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10/03/2023
“Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.” Marcos 13.31
MARCOS 13.3-7
3 E, assentando-se ele no monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e Joao, e André the perguntaram em particular:
4 Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir.
5 E Jesus, respondendo-Ihes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane,
6 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
7 E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis, porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim.
Olá, irmãos. Paz do Senhor.
De forma prática, todas as histórias possuem um início, um desenvolvimento e um fim.
A Bíblia nos mostra a história de Deus e de seu povo através de episódios e deixa claro que haverá um fim para esta, porém, este fim é bem diferente do que uma grande parcela da população acredita e isto inclui uma parte dos cristãos.
Para conhecermos a história de Deus através da Bíblia Sagrada, é imprescindível que nos dediquemos à sua leitura e estudo.
Infelizmente, uma grande parcela dos cristãos nunca leu a Bíblia toda, ou seja, de Gênesis a Apocalipse e isto acontece por vários motivos, sendo que o principal é o desinteresse.
Sabemos que existem assuntos complexos descritos na Bíblia, porém, existem milhares de livros que se propõe a explicá-los e muitas escolas e cursos que também o fazem.
Para compreendermos o plano de salvação de Deus para os seres humanos, é fundamental que compreendamos a revelação de Deus no A.T., a revelação de Jesus Cristo aos judeus e o que o Cristo ensinou a respeito do futuro daqueles que nele creem.
Existe um método simples de estudo bíblico conhecido como “Períodos da dispensação de Deus”, que se propõe a dividir a história em períodos e descrever a maneira utilizada por Deus para revelar-se à humanidade.
Existem 7 dispensações conhecidas.
Para aqueles que utilizam este modelo de estudo, estamos vivendo na 6 dispensação, ou seja, vivemos no período da graça de Deus, que foi iniciado com a morte e ressurreição de Jesus.
É importante mencionarmos que este modelo de estudo não é aceito por alguns estudiosos que o assemelha a uma simples coincidência.
A imagem abaixo traz um apanhado geral de todas as dispensações.
O que devemos aprender e ensinar para nossos alunos é que a história que começou com a criação do mundo e de tudo o que nele habita terá um fim, porém, a história dos seres humanos é eterna, pois a parte imaterial que compõe nosso ser não pode ser destruída.
Sendo assim, todos os seres humanos que existem desde a criação do mundo viverão eternamente na presença de Deus ou longe dela e Jesus deixou bem claro que só existe uma maneira de garantir uma vida na presença de Deus.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6 – ARC)
Esta lição abordará os assuntos mencionados por Jesus no Evangelho segundo Marcos, no tocante ao que está preparado para a humanidade.
O sermão proferido por Jesus no capítulo 13 do evangelho que foi escrito por Marcos deixa claro que o Senhor estava alertando os ouvintes a respeito do fim.
Os ouvintes deste episódio específico eram Pedro, Tiago, João e André que demonstraram curiosidade a respeito do que o Mestre havia dito.
O texto nos dá a entender que aqueles discípulos não compreenderam o que Jesus falara a respeito da destruição das lindas edificações que haviam mostrado a ele e por isto, lhe indagaram em particular.
A edificação a qual os discípulos se referiam era provavelmente o Templo e existe um ponto importante que deve ser mencionado.
Os judeus não adoravam o Templo, mas possuíam um apreço substancial por aquela edificação, pois acreditavam literalmente que era o lugar da habitação de Deus.
Existem alguns textos no A.T. e no N.T. demonstrando que o Senhor não habita em edificações humanas e isto nos mostra que o Senhor é tão poderoso que uma simples edificação feita por seres humanos não poderia contê-lo.
O teólogo brasileiro Daniel Conegero traz algumas considerações importantes a respeito deste assunto.
“No livro de Atos dos Apóstolos estão os dois versículos onde podemos ler exatamente que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Primeiro foi o diácono Estêvão quem fez essa declaração durante o sermão que culminou em sua morte. Ele disse: “Entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas […]” (Atos 7:48). Durante a morte de Estevão por apedrejamento após dizer essas palavras, Paulo de Tarso estava presente. Curiosamente mais tarde, após Paulo ter sido convertido a Cristo, ele mesmo fez uma declaração muito semelhante. Ele disse: “O Deus que fez o mundo e tudo que o que nele existe, sendo Ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas” (Atos 17:24). Mas as declarações de Estêvão e Paulo estão fundamentadas num princípio bíblico amplamente enfatizado em toda Bíblia. Estevão, por exemplo, fundamenta sua declaração numa profecia do profeta Isaías. A profecia diz: “Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu repouso?” (Isaías 66:1; cf. 1 Reis 8:27).”
