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Betel Adultos – 1 Trimestre 2022 – 02-01-2022 – Lição 1 – A chamada do profeta Ezequiel

05/01/2022

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. (Ez 2.1)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ezequiel 2.1-5

1 E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. 

2 Então, entrou em mim o Espírito, quando falava comigo, e me pôs em pé, e ouvi o que me falava. 

3 E disse-me: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até este mesmo dia. 

4 E os filhos são de semblante duro e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor JEOVÁ. 

5 E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir ( porque eles são casa rebelde ), hão de saber que esteve no meio deles um profeta.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Mostrar o contexto histórico da chamada de Ezequiel.
  • Ressaltar a incumbência do profeta Ezequiel.
  • Expor a vocação visionária do profeta Ezequiel.

INTRODUÇÃO

Paz do Senhor.

Estamos no ano 2022 e temos motivos de sobra para agradecer a Deus e dizer “até aqui nos ajudou o Senhor” (1 Sm 7.12).

Os últimos dois anos foram extremamente desafiadores e nos forçaram a “reinventar” nossa forma de viver e nos proporcionou experiências marcantes.

Muitos perderam entes queridos e tiveram a saúde abalada, porém, aqui estamos para continuar nossa trajetória.

Não sabemos o que nos espera, mas, cremos que o Senhor está conosco e NUNCA nos abandonará (Mt 28.20).

Para quem utiliza a revista adultos da Editora Betel, o tema proposto é o livro de Ezequiel, um livro com um conteúdo histórico e profético riquíssimo, mas, de difícil interpretação.

Quando a escolha da editora se pauta em livros complexos, faz-se necessário que os professores se aprofundem no conhecimento teológico sobre os assuntos em pauta, haja vista, existirem muitos alunos que não possuem o mínimo de conhecimento necessário para uma interpretação correta.

Infelizmente ainda existem cristãos que são contra o aprofundamento teológico fornecido pelo estudo sistemático das Escrituras Sagradas e, nestes 21 anos de estudo e ministração de aulas na EBD, nunca fui prejudicado, nem perdi minha fé por me dedicar ao estudo teológico.

Precisamos nos preparar para suprir as exigências de um público cada vez mais interessado em conhecimento, mas, que ainda não descobriu a importância de investir na aquisição deste.

Sempre trago à memória dos professores o fato de vivermos em um país com 30% de analfabetos funcionais, ou seja, mais de 60 milhões de pessoas que sabem ler e escrever, mas, não conseguem interpretar um simples texto.

O estudo bíblico facilita o desenvolvimento do processo de aprendizagem e contribuiu para a formação de uma sociedade desenvolvida e isto não só acontece em assuntos teológicos, mas, em todos os outros.

Nós; professores de EBD; precisamos estar atentos às mudanças no cenário sócio político cultural, para que tenhamos condições de contribuir com a sociedade.

Temos o hábito de lembrá-los; no início de cada trimestre; que a EBD Comentada foi criada com o propósito de capacitar e desenvolver professores que ministram Bíblia na Escola Dominical e contribuir com o avanço da obra missionária.

Desde 2017 fornecemos subsídios para professores de EBD que utilizam as revistas da Editora Betel, CPAD e Central Gospel.

Desde 2020, só comentamos as lições da classe adultos da Betel e CPAD, porém, os assinantes do plano UNIClass, tem acesso a todo conteúdo desde o ano 2017, podendo consultar milhares de páginas e centenas de esboços, divididos por ano, trimestre, data e assunto.

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Voltando ao assunto da revista, é de extrema importância; independentemente da sala de aula em que você ministra; que seja explicado o conceito correto de profeta de acordo com o Antigo Testamento.

O profeta no Antigo Testamento era um mensageiro de Deus, proferindo aquilo que o Senhor desejava que fosse dito aos seres humanos, em especial, aos judeus e aos povos que possuíam relações com estes.

O termo hebraico para profeta é “nabi”, que tem o sentido de anunciador ou declarador e aparece mais de 300 vezes em todo o Antigo Testamento.

O profeta era um “instrumento” de Deus para fazer sua vontade conhecida dos povos e era tido com imenso respeito e temor (1 Sm 16.4).

