes a os seus pouco planos. Mas agora, nos dias atuais, Ele nos falou por meio do seu Filho a quem Ele deu todas as coisas e por meio de quem Ele fez o mundo e tudo quanto existe.” (BV)
Jesus é a revelação de Deus, que veio ao nosso mundo em forma humana, e nos deixou seus ensinamentos através da escrita, conhecida como Bíblia Sagrada.
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14 – ARC)
Jesus, sendo Deus, veio a este mundo em forma humana, para nos ensinar o respeito de como deveríamos viver, até que fôssemos morar com Ele nos céus.
Isto é uma verdade fantástica a respeito de como o Pai deseja que seus filhos vivam.
Sendo assim, os ensinos de Jesus norteiam nossa vida e devem ser tomados como referência para todos os cristãos.
Uma das práticas mais vivenciadas por Jesus foi a oração e, por vários momentos, o Senhor orou.
A pergunta que devemos fazer é: Se Jesus orava constantemente, nós devemos ficar sem orar?
Em se tratando de vigilância, Jesus também abordou este assunto, associando tal palavra ao cuidado para permanecermos em comunhão com Deus, reforçando que existiria um tempo em que Ele viria buscar seu povo.
“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não há de passar. Porém aquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levaram a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e restará outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considere isto: se o pai de família soubesse que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada em sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não quero.” (Mt 24,35-44 – ARCO)
A ideia principal da vigilância proposta por Jesus é estarmos em alerta diante de tudo o que acontece conosco neste mundo, tendo ciência que Deus vê tudo e que um dia nossa vida terminará e que existe uma evolução a ser vivida por todos, perto ou longe de Deus.
Não devemos somente vigiar por termos cargas na igreja, por termos um pastor, ou alguém para prestar contas neste mundo, mas por sermos seres eternos e desejarmos permanecer na presença de Deus aqui neste mundo e pela eternidade.
Champlim nos mostra que existem várias palavras para o termo vigiar, tanto no AT como no NT
“EU. Tsapah, “vigiar”, “espiar”, “espião”, etc. Como verbo, a palavra ocorre por cerca de vinte e uma vezes, conforme se vê, por exemplo, em Gên. 31:49; 1Sm, 4:13; 2 Sam. 13:34; Sal. 37:32; É um. 21:5; Lm.4:17; Naum2:1 e Hab. 11. 2. Shamar, “observar”, “cuidar”, “vigiar”. Essa outra palavra hebraica aparece por mais de quatrocentas e quarenta vezes, somente como verbo, conforme se vê, por exemplo, em Juí. 7:19; 1 Sam. 19:11; Jo 14:16; Sal. 59, sem título; 130:6; Jeremias 8:7; 20:10; Gén. 37:11; Êxo.12:17,24; Deu. 5:32; 6:3,25; 8: eu; Is, 42:20; Ezé. 20:18; 37:24; Jon. 2:8. 3. Shaqad, “despertar”, “vigiar”. Esse termo hebraico é usado por dez vezes com esse sentido, pois também significa “apressar-se”, “permanecer”, e, no plural, “moldar como amêndoas”. Por exemplo: Esd. 8:29; Sal. 102:7; Pró. 8:34; É um. 29:20; ler. 5:6; 31:28; Dan. 9:14. Quts, “despertar”, “vigiar”, “levantar-se”. Esse verbo, aparece por 21 vezes, conforme se vê, por exemplo, em Eze. 7:6; 1 Sam. 26:12;ló 14:12; Salmos 3:5; 17:15; Pró. 23:35; É um. 26:19; 29:8; ler. 31:26; Dan. 12:2; Joel 1:5 e Hab. 2:19. 5. Agrupnéo, “vigiar”, “montar guarda”, “estar desesperado”. Esse verbo grego foi utilizado por quatro vezes nas páginas do Novo Testamento: Mar. 13:33; Lucas. 