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09/06/2021
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.” Salmo 90.1
SALMO 103.19
19 O Senhor tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.
1TIMÓTEO 6.15,16
15 A qual, a seu tempo, mostrará o bem-aventurado e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores;
16 Aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém.
TIAGO 1.17
17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
Olá, irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Estudaremos sobre outros três atributos de Deus, dois não comunicáveis (soberania e imutabilidade) e um que é comunicável com a parte imaterial dos seres humanos (eternidade).
A soberania é um atributo que nos mostra que algo ou alguém é superior a tudo e a todos e que sua vontade será manifesta, independentemente de qualquer oposição.
Isto não trata de imposição, mas, de soberania, pois, a imposição é opressiva, mas a soberania não.
A imutabilidade nos mostra que, diferentemente dos seres humanos, o Senhor não muda de opinião, pois, é perfeito.
As Escrituras declaram enfaticamente que “é impossível que Deus minta” (Hb 6:18). Paulo fala do “Deus que não pode mentir” (Tt 1:2). Ele é um Deus que, mesmo que não sejamos fiéis, “permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo” (2 Tm 2:13). Deus é a verdade (Jo 14:6) e assim também é a Palavra dele. Jesus disse ao Pai: “a tua Palavra é a verdade” (Jo 17:17). O salmista exclamou: “As tuas palavras são em tudo verdade” (SI 119:160).
Algumas pessoas, com o intuito de desacreditar a Bíblia, retira textos isolados para dizer que o Senhor se arrepende, porém, uma simples análise do contexto, nos mostra que não é isto o que acontece, a Bíblia é a Palavra de Deus e não contém erros, pois é um livro inspirado por Deus.
Podem existir erros de tradução e cópia, mas, estes não invalidam a Palavra.
O teólogo e filósofo norte americano Norman Geisler nos traz algumas referências importantes sobre este assunto.
“Jesus afirmou que “a Escritura não pode falhar” (Jo 10:35). Sendo um livro infalível, a Bíblia é também irrevogável. Jesus declarou: “Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra” (Mt 5:18, cf. Lc 16:17). As Escrituras têm ainda a autoridade final, sendo a última palavra acerca de tudo que ela aborda. Jesus valeu-se da Bíblia para resistir ao tentador (Mt4:4,7,10); para resolver discussões doutrinárias (Mt 21:42); e para sustentar a sua autoridade (Mc 11:17). Às vezes um ensinamento bíblico apoia-se num pequeno detalhe histórico (Hb 7:4-10), numa palavra ou numa frase (At 15:13-17), ou mesmo na diferença entre o singular e o plural (Gl 3:16). Mas, conquanto a Bíblia seja infalível, as interpretações humanas não o são. A Bíblia não pode estar errada, mas nós podemos estar errados quanto a alguma coisa dela. O significado da Bíblia nunca muda, mas a nossa compreensão pode mudar. Os seres humanos são finitos, e seres finitos cometem erros. É por isso que há borrachas para lápis, corretores líquidos para textos datilografados, e uma tecla “apaga” nos computadores. E muito embora a Palavra de Deus seja perfeita (Sl 19:7), enquanto existirem seres humanos imperfeitos, haverá erros de interpretação das Escrituras e falsos pontos de vista deles decorrentes”.
Em se tratando da eternidade, somente o Senhor é eterno em sua plenitude, porém, nos criou com o mesmo propósito, porque somos compostos de uma parte imaterial (espírito e alma) que viverá a eternidade em algum lugar, ou seja, na presença de Deus ou fora dela.
A mensuração da eternidade é complexa, pois nosso sistema de tempo não tem noção do que seja isto e o Senhor deixou claro para quem lê sua Palavra que Ele existe de eternidade a eternidade.
Moisés teve esta revelação há milhares de anos e escreveu o Salmo 90.
“Oração de Moisés, varão de Deus: SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus. Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Volvei, filhos dos homens. Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite. Tu os levas como corrente de água; são como um sono; são como a erva que cresce de madrugada; de madrugada, cresce e floresce; à tarde, corta-se e seca. Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor somos angustiados. Diante de ti puseste as nossas iniquidades; os nossos pecados ocultos, à luz do teu rosto. Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro. A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos”. (Sl 90.1-10 – ARC)
De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra soberania tem os seguintes significados:
Em termos absolutos, somente o Senhor é soberano, pois, somente ele possui todo o poder.
Ainda que uma nação seja soberana em seu território, de acordo com suas leis, poderão existir outras nações que lhe farão guerras e destruirão sua soberania.
