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Betel Adultos – 2 Trimestre 2022 – 01-05-2022 – Aula 5 – A realidade da Grande Tribulação

28/04/2022

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” 1 Tessalonicenses 1.10

TEXTOS DE REFERÊNCIA

DANIEL 9.24-26 

24- Setentas semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos. 

25- Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. 

26- E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Mostrar a importância das 70 semanas no Apocalipse. 
  • Ressaltar o papel de Israel no quadro profético. 
  • Revelar o cuidado de Cristo com a Sua Noiva.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos. Paz do Senhor.

As setenta semanas de Daniel fazem parte da escatologia bíblica e estão intimamente ligadas ao plano redentor da humanidade.

Quando Daniel esteve orando a favor do povo de Israel, suplicando o perdão de Deus, o Senhor o visitou enviando o anjo Gabriel que comunicou ao profeta algumas coisas que haveriam de acontecer.

Daniel havia compreendido após examinar os escritos do profeta Jeremias, que os 70 anos do cativeiro estavam prestes a se cumprir, porém, ele viu que o povo continuava distante do Senhor em alguns aspectos e isto lhe trouxe extrema preocupação.

“Estando eu ainda falando, e orando, e confessando o meu pecado e o pecado do meu povo Israel, e lançando a minha súplica perante a face do SENHOR, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus, estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me à hora do sacrifício da tarde. E me instruiu, e falou comigo, e disse: Daniel, agora, saí para fazer-te entender o sentido”. (Dn 9.20-22 – ARC)

O anjo Gabriel está envolvido no processo de comunicação do Senhor para com o povo de Israel, tendo se manifestado em algumas ocasiões para revelar o que aconteceria, sendo que o ponto máximo deste tipo de ação foi a revelação do nascimento do Messias para Maria, mãe de Jesus.

“E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim”. (Lc 1.26-33 – ARC) 

A Bíblia nos mostra que o anjo Gabriel assiste diretamente diante de Deus (Lc 1.19). Em outras palavras, este anjo está diretamente ligado ao Senhor e trabalha como um emissário das notícias que Deus quer entregar.

O significado mais provável do nome Gabriel é “homem de Deus”, no sentido de “poderoso de Deus”; mas alguns intérpretes também sugerem “Deus é poderoso” ou “Deus mostrou-se forte”.

Ele é um dos dois únicos anjos mencionados nominalmente na Escritura Sagrada. O outro é o arcanjo Miguel (Dn 10.13,21; Jd 9; Ap 12.7).

O teólogo brasileiro Daniel Conegero traz uma importante contribuição a respeito deste assunto.

“O anjo Gabriel entra em cena na narrativa Bíblia no livro de Daniel. Num primeiro momento ele apareceu para explicar ao profeta a visão do carneiro e do bode (Daniel 8:16). Depois, Gabriel mais uma vez se encontrou com o profeta Daniel para anunciar e interpretar a profecia das 70 semanas (Daniel 9:21-27). O objetivo principal dessa profecia foi anunciar a vinda do Messias que se daria depois de quase cinco séculos. Praticamente 500 anos depois de ter aparecido ao profeta Daniel, o anjo Gabriel foi enviado à cidade de Jerusalém para anunciar o nascimento de João Batista ao sacerdote Zacarias, seu pai (Lucas 1:11,12). Nessa mesma época ele também foi até Nazaré da Galileia para anunciar a Maria o nascimento miraculoso de Jesus por obra e graça do Espírito Santo (Lucas 1:26-38). Alguns intérpretes sugerem que talvez também tenha sido ele quem falou em sonho com José tranquilizando lhe acerca da concepção de Jesus (Mateus 1:20-25). Mas o texto Bíblico não revela o nome desse anjo; por isto nada pode ser afirmado nesse sentido. Conheça a história de José, pai adotivo de Jesus. 

Da mesma forma especulativa, outros pensam que Gabriel também é o anjo que sofreu oposição do príncipe da Pérsia quando trazia uma resposta de Deus ao profeta Daniel (Daniel 10:13-21). No entanto, mais uma vez o texto Bíblico não identifica nominalmente quem foi esse anjo; dessa forma não é possível afirmar que era o anjo Gabriel”. 

De acordo com a carta aos hebreus, os anjos são instrumentos de Deus para servir àqueles que são dele.

Ainda que sejam seres extremamente poderosos e importantes, não devemos venerá-los, pois, também são criaturas de Deus.

“Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?”  (Hb 1.14 – ARC)

Em outra tradução:

“Não, pois os anjos são apenas espíritos mensageiros, enviados para ajudar e cuidar daqueles que receberão a sua salvação”. (BV)

O Senhor tem seus meios de se comunicar conosco e nós precisamos estar atentos a eles, lembrando que toda comunicação que parte de Deus está completamente associada à sua Palavra.

