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22/02/2024
“Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem.” Marcos 10.9
SALMO 128.1-6
1 Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.
2 Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e vai bem.
3 A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantar de oliveira, roda da tua mesa
4 Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.
5 Ó Senhor, abençoará desde Sião, e até veras o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
6 E veras os filhos de seus filhos e a paz sobre Israel.
Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.
De acordo com o que aprendemos e ensinamos, o casamento é a união entre um homem e uma mulher que decidem viver juntos por toda a vida.
A família compreende o casal e o(s) fruto(s) que se originaram do casamento.
Ainda que os conceitos modernos considerem vários tipos de casamento e de família, este é o conceito bíblico, vivenciado pelos judeus e pelos cristãos.
A título de curiosidade, no link abaixo você tem o conceito jurídico de casamento no Brasil.
https://www.jusbrasil.com.br/noticias/casamento-conceito-e-natureza-juridica-parte-i/114760268
O casamento é a melhor forma, porém, não é a única para darmos início a uma família.
A questão deve ser interpretada pelos princípios bíblicos que nos aconselham, de diversas formas, a nos casarmos.
Talvez você se depare com algum aluno que levante um questionamento sobre o que Paulo escreveu sobre este assunto, orientando as pessoas a não se casarem, porém, este assunto é muito mais abrangente que uma possível proibição ao casamento.
“Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher; mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.” (1 Co 7.1,2 – ARC)
Fica evidente que Paulo estava respondendo a alguma(s) tipo de comentário dos irmãos que estavam em Corinto sobre as demandas sexuais que existiam.
É sabido que a cidade de Corinto era extremamente pervertida com suas práticas imorais e Paulo foi categórico em suas duas cartas a respeito deste assunto.
Por causa desta promiscuidade, muitos cristãos daquela cidade estavam aconselhando seus irmãos a serem celibatários, ou seja, que não tivessem relações sexuais, porém, o próprio Jesus deixou claro que este tipo de prática não era para todas as pessoas (Mt 19).
Outro ponto importante é que o próprio Deus disse que não era bom que o homem vivesse só (Gn 2.18) e isto já deixaria dúvidas sobre o conselho de Paulo.
Desta forma, precisamos interpretar o conselho de Paulo de forma clara e textual, haja vista, o próprio texto nos dar a resposta para o que Paulo escreveu.
A resposta de Paulo levanta algumas particularidades:
Se analisarmos os problemas da igreja que estava em Corinto em associação aos conselhos de Paulo, fica evidente que ele, como solteiro, conhecia as lutas de um homem crente solteiro e, como conselheiro e homem de Deus, também conhecia, em teoria, as lutas de um homem de Deus casado e, por isto, exprime sua opinião a respeito deste assunto, deixando a conclusão para o versículo 7.
“Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira, e outro de outra.” (1 Co 7.7 – ARC)
Se você se deparar com este questionamento em sala de aula, leia os 10 primeiros versículos do capítulo 7 da primeira carta de Paulo aos coríntios e explique de forma clara.
Voltando ao assunto principal desta lição, a família é uma benção de Deus, associada e iniciada no casamento, que proporciona ao casal uma experiência sublime através da concepção e tem tudo para ser uma benção, se os conjugues criarem seus filhos com base na Palavra de Deus.
Toda obra de construção começa com a escolha do terreno em que se vai construir e a escolha da esposa/esposo com que se vai construir a família é o primeiro passo em todo o processo.
Se o homem ou a mulher escolherem errado, a chance de terem problemas no casamento aumentará consideravelmente, assim como acontecerá se o construtor escolher um terreno sem antes conhecê-lo.
De acordo com o Dicionário Priberam, a palavra processo tem os seguintes significados:
O processo de constituição de uma família começa com o casamento e não termina nunca.
No casamento, os conjugues que outrora viviam sozinhos começam a compartilhar todas as coisas e é exatamente neste momento que as diferenças vêem à tona, deixando claro que duas pessoas diferentes se uniram para caminharem na mesma direção e que ambos começaram um processo de construção.
Como já estudamos sobre o processo de escolha, nos ateremos ao processo de desenvolvimento da família, que acontece com o nascimento do primeiro filho.
Você já se perguntou por que a sociedade está inundada de problemas?
A resposta a esta pergunta é bastante complexa, porém, a causa primária destes problemas está centrada na desconstrução da família.
A Constituição Brasileira, promulgada em 5.10.1988, estabeleceu que a família é base da sociedade, tendo especial proteção do Estado (art. 226, “caput”).
