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13/05/2023
Gênesis 22:8a
8 E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. (ARC)
Gênesis 22:2-5
2 E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.
3 Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.
4 Ao terceiro dia, levantou Abraão os seus olhos e viu o lugar de longe.
5 E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós. (ARC)
Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.
Nesta oportunidade estudaremos sobre a provação de Abraão, o pai da fé.
Já aprendemos sobre alguns aspectos da fé deste conceituado patriarca e agora, no capítulo 22 de Gênesis, temos a consagração de Abraão como o verdadeiro pai da fé de multidões.
O grande rei e sábio Salomão já havia dito que “O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o Senhor” (Pv 17.3). O homem evoluiu no aspecto do conhecimento absurdamente! Os meios de comunicação avançaram de forma tal, que realizamos chamadas por vídeos de forma natural, cirurgiões realizam procedimentos críticos onde o paciente está em um país e o médico cirurgião em outro; dominamos as regiões do espaço, pisamos na lua, iremos em breve ao planeta marte, o universo está sendo desvendado, mas o coração do homem continua sendo um terreno misterioso que somente Deus o conhece perfeitamente.
Hernandes Dias Lopes, afirma com propriedade que não conhecemos a nós mesmos. Não sondamos a nós mesmos. Não administramos as cogitações que brotam do nosso interior.
Nosso coração é enganoso e desesperadamente corrupto. Jesus disse que é do coração que procedem os maus desígnios, como a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba e a loucura. Só Deus pode nos examinar e nos conhecer. Assim como o crisol prova a prata e o forno o ouro, só Deus pode provar quem realmente somos. O salmista, depois de falar sobre a onisciência, a onipresença e a onipotência de Deus, orou: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (SI 139.23,24).
No capítulo 22 de Gênesis, a fé de Abraão é consolidada após a provação de fogo que testou o interior do seu coração e é a partir dela, que ele adquiriu a chancela de pai da fé – “Então, disse: Não estendas a tua mão sobre o moço e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus e não me negaste o teu filho, o teu único.” (Gn 22.12)!
O pai da fé, Abraão, havia sido chamado por Deus para sair da sua terra natal e ir em direção a uma terra que Deus haveria de mostrar. A atitude do patriarca em obedecer a voz de Deus, já demonstrava a fé que viria a ser revelada ainda mais firme e forte, pois ele vivia em uma sociedade profundamente idólatra e muitos historiadores afirmam que o seu próprio pai, Terá, tinha um rentoso negócio em Ur do Caldeus, onde comercializava imagens dos deuses da mesopotâmia.
O relato bíblico, portanto, declara que Abrão, naquele episódio, não deixou apenas a herança dos bons negócios do pai Terá, mas também a provável crença nas diversas divindades daquele lugar para ouvir, obedecer e seguir em direção da voz do Deus verdadeiro que para ele se revelou – Aleluia!
Se esta foi a primeira provação do patriarca, ele foi aprovado, porém, a prova mais severa e que comprovaria de fato que Abraão era um homem de profunda fé em Deus viria após um tempo de experiências com o Senhor. Note bem, que as nossas maiores provações provocadas por Deus, virão após um tempo de convivência com o Senhor, após um período em que aprendemos dEle e o conhecemos melhor.
A provação final consistiu em um duro convite para que Abraão se dirigisse a outro lugar, o monte Moriá, que significa “ordenado” ou “considerado por Deus” para oferecer o seu único filho, Isaque em sacrifício a Deus.
Vamos entender a partir de agora, como Abraão foi aprovado em seu mais difícil teste imposto pelo Senhor.
O apóstolo Pedro, já havia dito que as dificuldades que atravessamos servem para provar a nossa fé e que ela é mais preciosa do que ouro que perece e é provado pelo fogo. Leiamos:
1 Pedro 1:7
7 para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo; (ARC)
O antigo processo do refinamento do ouro sempre incluiu o fogo. A presença do fogo é totalmente necessária e indispensável para que o ouro possa ser purificado e então possa ficar líquido pronto para ser moldado. Quando o ouro é retirado da natureza, ele normalmente está enterrado, misturado a terra, barro, pedra, inclusive misturado a outros metais. Ao longo do processo de purificação, isso se torna tão exigente, que quando buscamos um ouro puríssimo, então até o próprio ouro, é considerada impureza!