Desta forma, o Senhor é a essência da soberania, pois Dele emanam todo o poder.
Após a morte e ressurreição de Jesus, o Cristo, Ele apareceu aos seus discípulos e proferiu uma célere frase.
“E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra”. (Mt 28.19 – ARC)
Tal poder lhe fora conferido pelo Pai e Ele, sendo Deus, também o possui.
Jesus venceu a morte e todos os poderes do mal quando morreu na cruz do calvário, para que aqueles que se achegassem a Ele, tivessem condições de ser restaurados à imagem e semelhança de Deus.
O teólogo alemão Fritz Rienecker demonstra com riqueza o que este texto significa.
“Essa é a palavra de pena autoridade do Ressuscitado. A vitória está ganha. A redenção foi consumada. Essa palavra, porém, está acessível somente ao que crê. Não é um poder que o mundo conhece. O poder do mundo é potência que se manifesta exteriormente, é sucesso, triunfo, é demonstração de força em todos os níveis. A autoridade que foi dada ao Ressuscitado é um poder de uma espécie muito diferente. As maneiras como se manifestam os dois poderes, o mundano e o divino, devem ilustrar para nós a essência dessas duas “potências”. Inicialmente, o fato é este: O poder do mundo, que recebe sua força do diabo, é a mais terrível realidade. O diabo é o grande inimigo de Deus, é o deus deste mundo, o príncipe desse século. O NT fala disso com toda a clareza. Afirma: Vocês não estão lutando contra carne e sangue. O mundo jaz nas mãos do maligno. O diabo anda ao derredor como leão que ruge. Ele se disfarça como anjo da luz. A tentação de Jesus no deserto, sua luta no Getsêmani e a crucificação no Gólgota teriam sido apenas simulações de batalha se não pudéssemos afirmar: Naquele momento realmente estava em jogo a causa de Deus. O Senhor Cristo deparou-se de fato com um inimigo mortal, ao qual o Senhor levou extremamente a sério. Por conseguinte, temos de pronunciar este terrível pensamento, se o pudermos compreender ou não: Existe um poder sombrio que quer destronar Deus, e não é ponto pacífico que esse poder seja vencido. Todo aquele que trabalha no reino de Deus está ciente da realidade funesta desse inimigo terrível dentro e ao redor de si. Paulo sabe que está sendo esbofeteado por um mensageiro de Satanás (2Co 12.7). Ele também quer perdoar a pessoa que o ofendeu em Corinto, “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não ignoramos as intenções dele” (2Co 2.11). Ele entrega o incestuoso a Satanás (1Co 5.5; cf. 1Ts 2.18). Deus e Satanás são adversários irreconciliáveis, que se opõem, entre os quais não há relacionamento, nem pacto nem intermediação! O diabo não é um macaco de Deus, um duende, um instrumento de Deus, um funcionário subalterno na corte de Deus, como o expressa o Mefistófeles de Goethe. O diabo não é “estrume para adubar a vinha de Deus!” (cf. Heim). Não, de fato não é isso, mas sim o temível sedicioso e rebelde contra Deus! Esse poder do diabo, quanto mais perto estivermos do fim do mundo, há de revelar-se de modo horrível. Na medida em que se aproxima o fim, o diabo se desdobrará, revelando-se com todo o seu horror e crueldade. É o que descreve também o Apocalipse de João. O poder da mentira, da crueldade sádica, o vício antinatural, a descrença, o ódio, o desamor, tudo isso aparecerá mais e mais com todo o seu terror diabólico, até a última tribulação que supera tudo o que até então aconteceu. Não é assim, que o diabo julgado e vencido no Gólgota esteja preso como um condenado, mantido no cárcere, tornado inofensivo; ele circula livremente, aterrorizador como um leão que ruge, a fim de se puder devorar os eleitos. A injustiça tomará conta. Os poderes do mundo, os poderes da perdição, os poderes da morte exclamam com muitas vozes: “Foi-nos dada toda a autoridade. Quem não se dobra a nós, será destruído!”
Nenhum outro ser tem este poder e, por isto, a soberania é um atributo incomunicável e exclusivo de Deus.
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Em um país em que o sistema de governo é a democracia, a vontade do povo elege seus governantes supremos.
No Brasil, temos as cidades, os estados e a união, bem como os prefeitos e vereadores, os governadores e deputados estaduais e o presidente, os senadores e os deputados federais.
