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Betel Adultos – 1 Trimestre 2021 – 31-01-2021 – Lição 5 – O bem contra o mal: conflitos na caminhada

28/01/2021

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Então disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus.” Ester 4.13

TEXTOS DE REFERÊNCIA

ESTER 3.8-11 

8 E Hamã disse ao rei Assuero: Existe espalhado e dividido entre os povos, em todas as províncias do teu reino, um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os povos e que não cumpre as leis do rei; pelo que não convém ao rei deixá-lo ficar. 

9 Se bem parecer ao rei, escreva-se que os matem; e eu porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos tesouros do rei. 

10 Então tirou o rei o anel da sua mão e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus.

11 E disse o rei a Hamã: Essa prata te é dada, como também esse povo, para fazeres dele o que bem parecer aos teus olhos.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Apresentar o conflito entre o bem e o mal. 
  • Ensinar sobre o perigo de confiar em pessoas erradas. 
  • Reafirmar que só Deus é o Senhor.

INTRODUÇÃO

Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.

Abordaremos nesta lição a dicotômica história da luta entre o bem e o mal.

Desde os primórdios existe uma guerra entre o que é bem e o que é mal e isto se perpetuou por milênios chegando a nós, da civilização ocidental através das páginas dos escritos sagrados (judaísmo e cristianismo), da cultura grega e romana e outras fontes.

A Bíblia não faz menção de como satanás surgiu de forma clara, porém, nos mostra que sua ação contribuiu para a existência do mal entre os seres humanos.

A descrição escrita no livro de Gênesis nos mostra que ele foi personificado por uma serpente que tentou Eva a desobedecer a ordem de Deus para não comer da árvore do bem e do mal.

Existem pessoas que afirmam que a árvore era somente um símbolo para dizer ao casal que deveria existir obediência, pois foi isto que o Senhor lhes disse.

“Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”. (Gn 3.1-5 – ARC)

Por meio desta passagem o mal é personificado na serpente e, mais tarde conheceríamos que ela personificado aquele que se constituía da própria essência do mal, contrário a tudo o que é bom.

O comentário bíblico expositivo Wiersbe nos dá algumas informações importantes a respeito da criatura na qual o mal teve sua origem.

“Apesar de não termos detalhes sobre suas origens,4 sabemos que Satanás é real, é nosso inimigo e é perigoso. Em Gênesis 3, Satanás é comparado a uma serpente, imagem esta que se repete em 2 Coríntios 11:3. Em Apocalipse 12, ele é chamado de dragão, e os dois nomes são usados em conjunto em Apocalipse 20:2. No entanto, Satanás não é apenas uma serpente enganadora, mas também um leão que ruge e devora (1 Pe 5:8). Dentre seus nomes, encontramos “Abadom” e “Apoliom”, o mesmo que “destruidor” (Ap 9:11); “Satanás”, que significa “adversário” e “diabo” que quer dizer “caluniador”. Em João 8:44, Jesus chamou Satanás de homicida e “pai da mentira”. Chamou-o, ainda, de “maligno” (Mt 13:19) e de “príncipe deste mundo” (Jo 12:31). Paulo e João também chamaram o diabo de “maligno” (1 Ts 3:3; 1 Jo 3:12), e Paulo disse que Satanás era “o deus deste século” (2 Co 4:4), governante do sistema mundial (Ef 2:2) e líder das forças demoníacas do mal (Ef 6:10-12)”.

O conceito de mal; declarado pela Bíblia; de certa forma é tudo aquilo que milita contra o bem, desta forma, Deus representa a essência do bem e o diabo, a essência do mal.

Segundo Platão o bem é demonstrado como a ideia mais importante de todas, mas ao mesmo tempo também está acima delas, porque as gera; assim o sendo, não pode defini-lo, mas contemplá-lo, papel exclusivo e indispensável do filósofo-rei. O bem é criador de tudo aquilo que é, todavia não se pode confundi-lo com o Demiurgo, modelador do mundo, segundo Platão, outro tema que em um outro possível artigo pode ser tratado.

Os alicerces básicos da Filosofia são as dicotomias, o bem e o mal, o certo e o errado, o moral e o imoral, o justo e o injusto.

Sendo assim, os seres humanos sempre foram alvo do mal e estiveram no meio de uma guerra acirrada entre o Deus todo poderoso e o príncipe das potestades do ar, sendo o propósito principal do amor de Deus (Jo 3.16).

Na verdade, o diabo não tem nenhuma possibilidade de derrotar o Senhor, pois, como escrevemos, Ele é o Deus todo poderoso, porém, trabalha diuturnamente para destruir tudo o que leva o nome de Deus, e o ser humano é conhecido como coroa da criação (Sl 8) que triunfará com a ajuda de Jesus Cristo e do Espírito Santo, no tempo determinado pelo Senhor.

Em se tratando da relação entre Mardoqueu e Hamã, temos que o judeu representa a parte do bem e Hamã a do mal, pois, as motivações dos dois eram completamente contrárias.

Mardoqueu era um homem que temia a Deus e o obedecia, enquanto Hamã, nem sequer reconhecia o Deus todo poderoso como deus.