Para refinar o ouro e separá-lo de toda a impureza normalmente usa o processo de fundição, aquece-se o ouro bruto a altas temperaturas. O processo começa a fazer o trabalho de separação, de purificação do ouro. Por ser mais pesado que as impurezas, então, conforme o calor intenso do fogo vai o aquecendo, o ouro começa a acumular-se no fundo do cadinho (forninho), enquanto as impurezas, que são mais leves, começam a vir à tona, começam a vir a superfície e acabam sendo expostas para só então, serem removidas.
Nós temos a fundição centrifugada, processo que retira todo ar que possa formar bolhas no metal fundido. O produto ganha maior coesão no processo de compactação. As alianças confeccionadas por este processo são mais resistentes a quebras, por isto podem ser diminuídas ou aumentadas sem perda.
O que Pedro quis dizer é que os servos do Senhor são expostos a altas temperaturas de aflições, desconfortos e inquietações, mas que este é um processo que irá aperfeiçoar a nossa fé em Deus e irá, ao final, glorificá-lo.
Isaque era nascido de um tremendo milagre, pois Abraão já era de idade extremamente avançada e ele nasceu quando Abraão possuía 100 anos! Sara já tinha o seu ventre amortecido, estava em menopausa e as mulheres neste estado possui apenas 10% de chances de engravidar e para aumentar o grau de dificuldade de uma possível gravidez, ela era ESTÉRIL.
Alguns afirmam que Sara era infértil, mas há diferença entre infertilidade e esterilidade. A pessoa é considerada infértil quando há diminuição das chances da gravidez, que podem ser auxiliadas por tratamentos de reprodução assistida, e que é estéril quando há impossibilidade de gerar filhos. Desta forma, como naquela época não havia tratamentos como os temos hoje, Sara era infértil e estéril, e, portanto, o milagre do nascimento de Isaque se tornaria ainda muito mais eloquente. Ele nasceu quando Sara tinha expressivos 90 anos de idade!
Warren W. Wiersbe diz algo interessante: “Em Gênesis 22, Abraão estava com mais de cem anos e continuava passando por experiências intensas. Nunca somos velhos demais para enfrentar novos desafios, para lutar novas batalhas e para aprender novas verdades. Quando paramos de aprender, deixamos de crescer, e quando deixamos de crescer, paramos de viver. Na “escola da fé”, precisamos, periodicamente, passar por provas. De outro modo, jamais ficaremos sabendo onde nos encontramos em termos espirituais.”.
Se o milagre é a causa do nascimento de Isaque, a fé seria o fundamento para que Abraão o devolvesse a Deus. O que é comum tanto para o nascimento quanto para a entrega de Isaque a Deus é a promessa. Ela está entre um em outro. Isaque nasceu porque havia uma promessa e não poderia morrer porque havia uma promessa (Gn 12.2).
Wiersbe pondera: “Pense em como foi absurdo o pedido de Deus. Isaque era o único filho de Abraão, e o futuro da aliança dependia dele. Isaque era o filho do milagre, a dádiva de Deus a Abraão e Sara em resposta à sua fé. Abraão e Sara amavam Isaque profundamente e haviam construído todo o seu futuro em torno dele. Quando Deus pediu a Abraão para oferecer seu filho em sacrifício, estava testando a fé, a esperança e o amor. Parecia que Deus estava acabando com tudo pelo que Abraão e Sara haviam vivido.
Quando Deus nos manda uma provação, normalmente nossa primeira reação é perguntar: “Por que, Senhor?” e, depois: “Por que eu?”. Mais que depressa, queremos que Deus nos dê explicações. É claro que sabemos que Deus tem seus motivos para mandar essas provas – talvez para purificar nossa fé (1 Pe 1:6-9), para aperfeiçoar nosso caráter (Tg 1:1-4) ou até mesmo para nos proteger do pecado (2 Co 12:7-10), mas não vemos de que modo tais coisas se aplicam a nós. O fato de pedirmos explicações ao nosso Pai indica que não nos conhecemos como deveríamos ou que não conhecemos a Deus como deveríamos.
“No início da vida espiritual”, escreveu a piedosa serva do Senhor, a francesa Madame Guyon, “nossa tarefa mais difícil é sofrer com nosso próximo ao longo de seu progresso, conosco mesmos; e, no final, com Deus”. Nossa fé não é verdadeiramente testada até que Deus nos peça para suportar aquilo que parece insuportável e para esperar aquilo que parece impossível. Quer você olhe para José na prisão, para Moisés e Israel no mar Vermelho, para Davi na caverna, quer para Jesus no Calvário, a lição é a mesma: vivemos pelas promessas, não pelas explicações”.