A proposta de Jesus era demonstrar aos discípulos que, ainda que o Templo fosse um lugar especial com um simbolismo muito forte, era uma construção humana e falível.
O conteúdo do sermão profético incluía um período que aconteceria em breve e outro que aconteceria em um futuro incerto.
O sermão profético de Jesus começa com o ensino sobre a falibilidade dos projetos humanos, ainda que tenham sido dados por Deus.
Existem pessoas que se vangloriam de suas conquistas e muitos líderes religiosos que constroem verdadeiros palácios para que seu ego seja massageado pelos membros ao elogiarem tal construção, mas o Cristo deixa claro que tudo isto terá fim.
Jesus deixa claro aos discípulos que haveria um tempo no futuro em que aquele lugar seria completamente destruído e isto causou espanto a eles, a ponto de perguntarem ao Mestre em particular, quando isto aconteceria.
Nem sempre uma profecia estará relacionada a eventos futuros, porém, o sermão profético proferido por Jesus abordou os vários eventos futuros que estão ligados à consumação dos séculos, ou seja, o destino de tudo o que o Senhor criou.
O templo em questão não era o que fora construído por Salomão, haja vista, ter sido destruído por Nabucodonosor durante a invasão de Jerusalém, porém, aquele templo, construído por Herodes, era fabuloso.
O templo que Zorobabel construiu após sair do cativeiro babilônico possuía proporções bem menores que aquelas do templo construído por Salomão, porém, Herodes remodelou o Templo e fez uma construção faraônica.
O teólogo e geógrafo americano Randall Cook nos traz um panorama sobre como era o Templo do Senhor nos dias de Jesus.
“O fato de que a construção de Herodes não foi uma simples reforma do templo de Zorobabel é evidente pelo tamanho da obra. Muralhas de arrimo foram construídas nos quatro lados do Monte Moriá, para criar uma plataforma Retangular, dobrando o espaço e criando uma área plana para novos átrios, pórticos, e outras construções. O santuário foi completamente demolido e reconstruído com o dobro do tamanho anterior. Toda esta construção foi supervisionada pelos sacerdotes, e a construção do templo propriamente dito foi realizada por eles. A construção foi iniciada em 20 a.C. e completada apenas em 64 d.C., num total de oitenta e quatro anos! O tamanho e a beleza da obra são comentados por todos os que escrevem sobre Jerusalém — desde Josefo até Leen Ritmeyer. Este, um cristão holandês que hoje mora na Inglaterra, participou das escavações no Monte do Templo, chefiadas pelo Prof. Benjamin Mazar, da Universidade Hebraica. Este projeto começou em 1968, logo depois da Guerra de Seis Dias. Apesar de não terem acesso ao topo da plataforma herodiana, muito foi revelado sobre as construções herodianas em volta do templo. Leen Ritmeyer, com a ajuda da sua esposa irlandesa Kathleen, foi o desenhista da obra. A obra herodiana não só dobrou a área original (caberiam doze campos de futebol na plataforma!) como também modificou permanentemente a topografia da cidade. Hoje é difícil ao observador leigo identificar um monte embaixo da plataforma, e o vale central é apenas uma pequena depressão. A pedra virgem encontra-se vinte e um metros abaixo do nível da praça moderna, em frente à Muralha Ocidental. Quase 2000 anos depois da sua morte, Herodes continua a dominar o horizonte de Jerusalém.”
Era deste templo que Jesus estava se referindo aos discípulos, afirmando que ele seria destruído.
A história nos mostra que este templo foi completamente destruído no ano 70 d.C. pelo imperador Tito, menos de 40 anos após a profecia.
O teólogo inglês William Hendriksen, citando Flávio Josefo nos traz uma descrição do que aconteceu com aquele templo.
“A construção (o templo de Jerusalém), no entanto, já havia sido, há muito tempo, sentenciada por Deus para ser destruída pelas chamas. Agora, nos dias da revolução, o famigerado dia havia chegado, sendo o décimo dia do mês Lous, o mesmo dia no qual, anteriormente, ela havia sido queimada pelo rei da Babilônia… Um dos soldados, sem esperar por ordens superiores, e sem nenhum temor diante da tarefa que haveria de realizar, mas movido por algum impulso sobrenatural, pegou um pedaço de madeira em chamas, e, ajudado por um dos seus companheiros, jogou o míssil inflamado através de uma janela dourada… Quando a chama de fogo se tomou visível, um grito, tão dramático quanto a tragédia, brotou do meio dos judeus… agora que o objeto que haviam guardado tão bem, anteriormente, estava sendo destruído e transformado em ruínas” (VI. 250-253). “Enquanto o santuário ardia em chamas… não se demonstrava nenhuma piedade ou respeito para com a idade das pessoas. Muito pelo contrário. Crianças e anciãos, leigos e sacerdotes, todos eram massacrados” (VI. 271). “O imperador ordenou que toda a cidade e o santuário fossem destruídos completamente, com exceção torres mais altas, Phasael, Híppicus e Mariamne, bem como a arte da muralha que cercava o lado oeste da cidade… Todo o restante das muralhas que cercavam a cidade foi tão completamente destruído que os visitantes futuros não teriam nenhuma razão para crer que houvessem sido jamais habitadas” (VII. 1-3).”
