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21/01/2022
“E farei em ti o que nunca fiz e o que jamais farei, por causa de todas as tuas abominações”. (Ez 5.9)
Ezequiel 5.7,8,13
7. Portanto, assim diz o Senhor JEOVÁ: Porque multiplicastes as vossas maldades mais do que as nações que estão ao redor de vós, nos meus estatutos não andastes, nem fizestes os meus juízos, nem ainda procedestes segundo os juízos das nações que estão ao redor de vós;
8. por isso, assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu, sim, eu mesmo, estou contra ti; e executarei juízos no meio de ti aos olhos das nações.
13. Assim, se cumprirá a minha ira, e satisfarei neles o meu furor e me consolarei; e saberão que sou eu, o SENHOR, que tenho falado no meu zelo, quando cumprir neles o meu furor.
Paz do Senhor.
Estudaremos nesta lição a respeito de um assunto de extrema importância e de altíssimo grau de complexidade.
Este assunto é tão importante que virou uma matéria dentro da Teologia Sistemática, que contém as principais doutrinas da fé cristã.
O título da referida matéria é Hamartiologia e significa a doutrina do pecado, do grego transliterado “hamartia = erro, pecado + logós = estudo”.
Em se tratando de pecado, existem duas posições extremas e nem um pouco recomendadas. A primeira, afirma que muita coisa que é pecado sem realmente o ser e a segunda, deixa que o pecado bem distante do que é.
Sendo assim, precisamos agir com sabedoria e conhecimento bíblico para respaldar nossos posicionamentos e não colocar um peso demasiadamente alto na vida dos cristãos.
Por décadas, muitos líderes religiosos ensinaram que o rádio era do diabo e disseram; posteriormente; que assistir televisão era pecado e que aquela caixa preta era uma obra de satanás, porém, nos dias atuais existem inúmeras denominações que possuem redes de televisão.
Há pouco mais de uma década, a internet foi classificada como um instrumento do diabo para acabar com o cristianismo e hoje, estamos estudando a Bíblia através desta.
Precisamos deixar claro que NUNCA FOI PECADO ouvir rádio, assistir tv ou navegar na internet, porém, pessoas com pouca instrução e sabedoria, oprimiram milhares de crentes ao redor do mundo.
Afinal, o que a Bíblia fala sobre o pecado? De forma prática, como devemos conceituá-lo?
A primeira vez que a Bíblia faz menção de uma ação que foi classificada como pecado é relatada no livro de Gênesis.
“Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais”. (Gn 3.1-3 – ARC)
Observemos que Deus deixou explicito que o casal não deveria comer daquele fruto específico e o diabo trabalhou para eles desconsiderassem a ordem de Deus.
“E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isso? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi”. (vv 3-13 – ARC)
Sendo assim, fica claro que a DESOBEDIÊNCIA à ordem do Senhor condenou os dois seres humanos que habitavam o Jardim do Éden.
Desta forma, claramente podemos definir o pecado como sendo a desobediência deflagrada aos mandamentos do Senhor.
Parece simples, porém, não é, pois, muitas pessoas não conhecem os mandamento do Senhor e ficam criando conjecturas ou interpretações incorretas sobre o que seria isto.
O pecado de Adão e Eva no Jardim do Éden é classificado como pecado original e, por causa dele, TODOS os seres humanos foram contaminados.
Tal contaminação está inserida na natureza dos seres humanos, ou seja, a partir do momento em que começamos a compreender as coisas, temos a propensão ao erro.
Não podemos nos enganar, pois, desde a mais tenra idade, os seres humanos têm a tendência pecaminosa.
Não sabemos exatamente quando termina a idade da inocência, porém, sabemos que na primeira oportunidade de errar, o faremos.
Basta observar duas crianças de poucos anos brincando e ao quebrar algum vaso ou utensílio, uma coloca a culpa na outra.
Quem as ensinou a mentir?
A natureza pecaminosa está impressa em nós, por causa do pecado de Adão e Eva.
Paulo deixou isto claro quando escreveu aos romanos.