Abraão ouviu a Palavra de Deus e obedeceu imediatamente pela fé. Ele sabia que Deus jamais entraria em contradição com suas promessas, de modo que se apegou à promessa de que “por Isaque será chamada a tua descendência” (Gn 21:12). Abraão creu que Deus, mesmo que lhe permitisse sacrificar seu filho, poderia ressuscitar Isaque dentre os mortos (Hb 11:17-19). A fé não exige uma explicação; ela descansa nas promessas.
Wiersbe nos ensina que devemos aprender a distinguir entre provações e tentações. As tentações vêm dos desejos dentro de nós (Tg 1:12-16), enquanto as provações vêm do Senhor, que tem um propósito específico a cumprir. As tentações podem ser usadas pelo inimigo para estimular o que há de pior em nós, mas as provações são usadas pelo Espírito Santo para extrair o que há de melhor em nós (Tg 1:1-6). As tentações parecem lógicas, enquanto as provações parecem não fazer sentido algum. Por que Deus daria um filho a Abraão para, depois, pedir que matasse o menino? A resposta é “Estou provando o seu coração”.
Normalmente as provações iram medir o quão amamos a Deus. Normalmente elas irão nos fazer renunciar algo que depositamos valor, algo que temos estima, algo que amamos de verdade e que uma vez tirados de nós, nossas vidas perderia o sentido.
Gênesis 22:2a
2 E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, […] (ARC)
No texto, Deus reforça, “o teu filho” e depois, “o teu único filho” (se referindo ao filho da promessa, já que ele possuía também Ismael, filho da escrava Agar) e por último, Deus expõe que conhece o coração de Abraão: “a quem amas”.
Hernandes esclarece que o que Deus requer dele é seu filho, seu único filho, Isaque, a quem Abraão ama. Deus pede a Abraão mais do que sua vida: pede seu amor; pede seu filho em sacrifício. Abraão crê em Deus e lhe obedece sem tardança, porque sabe que a loucura de Deus é sabedoria ainda não descoberta.
Waltke diz que esse é um dos textos moral e teologicamente mais difíceis do Antigo Testamento. Kierkegaard, no seu livro Temor e tremor, chega a dizer que a ordem de Deus a Abraão para oferecer seu único filho, a quem amava, em holocausto, era ilógica e absurda.
Hernandes continua… Não podemos entrar nessa passagem sem levar em conta a confiança inabalável de Abraão em Deus. Sua fé era autêntica aos olhos do Senhor, mas agora precisava ser demonstrada diante do mundo. A fé verdadeira sempre é provada e não se enfraquece nas provas, antes, torna-se ainda mais robusta e combativa. A fé não testada é fé insegura, e o que Abraão revela não é credince, não é fé infantil, imatura, mas fé adulta e guerreira.
A qualidade do metal é comprovada por aquilo que pode suportar. A coragem do soldado se evidencia na luta. Só uma casa edificada sobre a rocha enfrenta a fúria da tempestade sem desabar. As provas não só testam a fé, mas a revigoram. Os músculos exercitados tornam-se mais rijos, por isso o corredor bem treinado tem melhor desempenho na corrida. As tribulações produzem paciência, e esta conduz a ricas e profundas experiências.
A prova exigiu a prioridade da devoção (Gn 22.2). Isaque não podia ser um ídolo na vida de Abraão, e seu amor por Deus precisava estar indisputavelmente no topo de sua agenda. Abraão precisava abrir mão daquele a quem seu coração estava apegado, pois Isaque é o próprio futuro de Abraão.
Entre nós e Deus não pode haver nada maior ou que faça alguma sombra entre esta relação. Deus é a nossa prioridade e nosso coração será provado quanto a esta realidade.
Abraão provou ser um homem de renúncias muito bem pontuadas pelo Bispo Abner Ferreira:
1 – Abraão renunciou a sua terra natal;
2 – Abraão renunciou herdar um bom negócio em Ur dos Caldeus;
3 – Abraão renunciou a sua parentela;
4 – Abraão renunciou a melhor terra quando os seus pastores contenderam com os pastores de Ló, seu sobrinho;
5 – Abraão renunciou ao seu filho Ismael, pois este não era o filho prometido, nascido da relação entre Abraão e Sara, mas da relação entre Abraão e a escrava Agar;
Suas renúncias resultaram em bênçãos abundantes do Senhor sobre a sua vida, porém, Deus, agora, requer o seu único filho, Isaque, a quem Ele sabia que Abraão amava mais que qualquer outra coisa.