O profeta também era tido como “vidente”, pois, se o Senhor desejasse, ele traria revelações sobre o futuro e sobre situações inusitadas.

As palavras para vidente em hebraico são “roeh e hozek” e podem ser traduzidas como “aquele que vê e vidente”.

Outra palavra utilizada para designar o profeta no A.T. era “homem de Deus”, sendo que na maioria das vezes, faz menção ao profeta Eliseu.

A primeira pessoa a ser denominado “profeta” no A.T. foi Abraão (Gn 20.7) e o primeiro profeta para toda a nação de Israel foi Moisés (Dt 18.15).

Desde então, o Senhor levantou homens e mulheres com o ofício profético para guiar os judeus e Ezequiel, objeto de estudo deste trimestre foi um grande profeta.

Que o Senhor lhes abençoe ricamente em Cristo Jesus.

1 – CONTEXTO HISTÓRICO

Para compreendermos os motivos pelos quais o Senhor escolheu Ezequiel como profeta para seu povo, precisamos estudar o contexto histórico.

Contexto é tudo o que está relacionado ao texto e, no caso do contexto histórico, toda história atribuída ao assunto.

O livro de Ezequiel encontra-se no Antigo Testamento, na seção conhecida como Profetas Maiores.

Este nome é dado não porque os profetas eram mais importantes, mas, porque eles contribuíram mais, ou seja, profetizaram por um maior período de tempo e, no caso de Ezequiel, aproximadamente 23 anos.

O livro de Ezequiel possui 48 capítulos e nos traz preciosas lições a respeito do poder de Deus.

O capítulo 1 nos mostra que ele era filho de Buzi e pertencia à família sacerdotal, ou seja, ele era um sacerdote (E 1.3).

Temos poucas informações a respeito da vida deste profeta, mas, sabemos que ele foi criado para ser um sacerdote como a lei ensinava e, durante o cativeiro ficou viúvo (Ez 24.15,16).

Ezequiel foi levado cativo para o exílio na Babilônia em 597 a.C., logo após o rei Nabucodonosor tomar Jerusalém, juntamente com o rei Joaquim e toda a família real.

Foram feitas 3 levas de cativos de Jerusalém para a Babilônia. O primeiro grupo de reféns, que incluiu Daniel e seus companheiros, passou a viver na corte, em Babilônia. O segundo grupo, maior, foi levado para um acampamento ao Norte da Babilônia, perto do rio Quebar (Ez 1.1).

É possível que devido a influência de Daniel, estes reféns tivessem permissão de ficar juntos, recebendo terras para cultivo e certo grau de liberdade civil e religiosa. Isto demonstra claramente o plano minucioso de Deus.

Para purificar a nação de Israel de suas práticas idolátricas, foi necessário manter o povo separado dos babilônios. Da mesma maneira Deus manteve o Seu povo separado dos egípcios durante o cativeiro naquela terra.

Também foram deportados os cidadãos que possuíam habilidades especiais e os mais importantes.

“E transportou a toda a Jerusalém, como também todos os príncipes, e todos os homens valorosos, dez mil presos, e todos os carpinteiros e ferreiros; ninguém ficou, senão o povo pobre da terra”. (2 Rs 24.14)

Ezequiel fora criado para ser um sacerdote, porém, o Senhor tinha outros planos para ele, dando-lhe o ofício profético em um período de seca econômica, emocional e espiritual para a nação de Judá.

Observemos que o Senhor toma Ezequiel quando os judeus estavam cativos há 5 anos, revelando-lhes coisas que aconteceriam durante os anos seguintes, bem como depois de muitos anos.

É aceito que Ezequiel tinha mais de 30 anos de idade quando foi para o cativeiro, haja vista, os sacerdotes serem consagrados para o ministério com esta idade (Nm 4.47).

Desta forma, o livro de Ezequiel precisa ser interpretado de forma literal em algumas passagens e de forma profética em outras.

1.1 – Longe da terra natal

Um dos maiores desafios do cristão é crer e descansar em Deus, no tocante à sua situação atual.

Isto não está relacionado ao desejo de crescimento que nos é peculiar, mas, ao sentimento de gratidão por estarmos em um determinado lugar, posição ou status socio econômico.

