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Betel Adultos – 2 Trimestre 2022 – 26-06-2022 – Aula 13 – Um novo céu e uma nova terra

21/06/2022

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21.4

TEXTOS DE REFERÊNCIA

APOCALIPSE 21.1-4 

1- E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 

2- E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. 

3- E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus. 

4- E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Mostrar a felicidade que está reservada ao justo no porvir. 
  • Destacar a lista de pessoas que ficarão de fora. 
  • Exortar a Igreja de Cristo a testemunhar estas coisas.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos. Paz do Senhor.

Chegamos ao fim de mais um trimestre de EBD, tendo a certeza de que estamos colhendo bons frutos dos nossos estudos.

Algumas igrejas têm o hábito de fazer um resumo do trimestre durante a última aula, porém, quando isto acontece, o tempo para a ministração da aula 13 fica extremamente prejudicado e os alunos não poderão tirar as dúvidas.

Desta forma, não aconselhamos que tal resumo seja feito.

A escolha do título da última lição nos mostra que TODOS os planos de Deus tem propósitos específicos e que existe um tempo pré determinado para todos eles.

Salomão, considerado o homem mais sábio que já existiu falou sobre este assunto no livro de Eclesiastes.

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz”. (Ec 3.1-8 – ARC) 

Este texto nos mostra o início de algumas coisas bem como o seu fim e deixa claro que existem ciclos que devem ser respeitados para que o processo se cumpra corretamente.

Se observarmos o plano de Deus descrito no capítulo 3 do livro de Gênesis e seu cumprimento no capítulo 22 de Apocalipse, verificaremos que NENHUMA promessa de Deus é tardia e que o Senhor tem TUDO em seu controle.

O Senhor criou o mundo e seus habitantes e sabia o que aconteceria com eles e a Bíblia nos mostra que o plano de Deus a respeito dos seres humanos já estava traçado antes da fundação do mundo, aleluia.

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado”. (Ef 1.3-6 – ARC)

Todas as coisas podem caminhar contra a realização dos planos de Deus, porém, nenhum deles pode ser impedido (Jó 42.2).

Existem pessoas que se tornam ansiosas por desejar que tudo seja antecipado, porém, devemos aprender com o Senhor a crer e descansar.

“Confia no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra e, verdadeiramente, serás alimentado. Deleita-te também no SENHOR, e ele te concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele tudo fará”. (Sl 37.3-5 – ARC) 

1 – A VONTADE PERFEITA DE DEUS

Como o Senhor é a essência da perfeição, TUDO o que Ele faz é perfeito.

O apóstolo Paulo nos dá algumas diretrizes a respeito da vontade de Deus.

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Rm 12.1,2 – ARC) 

O texto em questão fala sobre a possibilidade de conhecermos qual é a vontade perfeita de Deus e não somente aquela que permite que várias coisas aconteçam.

O teólogo americano Norman Champlim nos traz um rico comentário sobre este assunto.

“A  palavra aqui traduzida por “experimenteis» tem sido traduzida também por «proveis»,  «façais real», «conheçais certamente» ou «tenhais um conhecimento fidedigno de»; porém, a verdade é que deve mesmo significar  conhecimento experimental,  e não apenas a consciência intelectual. Significa pôr  à prova. E,  apesar do conhecimento fazer parte integrante,  a experiência faz parte integrante do que  aqui  é  dito,  pois  faz  parte  inerente  deste  pensamento.  Mediante  a renovação do ser espiritual inteiro do homem, podemos provar e pôr a teste a boa, aceitável e perfeita vontade de Deus. Somente desse modo, através da renovação do íntimo,  segundo foi esclarecido mais acima,  é  que podemos realmente experimentar a «vontade» de Deus na presente existência. «O indivíduo regenerado prova, mediante o veredicto de sua consciência, a vontade  de  Deus,  por  haver  sido  despertado  e  iluminado  pelo  Espírito Santo». (Meyer, in  loc.).«…vontade de Deus…»Não o atributo divino da vontade, que controla a todas as coisas,  a parte volitiva de Deus; mas antes,  a «coisa desejada»,  o «curso correto da conduta», conforme Deus vê as coisas. Esse correto curso de ação deve ser de qualidade «…boa…», como também «…agradável…» e «…perfeita…» Trata-se de um alvo elevadíssimo que é posto à nossa frente. Nenhum homem mortal, entretanto, pode jamais atingi-lo,  embora alguns tenham chegado mais perto do grande alvo do que outros”. 