Estes foram eleitos pela nação para nos representar e, como a união representa todo o país, o presidente é o governante máximo.
É importante lembrarmos, que, dependendo da constituição de um país democrático, o presidente não é o supremo líder, pois, seus projetos precisam ser aprovados pelo senado e pela câmara dos deputados.
Em se tratando de soberania absoluta, o governante decreta tudo o que desejar, sem necessitar da aprovação de nenhuma pessoa ou órgão.
Monarquia é uma forma de governo, sendo a mais antiga em vigência atualmente. Em uma monarquia, o rei/rainha ou imperador/imperatriz ocupa o cargo de monarca e, geralmente, é chefe de Estado, podendo ser também chefe de governo. Essa variação vai depender, basicamente, do tipo da monarquia.
O poder do monarca dentro das monarquias, geralmente, é vitalício e hereditário, ou seja, o poder do monarca estende-se durante toda a sua vida, sendo transmitido apenas com sua morte ou com sua renúncia à posição de monarca. Além disso, por geralmente ser hereditário, o poder dos monarcas é transmitido de pai ou mãe para filho ou filha.
Atualmente, existem no mundo 44 países que adotam a monarquia de diferentes maneiras e a forma de governo que contrapõe à forma monárquica no restante do planeta são as repúblicas, forma de governo na qual o presidente, e não o monarca, é o chefe de Estado e governo.
Existem dois tipos de monarquia vigentes atualmente: a monarquia constitucional e a monarquia absoluta, sendo que, somente no sistema de monarquia absoluta, o rei ou imperador é senhor de todas as decisões, como é o caso Bahrein, Omã, Arábia Saudita, Eswatini (antiga Suazilândia) e Brunei.
Como o Senhor está acima de tudo e de todos, pois é o governante supremo do mundo, Ele tem o poder de decretar o que deseja e isto nos coloca em uma posição muito confortável, haja vista, sermos governados através dos atributos dele, ou seja, amor, justiça, bondade, fidelidade e outros.
Ainda que existam seres humanos terrivelmente maus, se o Senhor desejar, este ser humano pode ser transformado em cinzas, porém, não é assim que Ele governa o mundo.
O apóstolo Pedro nos traz à memória esta situação, no tocante à salvação da humanidade.
“Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tenham por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão”. (2 Pe 3.8-10 – ARC)
O Senhor decretou o plano da salvação e deseja que todos sejam salvos, porém, existe uma única condição para tal: crer em Jesus.
Como foi Ele quem nos criou, bem como proveu o plano de salvação, pode determinar tudo o que desejar.
O patriarca Jó experimentou esta soberania de forma muito interessante, depois que reconheceu que sua vida é um sopro em comparação ao poder de Deus.
“Então, respondeu Jó ao SENHOR e disse: Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido. Quem é aquele, dizes tu, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosíssimas, e que eu não compreendia”. (Jó 42.1-3 – ARC)
Jó tentou se justificar diante de Deus até o momento em que se conscientizou que isto não seria capaz, pois, o Senhor é soberano sobre tudo e todos.
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Temos o hábito de nivelar as coisas e isto acontece em todas as esferas existentes.
Nivelamos as condições socioeconômico e culturais, nivelamos idades, comportamentos e escolhas.
Isto acontece porque somos seres sociais e finitos e temos bases ou modelos para compararmos.
Em se tratando de Deus, não existe nenhuma maneira de realizarmos tal processo, pois, Ele não pode ser comparado a nada que existe.
Para nós, que somos seres finitos, é impossível compreender a grandeza de Deus no tocante à soberania, porém, através da Palavra e da ação do Espírito Santo, aprendemos a confiar e descansar no Senhor, sabendo que Ele é maior do que qualquer situação que possa existir e NUNCA perdeu, nem perderá o controle de tudo o que acontece.
O profeta Isaías deixou isto claro ao ser inspirado por Deus e escrever suas palavras.
“Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador. Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR; eu sou Deus. Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá”? (Is 43.11-13 -ARC)
O teólogo norte americano Norman Champlim nos dá um panorama interessante sobre este texto.
“O Deus único, que sempre foi e sempre será deidade exclusiva, é Aquele que determina os acontecimentos humanos, incluindo a providência negativa, quando uma pessoa ou nação sofre eventos desastrosos. Quando Deus faz isso, não há poder, no céu ou na terra, que possa desfazer o que Deus tiver feito. E nenhum poder, de nenhum tipo, pode impedir tal coisa”.
Soberania absoluta implica em controle absoluto.
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
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