Além de gratidão, precisamos descansar nos “braços” do Senhor, crendo que Ele realmente está no controle de tudo.

No caso de Ezequiel, não sabemos como estava sua condição espiritual antes da deportação, porém, sabemos que ele era filho de sacerdote e provavelmente já estava exercendo sua função como tal.

Ezequiel e outros milhares foram tirados de seu local de habitação e levados como escravos para uma terra longínqua.

Independentemente de ter sido levado em condições aparentemente favoráveis, ele não passava de um escravo de elite, ou seja, não podia escolher voltar ou fazer o que quisesse, pois, era um serviçal do rei.

Existem momentos em nossa vida que nos encontramos em situações parecidas, não podendo escolher o que fazer, em que área trabalhar ou algo parecido, pois, simplesmente não existem escolhas.

Em muitas destas situações somos obrigados a ficar com o que temos, porém, ainda que possamos estar neste tipo de situação por nossas próprias escolhas, o Senhor é poderoso para mudar qualquer tipo de situação.

Provavelmente Ezequiel havia sido criado para seguir o ofício sacerdotal, assim como seu pai, porém, o Senhor tinha algo diferente para ele.

Não sabemos como ele reagiu, porém, sabemos que ele cumpriu a vontade do Senhor e isto fica claro no capítulo 2.

“E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. Então, entrou em mim o Espírito, quando falava comigo, e me pôs em pé, e ouvi o que me falava”. (Ez 2.1,2 – ARC) 

Será que se Ezequiel estivesse em condições mais favoráveis, teria tido o mesmo comportamento? Não podemos afirmar, mas, podemos supor…

Aqueles que já tiveram experiências a respeito do chamado específico de Deus, sabem que ninguém é melhor do que o Espírito Santo para nos convencer, ainda que em algumas situações, tenhamos vontade de fugir como fez Jonas (Jn 1.3).

O chamado é algo surreal e nos mostra que o Senhor realmente nos escolheu para determinada tarefa.

É algo sublime que não pode ser preenchido por nenhuma tarefa deste mundo, por mais importante que seja.

O teólogo americano Norman Champlim nos dá uma explicação racional sobre o que Ezequiel sentiu ao ser chamado pelo Senhor no capítulo 2.

“Este versículo relaciona as circunstâncias com a visão do capítulo 1. O profeta  recebeu  o  impacto  da visão  e  perdeu  o  controle  de  suas  pernas,  que ficaram bambas, caindo no chão. Lá estava ele, tremendo e gemendo e, então, a voz  de  Yahweh veio  do  trono  (Eze.  1.28),  dando-lhe  ordens  para  parar  com  a cena ridícula e levantar-se do chão. A voz o fortaleceu e continuou com a apresentação da comissão. O profeta recebeu direção e conforto, porque um homem cambaleante não  pode  efetuar coisa  alguma.  O  poder  divino  passou  a  agir  no homem-verme, que se transformou. Oh, Senhor, concede-nos tal graça”! 

Vale a pena perguntar em sala de aula se alguém já recebeu do Senhor um comissionamento deste tipo e se a pessoa conseguiu discernir.

Ezequiel havia sido preservado da morte, levado para a Babilônia com o propósito específico de ser o porta voz de Deus diante de um povo que estava destruído física, emocional e espiritualmente e assim o fez.

Através de sua vida, o Senhor exortou, consolou e edificou seu povo.

Você já pensou sobre a importância de compreendermos o que o Senhor quer de nós em ocasiões específicas?

Ao invés de abrirmos a “murmuraria”, devemos nos colocar na posição de servo e dizer: “Eis me aqui, Senhor, envia-me a mim”.

1.2 – Exigências feitas por Deus ao profeta Ezequiel

O Senhor fez a Ezequiel duas exigências, sendo que as duas estão relacionadas ao chamado e a aceitação (põe-te em pé).