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. (Rm 3.23 – ARC)
Em outra tradução:
“Uma vez que nós e eles reunimos esse longo e lamentável registro como pecadores e provamos que somos incapazes de viver a vida gloriosa que Deus deseja para o ser humano, Deus resolveu fazer isso por nós”. (Bíblia a Mensagem)
O pecado original está inserido em TODOS os seres humanos e o Dicionário Vine nos dá uma belíssima explicação sobre isto.
“Hamartia é literalmente, “perda da marca” , mas este significado etimológico quase que se perdeu por completo no Novo Testamento. É o termo mais abrangente para se referir à obliquidade moral. É usado acerca de “pecado”, como: (a) um princípio ou fonte de ação ou um elemento interior que produz atos (por exemplo, Rm 3.9; 5.12,13,20; 6.1,2; 7.7, o abstrato pelo concreto: Rm 7.8, duas vezes; Rm 7.9,11); em Rm 7.13 “o pecado, para que se mostrasse pecado”, ou seja, “o pecado se tornou morte para mim, a fim de que se expusesse em seu caráter odioso”; na última cláusula, “o pecado se fizesse excessivamente maligno”, ou seja, pela santidade da lei, a verdadeira natureza do pecado foi projetada a manifestar-se na consciência. (b) Um princípio ou poder governante, por exemplo, Rm 6.6, “(o corpo) do pecado”, aqui o “pecado” é dito como um poder organizado que age através dos membros do corpo, embora o “pecado” se encontre na vontade (o corpo é o instrumento orgânico); na cláusula seguinte e em outras passagens, citadas a seguir, este princípio governante é personificado (por exemplo em Rm 5.21; 6.12,14,17; 7.11,14,17,20,23,25; 8.2; I Co 15.56; Hb 3.13;11.25; 12.4; Tg 1.15, segunda parte)”.
Desde que o pecado original foi deflagrado, os seres humanos cometem os mais impensados atos de forma deliberada e consciente e isto, os afasta de Deus.
A consequência do pecado original foi a morte espiritual e a perda da comunhão que Adão e Eva tinham com o Senhor.
Foram expulsos do Jardim do Éden como sinal de que haviam perdido a conexão irrestrita que possuíam com o Senhor.
“E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida”. (Gn 3.24 – ARC)
O plano de redenção de Deus para conosco está intimamente ligado ao perdão dos pecados cometidos e todo estudo relacionado a este tema é contemplado pela matéria Hamartiologia.
Por causa da existência do pecado original e de suas consequências, o Senhor criou uma maneira extraordinária de fazer com que os seres humanos pudessem ter comunhão com Ele novamente.
A comunhão não seria mais irrestrita e aqueles que desejassem obter tal comunhão deveriam seguir rigorosamente o que Ele determinou.
Desta forma, o Senhor cria um conjunto de leis e as dá a Moisés em forma de mandamentos.
O livro de Êxodo, a partir do capítulo 20 nos mostra quais são estes mandamentos.
É importante lembrarmos o que o Senhor falou ao profeta Isaías a respeito do pecado.
“Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça”. (Is 59.1,2 – ARC)
O contexto deste texto é para Israel, porém, podemos utilizá-lo; sem ferir os princípios de interpretação bíblica; porque ele demonstra um princípio geral.
Se o pecado nos afasta de Deus, precisamos de uma forma de tampá-lo ou apagá-lo e o propósito de Deus com os sacrifícios de animais e após isto com o sacrifício de Jesus, é exatamente este.
Os sacrifícios no A.T. eram oficializados pelos hebreus, tendo começado bem antes disto, com o próprio Adão e sua família (Gn 4).
Não sabemos se o Senhor revelou a Adão e seus descendentes sobre a importância do sacrifício, porém, parece tal ato está intimamente ligado a adoração e a gratidão.
É sabido que outras nações também realizavam sacrifícios aos seus deuses como forma de adoração, porém, estes atos só os afastava do verdadeiro Deus, que institucionalizou os sacrifícios em prol de seu povo, os hebreus.
Existiam vários tipos de sacrifícios no A.T., porém, nos ateremos a dois destes.