21:36; Éfe. 6:18 e Hb. 13:17. O substantivo, agrupnia, “vigilância”, aparece por duas vezes.: 11 Cor. 6:5 e 11:27 (em nossa versão portuguesa, “vigília”, uma tradução perfeita, igualmente). 6. Gregoréo, “estar vigilante”, “estar desesperado”, “vigiar”, Esse verbo grego foi usado por 23 vezes: Mal. 24:42,43; 25:13; 26:38,40,41; 13 de março:34,35,37; 14:34,36,38; Lucas. 12:37,39; Atos 20:31; Eu Cor. 16:13; Cal. 4:2; 1 Tess. 5:6, 10; 1 Ped. 5:8; Apo. 3:2,3; 16:15. 7. Népho, ”vigiar”, “estar sóbrio”. Verbo grego empregado por seis vezes: I Tes. 5:6,8; 11 Tm. 4:5; 1 Ped. 1:13; 4:7; 5:8. 8. Parateréo, “vigiar juntamente com”. Esse verbo reforçado aparece por seis vezes: 12 de março; Lucas. 6:7; 14:1; 20:20; Atos 9:24 e Gál. 4: 10. 9. Teréo, “vigiar”, “guardar”, “preservar”. Verbo grego usado por 77 vezes: Mal. 19:17; 213; 27:36,54; 28:4,20; Março 7:9; João 2:10; 8:51,52,55; 9:16; 12:7; 14:15,21,23,24; 15:10,20; 17:6,11,12,15; Atos 12:5,6; 15:5; 16:23; 24:23; 25:4,21; 1Cor. 7:37; 11 Cor. 11:9; Éfe. 4:3; Eu Tess. 5:23; Eu Tim. 5:22; 6:14; 11 Tm. 4:7; Tia. 1:27; 2:10; Eu Ped. 1:4; 11Ped.2:4,9,17; 17; I João 2:15;3:22,24; 5:3,18; Jud, 1:6,13,21; Apo. 1:3; 2:26; 3:3,8,10; 12:17; 14:12; 16:15; 22:7,9.”
Jesus proferiu uma famosa frase a respeito da vigilância e da oração, quando estava prestes a ser preso, açoitado, crucificado e morto.
“E, voltando para os seus discípulos, achou-os adorados; e disse a Pedro: Então, nem uma hora você pode vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mt 26.40,41 – ARCO)
Em outra tradução:
“Depois voltaram aos três discípulos, e os encontrados dormindo. “Pedro”, chamou Ele, “vocês não poderiam ficar acordados nem mesmo uma hora? Fiquem atentos e orem. De outro modo a tentativa vencerá vocês. Pois o espírito na verdade está disposto, mas como o corpo é fraco!”
A regra principal da hermenêutica nos ensina que a Bíblia é autoexplicativa, orientando-nos a procurar a explicação do texto no próprio texto, demonstrando que existe um contexto presente em todo texto, ou seja, se voltarmos um pouco no texto, veremos que Jesus havia participou da última ceia da Páscoa com seus discípulos e aqui a eles que aquela seria a última ceia que participariam juntos neste mundo e que ele seria preso naquela noite.
Quando vieram daquele lugar, após uma passagem em que o Mestre mostrou a Pedro que ele o negaria, chegou a um lugar conhecido como Getsêmani, que era um tipo de jardim afastado.
A Bíblia nos mostra que a alma de Jesus estava profundamente angustiada e é provável que o Mestre soubesse que seria morto e que tivesse tido um tipo de vislumbre do que aconteceu e, por este motivo, sentiu uma enorme vontade de orar.
“E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então, eles disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu quer.” (Mt 26,37-39 – ARCO)
Algumas pessoas, por não estudarem, afirmam que a vigilância é mais importante que a oração, porém, em nenhum momento o texto bíblico fala tal coisa.
A Bíblia nos mostra que Jesus estava profundamente angustiado, como já vimos e algumas traduções utilizam a expressão “profundamente triste até a morte”, o que significa que o nível de tensão não era mais alto grau existente.
A situação foi tão marcante, que Jesus suou sangue (Lc 22.39), algo raro de acontecer.
A literatura médica chama essa condição de hematidrose. Apesar de ainda haver alguns mistérios envolvendo episódios de hematidrose, normalmente sua ocorrência está relacionada a uma condição de extremo estresse físico e psicológico.
