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19/03/2021
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“E o mandado de Ester estabeleceu o que respeitava ao Purim; e escreveu-se num livro.” Ester 9.32
ESTER 9.20,21,26,28
20 E Mardoqueu escreveu estas coisas e enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero, aos de perto e aos de longe,
21 Ordenando-lhes que guardassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos,
26 Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur; pelo que também, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que viram sobre isso, e do que lhes tinha sucedido,
28 E que estes dias seriam lembrados e guardados por toda geração, família, província e cidade, e que estes dias de Purim se celebrariam entre os judeus, e que a memória deles nunca teria fim entre os de sua semente.
Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Os judeus são um povo sofrido e também muito festivo, que demonstram seu agradecimento ao Senhor em várias ocasiões ao longo de cada ano.
O penúltimo capítulo do livro de Ester termina com a determinação de que o dia de Purim deveria ser lembrado pelos judeus por toda sua existência, pois, marcava um dia especial, em qua o Senhor providenciou um grande livramento para os judeus que habitavam na Pérsia.
O termo “Purim” é derivado da palavra hebraica “pur”, que significa “sorteio”. Este foi o método usado por Hamã, o primeiro-ministro da Pérsia, para escolher a data na qual ele pretendia massacrar os judeus do país.
Purim é a festa judaica que celebra a salvação dos judeus do extermínio na Pérsia antiga. Perseguidos por Hamã, primeiro-ministro do rei persa Assuero, os judeus contaram com o papel fundamental de Ester, judia e esposa do rei, para escaparem ao extermínio planejado por Hamã.
Purim é celebrado, anualmente, no 14º dia do mês de Adar, que é o décimo segundo mês (pode também ser o décimo terceiro) do mês hebraico, que é o dia seguinte à vitória dos judeus sobre os seus inimigos (ocorrido no 13º dia do mês hebraico de Adar, que foi o dia escolhido, por Haman, para a destruição de todos os judeus do Império Persa).
Nas cidades que eram muradas, no tempo de Josué, incluindo Susa e Jerusalém, Purim é celebrado no 15º dia de Adar, conhecido como Purim Shushan. Assim como em todas as festas judaicas, Purim tem início no pôr-do-sol da véspera do dia do calendário comum.
Existem quatro mandamentos divinos (mitzvot) básicos associados com a festa de Purim. Apesar de não ser um Yom Tov, um dia sagrado – já que não há restrições como no Shabat ou nas festas bíblicas (Rosh Hashaná, Yom Kipur, Sucot, Pessach e Shavuot) –, deve-se, se possível, tirar o dia de folga do trabalho para celebrar essa festividade alegre e, assim, poder cumprir seus mandamentos de forma adequada.
Estes mandamentos incluem:
O principal tema de Purim é a alegria, assim, além dos fartos alimentos e bebidas, realizam-se desfiles e celebrações, e as pessoas e crianças se fantasiam e usam divertidas máscaras.
O livro de Ester nos traz grandes verdades, princípios e exemplos para nossas vidas. Vemos, ao longo do enredo, que O Senhor está no controle de nossos destinos, e que Ele sempre se apresenta como El Yeshuá, ou seja, o Deus que salva, disposto a ouvir as orações dos seus servos quando em situações impossíveis de serem resolvidas aos olhos dos humanos. Vemos também a sabedoria de Ester e de seu primo Mardoqueu, os quais souberam fazer uso de sua posição e status para abençoar a muitos. Além disso, o livro de Ester nos mostra que muitas vezes devemos lutar para obter a vitória assim como fizeram os judeus habitantes da Pérsia, e não apenas nos acomodarmos “esperando” um milagre.
Existe um importante ditado judáico que diz: “Creia nos milagres, mas não dependa deles”, que demonstra que os judeus que habitavam no reino de Pérsia não esperaram a salvação “cair do céu”, mas dedicaram-se à tarefa de serem zelosos por suas vidas, aproveitando o livramento que o Senhor dera a eles, através do edito do rei Assuero, que determinava que, apesar do dia ter sido escolhido para destruí-los, eles não precisavam morrer como cordeirinhos, mas que poderiam lutar pela vida.
Podemos aprender muito com o significado desta festa e um deles é “fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para permanecermos vivos neste mundo que tem uma terrível influência de satanás”.
Mais uma vez, torna-se necessário reforçarmos que para o cristão o grande inimigo é satanás, pois, é ele quem tenta nos destruir diuturnamente.
Porém, nos tempos de guerra, inimigos são aqueles que se levantam para tentar destruir uma nação e, Hamã, foi considerado um grande inimigo do povo judeu e exemplo daquilo que se levanta contra para destruir o que Deus construiu.
A Bíblia nos ensina a compreendermos o que significa ter o Senhor como protetor e não nos estribar em nossas forças, pois sem Ele, não podemos fazer nada.
Enquanto os judeus foram fiéis ao Senhor, no tocante a obedecer seus mandamentos, o Senhor foi fiel a eles, com bênçãos sem medida, assim como Moisés escreveu no livro de Deuteronômio.