Na família se tem as primeiras experiências de empatia, de troca de emoções, mesmo tendo-se tenra idade, como o bebê, existe aquela experimentação, tão gratificante para os adultos e as crianças.
A família nasce naturalmente, não é criação do ser humano. Não se idealiza a família. Ela emerge de contatos e envolvimentos de sentimentos e é primordial para o crescimento, desenvolvimento e amadurecimento de alguém.
Caso seja bem constituída, a tendência é de se ter pessoas voltadas ao progresso pessoal e social, porém, em caso contrário, a probabilidade de se desejar lesar a comunidade e ter pensamentos destruidores é maior.
Definitivamente, não existe como um casamento dar certo se ambos não estiverem imbuídos deste desejo e, talvez esta seja a principal causa dos problemas no casamento.
É por este motivo, que todos os casais precisam aprender a se comunicar da melhor forma possível e, em se tratando do processo de comunicação, precisamos compreender que o importante não é o que se fala, mas como a pessoa recebe o que foi comunicado, ou seja, a comunicação pressupõe uma mensagem que é ouvida (capacidade do ouvido), escutada (processo de assimilação – cerebral) e compreendido.
O apóstolo Paulo nos ensina que a tribulação produz em nós uma série de aprendizados contínuos e no casamento, ambos os conjugues aprendem juntos.
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 5.3-5 – ARC)
Este texto não faz menção a casais, pois a abordagem é individual, porém, quando estamos casados, tudo o que enfrentamos, de alguma forma, também é sentido ou vivenciado pelo conjugue e, por este motivo, precisamos manter uma vida de oração em conjunto, comunicando ao conjugue o que está acontecendo conosco.
É importante nos lembrarmos que no casamento, as situações são vivenciadas à dois e ambos têm responsabilidade sobre o que acontece, pois serão afetados em conjunto.
Nenhum dos conjugues pode agir de forma egoísta e acreditar que pode viver como se fosse solteiro, pois após o casamento, a vida passa a ser compartilhada.
É durante o casamento que compartilhamos nossos sucessos e fracassos com o conjugue, pois esta é a pessoa mais importante em nossa vida.
Como temos ensinado, no casamento existem duas pessoas diferentes que começam a viver juntos e estas diferenças começarão a ser afloradas a cada dia que se passar.
Por isto, é de fundamental importância que tudo seja conversado, discutido, planejado e colocado em prática.
Após um período de análise, é importante analisar o que foi positivo e negativo e, se necessário for reorganizar aquilo que não estiver bom.
Vale a pena abrirmos um parêntese para falar sobre as finanças, pois existem muitos casais que vivenciam grandes dificuldades nesta área.
Se estamos casados, precisamos compreender que o sucesso ou o fracasso financeiro é de responsabilidade dos dois, por isto, as finanças e responsabilidades precisam ser compartilhadas e é necessário conversar sobre como serão feitas as despesas financeiras, os investimentos e como serão feitos os gastos com lazer.
O site www.investnews.com.br traz três opções para dividir as despesas em casa.
“Dividir tudo: Essa é uma opção ruim quando existe uma desproporção de receita e despesa entre ambos, pois as pessoas possuem necessidades diferentes e normalmente consideram supérfluo o desejo do outro. Assim, descarto totalmente, mesmo para quem tem uma proporção igual de receita, pois as despesas individuais não são. Dividir pela proporção da renda: Dinheiro = Trabalho! Mesmo quando herança foi trabalho de alguém. Será que está correto para quem trabalha mais pagar por algo que nem consome? Talvez não, mas isso deixo para você escolher, pois o uso do dinheiro tem fatores emocionais intrínsecos. Modelo Condomínio: Nessa sugestão que dou aos clientes, deixo dividido em meio a meio tudo que é consumido em conjunto e tudo que é particular em separado. E projetos devem ser levados à “reunião de condomínio”. Dessa forma, temos uma despesa com coisas de casa que são consumidas em conjunto de forma igualitária e aqueles consumos que são exclusivos pagos apenas por quem consome. Ou seja, se eu gosto de futebol, cerveja, pescaria e churrasco com meus amigos uma vez por semana, não é correto dividir com minha esposa essa conta que não é dela. Da mesma forma, a despesa dela com salão, encontro com as amigas, passeios e tratamentos estéticos, serão despesas dela. Em todas a três opções, a que menos terá discussão e impacto no dia a dia no caso de separação é a terceira, final, tudo já estaria equalizado antes.”