O assunto que o anjo Gabriel ministrou a Daniel fala sobre a libertação plena dos judeus envolvendo o nascimento do Messias prometido, ou seja, daquele que livraria o povo de seus pecados.

Tal assunto é escatológico, ou seja, relacionado aos últimos acontecimentos e envolvendo TODO o povo de Deus, judeus e cristãos.

Como assunto escatológico, deve ser estudado com muita atenção e cuidado, para não corrermos o risco de conjecturar sobre os acontecimentos, sendo que para algumas pessoas, tais assuntos se mostram assustadores, porém, para os cristãos, ele é libertador.

1 – AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL

Conforme mencionamos, as setenta semanas de Daniel estão associadas ao tempo do fim e claramente explicadas no livro do profeta.

Como não temos uma classe homogênea em termos de conhecimento, ou seja, com um nivelamento, precisamos ter sabedoria para ministrar esta aula.

Outro ponto que deve ser levado em consideração é o fato de não termos tempo suficiente para abordar tudo o que gostaríamos, sendo assim, a melhor maneira de ministrar esta aula, é citando as possíveis interpretações e pontos de vista, sem fazer uma explicação sobre eles.

É necessário reforçarmos que a primeira regra da hermenêutica é clara quanto ao processo de interpretação dos textos bíblicos, afirmando que o próprio texto se explica e isto está visível neste texto, haja vista, o próprio anjo explicar sobre o que significa tais semanas.

Existe uma técnica que facilita o processo de interpretação de qualquer texto que consiste na divisão do mesmo em assuntos, palavras ou frases.

Estas semanas estão divididas em 3 partes:

  • Período de 7 semanas.
  • Período de 62 semanas.
  • Período de 1 semana.

Para auxiliar a compreensão dos alunos, desenhe esta explicação no quadro ou utilize um slide para auxiliá-los.

Se voltarmos aos primeiros versículos do capítulo 9 do livro de Daniel, veremos que ele começou a oração crendo que os 70 anos de cativeiro estavam chegando ao fim, mas, o povo ainda não estava completamente “convertido”.

Sendo assim, o anjo Gabriel revela ao profeta o plano completo de redenção para os judeus, que aconteceria no futuro.

Por diversas vezes, o Senhor disse que transformaria o coração dos judeus e que eles seriam verdadeiramente convertidos e isto acontecerá plenamente quando eles reconhecerem a supremacia de Jesus como o Messias prometido.

A Bíblia traz alguns textos importantes sobre este assunto (Ez 36.26-28; Ml 4.5,6; Rm 11.1-32).

O ponto mais importante a respeito destas semanas é que elas representam anos e não dias e isto é aceito pela maioria dos teólogos.

Daniel Conegero traz uma explicação interessante sobre este assunto.

“A expressão “setenta semanas” deve ser traduzida por “setenta setes“ e uma boa parte dos teólogos acreditam que trata-se de uma referência direta aos 70 anos de exílio que o povo foi submetido, sendo então, estes 70 anos, multiplicados sete vezes, de acordo com o padrão de tratamento pactual (cf. Lv 26:14,21,24,28). Seja como for, todos os intérpretes consideram que as 70 semanas devem ser entendidas não como semanas de dias, mas como semanas de anos, assim como está em Levítico 25:8. Desta forma, a profecia das 70 semanas se refere a um período de 490 anos (70×7). Assim, a divisão das semanas estabelecida na própria profecia seria a seguinte: 49 anos (7 semanas), 434 anos (62 semanas) e 7 anos (1 semana)”. 

O gráfico abaixo foi feito pelo teólogo americano Norman Champlim e nos dá um belíssimo panorama sobre as setenta semanas de anos.

1.1 – Daniel clama pela restauração de seu povo

Daniel era um profeta e um homem que mantinha uma vida de oração e, por isto, sabia que a condição espiritual do povo que estava no cativeiro não era saudável.

Ter um líder que seja maduro espiritualmente é de extrema importância, haja vista, este conseguir fazer uma análise sobre como estão as pessoas.

Os pastores foram colocados por Deus como responsáveis pelo rebanho e isto nos mostra que o Senhor sempre se preocupou em cuidar do povo.

Sendo assim, os líderes que nos assistem precisam ser homens espirituais e sábios, ainda que sejam tão pecadores como qualquer pessoa.

Além disto, faz-se necessário que os dons espirituais abundem, para que a obra cresça da melhor forma possível.

Líderes que conhecem suas ovelhas e possuem visão espiritual, conseguem ajudá-las com mais propriedade.

A oração de Daniel demonstrou um profundo arrependimento pelos pecados cometidos pela nação e pelo fato deles estarem no cativeiro.

A preocupação e o motivo da oração era receber perdão e interceder para que o povo fosse perdoado.