Expiação pelo pecado: era uma oferta especial por diversos pecados praticados contra o próximo e contra Deus. Nestes casos, era preciso ser oferecido um carneiro sem defeito como sacrifício, além de uma restituição em espécie, à qual se acrescentava uma quinta parte do que fora defraudado, para a pessoa ofendida. Esse sacrifício tinha como finalidade restabelecer o relacionamento com Deus, que havia sido comprometido pelas faltas praticadas ou por algum estado de impureza. Eram utilizados novilho, bode, cabra, ovelha, dois pombinhos e a décima parte de um Efa de flor de farinha. Como em outros tipos de sacrifícios, a escolha da oferta também dependia da situação econômica do ofertante.
Expiação pela culpa: este sacrifício é muito semelhante ao anterior, sendo, na verdade, até difícil determinarmos com exatidão em que se diferenciavam. Algumas características nos ajudam nessa tarefa, como o fato de sempre o elemento de sacrifício ser obrigatoriamente um carneiro (Levítico 5:15-18). Além disto, se a fraude cometida contra o próximo ou contra Deus podia ser estimada em uma quantia de dinheiro, era acrescentada então a obrigação de pagar tal dívida na íntegra, acrescida de uma quinta parte.
O conceito de expiação também é bem explicado pelo Dicionário Vine.
“kãphar (133): “cobrir, expiar, reconciliar, propiciar, pacificar”. Esta raiz é encontrada no idioma hebraico com todos os períodos de sua história, e talvez seja melhor conhecida do termo Yom Kippur, “Dia da Expiação”. Suas formas verbais ocorrem por volta de 100 vezes na Bíblia hebraica. O verbo kãphar aparece pela primeira vez em Gn 6.14, onde é usado em seu sentido primário de “cobrir”. Aqui Deus dá a Noé instruções relativas à arca, incluindo: “Betumarás [cobrirás] por dentro e por fora com betume”. A maioria dos usos da palavra envolve o significado teológico de “cobrir” frequentemente com o sangue de um sacrifício para expiar algum pecado. Não está claro se isto significa que a “cobertura” esconde o pecado da visão de Deus ou implica que o pecado e removido no processo. Como se poderia esperar, esta palavra ocorre com mais frequência no Livro de Levítico do que em qualquer outro, visto que Levítico trata dos sacrifícios rituais que eram feitos para expiar o pecado. Por exemplo, Lv 4.13-21 dá instruções para levar um novilho à tenda da congregação por oferta pelo pecado. Depois que os anciões tivessem posto as mãos sobre o novilho (para transferir o pecado do povo para o novilho), o novilho era morto. O sacerdote levava parte do sangue do novilho à tenda da congregação e o borrifava sete vezes diante do véu. Parte do sangue era posto nas pontas do altar e o restante era derramado à base do altar dos holocaustos. Depois, a gordura do novilho era queimada no altar. O próprio novilho seria queimado fora do acampamento. Por meio deste ritual, “o sacerdote por eles fará propiciação \kãphar\, e lhes será perdoado o pecado” (Lv 4.20).
Como este assunto é extremamente complexo, sugerimos explicar o conceito e como Deus fez para continuar mantendo a comunhão com os seres humanos, até que Cristo se manifestasse como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
O teólogo e escritor Daniel Conegero nos dá um panorama sobre a associação dos sacrifícios no A.T. e o sacrifício de Cristo.