Neste ponto o Senhor apresenta a grande verdade que mais tarde seria expressa no que os judeus chamam de Shemá, isto é, a grande proclamação da fé monoteísta, um chamado a monolatria, ao culto e a devoção a um só Deus, o Deus de Israel; trata-se da profissão de fé central do monoteísmo, revelada posteriormente a Moisés em Deuteronômio 6. Leiamos:
Deuteronômio 6:4-5
4 Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.
5 Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder. (ARC)
Wiersbe explica o texto acima: “A confissão de fé judaica ortodoxa é chamada de Shemá, termo hebraico que significa “ouvir”. Essa confissão ainda é recitada todas as manhãs e no final de cada dia por judeus devotos em todo o mundo, declarando “Jeová, Elohim, Jeová é o único Senhor” (ver Mt 22:37, 38; Mc 12:29, 30; Lc 10:27). Essa confissão é tão importante que os meninos judeus em lares ortodoxos devem aprendê-la assim que começam a falar. As nações ao redor de Israel adoravam a vários deuses e deusas, mas Israel declarava a todos que há somente um verdadeiro Deus vivo, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
A palavra hebraica traduzida por “único” (ehad) também pode significar “uma união” bem como “unidade numérica”. O termo é empregado dessa forma em Gênesis 2:24, descrevendo a união de Adão e Eva, e também em Êxodo 26:6 e 11, para descrever a “unidade” das cortinas no tabernáculo. A palavra também pode transmitir a ideia de “singularidade”. Em contraste com os muitos deuses e deusas pagãos, Jeová é singular, pois só existe um verdadeiro Deus vivo; ele é Deus único – não é parte de um panteão. Também é uma unidade que, para os cristãos, é a Trindade (Mt 28:19, 20; 3:16, 17).
Quando Israel começou a colocar Jeová junto com os falsos deuses das nações gentias, negou sua própria confissão de fé. Os gentios podiam renunciar seus falsos deuses e confiar no verdadeiro Deus, o Deus de Israel, mas um israelita consagrado jamais poderia colocar Jeová no mesmo nível que os deuses dos gentios.”
Norman Russell Champlin também explica que “o intuito do original hebraico é perfeitamente claro. Só existe um Deus; e Ele é nosso Senhor e dono; Ele nos deu a Sua lei; e ela deve ser obedecida. Isso rejeita peremptoriamente a idolatria. O Deus único requer o cumprimento da lei do amor, que sumaria a lei toda em uma única declaração, precisamente o quinto versículo deste capítulo – “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus […]”.
O objeto da atenção exclusiva, do afeto e da adoração de Israel não é difuso, mas compacto e único. Está em foco algum panteão de divindades, cada uma das quais possuidora de uma personalidade dotada da desconcertante capacidade de ser dividida por devotos e santuários rivais, impedindo que a atenção do adorador se concentre sobre um único objeto. A atenção de Israel, porém, não podia ser dividida; antes, confinava-se ao Ser único e bem definido, cujo nome é Yahweh” (G. Ernest Wright, in loc.).
“O único Senhor”. Não muitos deuses; mas essa expressão também enfatiza as ideias de exclusividade e de soberania. Esse único Deus precisa ser obedecido; Ele é o doador e senhor de toda vida”.
Sobre o primeiro e maior dos mandamentos em questão (amar a Deus de todo o coração, alma e poder), Champlin explica que não há que duvidar de que Deuteronômio, neste ponto, fez avançar nosso entendimento sobre o que está em pauta no monoteísmo, além de nos ter dado melhor compreensão acerca da própria natureza de Deus. A lei inteira é sumariada na Lei do Amor, que se aplica, antes de tudo, a Deus.
Abraão foi provado nesta verdade antes que ela fosse escrita! Para que a promessa se consolidasse em Isaque, Deus deveria ser o centro da vida de Abraão e o seu amor a Ele maior que o seu amor pelo filho Isaque, porque devemos amar mais a Deus do que suas promessas, pois Ele é maior e vem antes das promessas em nossas vidas.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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