Então, em alguns casos, a tensão é tão violenta, que pode provocar a dilatação dos vasos subcutâneos, especialmente aqueles próximos das mucosas e glândulas sudoríparas. Esses vasos acabam se rompendo, e sangue e suor se misturam na transpiração. Neste caso, os pequenos coágulos de sangue tingem de vermelho como gotas de suor.
Sendo assim, Jesus convida seus discípulos a ficarem acordados em oração (vigilantes), porém, por causa do cansaço, somente Jesus orando.
Todas as pessoas que se converteram possuem dentro de si o Espírito de Deus e é este que se comunica com o espírito humano, dizendo que somos filhos de Deus (Rm 8.16).
Este Espírito trabalha diuturnamente em nós, fazendo com que nos tornemos mais parecidos com Jesus em nossos comportamentos e isso acontece à medida que nos dedicamos à leitura, compreensão e aplicação dos ensinos bíblicos.
Quando nos convertemos, o Espírito Santo vivifica nosso espírito e começa uma obra conhecida como santificação, que só terminará quando morrermos e, de forma prática, nosso espírito deseja Deus, mas a carne ou natureza humana, deseja tudo o que não vem de Deus.
É por isto que o apóstolo João nos exorta a não amar as coisas que são provenientes da carne e do diabo.
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (1 Jo 2.15-17 – ARC)
De uma forma geral, os seres humanos possuem um conhecimento a respeito do que é certo e do que é errado e isto está descrito no capítulo 1 da carta de Paulo aos romanos, porém, com a presença do Espírito Santo em nossa vida, não só passamos a conhecer o que é certo, de acordo com o padrão de Deus, mas desejamos agir corretamente, segundo este padrão.
Champlim traz uma explicação interessante sobre este assunto.
“Trata-se de uma declaração geral, tal como a que se encontra em Rom. 7:22,25. Isso se aplica a toda a humanidade, tanto aos convertidos como aos não convertidos. No caso dos não-convertidos, a prontidão do espírito jaz dormente, amarrada, embora algumas vezes encontre expressão, tal como no caso da vida de Saulo de Tarso, antes de sua conversão. Instintivamente ele odiava o mal e amava o bem, porque essa parece ser a tendência da alma humana, embora muito se tenha afastado de Deus. Essas questões, entretanto, não são consideradas como evidências de verdade genuína, conforme nos ensina o terceiro capítulo da epístola aos Romanos. No entanto, o homem conhece instintivamente o bem e lhe dá preferência; mas a alma está agrilhoada na prisão do pecado. O princípio da carne, que no caso dos não-convertidos não é somente enfraquecido, mas também mostra-se diretamente inclinado para o mal, serve de grande fator que bloqueia o caminho do homem de volta para Deus. No caso do crente, o espírito foi vivificado e transformado em força poderosa; mas mesmo assim o poder da carne pode ser tão grande que derrote aquela. Nesse caso, a came pode ser o mau princípio (como na última parte do sétimo capítulo da epístola aos Romanos), ou pode ser simplesmente uma referência geral às fraquezas humanas, por serem os homens na «carne», sendo criaturas mortais, não passando de pó, um vapor que passa, uma flor que se resseca. Nesse sentido, o termo «a came é fraca» também é usado aqui, e esse é o sentido principal que encontramos neste texto do evangelho de Mateus. Jesus não desejava ensinar que seus discípulos eram malignos, que o mau princípio da veio os ameaçava (embora isso fosse verdade); mas simplesmente refere-se à debilidade humana, que é tão evidente não. caso aqueles que não se preparam de alguma maneira especial, no espírito, para enfrentarem as provações. Alford diz aqui, corretamente, que a referência principal, neste texto, é à natureza humana, e não ao próprio mal; e que a veio é simplesmente reputada como débil, e isso é inerentemente. Nesse sentido, até o próprio Jesus estava incluído em suas palavras (conforme diz Alford, in loc.), pois nessas palavras do Senhor não há qualquer alusão ao pecado, mas tãosomente à debilidade de homens mortais. Mas naquilo que Jesus venceu pelo exercício espiritual, pela vigilância e pela oração, os discípulos foram derrotados por causa de sua preguiça e negligência espiritual. A necessidade de atitude de alerta espiritual tem entrado no vocabulário do cristianismo até mesmo nos nomes próprios que damos aos nossos filhos. «Gregório» é a palavra grega que significa «vigia»,- como «Vigilius» ou «Vigilantius» o é em latim”
A Bíblia nos mostra que a carne cobiça contra o espírito e o espírito contra a carne (Gl 5.16), demonstrando que a natureza carnal dos seres humanos, a partir do pecado original, deseja dar lugar ao pecado e o diabo aproveita desta situação, colocando à nossa disposição dos manjares deste mundo.