“Todo o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento apontava para Cristo. Uma vez que Cristo veio e cumpriu de forma perfeita e definitiva o verdadeiro sacrifício em expiação pelo pecado de seu povo, o sistema sacrifical veterotestamentário não é mais necessário. A Carta aos Hebreus trata de forma muito clara essa doutrina fundamental da Fé Cristã. O escritor bíblico explica que Antiga Aliança era temporária, enquanto a Nova Aliança é permanente, e torna a primeira obsoleta (Hebreus 7:22; 8:6,13; 10:20). Então os sacrifícios oferecidos na Antiga Aliança eram uma sombra da realidade que é Cristo e sua obra redentora (Hebreus 8:5; 9:23,24; 10:1). Enquanto o sistema de sacrifícios da Antiga Aliança era mediado por um sacerdócio pecador e transitório, na Nova Aliança Cristo se apresenta como o Sumo Sacerdote eterno e sem pecado (Hebreus 7:16-27; 9:7). Então não há mais a necessidade de sacrifícios de animais diários e contínuos. Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, se ofereceu em sacrifício de uma vez por todas. Agora o povo de Deus não depende mais uma expiação com validade de um ano, pois em Cristo a propiciação pelo pecado é eterna (Hebreus 7:25-27; 9:11-26; 10:4-19). Cabe aos crentes agora se oferecem a si mesmos como sacrifícios vivos de gratidão pelos maravilhosos atos redentores de Deus (Romanos 12:1)”.
Em se tratando dos pecados da nação de Israel e Judá, motivo pelo qual ambos foram levados ao cativeiro, o Senhor usava os profetas para lembrá-los que a consequência do pecado é a morte e destruição e, o cativeiro babilônico foi a pior consequência física que os judeus experimentaram, pois, foram privados da comunhão que tinha com Deus, da liberdade de adorá-lo da maneira correta; de sua terra e de sua liberdade.
O Senhor tem uma maneira particular de resolver questões associadas aos erros.
Quando Adão e Eva pecaram, conforme estudamos, Ele os chamou e os provocou a responderem sobre o erro, porém, fica nítido no texto bíblico que um “jogou” a culpa no outro.
Quando Jacó se encontrou com o Anjo do Senhor, dá-nos a entender que este agiu da mesma forma, provocando Jacó a revelar seu nome, que significa mentiroso ou enganador (Gn 32).
Quando Davi pecou terrivelmente contra o Senhor, Ele enviou o profeta Natã e confrontou o rei, porém, ele não confessou, ainda que tivesse se arrependido após a revelação da culpa (2 Sm 12).
Precisamos entender que o pecado nos afasta de Deus e não existe como nos escondermos dele.
“Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? —diz o SENHOR. Porventura, não encho eu os céus e a terra? —diz o SENHOR”. (Jr 23.24 – ARC)
A frase “Onde estás?” proferida por Deus a Adão; que era o responsável por guardar o jardim não demonstrava ausência de conhecimento de Deus, mas, interesse em perceber a sinceridade de Adão.
O apóstolo João deixa claro que a confissão é algo extremamente importante para o relacionamento entre o cristão e o Senhor.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. (1 Jo 1.9 – ARC)
Por causa do pecado original, temos o péssimo hábito de não assumirmos quando erramos e isto demonstra FALTA DE CARÁTER, um problema crônico entre os seres humanos; inclusive cristãos.
Davi possuía três características como “homem segundo o coração de Deus”, com base no Salmo 51.
Falta-nos a hombridade e o caráter de Cristo para agir da mesma forma.
Quantas pessoas erram e, de forma teatral, continuam vivendo como se nada tivesse acontecido.
É verdade que muitos se escondem por causa do sofrimento que um pecado revelado promove, porém, existem formas corretas de tratar assuntos como estes, mas, infelizmente falta sabedoria de muitos líderes religiosos.
O capítulo 5 do livro de Ezequiel nos mostra que uma das tarefas do profeta era deixar claro para os judeus que eles estavam naquele lugar por causa dos pecados cometidos.
“Por isso, o que o Eterno, o Senhor, diz é isto: vocês têm sido mais cabeçudos e teimosos que as nações à sua volta, recusando minha direção, ignorando minhas orientações. Vocês se rebaixaram ao nível da sarjeta; estão piores que os outros à sua volta. “Por isso, o que o Eterno, o Senhor, diz é isto: estou me posicionando contra vocês — sim, contra você, Jerusalém. Vou castigá-la à vista das nações. Por causa dos seus deuses asquerosos, que nem deuses são, farei a vocês o que nunca fiz e nunca farei de novo: transformarei famílias em canibais — pais comendo filhos, filhos comendo pais — isso é que é castigo! E, quem sobrar, eu espalharei ao vento! “Por isso, tão certo quanto eu sou o Deus vivo — decreto do Eterno, o Senhor —, pelo fato de terem profanado meu santuário com suas obscenidades e seus deuses asquerosos, que nem deuses são, não me importarei mais com vocês”. (Ez 5.7-11 – Bíblia A Mensagem)
Esta é uma das traduções mais atualizadas que conhecemos e é útil para explicitar textos de difícil compreensão.