No tocante a salvação da humanidade, a Bíblia nos mostra que o Senhor providenciou uma maneira perfeita de resgatar o acesso destes à sua presença, colocando-a em prática com o nascimento e sacrifício de Jesus, para que TODOS aqueles que nele crerem, não pereçam, mas, tenham a vida eterna e tudo isto foi motivado pelo amor (Jo 3.16).

O apóstolo João nos mostra que este amor nos possibilitou sermos chamados de filhos de Deus.

“Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele”. (1 Jo 3.1 – ARC)

Este amor é a causa de não sermos consumidos e o “motor” para fazer com que os salvos e os ímpios tenham destinos diferentes.

É bem provável que a sentença que os seres humanos fariam sobre a desobediência de Adão e Eva seria a morte, porém, Deus não age de acordo com a nossa justiça, pois, ela é considerada como trapo de imundícia.

O profeta Isaías escreve sobre isto.

“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas, como um vento, nos arrebatam”. (Is 64.6 – ARC)

A oportunidade de salvação é dada a todos indistintamente mediante a pregação do Evangelho de Cristo e a consequência da nossa escolha definirá o lugar onde viveremos a eternidade.

1.1 – Novos céus e nova terra

A promessa de uma restauração absoluta de tudo o que Deus havia feito é pauta dos ensinamentos judaicos há tempos.

“Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão”. (Is 65.17 – ARC)

Estas palavras foram ditas pelo Senhor ao profeta Isaías para serem proferidas à nação de Israel e este texto não faz separação entre o que conhecemos como Milênio e realmente o que acontecerá e isto acontece porque tais acontecimentos ainda não haviam sido revelados.

Precisamos compreender que o que acontece no capítulo 21 de Apocalipse é diferente do que acontecerá no Milênio, onde, este planeta será restaurado a um estado parecido com o que foi vivenciado no Éden.

E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”. (Ap 21.1 – ARC) 

A maioria dos teólogos; com base no que Paulo escreveu aos colossenses; acreditam que esta nova criação será necessária porque satanás “contaminou” os céus com sua queda.

“… e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus”. (Cl 1.20 – ARC)

Champlim nos mostra uma visão bem interessante sobre este texto.

«…reconciliasse…» No grego temos o  termo  «apokatallasso»,  «reconciliar», com o sentido básico de «transferir de um estado para outro», ou seja, «restaurar ao favor». Trata-se do mesmo vocábulo usado em  Rom.  5:10, onde aparece a nota de sumário sobre a «natureza da reconciliação», conforme o ponto de vista de Paulo. Notemos que Deus é o tema: ele reconciliou  os  homens  consigo  mesmo;  e  Cristo  é  o  instrumento  dessa reconciliação; foi através de sua expiação pelo pecado, pela morte na cruz, que isso se concretizou. «Entendo agora que se o amor de Deus atinge a cada estrela no alto, e a cada pobre alma na terra,  deve tratar-se de algo vastamente simples,  tão simples que todos os habitantes da terra possam ter certeza disso,  como todos quantos têm olhos podem ter certeza da existência de algum planeta distante; e tão vasto que toda e qualquer barganha lhe é indigna, podendo eles  herdá-lo  sem  levarem  em  consideração  seu  anterior  afastamento». (Arthur Quiller Couch).

Nestes céus não estão contidos o lugar da habitação de Deus, que é perfeita.

1.2 – As primeiras coisas são passadas

As primeiras coisas estão relacionadas a tudo o que o Senhor criou, de acordo com o relato contigo no livro de Gênesis.

Quando o Senhor proferiu a sentença contra os participantes do ato de desobediência de Adão e Eva, verificamos que TODOS foram afetados.

“Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida. E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos e cardos também te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás”. (Gn 3.14-19 – ARC) 

O animal (serpente) foi afetado, o diabo foi afetado, os dois seres humanos foram afetados, a natureza foi afetada e houve consequências terríveis para todas as partes.

