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Betel Adultos – 2º Trimestre 2024 – 02-06-2024 – Lição 9 – Ordenança para uma vida de santificação

30/05/2024

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição. (1Ts 4.3)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

2 CORÍNTIOS 7.1 

Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus. 

1TESSALONICENSES 4.7 

Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. 

1TESSALONICENSES 5.23 

E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o nosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Falar que sem santificação ninguém verá o Senhor.
  • Mostre que devemos ser santos porque Deus é santo.
  • Ressaltar a importância de buscar a santificação.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.

Este também é outro assunto que, na minha opinião, encontra-se entre os mais importantes e, infelizmente, tem sido explorado erroneamente durante décadas.

Para muitos, a santificação é algo que o crente tem condições de fazer pelo simples fato de manter uma vida de vigilância, porém, este assunto é muito mais profundo do que isto.

Quando Jesus estava proferindo o Sermão da Montanha, deixou claro que as proibições proferidas no AT por Deus aos judeus e ensinadas pelas gerações, estavam passando por um “upgrade” a partir Dele, haja vista, os judeus tiveram se tornado meros religiosos.

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer um que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mt 5.27,28 – ARCO)

Existem muitos que pregam nos púlpitos a respeito de santidade, mas seu coração está podre como um sepulcro caiado.

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniquidade. Fariseu cego! Limpe primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que são semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia.” (Mt 23. 25-27 – ARCO)

Em outra tradução:

“Ai de vocês, fariseus, e líderes religiosos – fingidos! Vocês são tão cuidadosos em limpar a parte de fora da taça, mas o interior é imundo de exploração dos outros e de cobiça. Fariseu cegos! Limpe primeiro o interior da taça, e então ela inteira ficará limpa. Ai de vocês, fariseus e líderes religiosos! Vocês são como belos túmulos – cheios de ossos de homens mortos, de podridão e sujeira.” (BV) 

A expressão “sepulcros caiados” reflete algo bonito por fora e podre por dentro, como um túmulo que possuía uma linda lápide de mármore e guardava um caixão cheio de carne podre.

No tempo de Jesus existiam grupos religiosos de cunho político que defendiam pontos de vista muito radicais e rígidos, como os Fariseus, Saduceus, Essênios e os Zelotes, sendo os Fariseus os que mais debateram com Jesus.

Este grupo era conhecido por doutores da Lei, pois ensinavam nas sinagogas e eram tidos como exemplos de homens de Deus e aparentemente o eram, porém, Jesus os conhecia na essência e sabia que eles aparentavam algo que não eram e ainda exigiam que as pessoas agissem da mesma forma.

Como não era possível alcançar um grau de santidade exageradamente alto como pregavam, tornaram-se atores e foram chamados pelo Mestre de hipócritas.

A palavra hipócrita traduz um comportamento dissimulado, falso e fingido.

A etimologia da palavra hipócrita nos traz algumas informações marcantes, de acordo com o site www.etimologia.com.br .

“Localiza-se no grego como hypokrisía, associado ao verbo hipócrita como hypokrités. A desconstrução proporciona os elementos hypo- que se refere a debaixo, krinein, em alusão a tomar um rumo, tendo uma raiz no indo-europeu *krei-, com relação a discernir. Do contexto teatral, na prática da interpretação, dentro da qual os gregos eram verdadeiros arquitetos da comédia e da tragédia, evolui ao comportamento do indivíduo que finge e pretende ser alguém diferente do que realmente é. Em nosso idioma há diferentes sinônimos, como falsidade (em latim falseĭtas), cinismo (em latim cynismus, sobre o grego kynismós.), ou dissimulo (observado no latim pelo verbo dissimulāre).”

A atitude dos fariseus é bem representada, em nossos dias, por aqueles que querem apresentar-se como santos, mas possuem comportamentos dignos de vergonha, pois falam pesadamente contra os desvios sexuais, mas os praticam; falam contra a mentira, mas são mentirosos; ensinam contra o falso testemunho, mas não são praticantes.

Você conhece alguém assim? Os púlpitos das igrejas estão lotados de pessoas deste tipo.