“E AQUELE ALGUÉM me disse: ‘Levante-se, filho do homem! Ouça o que Eu tenho para lhe dizer’. No mesmo instante em que Ele falava comigo, o Espírito entrou em mim. Levantei-me depressa e escutei o que Ele me dizia. ‘Filho do homem’, disse Ele, ‘Eu o mandarei como meu mensageiro ao povo de Israel, essa nação desobediente que se revoltou contra Mim. os israelitas de hoje e seus pais nunca deixaram de Me desobedecer, até hoje”. (Ez 2.1-3 – BV) 

Definitivamente, foi o Senhor quem “sacudiu” o profeta e o capacitou espiritualmente para aquela árdua tarefa.

Com toda certeza, Ezequiel possuía um bom conhecimento da Lei do Senhor, pois, era um sacerdote, porém, para cumprir o chamado específico de profeta para sua própria casa, ele precisava de uma capacitação sobrenatural.

O apóstolo Paulo deixou isto claro quando escreveu sua carta aos Coríntios, pois, ele era extremamente culto, poliglota e possuía muita experiência, porém, isto não era suficiente para a chamada que o Senhor tinha em sua vida.

“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”. (1 Co 2.1-5 – ARC) 

Observemos que Paulo não está dizendo que é proibido ou que não é bom que o cristão seja culto, mas, que isto não é suficiente em se tratando da pregação do Evangelho.

O comentarista da lição menciona que é necessário nos destacarmos no meio para que o povo saiba que somos profetas (fazendo alusão a Ezequiel), porém, não vemos isto em nenhuma passagem bíblica.

A parte b do versículo 5, do capítulo 2 está mostrando que o povo veria que Ezequiel era profeta por causa do poder de Deus e não do que ele faria.

Precisamos tomar muito cuidado com estas manifestações do ego, haja vista, não estarem em concordância com a conduta cristã.

O capítulo 3 do Evangelho escrito por João deixa isto bem claro.

“É necessário que ele cresça e que eu diminua”. (Jo 3.30 – ARC) 

João não se considerou apto para amarrar as sandálias de Jesus e o Senhor se humilhou morrendo em uma cruz.

Champlin nos orienta sobre o chamado de Ezequiel.

“Foi Deus quem capacitou aquele homem! Assim, qualquer homem de realização espiritual deve passar pelo mesmo processo de transformação. Cf. Isa. 6.5-7; Dan. 8.18; 10.15-19; Apo. 1.17. O homem humilde tornou-se um leão de Deus. Ele recebeu poderes especiais e coragem que não tinha  antes,  começou  a viver inspirado  pelo Poder do Alto”. 

Outro ponto importante, é que Ezequiel deveria falar o que o Senhor mandasse, independentemente de o povo ouvir ou não.

Isto é uma característica que deve estar presente na vida de qualquer servo de Deus, imbuído na tarefa profética.

Em alguns casos, o Senhor pode nos usar para exortar poderosamente alguém, mostrando que Ele sabe tudo o que está acontecendo e isto pode ser pesado, porém, quando Espírito Santo está nos capacitando, devemos falar.

Vale a pena mencionarmos o fato de que nem todos que se dizem profetas o são e isto traz inúmeros prejuízos, pois, existem pessoas que são facilmente enganadas por lobos em pele de cordeiros.

A Bíblia nos mostra que existe um juízo muito marcante para aqueles que praticam tais coisas.

“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que são profetizadores e dize aos que só profetizam o que vê o seu coração: Ouvi a palavra do SENHOR. Assim diz o Senhor JEOVÁ: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito e coisas que não viram! Os teus profetas, ó Israel, são como raposas nos desertos. Não subistes às brechas, nem reparastes a fenda da casa de Israel, para estardes na peleja no dia do SENHOR. Vêem vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem: O SENHOR disse; quando o SENHOR os não enviou; e fazem que se espere o cumprimento da palavra. Não vedes visão de vaidade e não falais adivinhação mentirosa, quando dizeis: O SENHOR diz, sendo que eu tal não falei? Portanto, assim diz o Senhor JEOVÁ: Como falais vaidade e vedes a mentira, portanto, eis que eu sou contra vós, diz o Senhor JEOVÁ. E a minha mão será contra os profetas que vêem vaidade e que adivinham mentira; na congregação do meu povo, não estarão, nem nos registros da casa de Israel se escreverão, nem entrarão na terra de Israel; e sabereis que eu sou o Senhor JEOVÁ”. (Ez 13.1-9 – ARC) 

Talvez algum aluno pergunte em sala de aula, como ele saberá que é o Senhor que está falando algo para que seja dito por ele.