“E será que, se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o SENHOR, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra”. (Dt 28.1 – ARC)
Em outras traduções:
“Moisés disse ao povo: —Se vocês derem atenção a tudo o que o SENHOR, nosso Deus, está dizendo a vocês e se obedecerem fielmente a todos os seus mandamentos que eu lhes estou dando hoje, Deus fará com que sejam mais poderosos do que qualquer outra nação do mundo”. (NTLH)
“SE OBEDECEREM fielmente a todos estes mandamentos do Senhor nosso Deus – a todas estas leis que estou transmitindo – Deus fará de vocês a maior nação do mundo”! (BV)
O que a tradução ARC traz como “exaltar”, é melhor traduzido como abençoar, colocando-os acima de todos os outros povos.
Como estudado em outras lições, muitos utilizam esta palavra para afirmar que o Senhor nos colocará acima de outras pessoas, porém, não podemos utilizar uma palavra contida na Bíblia de forma isolada para nossos próprios caprichos.
Durante inúmeros episódios, o Senhor ensinou aos judeus que o grande livramento viria Dele, pois eram propriedade particular de Deus e, ainda que o próprio Deus permitisse que eles fossem escravizados, por causa do seu grande amor, aquele povo seria novamente reunido.
“Portanto, assim diz o Senhor a esta cidade, sobre a qual vocês estão dizendo que será entregue nas mãos do rei da Babilônia por meio da guerra, da fome e da peste: Certamente eu os reunirei de todas as terras para onde os dispersei na minha ardente ira e no meu grande furor; eu os trarei de volta a este lugar e permitirei que vivam em segurança. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Darei a eles um só pensamento e uma só conduta, para que me temam durante toda a sua vida, para o seu próprio bem e o de seus filhos e descendentes. Farei com eles uma aliança permanente: Jamais deixarei de fazer o bem a eles, e farei com que me temam de coração, para que jamais se desviem de mim. Terei alegria em fazer-lhes o bem, e os plantarei firmemente nesta terra de todo o meu coração e de toda a minha alma. Sim, é o que farei’. “Assim diz o Senhor: ‘Assim como eu trouxe toda esta grande desgraça sobre este povo, também lhes darei a prosperidade que lhes prometo”. (Jr 32.26-42 – ACF)
Tudo o que o Senhor prometera em todas as épocas, se cumpriu, tanto o mal, como o bem, até que os judeus compreenderam que somente o Senhor os poderia livrar.
É verdade que eles ainda aguardam o Maschiah e não creem em Jesus como o sendo, mas, chegará um dia em que eles reconhecerão.
“Naquele dia, o SENHOR amparará os habitantes de Jerusalém; e o que dentre eles tropeçar, naquele dia, será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o anjo do SENHOR diante deles. E acontecerá, naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém. E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito”. (Zc 12.8-10 – ARC)
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Em várias passagens bíblicas, o Senhor demonstra que ainda que as situações sejam completamente desfavoráveis, Ele é poderoso para fazer o que desejar, desde usar uma pobre viúva para sustentar seu servo, profeta (1 Rs 17); até fazer com que um único anjo destrua 185 mil soldados (2 Rs 19.35).
Quando o anjo Gabriel apareceu para Maria; mãe de Jesus; ele disse que ela ficaria grávida e que o salvador da humanidade nasceria de seu ventre, porém; aquela mulher não poderia ficar grávida, pois ainda estava noiva e não havia se deitado com homem algum.
Desta forma, o anjo profere uma das frases de maior impacto do novo testamento.
“Porque para Deus nada é impossível. Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela”. (Lc 1.37,38 – ARC)
Quando nos deparamos com passagens que descrevem a ação sobrenatural de Deus para com o ser humano, trazemos à memória o que o Senhor disse a Moisés sobre quem Ele era, demonstrando que seria quem seria, ou seja, que Ele seria qualquer coisa que desejasse ser e que seus servos precisassem que fosse.
Por este motivo, existem várias atribuições associadas a nomes do Senhor no A.T. (Nissi, Jiré, Shadai, etc).
A situação em que os judeus estavam na Pérsia era humanamente catastrófica, pois o edito do rei havia sido lançado e, por causa das leis que regiam o império, uma lei não poderia ser revogada, ainda que fosse pelo próprio rei.
Desta forma, a vida dos judeus estava prestes a ser ceifada, porém, o Deus a quem servimos e que aqueles judeus também serviam, fez com que o rei Assuero decretasse um adendo àquela lei, permitindo que TODOS os judeus que habitavam no vasto império Persa, tivessem o direito de se defender no dia da destruição.
O que era para ter se tornado um dia trágico, tornou-se um dia de livramento e bençãos e, por causa deste livramento, o dia de Purim é comemorado a aproximadamente 2500 anos.