Desta forma, os tópicos a seguir tratarão de mostrar a luta entre o bem e o mal na dimensão de Mardoqueu e Hamã.

1 – O CONFLITO

De acordo com o filósofo Christian Miller, professor de Filosofia e responsável pelo denominado Character Project,  temos a tendência de nos consideramos, e aos que nos rodeiam, como pessoas de bom caráter. Todavia, são crescentes os estudos que asseguram que ninguém é intrinsecamente bom ou mau, mas sim que toda a gente tem dentro de si uma “mistura de bem e de mal”.

De acordo com a hermenêutica bíblica, não existia maldade nos seres humanos antes da queda (desobediência à ordem de não comer do fruto).

“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram”. (Rm 5.12 – ARC)

Após o pecado original, TODOS os seres humanos estão sujeitos à influência do mal, sendo que sua natureza foi corrompida.

Paulo nos ensina que existe uma guerra entre as trevas e a luz sendo travada no interior do cristão e ele denomina a parte má como velha natureza ou velho homem.

“…que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso sentido”. (Ef 4.22,23 – ARC)

Os judeus foram escolhidos por Deus para que Ele se manifestasse ao mundo, porém, por diversas vezes, este povo desobedeceu a Ele de uma tal forma que lhes foram dados castigos para que se arrependessem.

O judeus que faziam parte da árvore genealógica de Mardoqueu haviam experimentado tal castigo, pois haviam sido levados cativos pela Babilônia e, ainda que o remanescente houvesse voltado para sua terra, aqueles que estavam no reino persa conheciam ao Deus verdadeiro e, pelo fato de Mardoqueu conhecer a Deus, ele não se dobrou perante a Hamã, um descendente de  um dos povos que eram inimigos dos judeus e consequentemente de Deus.

Desta forma, ele causou um grande conflito com Hamã que afetou os judeus como um todo.

Pelo decreto do rei, TODOS os judeus deveriam ser mortos em uma data específica, simplesmente pelo fato de terem sido apresentados pelo mal Hamã como um povo perigoso e que promovia sedição.

Quando o rei foi avisado do que houvera acontecido ele dá aos judeus o direito de se defenderem, gerando um grande conflito.

1.1 – A luta contra o mal

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De acordo com o apóstolo Paulo, não estamos lutando somente contra a carne, mas sim contra os principados e potestades do mal.

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. (Ef 6.10-12 – ARC)

Apesar da Bíblia não dizer, podemos acreditar que o próprio diabo colocou no coração de Hamã o desejo de ver o povo de Deus que havia permanecido na Pérsia dizimado, pois a maldade superou as expectativas.

A luta contra as trevas é realizada nas regiões celestiais, pois é neste local que o diabo e seus anjos habitam.

Como somos seres físicos com natureza espiritual, nunca poderíamos lutar, nem tampouco vencer o diabo, porém, a Bíblia nos diz que o Senhor peleja por nós, assim como Ele fez pelos judeus na batalha contra o rei dos amalequitas.

“E fez Josué como Moisés lhe dissera, pelejando contra Amaleque; mas Moisés, Arão e Hur subiram ao cume do outeiro. E acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia; mas, quando ele abaixava a sua mão, Amaleque prevalecia. Porém as mãos de Moisés eram pesadas; por isso, tomaram uma pedra e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado, e o outro, do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs. E, assim, Josué desfez a Amaleque e a seu povo a fio de espada”.  (Ex 17.10-13 – ARC)

1.2 – Não devemos nos prostrar diante do opressor

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Como o diabo mente desde o princípio, sendo o pai da mentira (Jo 8.44), aqueles que lhe servem praticam suas obras, ou seja, são mentirosos.

O mal Hamã mentiu ao dizer ao rei que um certo povo que habitava em seu império não obedecia às suas leis, pois, apesar dos judeus terem suas próprias leis, eles não desobedeciam o que lhes era proposto, desde que não incorresse em erro contra a Lei de Deus e isto fica muito claro no episódio envolvendo Sadraque, Mesaque e Abedenego na Babilônia.

“E o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e gente de todas as línguas: Quando ouvirdes o som da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tem levantado. E qualquer que se não prostrar e não a adorar será na mesma hora lançado dentro do forno de fogo ardente”. (Dn 3.4,5 – ARC)

Os imperadores mundiais nunca gostaram de ser contrariados e o diabo sempre os usou para trazer caos à humanidade. Isto aconteceu com Nabucodonossor, com Xerxes, com Stalin, Lenin, Fidel Castro e continua acontecendo com outros ditadores.

O Senhor disse que não deveríamos nos prostrar em adoração a NADA, NEM NINGUÉM, e precisamos obedecê-lo.

“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos”. (Ex 20.4-6 – ARC)

É bem provável que o ódio tenha tomado conta de Hamã quando ele viu que Mardoqueu não obedeceu a lei do rei no tocante à reverência a sua pessoa, porém, é consenso entre os principais teólogos que Mardoqueu não se prostrou por questões políticas e não por não querer desobedecer o mandamento do Senhor.

Não podemos afirmar o que a Bíblia não afirma, nem tampouco o contrário.

Hamã só tornou-se um opressor após o episódio que envolveu Mardoqueu.

1.3 – O perigo de confiar em pessoas erradas

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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