O pastor Russel Shedd ensina algo incrível a respeito disto, afirmando que existem três vontades de Deus.

  • Decretada: ninguém resiste.
  • Ordenada: resiste, perde bênção, sofre consequências.
  • Desejada: discernimento, conselho, princípios bíblicos, oração!

Como não estamos nos tempos do A.T. e cremos que o Senhor capacitou algumas pessoas com o dom ministerial e com o dom espiritual de profeta, precisamos compreender o que o Senhor ensina no livro de Deuteronômio.

“Porém o profeta que presumir soberbamente de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não tenho mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, o tal profeta morrerá. E se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o SENHOR não falou? Quando o tal profeta falar em nome do SENHOR, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou o tal profeta; não tenhas temor dele”. (Dt 18.21,22 – ARC) 

As profecias de Ezequiel previram o ataque babilónico, o cativeiro que se seguiria e as condições entre os cativos. Dando instruções e exortações durante o cativeiro, o profeta cumpriu outra missão importante.

1.3 – Deus nunca se esquece dos fiéis

No meio do povo que havia sido levado cativo existiam os fiéis, ou seja, aqueles que desejavam ardentemente viver na presença do Senhor.

Existe uma diferença abismal entre os religiosos e os fiéis e nas igrejas existem os dois e a Bíblia nos mostra que a separação entre o joio e o trigo não será feita por homens, mas, por anjos de Deus.

Desta forma, não é nossa tarefa ficar vigiando as pessoas como fiscais de Deus, pois, Ele é onisciente e onipresente, aleluia.

Os fiéis estão na igreja, assim como estavam no cativeiro e, ainda que aparentemente não parecesse que estavam ali, o Senhor deixou claro que os conhecia.

O profeta Jeremias, que teve seu ofício profético em Judá, não sendo levado ao cativeiro, profetizou que isto aconteceria.

“Eis que eu farei vir sobre ela saúde e cura, e os sararei, e lhes manifestarei abundância de paz e de verdade. E removerei o cativeiro de Judá e o cativeiro de Israel e os edificarei como no princípio; e os purificarei de toda a sua maldade com que pecaram contra mim e perdoarei todas as suas iniquidades com que pecaram contra mim e com que transgrediram contra mim. E esta cidade me servirá de nome de alegria, de louvor e de glória, entre todas as nações da terra que ouvirem todo o bem que eu lhe faço; e espantar-se-ão e perturbar-se-ão por causa de todo o bem e por causa de toda a paz que eu lhe dou”. (Jr 33.6-9 – ARC) 

Talvez os alunos perguntem: “Como alguém que é fiel pode ser levado como cativo, juntamente com os infiéis?”

A resposta para esta pergunta é que o povo foi levado cativo por causa dos pecados da nação. A nação de Judá e Israel (em outro contexto) havia se esquecido de Deus e este foi o motivo de sua destruição.

Precisamos deixar claro que um país inteiro pode ser castigado se a medida da ira de Deus for atingida (Gn 15.16; Ex 34.6,7; Mt 23.31,32; 1 Ts 2.16; 2 Pe 3.1-18; Ap 6.9-11).

Por esta razão, devemos compreender que o número de crentes fiéis de uma nação contribuirá de diversas formas para que a nação receba as bençãos de Deus e tenha uma vida próspera.

Isto é matemático, como 2+2 é quatro, pois, um povo fiel a Deus praticará os princípios éticos contidos na Bíblia e descrito por Paulo aos filipenses.

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. (Fp 4.8 – ARC) 

Os sacrifícios foram decretados pelo próprio Deus para que não se irasse contra seu povo, mesmo sabendo que eles iriam tornar o rito mosaico em religiosidade.

Além disto, os sacrifícios prefiguravam o que iria acontecer com Jesus, o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

Tudo o que o Senhor faz tem um propósito (Ec 3).

2 – A INCUMBÊNCIA DO PROFETA EZEQUIEL

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Equipe EBD Comentada

 

Postado por ebd-comentada


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