Tais comentários podem parecer pesados e eu lhe convido a fazer uma autoanálise para verificar como tem sido sua vida no tocante à santificação.

O teólogo americano Norman Champlim traz um comentário interessante a respeito deste assunto.

“O termo grego aqui empregado é agiasmos, que significa “consagração”, “separação”, “santificação”. Refere-se ao processo que leva o crente a tomar-se uma pessoa dedicada, santa, baseada em um início implantado quando da conversão, forensemente reconhecido diante de Deus, mas também concretizado nele, através de sua transformação moral.”

Existem pessoas que acreditam que o verdadeiro cristão não peca e utiliza textos bíblicos para afirmar sua teoria, porém, a Bíblia é clara quanto ao nosso estado de pecaminosidade, ainda que tenhamos sido alcançados por Jesus.

Aqueles que afirmam tal coisa se apoiam no texto, utilizado em uma tradução antiga de 1 Jo 3.9, escrita por JFA (1995), que diz:

“Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.” 

Este texto foi traduzido incorretamente e posteriormente foi corrigido, pois o termo “não comete pecado” deve ser analisado como ato contínuo, ou seja, o que é nascido de Deus não vive praticando pecado.

“Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.” (ARC) 

“Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente, pois a semente de Deus permanece nele, e ele não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus.” (AS21)

Por este motivo, é fundamental que aprendamos a interpretar os textos bíblicos corretamente e utilizemos várias traduções para nos auxiliar.

O apóstolo João, na mesma carta, nos explica sobre esta questão, de uma forma mais clara.

“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” (1 Jo 1.8-10 – ARC)

É fundamental que compreendamos que a conversão nos transforma em filhos de Deus e o sangue de Jesus, no momento do arrependimento e conversão, nos faz justos diante de Deus e que a partir daquele momento, começa em nós um processo que só terminará com nossa morte, conhecido como santificação.

1 – SEM SANTIFICAÇÃO NINGUÉM VERÁ O SENHOR

 

O texto bíblico que nos traz esta frase encontra-se na carta aos hebreus, no capítulo 12 e versículo 14.

Vou citar de 11 a 15, mas oriento-lhe a ler todo o capítulo para que a compreensão seja mais bem efetuada.

“E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados, e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado. Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.” (Hb 12.11-15 – ARC)

O capítulo começa com uma exortação sobre a necessidade de deixarmos todo o pecado que está perto de nós e sigamos a carreira cristã, com o foco plenamente direcionado para Jesus, que é o exemplo máximo de santidade.

O texto também nos mostra que Jesus suportou tudo sem desfalecer e nos convida a agir da mesma forma.

Também fala sobre a importância de aceitarmos a correção do Senhor, quando ela acontecer, pois existem situações que demandarão tal correção, pois precisamos crescer e o versículo 10 traz o motivo disto.

“Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade” (grifo nosso). 

O texto nos mostra que a correção do Senhor acontece para que sejamos participantes de sua santidade, ou seja, é necessário reconhecermos que estamos errados, aceitarmos a correção e mudarmos de vida, para que nos comportemos da mesma forma que Jesus se comportou.

Se compreendermos esta questão, o processo de santificação ficará mais fácil de compreensão.

1.1 – Santificação é essencial para ter comunhão com Deus

Após a morte de Jesus, o Espírito Santo foi enviado para que fosse o responsável por nos acompanhar até o retorno do Mestre.

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós.” (Jo 14.16,17 – ARC)

Este Espírito é o responsável pela salvação e santificação e isto acontece através da Palavra de Deus.

Precisamos difundir o conceito correto de santificação que é a manifestação do Fruto do Espírito, descrito por Paulo aos gálatas.

“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.”

Os que estão sendo santificados deixam de praticar as obras da carne e passam a manifestar o Fruto do Espírito.

Observe que só existe um FRUTO, pois ele é conceituado como uma a ação sobrenatural do Espírito de Deus em nossa vida, produzindo diversos comportamentos.

Quero lhe fazer uma pergunta e sugiro que também a faça a seus alunos.

É possível ser santificado sem a ação do Espírito Santo?