O Senhor poderia ter destruído todos e recomeçado, porém, resolveu mostrar que seu plano de redenção era muito mais resolutivo.

Quando o texto bíblico diz que as primeiras coisas são  passadas, quer dizer que não existirão mais os efeitos que foram “sentidos” por todos, haja vista, o Senhor estar no mesmo lugar e onde Ele está não existe possibilidade de que nada “estradado” exista, como é o caso do pecado.

“E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus”. (Ap 21.3 – ARC)

Desde a criação do Tabernáculo, o Senhor desejou habitar no meio do seu povo e Jesus cumpriu este propósito ao “tabernacular” entre nós (Jo 1.14).

Quando o Espírito Santo foi enviado no lugar de Jesus, Ele começou a habitar no corpo de TODOS os cristãos e, quando o estado eterno for inaugurado, o próprio Deus estará junto de seu povo.

Esta presença fará com que as causas da tristeza em seus mais íntimos detalhes seja extinta.

“Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas”. (Ap 21.4 – ARC)

Sabemos que a morte já terá sido tragada (1 Co 15.55-58) e a influência do mal não mais existirá.

Sendo assim, a conclusão de que as primeiras coisas e suas influências terão passado é perfeitamente aceitável e compreensível.

1.3 – Promessa ao que vencer

A Bíblia é um livro de promessas feitas diretamente pelo próprio Deus.

Quando Jesus apareceu em visões ao apóstolo João na Ilha de Patmos e lhe ditou as cartas que deveriam ser enviadas às 7 igrejas que estavam na Ásia, deixou promessas maravilhosas para aqueles que vencessem as situações que lhes seriam apresentadas.

É interessante observarmos que Jesus sabia de antemão o que lhes aconteceria e lhes fez promessas relacionadas à vitória sobre tais acontecimentos, ou seja, condicionadas às vitórias sobre estas situações.

Se observarmos o que o apóstolo Tiago escreveu a respeito das provações, chegaremos a conclusão de que o Senhor sempre desejou nos abençoar.

“Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma”. (Tg 1.2-4 – ARC)

Em outra tradução:

“Queridos irmãos, a vida de vocês está cheia de dificuldades e de tentações? Então, sintam-se felizes, porque quando o caminho é áspero, a perseverança de vocês tem uma oportunidade de crescer. Portanto, deixem-na crescer, e não procurem desviar-se dos seus problemas. Porque quando a perseverança de vocês estiver afinal plenamente crescida, vocês estarão preparados para qualquer coisa, e serão fortes de caráter, íntegros e perfeitos”. (BV)

As promessas feitas aos pastores responsáveis pelas igrejas que estavam na Ásia são as seguintes:

Éfeso: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus.

Esmirna: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.

Pérgamo: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.

Tiatira: E ao que vencer e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai, dar-lhe-ei a estrela da manhã.

Sardes: O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.

Filadélfia: A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.

Laodiceia: Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.

A conclusão escrita por João no capítulo 21 excede em todos os sentidos as promessas enviadas  para as 7 igrejas.

“Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho”. (Ap 21.7 – ARC) 

Champlim nos traz um comentário importante a respeito deste assunto.

“Por  ser  um  dos  «filhos»  de  Deus,  conforme  o  versículo passa a dizer-nos. (Quanto a notas expositivas completas sobre a «herança do crente», ver Rom. 8:17). Ele receberá todas essas «coisas novas», todas as imensas bênçãos e as vantagens eternas prometidas no contexto. É claro que sua grande  vitória  e  empreendimento  terão lugar  em  seu  próprio  ser,  na riqueza espiritual da sua transformação segundo a imagem e a natureza do próprio Cristo (ver II Cor.  3:18),  na participação na «plenitude de Deus» (ver Efé. 3:18 e Col. 2:10), e na própria natureza divina (ver II Ped. 1:4). A consulta a essas referências e às respectivas notas expositivas darão ao leitor melhor  compreensão  sobre  a  imensidade  de  nossa  salvação,  o  que transcende em muito às «coisas» que possamos vir a herdar”.

2 – UMA ADVERTÊNCIA PARA NÓS

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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