Se andarmos em Espírito, não daremos lugar a estas concupiscências desordenadas e a vigilância espiritual se encaixar neste ponto.
“Digo, porém: Andai em Espírito e não cumpreeis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.” (Gl 5.16,17 – ARCO)
Concluindo, precisamos estar cientes de tudo o que está acontecendo em nossa volta e manter uma vida de oração, associada a isto.
A Bíblia nos mostra que o diabo, o inimigo de nossa alma, está prestando atenção em tudo o que faz e está pronto para nos destruir.
“Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprirão entre seus irmãos no mundo.” (1 Pe 5.8,9 – ARCO)
Em outras traduções:
“Sejam cuidadosos, sejam vigilantes contra os ataques de Satanás, o grande inimigo de vocês. Ele ronda em volta, como um leão faminto, que ruge à procura de alguma vítima para estraçalhar. Fiquem firmes quando ele atacar. Confiem no Senhor; e lembre-se de que outros cristãos ao redor do mundo inteiro também estão passando por estes sofrimentos.” (BV)
“Tende bom senso e estai atentos. O Diabo, nosso adversário, anda em derredor, rugindo como leão que procura a quem possa devorar. Resisti-lhe firmes na fé, sabendo que os mesmos sofrimentos estão acreditando entre seus irmãos no mundo.” (AS21)
Este texto nos mostra que, por causa do desejo que Satanás tem de nos destruir, a vigilância e o cuidado devem fazer parte de todos os momentos de nossa vida.
As diferentes traduções utilizam palavras que facilitam a compreensão do texto e eu quero reforçar com você e estimulá-lo a adquirir mais de uma tradução bíblica e orientar seus alunos a fazerem o mesmo.
ARC: Sede sóbrios e vigiai.
BV: Sejam cuidados e vigilantes.
AS21: Tenha bom senso e esteja atento.
Abaixo você tem os sinônimos da palavra sobriedade.
Abaixo você tem os sinônimos da palavra vigilância.
Se temos um inimigo poderoso que tem como propósito destruir tudo o que é proveniente de Deus, precisamos tomar muito cuidado e a continuação do texto deixa isto bem claro, citando as expressões “resisti firme na fé”; “ficar firmes quando ele atacar”; “resistir-lhe firma na fé”.
Um ponto importante que precisa ser reforçado é que a Bíblia também afirma que o anjo do Senhor acampa ao redor dos que temem a Deus e os livra (Sl 34.7) e isto reforça a importância de que a vigilância e a oração precisam ter em nossa vida.
Se estivermos atentos ao que acontece ao nosso redor e prestarmos atenção aos desejos desenfreados que fazem parte de nossa natureza, teremos uma interferência e fugiremos da aparência do mal.
O texto que dá base para este subtítulo encontra-se no capítulo 25 do Evangelho escrito por Mateus e nele, Jesus nos conta a história de um homem que deixou bens sob a responsabilidade de seus servos enquanto estava fora.
O texto não demonstra que o senhor deixou claro que voltaria, mas, podemos compreender que isso aconteceu, como aconteceu.
Quando voltou, o senhor pediu seus bens de volta e fornece que cada um dos três servos agiu de uma forma diferente. Ao constatar isto, ele recompensa cada um de acordo com seu comportamento.
As parábolas são histórias reais ou fictícias, utilizadas para ensinar verdades espirituais.
O capítulo 25 começa com a Parábola das dez virgens, ensinando sobre a importância de estar preparado e terminar com a vida eterna e o castigo eterno que herdariam aqueles que não andassem em vigilância.