Daniel reconhecia que fazia parte da nação e que também necessitava do perdão do Senhor.

Será que os líderes têm seguido este exemplo ou será que cresceram tanto ao ponto de acreditarem que não precisam se arrepender de seus pecados?

Infelizmente existem líderes espirituais que chegam ao absurdo de acreditar e ensinar que não possuem tempo para pecar…

Champlim nos mostra que a atitude de Daniel foi extremamente importante para que recebesse a resposta do Senhor.

“A  oração  de  Daniel  foi endereçada a Yahweh-Elohim, o Deus Eterno e Todo-poderoso, Até o melhor dos homens tem muita coisa para confessar, pelo que Daniel limpou o caminho para a bênção de  Deus, ao livrar-se de seus pecados.  Antes de  mais nada, esta é  uma oração penitencial. Cf. o vs. 20 e Nee. 1.6. A confissão era um dever religioso (ver Lev. 5.5; 16.21; 26.40; Esd.  10.1  e Nee. 9.2). Daniel, pois, confessou os próprios pecados e os pecados do povo. Yahweh, que é o grande e terrível Poder (Elohim), tinha feito um pacto com o povo de Daniel. Ver sobre o pacto abraâmico em Gên.15.18  e,  no Dicionário,  ver  o  verbete  chamado Pactos.  Os  que  “guardam  os mandamentos” são favorecidos  ao  longo  da  vida,  pois  as  condições  da  aliança com  Deus  são cumpridas  pelo  Senhor que  estabeleceu  o  pacto.  Israel  era  um povo distinto, em face de seu pacto com Deus, visto que possuía e guardava a lei de  Moisés.  Ver  Deu.  4.4-8.  O  Deus  terrível,  o  Deus  espantoso,  lança  o  medo sobre os homens  (ver Deu.  10.17; Juí.  13.6;  Sal. 47.2; Joel 2.11).  E assim  eles são dotados da mente apropriada para receber e obedecer à revelação”. 

Daniel recebeu do Senhor a resposta para sua oração e ainda foi agraciado com a profecia a respeito do futuro de Israel que aconteceria séculos mais tarde.

Isto nos traz à memória o texto escrito pelo profeta Jeremias com as palavras do Senhor a respeito da oração.

“Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes”. (Jr 33.3 – ARC)

Em outra tradução:

“E Deus continuou: —Jeremias, se você me chamar, eu responderei e lhe contarei coisas misteriosas e maravilhosas que você não conhece”. (NTLH)

Que o Senhor tenha misericórdia de nós…

1.2 – Setenta semanas proféticas

Existem 3 possíveis interpretações sobre estas semanas.

  • Interpretação literal e futurista: interpreta as semanas de forma literal, ou seja, representando um período preciso de tempo, a saber, 490 anos exatos. Devido à interpretação estritamente literal, essa linha de interpretação entende que 483 anos já se cumpriram, o que corresponde a 69 semanas (7+62) e a última semana, no caso a septuagésima, foi adiada e transferida para os últimos dias da presente dispensação. Assim, existe um hiato entre a sexagésima nona e a septuagésima semana, uma lacuna de tempo, um período indeterminado que é a era da Igreja. Finalmente, a septuagésima semana começa quando a Igreja for arrebatada e o Anticristo revelado, e corresponde aos sete anos de grande tribulação. Esta é a principal interpretação entre os pré-milenistas dispensacionalistas.
  • Interpretação preterista: essa interpretação entende que as 70 semanas já se cumpriram, e a septuagésima semana corresponde ao período desde a morte de Cristo na cruz até a destruição de Jerusalém em 70 d.C. pelo exército romano. Alguns preteristas entendem que a destruição de Jerusalém não ocorre necessariamente dentro das 70 semanas, mas em algum momento depois dela. Muitos pós-milenistas defendem esta interpretação.
  • Interpretação simbólica: essa interpretação defende que as 70 semanas devem ser entendidas de forma simbólica. Apesar de ser simbólica, essa interpretação se mistura com historicidade, ou seja, as 70 semanas se cumprem historicamente, porém não existe a necessidade de as datas serem exatas. Assim, a septuagésima semana é simbólica, e se refere à época da Igreja, ou seja, ao período que compreende desde a primeira vinda de Cristo até sua segunda vinda. Esta é a principal interpretação entre os amilenistas.

Acreditamos que a interpretação que mais condiz com a realidade seja a literal e futurista.

Para aqueles que querem exatidão nos números, existem algumas particularidades que devem ser levadas em consideração para que não incorramos em erros. Porém, mesmo se analisarmos todos os detalhes, não conseguiremos ter exatidão nestas datas e isto deve ser mencionado.