Já que estamos falando sobre construir juntos, outro ponto importante dentro do casamento é a divisão das tarefas.
Hoje em dia existem modelos de família de todos os jeitos, com suas particularidades, seus tempos, suas manias etc., e é isso que torna cada uma especial.
Em alguns casos marido e mulher trabalham fora, em outros, apenas um dos dois, enquanto o outro se envolve mais com as tarefas domésticas, mas a verdade é que, na maioria das vezes, as mulheres ainda se encarregam dos serviços da casa de forma mais comprometida, e mesmo quando já trabalham fora, muitas delas chegam em casa e fazem a limpeza sozinha, e esse cenário não é bonito.
O trabalho doméstico, especialmente depois de ter filhos, é estressante e, se não é dividido, pode levar a pessoa que se encarrega a um nível alto de frustração. Por isso planejar a rotina de casa é tão importante, e tenham certeza: depois de ter planejado todo casamento, com uma programação impecável, organizar a arrumação da casa será moleza.
Cada um criará uma maneira de dividir as tarefas, mas é de extrema importância planejar e cumprir o que foi planejado, para que ninguém se sinta sobrecarregado.
Outro ponto que merece destaque é o que fazer durante o tempo livre e mais uma vez, a conversa franca será fundamental.
Existem homens que gostam de praticar esportes e mulheres que gostam de passar tempo no cabeleireiro e os fins de semana são ideais para tais coisas, porém, em ambas as situações, o tempo que é gasto pode ser muito grande e isto pode ser um motivo para desavenças se não for conversado antes.
Existe uma frase interessante, de autor desconhecido que diz: “Um casamento é apenas duas pessoas imperfeitas que se recusam a desistir um do outro”.
Precisamos compreender que cada ser humano possui um caráter e uma personalidade e que ambos produzem o nosso comportamento.
Existem pessoas mais “explosivas” e pessoas mais “melancólicas” e, como mencionamos acima, durante o casamento isto tudo será vivenciado com muita frequência.
Existem pessoas que falam mais alto e outras que não gostam daqueles que falam muito alto.
Também existem pessoas que gostam mais de carinho e outras que não gostam tanto de carinho.
Por este motivo, é fundamental que nos dediquemos a compreender tudo o que existe sobre a pessoa que amamos, pois durante o namoro, não é possível obtermos um nível de conhecimento profundo sobre o outro.
Sabemos que a personalidade nasce com a pessoa e que o caráter é desenvolvido, mas existem particularidades muito interessantes sobre nós que só serão conhecidas durante a convivência e isto é maravilhoso, pois fará com que possamos exercer nosso amor para com o conjugue.
Uma das coisas que precisamos compreender é que o ideal é buscar o equilíbrio diante das diferenças e compreender que alguns comportamentos podem demorar muito para serem mudados e que outros não mudarão, pois fazem parte da personalidade de cada pessoa.
É importante compreendermos que o fato de alguém pensar diferente de nós, ou seja, ter opiniões diferentes, não tem nenhum problema e que a aceitação deste fato demonstrará que somos maduros e sábios.
Existe uma frase que diz que se todos pensam de forma igual, ninguém está pensando.
A velha história da “incompatibilidade de gênios” pode ser minimizada se aceitarmos que pessoas são diferentes.
Sendo assim, valorize as diferenças e cresça com elas.
Outro ponto importante é que ninguém vive somente de amor e que é necessário que cultivemos experiências relacionadas ao amor, como o cuidado, a preocupação, o carinho e é de fundamental importância que percebamos quando estivermos frios.
Quando Paulo escreveu o capítulo 13 de sua primeira carta aos coríntios, ele descreveu as características presentes no verdadeiro amor e tais características poderão e deverão ser exercitadas durante o casamento.
“O amor é paciente; o amor é benigno. Não é invejoso; não se vangloria, não se orgulha, não se porta com indecência, não busca os próprios interesses, não se enfurece, não guarda ressentimento do mal; não se alegra com a injustiça, mas parabéns com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais foi vencido. Mas, tendo profecias, serão extintas; tendo línguas, silenciarão; tendo conhecimento, desaparecerá.” (1Co 13.4-8 – AS21)
O amor deve ser exercitado, ou seja, colocado na prática em tudo o que fazemos, pois ele será a base para uma vida feliz.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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