Em primeiro lugar, o profeta exortou a nação escravizada, pois, o Senhor desejava restaurá-los.
É muito importante que TODOS os cristãos que pecarem; independentemente do pecado; seja exortado pela Palavra de Deus e acolhido com amor, para que consiga reerguer-se.
Sabemos que o Senhor é longânimo e aguarda o pecador se arrepender, porém, por causa de seu amor, Ele também age com justiça e isto implica em castigo.
Salomão escreve sobre isto no livro de Eclesiastes com propriedade.
“Visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal. Ainda que o pecador faça mal cem vezes, e os dias se lhe prolonguem, eu sei com certeza que bem sucede aos que temem a Deus, aos que temerem diante dele”. (Ec 8.11,12 – ARC)
Em muitos casos a correção do Senhor acontece não somente como punição, mas, por amor e necessidade de abrir os olhos de seus filhos.
Isto acontece com as crianças de forma constante e, em muitas situações, é necessário agir com mais severidade.
“Porque o SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem”. (Pv 3.12 – ARC)
No caso dos judeus, o Senhor já havia enviado o profeta Jeremias; que profetizou durante o reinado de 5 reis; para alertá-los de seus males, mas, eles não deram ouvidos a ele e continuaram pecando até que a medida da iniquidade foi completa.
“Palavra que veio a Jeremias acerca de todo o povo de Judá, no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá (que é o primeiro ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia), a qual anunciou o profeta Jeremias a todo o povo de Judá e a todos os habitantes de Jerusalém, dizendo: Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até este dia ( que é o ano vinte e três ), veio a mim a palavra do SENHOR, e vo-la anunciei a vós, madrugando e falando; mas vós não escutastes. Também vos enviou o SENHOR todos os seus servos, os profetas, madrugando e enviando-os ( mas vós não escutastes, nem inclinaste os ouvidos para ouvir ), dizendo: Convertei-vos, agora, cada um do seu mau caminho e da maldade das suas ações e habitai na terra que o SENHOR vos deu e a vossos pais, de século em século; e não andeis após deuses alheios para os servirdes e para vos inclinardes diante deles, nem me provoqueis à ira com a obra de vossas mãos, para que vos não faça mal. Todavia, não me destes ouvidos, diz o SENHOR, mas me provocastes à ira com a obra de vossas mãos, para vosso mal. Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Visto que não escutastes as minhas palavras, eis que eu enviarei, e tomarei a todas as gerações do Norte, diz o SENHOR, como também a Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, e os trarei sobre esta terra, e sobre os seus moradores, e sobre todas estas nações em redor, e os destruirei totalmente, e pô-los-ei em espanto, e em assobio, e em perpétuos desertos. E farei perecer, entre eles, a voz de folguedo, e a voz de alegria, e a voz do esposo, e a voz da esposa, e o som das mós, e a luz do candeeiro. E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto, e estas nações servirão ao rei da Babilônia setenta anos”. (Jr 25.1-11 – ARC)
O Senhor os alertou por diversas vezes até que tiveram que ser levados cativos.
Podemos utilizar o texto escrito por Paulo aos romanos para exemplificar esta situação.
“Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém”! (Rm 1.24,25 – ARC)
Muitas pessoas; de forma completamente incorreta; afirmam que foi Deus quem criou o homossexualismo com base nestes versículos, porém, se lermos o contexto, observaremos que o Senhor deixou claro por diversas formas que este tipo de comportamento não era correto, porém, já que alguns seres humanos insistiam em agir desta forma, o Senhor os deixou e eles colheram o resultado de sua depravação.
Uma maneira bem interessante para realizar uma aplicação deste texto em sala de aula é perguntando se alguém já desobedeceu ao Senhor repetidas vezes até que sofreu uma consequência deste mal.