  • A contagem deveria ser feita desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, porém, temos três datas prováveis para isto. O primeiro foi com Ciro no século 6 a.C., depois temos o primeiro decreto de Artaxerxes em 457 a.C., e, por último, um segundo decreto em 444 ou 445 a.C.
  • Não sabemos o tipo de calendário que foi utilizado para esta contagem, o calendário lunar e o calendário solar.
  • Existe um erro cronológico no início do calendário gregoriano (o que utilizamos), efetuado por Dionísius Exiguus podendo ter um erro de 4 a 7 anos no calendário que se inicia com o nascimento do Cristo.

Conegero traz uma conclusão interessante sobre este assunto.

“Particularmente, prefiro considerar como sendo mais provável, a ordem de 444 a.C., de forma com que “os tempos angustiosos” citados na profecia, são aqueles registrados no relato de Neemias. Assim sendo, de 444 a.C. devem ser contados 483 anos, resultando então em 37 ou 38 d.C. Considerando o erro de cálculo nas contas Dionísius Exiguus entre 4 e 7 anos, então chegaremos a uma data aproximada entre os anos 31 e 34 d.C., o que provavelmente corresponde ao período do ministério de Jesus”.

1.3 – A última semana e a Grande Tribulação

A última semana de anos refere-se aos últimos 7 anos que completarão as 70 semanas reveladas ao profeta Daniel.

O livro de Daniel e o livro de Apocalipse devem ser lidos em conjunto e suas profecias analisadas em associação.

Existe um termo importante neste estudo denominado “parentético” que literalmente é um parêntese aberto em uma situação.

Esta situação está relacionada à Igreja que deixará de fazer parte da história das semanas e Israel que voltará a fazer parte desta história.

Neste período, a Igreja estará na glória com o Senhor e a nação de Israel começará a perceber algumas questões importantes.

Este período está relacionado aos capítulo 6 a 19 do livro de Apocalipse.

Se interpretarmos a profecia de Daniel utilizando o modelo futurista, teremos a última semana de anos, ou seja, os últimos 7 anos começando com a volta de Cristo para buscar a Igreja.

Está interpretação está em consonância com o texto de Daniel 9.27.

“E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador”. (ARC)

Champlim faz um comentário sensato sobre este texto.

“O  ponto  de  vista histórico vê Antioco Epifânio aqui, com exclusividade, e toda essa profecia como tendo  ocorrido  no  passado.  Mas  a  interpretação  futurista  vê  Antioco  Epifânio como apenas um símbolo do futuro anticristo. O pacto, dentro do ponto de vista histórico,  seria  aquele  feito  por  Antioco  com  os  judeus  helenistas,  que  eram apóstatas do culto de Yahweh (I Macabeus 1.11-15). Durante metade desse tem­po,  a  meia  semana  do  última  semana,  os  sacrifícios  prosseguirão;  mas  então Antioco,  durante  a  segunda  metade  da  semana,  fará  cessar  esses  sacrifícios. Essa questão é referida em  I Macabeus 1.54 ss. Ver também Dan. 8.11  e  11.31. De  acordo com a posição futurista,  o pacto  é  de  paz entre o  anticristo  e  Israel. Mas esse pacto será rompido na metade dos sete anos, com grande aumento da perseguição  religiosa.  “A  coisa  horrível  que  destrói  será  posta  no  pináculo  do templo, mas Deus ordenou que essa coisa fosse destruída” (NCV).De acordo com  a  interpretação  histórica,  porém,  isso  fala da  idolatria  e da pior manifestação possível  da idolatria,  a deificação do próprio Antioco Epifânio. Mas, de acordo com o ponto de vista futurista, essa abominação será o anticristo, que se apresentará como se fosse o próprio Deus. O fim de ambos é a destruição. Cf. Mat. 24.15, onde temos a imagem da besta (o anticristo) estabelecido para ser adorado por seu falso profeta. Um severo julgamento divino cairá sobre ambos, e ambos  serão  lançados  no  lago  do  fogo  (ver Apo.  19.20.  Cf.  Dan.  7.11,26).  De acordo  com  a  opinião  futurista,  haverá  um  pacto  entre  o  anticristo  e  Israel  e, durante algum tempo, esse povo aceitará a Abominação como seu Messias. Parte da interpretação futurista é identificar esse período final de  sete anos (última semana) com os 1.260 dias e os 42 meses do Apocalipse, o primeiro em11.3 e o segundo em 11.2 e 13.5. Quanto desse esquema não passa de cálculos sagazes e quanto combina com a verdade,  resta ser visto nos anos vindouros, e no que daí resultará. A tendência entre os intérpretes é explicar a profecia como se eles soubessem mais do que sabem, e ser muito dogmáticos em seus pronun­ciamentos. Talvez o melhor que possamos dizer é: “Será algo como isto”.

2 – AS SETENTA SEMANAS DE ISRAEL

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Equipe EBD Comentada

Postado por ebd-comentada


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