Existe outra guerra “misteriosa” que foi vencida por Israel de uma forma inexplicável, conhecida como “Guerra dos Seis Dias”.
A Guerra dos Seis Dias, ou Terceira Guerra árabe-israelense, foi travada entre os dias 5 e 10 de junho de 1967, tendo de um lado do conflito as forças armadas do Estado de Israel e, do outro, as do Egito, Síria, Jordânia e Iraque, que, por sua vez, receberam o apoio de Kuwait, Líbia, Arábia Saudita, Argélia e Sudão. Essa foi a guerra mais rápida travada entre árabes e israelenses e foi também a guerra que possibilitou a Israel expandir seu território, conquistando a Península do Sinai, a Cisjordânia, Gaza, Jerusalém oriental e as colinas de Golã.
O saldo da guerra foi o seguinte: para Israel, os danos computados foram de 980 soldados mortos, 4.520 feridos, 40 aviões abatidos e 394 tanques danificados. Do lado árabe, foram 4.300 soldados mortos, 6.120 feridos, 444 aviões abatidos e 965 tanques danificados.
Ainda que Israel tenha um dos melhores exércitos do mundo, os judeus ortodoxos acreditam piamente que a mão do Senhor esteve sobre eles.
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Existe um salmo que nos mostra que as pessoas que confiam no Senhor são como os montes de Sião.
“Os que confiam no SENHOR serão como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre. Como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o SENHOR está em volta do seu povo, desde agora e para sempre”. (Sl 125.1,2 – ARC)
Montanhas e montes são símbolos de firmeza e proteção, pois eles não se abalam devido a ventos, tempestades e outras tormentas da natureza.
A cidade de Jerusalém é cercada por montanhas e isto faz com que ela esteja em um lugar estratégico em se tratando de guerras.
Por este motivo, o salmista compara as pessoas que confiam no Senhor a eles, pois, apesar das difíceis tribulações que sobrevém sobre nós, quem nos fortalece é o Senhor.
O teólogo americano Norman Champlim nos traz uma visão interessante a respeito deste texto.
“A visão do monte Sião inspirara tal confiança. Mas se este é um cântico de peregrinos, então o povo de Deus que estava ali, e que sofria tribulações, incluindo as perseguições movidas por homens ímpios, então Israel podia consolar-se no pensamento de que em breve chegaria a Jerusalém, onde esperavam que reinasse a justiça pela qual esperavam, sendo assim curadas todas as injustiças que eles tinham sofrido. Os montes ao redor da Cidade Santa como que montavam guarda por amor à justiça, visando a proteção de todo o Israel, incluindo os peregrinos que se encaminhavam agora para a antiga capital da nação, cumprindo seus deveres e fazendo peregrinações para participar das festividades religiosas ati efetuadas. Três dessas festividades requeriam a presença de todos os israelitas de sexo masculino: a Páscoa, o Pentecoste e os Tabernáculos. Assim ditava a lei (ver deu. 16.16,17). embora, em tempos posteriores, quando a população de Israel aumentou e o povo vivia distante da capital, essa lei não continuasse a ser bem obedecida. O monte Sião torna-se aqui o símbolo de uma segurança eterna e da permanência, idéia essa que, nas páginas do Antigo Testamento, com frequência é associada aos montes. Naturalmente, Sal. 102.26 tem uma idéia contrária, mostrando que a própria criação em última análise será reduzida a nada. Mas esse pensamento não era aquele enfatizado no judaísmo. Seja como for, o próprio monte Sião, ou aquilo que ele simboliza, deve ser eterno e um símbolo de paz e prosperidade, bem como de proteção, pelo que os piedosos têm razão de continuar confiando em Yahweh. Os montes, como se fossem sentinelas, estão de pé, em redor de Jerusalém, para protegê-la de qualquer dano. Assim também o Senhor é a Montanha que protege o Seu povo, cercando-o com Seu amor constante e Suas misericórdias. Da mesma forma que o monte Sião é a figura da bondade eterna, prosperidade e segurança, assim também o Senhor é isso mesmo para o Seu povo. Cf. Sal. 121.2: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra”. A vara do Senhor está pesadamente apoiada sobre os ímpios (vs. 3), mas não será esse o caso daqueles que confiam no Senhor”.
Em se tratando dos judeus que habitavam na Pérsia, a única proteção que eles tinham era o Senhor, pois como estrangeiros, possuíam pouquíssimos privilégios, sendo “presas” fáceis.
Hamã sabia disto e traçou seu plano de modo infalível, com a intenção de devastar os judeus, porém, ele não contava com o Deus que havia criado os montes.
Se pudéssemos ver como é o funcionamento do reino espiritual, teríamos uma noção de como o Senhor peleja a nosso favor.
A Bíblia nos mostra que o diabo está ao nosso derredor (1 Pe 5.8), buscando nos tragar, porém, o anjo do Senhor está ao nosso redor (Sl 34.7), ou seja, antes do diabo nos prejudicar, ele terá que manietar o anjo do Senhor.
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
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