A resposta para esta pergunta é não e se as pessoas se esquecerem disto, tornar-se-ão semelhantes aos fariseus que foram exortados por Jesus.

“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus. Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.” (Mt 5.16-20 – ARC) 

A luz que emanamos só poderá resplandecer diante dos homens se for produzida pelo Espírito Santo.

Sendo assim, todos os que nasceram do Espírito (Jo 4.24), possuem dentro de si o próprio Deus e sofreram uma transformação espiritual que mudou sua natureza pecaminosa.

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação” (2 Co 5.17,18 – ARC)

Esta nova natureza nos concede um desejo de agradar a Deus em tudo o que fazemos e isto é chamado de santificação.

1.2 – Elementos e meios para alcançar a santificação

Já aprendemos que a santificação é um processo espiritual que acontece na vida de todos os filhos de Deus.

Todo os que aceitaram a Jesus como Senhor e salvador foram santificados pela Palavra e pelo Espírito e estão sendo transformados diuturnamente e a Bíblia nos mostra isto.

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.” (Jo 15.1-3 – ARC)

Sendo assim, é necessário que observemos o que a Bíblia nos ensina sobre como devemos nos portar diante deste mundo e orar para que o Espírito Santo produza em nós o Fruto do Espírito.

O Salmo 1 nos dá um panorama sobre este assunto.

“Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.” (Sl 1.1-3 – ARC) 

Em outra tradução: 

“Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite. É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera!” (NVI)

O crente não anda segundo o conselho dos ímpios, pois prefere andar na companhia do Senhor; não se detém no caminho dos pecadores, pois está sendo santificado pelo Espírito Santo que nos mostra que o caminho dos pecadores não nos aproxima do Senhor e não se assenta na roda dos escarnecedores, pois preferem estar em locais onde o nome do Senhor é exaltado e são estes que tem o seu prazer naquilo que é ensinado pela Bíblia Sagrada.

O autor da revista traz algumas “ferramentas” que aperfeiçoam nossa vida, que são:

  • A Palavra de Deus;
  • O sangue de Jesus;
  • O Espírito Santo;
  • A oração;
  • A vigilância;
  • Amar a justiça e odiar a iniquidade;
  • Mortificar a carne e seus prazeres.

Já mencionamos o que a Palavra de Deus faz em nós e é essencial que dediquemos tempo a ela, para que conheçamos quais são as orientações que existem nela.

No tocante ao sangue de Jesus, TODOS os que são salvos foram alcançados por este sangue e é errôneo o ensinamento que devemos pedir que o sangue de Jesus nos purifique, pois já fomos purificados no momento de nossa salvação e a obra continua através do Espírito Santo.

A oração é um ato de conversa entre o crente e seu Senhor e é através dela que pedimos ao Senhor para nos transformar.

Em se tratando de oração, podemos e devemos utilizar a Bíblia como bússola para nos conduzir, lembrando que Jesus nos ensinou como devemos orar.

“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!” (Mt 6.9-13 – ARC)

Já aprendemos em outras lições a respeito de cada parte desta oração e eu lhe oriento a buscar a lição em revistas anteriores para ter mais informações.

No tocante à vigilância, devemos observar o que a Palavra de Deus nos ensina e pedir ao Senhor para nos transformar segundo seus preceitos.

“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele. Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou.” (1 Jo 2.1-6 – ARC)

A vigilância consiste em conhecermos o que é correto, orar para que o Espírito Santo produza em nós o Fruto do Espírito, pautar nosso comportamento nos ensinamentos bíblicos, fugir da aparência do mal (1 Ts 5.22) e resistir ao diabo (Tg 4.7).

Notemos que a Bíblia nos ensina a fugir da aparência do mal e a resistir ao diabo e não o contrário.

Estes ensinamentos são precisos e devem ser colocados em prática na íntegra.

Se associarmos estes dois textos ao Salmo 1, teremos a bússola para a vigilância.