Tome cuidado para não investir muito tempo nesta atividade e pergunte se os alunos aprenderam a lição.
A palavra “punidos” tem uma conotação bem estranha e nos remete a algo negativo, porém, existem situações; conforme mencionamos; que a solução é exatamente esta.
Em se tratando de Deus; a perfeição absoluta; TODOS os julgamentos são corretos e não existe ninguém que possa provar o contrário.
Precisamos corrigir o conceito de punição e disciplina perante nossos alunos.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa traz os seguintes conceitos sobre estas palavras.
PUNIÇÃO
DISCIPLINA
Vejamos que os conceitos são diferentes e que a punição é o ato de infringir castigo, mas, a disciplina é a instrução, educação e ensino.
Por isto, a Bíblia fala sobre a disciplina do Senhor de forma clara (Dt 8.5; Sl 94.12; Pv 3.11,12; 13.24).
O escritor aos hebreus nos traz um texto esclarecedor sobre este assunto.
“Nessa luta incessante contra o pecado, outros sofreram muito mais que vocês, sem falar no que Jesus enfrentou — todo aquele derramamento de sangue. Portanto, nada de autocomiseração. Ou vocês já se esqueceram de que os bons pais tratam bem os filhos e que Deus trata vocês como filhos dele? Meus filhos queridos, não desprezem a disciplina de Deus, também não sejam esmagados por ela. Ele disciplina o filho que ama; o filho que ele abraça, ele também corrige. Deus está educando vocês; é por isso que vocês nunca devem desistir. Ele está tratando vocês como filhos queridos. Essa provação que vocês estão enfrentando não é um castigo; é um treinamento, a experiência normal dos filhos. Só pais irresponsáveis deixam os filhos por conta própria. Vocês gostariam que Deus fosse irresponsável? Se respeitamos nossos pais que nos educaram e não nos mimaram, por que não aceitar a disciplina de Deus, para que possamos viver de verdade? Quando éramos crianças, nossos pais faziam o que para eles parecia o melhor. Mas Deus está fazendo o que é melhor para nós. Está nos treinando para que possamos viver de acordo com seu santo propósito. A disciplina nunca é divertida quando está sendo aplicada. É sempre dolorosa. No entanto, mais tarde, evidentemente há uma bela recompensa, pois quem é treinado adequadamente se torna maduro no relacionamento com Deus”. (Hb 12.4-11 – Bíblia A Mensagem)
A nação de Judá não levou em consideração todo o amor de Deus para com eles e, ainda que Deus os tivesse alertado diuturnamente através dos profetas, eles decidiram continuar no erro.
Desta forma, o Senhor permitiu que a Babilônia, também conhecida como nação do Norte, guerreasse contra eles e os destruísse como castigo ou punição.
É importante lembrarmos que mesmo a punição de Deus teve caráter disciplinador.
Se observamos história de Israel como nação, desde Saul até Zedequias, o Senhor sempre esteve com eles, e os reis que decidiram buscar a Deus foram prósperos em seus caminhos. Sempre houve inimigos, porém, o Senhor os livrou (Sl 34).
O pastor Valdir Alves de Oliveira escreve que os pecadores cometem o erro de acreditar que Deus nunca os castigará e isto está intimamente associado à natureza pecaminosa dos seres humanos.
Quando nos convertemos, o Espírito Santo passa a habitar em nós e começa uma obra de santificação em nossa vida. Esta obra é contínua e só terminará com a nossa morte. A ação do Espírito Santo em nós, através da Palavra de Deus, produz o Fruto do Espírito.
Desta forma, cristãos que não leem e meditam na Palavra de Deus não produzirão bons frutos.
A história da igreja na China comunista nos mostra que muitos imploravam para ler a Bíblia, porém, existiam poucos exemplares.
Um verdadeiro cristão tem apreço pela Bíblia e sede por conhecê-la.
Um pastor que não instrui seus membros a estudar a Palavra não terá sucesso.
É por este motivo que vemos tantas coisas estranhas envolvendo supostos cristãos.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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