Se analisarmos as três situações, chegaremos à conclusão de que o Senhor os estava ensinando a respeito da importância da vigilância, do compromisso para com os assuntos seguros e com o futuro, fazendo menção ao seu retorno como rei.
As duas parábolas reforçam a ideia de que o Senhor voltaria em um momento em que ninguém saberia e que existiriam consequências ruínas para aqueles que não foram instalados.
O escritor Daniel Conegero apresenta algumas lições que podem ser extraídas dessas parábolas.
“1. A Parábola dos Talentos ensina que Deus não é injusto. Nosso Deus nos concede talentos (dons, habilidades, oportunidades) de acordo com nossa capacidade. Ele seria uma injustiça se confiasse a nós algo que não poderíamos administrar. Por exemplo: uma pessoa sem o preparo necessário jamais poderá ser colocada na presidência de uma grande empresa em crise com a finalidade de salvá-la. Seria uma injustiça colocar uma pessoa numa situação tão difícil sem que ela tivesse a capacidade necessária. Da mesma forma, Deus nos colocaria em situação muito complicada se confiasse a nós uma quantidade de talentos que não poderíamos administrar com propriedade. 2. A Parábola dos Talentos ensina que o pouco é muito. Algumas pessoas enfatizam o fato de que o servo inútil recebeu apenas um talento. Mas aquele único talento já representou um montante equivalente a vinte anos de acumulação acumulada de um trabalhador de sua época. Acredite, isso era mais que o suficiente para realizar muitas aplicações a fim daquele dinheiro rendesse. Com isto, aprender que o que parece um pouco na verdade é muito. Alguns intérpretes defendem que aqueles servos da parábola eram escravos e nem possuíam salário. Mas se considerarmos que aqueles servos eram trabalhadores comuns da época, o servo que recebeu apenas um talento teve em suas mãos uma quantidade que muito provavelmente nunca havia ganho em toda sua vida. Por causa da expectativa de vida daquele tempo, boa parte das pessoas não chegava aos vinte anos de trabalho. Mesmo que os olhos de alguém pareçam ser um pouco, o que Deus nos confia é muito mais do que pensamos conseguir por conta própria. 3. A Parábola dos Talentos ensina que nada do que temos é de fato nosso. Somos apenas depositários, não somos donos dos talentos que recebemos. Nossa função é administrar e zelar por aquilo que Deus nos dá. Ele é o dono dos talentos e continuará sendo. Algumas pessoas se vangloriam diante de suas realizações e capacidades. Mas elas não conseguem enxergar que um dia terá que prestar conta de tudo ao verdadeiro dono. 4. A Parábola dos Talentos ensina que devemos multiplicar o que Deus nos dá. Ao recebermos os talentos, em gratidão a Deus por ter depositado em nós tamanha confiança, convidamos aperfeiçoá-los a fim de que eles sejam uteis para a expansão do reino. O resultado dos talentos que recebemos deve glorificar unicamente ao nosso Senhor. 5. A Parábola dos Talentos ensina que os talentos são valiosos, mas há algo ainda mais valioso. Na Parábola dos Talentos os dois servos bons receberam uma promessa de que devido ao sucesso diante das responsabilidades que exerceram, ambas dispostas em responsabilidades ainda maiores. Podemos notar a importância dessa promessa quando calculamos o valor do patrimônio que foi confiado ao primeiro servo. Ele ficou responsável por uma avaliação do que equivale a cem anos de rotação de um trabalhador de sua época. Isso realmente era muita coisa! Porém,o senhor dele comparou essa enorme quantidade como sendo pouco em relação ao que ele receberia no futuro.”
Para continuar lendo esse esboço CLIQUE AQUI e escolha um dos nossos planos!
É com muita alegria que nos dirigimos a você informando que a EBD Comentada já está disponibilizando os planos de assinaturas para que você possa continuar a usufruir de nossos conteúdos com a qualidade já conhecida e garantida.
Informamos também que apoiamos o seguinte trabalho evangelístico:
CLIQUE AQUI para ser nossa parceria e continuar estudando a lição conosco…
Deus lhe abençoe ricamente!!!
Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
Acesse os esboços por categorias