Isto cumpriu a primeira parte do Sermão Profético de Jesus.
Jesus associou o Sermão Profético à sua vinda e deixou claro que antes deste episódio, muitas coisas aconteceriam e a primeira seria a destruição do Templo.
Os discípulos não sabiam que os planos de Jesus alcançariam o mundo gentio e que a salvação seria proporcionada a todos.
Sendo assim, associaram tudo o que Jesus falara sobre a destruição do templo com a destruição de Jerusalém e a consumação dos séculos.
Como os discípulos tinham aquela construção como algo vindo do próprio Deus, devem ter ficado pensativos sobre as palavras de Jesus.
William Hendriksen nos traz um comentário interessante sobre este assunto.
“Podemos imaginar os discípulos enchendo os seus olhos com o “orgulho de Jerusalém”, mas ao mesmo tempo meditando nas palavras que Jesus havia dito, em profundo silêncio e grande tristeza. Finalmente, o silêncio é quebrado pelos quatro discípulos. Aproximando-se de Jesus, eles perguntam: “Dize-nos quando sucederão estas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para cumprir-se”.
Era como se Jesus dissesse o seguinte: Tenham certeza de que eu vou para onde meu pai está, mas vocês sabem que eu voltarei para buscá-los (Jo 14), porém, antes de eu voltar, algumas coisas terão que acontecer.
Os discípulos não tinham a mínima ideia do que aconteceria antes do retorno do Mestre e Jesus explicou-lhes em detalhes o que haveria de vir.
Esta explicação nos mostra que o Senhor sempre se preocupou em ensinar seu povo, com o intuito de não deixá-los ser enganados pelo diabo e por homens maus.
Por causa de seu amor pelos cristãos e por saber que o diabo tentaria enganá-los de várias maneiras, Jesus exorta os discípulos sobre a importância de vigiar e de analisar o que aconteceria.
“E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.” (Mc 13.5,6 – ARC)
Os Kardecistas acreditam que o mundo está em constante evolução e que as diversas encarnações que os seres humanos vivenciam servem para aperfeiçoá-los, porém, a Bíblia nos mostra que a situação dos seres humanos está indo de mal a pior desde o pecado de Adão e Eva.
As situações descritas por Jesus no Sermão profético deixam claro que muitas coisas ruins aconteceriam antes de sua vinda e que isto abalaria o mundo todo.
A primeira situação mencionada por Jesus são os conflitos entre as nações.
“E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis, porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim. Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes. Isso será o princípio de dores.” (Mc 13.7,8 – ARC)
Neste momento, Jesus amplia a visão dos discípulos a respeito do que aconteceria e mostra-lhes que não estava falando especificamente sobre o que aconteceria com Jerusalém.
Hendriksen traz um comentário importante a respeito deste tema.
“Isso também é verdade com respeito às “guerras e rumores de guerra” (13.7). Quando Jesus disse essas palavras, o Império Romano estava desfrutando de um período muito longo de paz. Mas, cerca de quarenta anos mais tarde, um redemoinho político perturbaria o grande império, de um lado para outro, de tal maneira que Roma haveria de ver quatro imperadores num único ano: Galba, Oto, Vitelo e Vespasiano. Mas essas revoltas e insurreições violentas não podem, de maneira alguma, constituir-se em indicações infalíveis de que o Senhor retomará imediatamente. Isso é ainda mais evidente quando se considera o fato de que guerras e rumores de guerra não cessaram com a queda de Jerusalém. Através dos séculos, a profecia encontra o seu cumprimento: “nação contra nação, e reino, contra reino”. Um autor contou cerca de trezentas guerras na Europa, durante os últimos trezentos anos. E essas guerras estão aumentando de intensidade. É perfeitamente claro que, quando qualquer guerra particular é escolhida pelos que ficam buscando sinais e fixando datas, isso somente significa que mais um sinal equivocado foi produzido.”
Precisamos ampliar nossa visão e deixar claro para os alunos que, ainda que o número de guerras seja alarmante, Jesus não disse que teríamos um número grande de guerras, mas que ouviríamos notícias sobre guerras e de possíveis guerras.
O link abaixo nos mostra o número de guerras ocorridas desde os tempos de Jesus.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_guerras
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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