No tocante à mortificação da carne, além de tudo o que já mencionamos, o jejum é uma excelente ferramenta para este fim, haja vista, o fato de nos abstermos temporariamente de alimentos e nos dedicarmos à leitura da Bíblia e à oração, faz com que mostremos à nossa natureza que realmente desejamos estar na presença de Deus.

Definitivamente não existe serventia em realizarmos jejuns sem a leitura da Bíblia e a oração.

1.3 – Aperfeiçoando a nossa santificação no temor de Deus

O texto utilizado pelo autor para embasar este subtópico encontra-se na segunda carta de Paulo aos coríntios.

“Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.” (2 Co 7.1 – ARC)

Em outra tradução:

“Meus queridos amigos, todas essas promessas são para nós. Por isso purifiquemos a nós mesmos de tudo o que torna impuro o nosso corpo e a nossa alma. E, temendo a Deus, vivamos uma vida completamente dedicada a ele.” (NTLH) 

Para compreendermos o que este texto nos mostra, precisamos voltar ao capítulo 6, pois o contexto imediato está lá, a partir do versículo 10.

Paulo aborda a questão do jugo desigual, que é a união entre cristãos e ímpios em todas as esferas existentes, deixando claro que se desejarmos crescer espiritualmente, é necessário prestarmos atenção em nossos relacionamentos, que é exatamente o que o Salmo 1 aborda.

As promessas mencionadas no versículo 1 do capítulo 7 são as que foram abordadas no capítulo 6 e versículo 18.

“e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” (ARC)

Precisamos mencionar e lembrar aos alunos que não existe nada que façamos ou deixemos de fazer que nos dê condições de nos tornarmos filhos de Deus, pois este é um ato que somente Jesus faz e o apóstolo João deixa isto claro.

“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.” (Jo 1.11-13 – ARC)

Após sermos salvos por Jesus, conforme mencionamos no tópico anterior, é nossa tarefa nos alimentarmos de tudo o que vem do Senhor, ou seja, da Palavra, para que cresçamos na graça e no conhecimento de Jesus, o Cristo.

No tempo em que Paulo escreveu a carta aos coríntios, existia um ensino herege que afirmava que o corpo humano não tinha nada de bom e que o espírito era puro, mas Paulo afirma que o espírito do homem também precisa ser alcançado por Jesus e tal ensino é reforçado em sua carta aos tessalonicenses.

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Ts 5.23 – ARC)

Champlim nos traz um rico comentário sobre a purificação do corpo e do espírito, ou seja, da parte material e da parte imaterial. 

“A menção de que Paulo faz da contaminação do corpo e do espírito é um ataque contra a noção gnóstica que dizia que o espírito humano é puro, mas que a carne é totalmente corrupta, sendo esta a sede do princípio pecaminoso, e que não seria passível de purificação ou redenção. Pelo contrário, Paulo diz que o princípio do pecado é profundo, corrompendo tanto o corpo como a alma, o ser inteiro do homem, a sua porção essencial. Por conseguinte, a redenção deve ser um ato radical da parte de Deus, porquanto a queda no pecado foi extensa e profunda. Alguns intérpretes transferem «espírito» para «santidade», supondo que o apóstolo disse que o pecado provém da carne, e que a perfeição que buscamos na santidade é a perfeição «do espírito». Naturalmente que isso expressa certa verdade, mas o «espírito» deve ser deixado em associação com a ideia de purificação, já que o espírito humano também precisa ser purificado. A queda afetou o ser espiritual do homem, porquanto o corpo é apenas uma habitação temporária a qual, infelizmente, com facilidade se torna vítima de impulsos pecaminosos. Algumas vezes a palavra «espírito» indica o homem interior, tal como as operações de sua «mente». Por isso é que comentou John Gill (in loc.): «…a contaminação dos atos íntimos da mente, como os maus pensamentos, a concupiscência, o orgulho, a malícia, a inveja, a cobiça e coisas semelhantes… » Essa opinião de John Gill expressa um aspecto da verdade, mas a contaminação atinge a própria alma, a parte imaterial do ser humano; e com base nessa expressão do princípio do mal é que tudo chega ao nível da mente humana.”

2 – SEDE SANTOS, PORQUE EU SOU SANTO

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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